Mensagem do dia (26/03/2017)

Que prodígio é maior: criar o globo do sol ou recriar os olhos do cego de nascença? No seu trono, o Senhor fez brilhar o sol; ao percorrer as praças públicas da Terra, permitiu ao cego a visão. A luz veio sem ter sido pedida, e sem quaisquer súplicas o cego foi libertado da sua enfermidade de nascença.

Homilia anônima do século V ou VI.

Mensagem do dia (26/03/2016)

Afina teu ouvido, ó tardo coração, e pondera que nesta Vigília Pascal, por sua Igreja, Cristo nos rememora todas as grandezas de Deus desde a criação até esse momento único em que a chama do Círio representa a grande transição, a maravilhosa travessia, a Páscoa que nos transporta de um desastrado mundo para o mundo dos ressuscitados. E pondera bem, alma de minh’alma, que um só ato vivificado pela graça de Cristo é maior do que todas as galáxias; e que as vezes que do pecado saíste por um ato de contrição e pelo perdão sacramental somam maior total de maravilhas do que todo o Universo criado.

Gustavo Corção.

Mensagem do dia (18/09/2015)

Claramente, o que Deus quer acima de tudo é nossa vontade, a qual recebemos como um presente gratuito de Deus na criação e a possuímos, no entanto, como nossa. Quando um homem exercita-se em atos de virtude, é com a ajuda da graça de Deus, autor de todas as coisas boas, que ele consegue realizá-los. A vontade é o que o homem possui como sua única propriedade.

São José de Cupertino.

Mensagem do dia (31/07/2015)

O homem é criado para louvar, prestar reverência e servir a Deus nosso Senhor e, mediante isso, salvar sua alma; e as outras coisas sobre a face da terra são criadas para o homem, para o ajudarem a alcançar o fim para o qual é criado. Donde se segue que o homem há de usar delas na mesma medida em que o ajudem a alcançar seu fim, e que ele há de privar-se delas na mesma medida em que dele o afastem.

Santo Inácio de Loyola.

Mensagem do dia (25/12/2014)

Hoje o Autor do mundo foi gerado do seio de uma virgem: Aquele que fez todas as coisas tornou-se filho de uma mulher, por Ele mesmo criada. Hoje, o Verbo de Deus apareceu revestido de carne e, embora nunca tivesse sido visível aos olhos humanos, tornou-se também visivelmente palpável. Hoje, os pastores ouviram da voz dos anjos que nasceu o Salvador, na substância do nosso corpo e da nossa alma.

São Leão Magno (Papa).

Mensagem do dia (23/12/2013)

O tempo nos adverte que o Natal de Cristo Senhor está perto. O mundo, com suas angústias, fala da eminência de algo que o renovará, e deseja, com uma espera paciente, que o esplendor de um sol mais fúlgido ilumine suas trevas… Esta espera da criação também nos leva a esperar o surgimento de Cristo, novo Sol.

São Máximo de Turim.

Mensagem do dia (19/05/2013)

Diziam alguns que se opunham ao Santo Espírito: “Esta gente bebeu vinho doce, estão embriagados”. Na verdade, o que dizeis é verdadeiro, mas não como credes. Não foi vinho das vinhas o que eles beberam. É um vinho novo que corre do céu. É um vinho recentemente espremido no Gólgota. Os apóstolos deram-no a beber e assim embriagaram a criação inteira. É um vinho que foi espremido com a cruz.

Santo Efrém.

Mensagem do dia (27/01/2013)

Eis a razão por que este Espírito desceu sobre o Filho de Deus tornado Filho do Homem: deste modo, habituou-Se a partilhar o género humano, a repousar nos homens, a residir na obra moldada por Deus. Realizou neles a vontade do Pai e renovou-os fazendo-os trocar o seu antigo modo de vida pela novidade de Cristo.

Santo Irineu de Lyon.

Mensagem do dia (17/09/2012)

Se tens sabedoria, compreendes que foste criado para a glória de Deus e para a tua salvação eterna. Esta é a tua finalidade, este é o centro da tua alma, este é o tesouro do teu coração. Por isso, considera verdadeiro bem para ti aquilo que te conduz para o teu fim, e verdadeiro mal aquilo que te priva dele. Acontecimentos prósperos ou adversos, riquezas e pobrezas, saúde e doença, honras e ofensas, vida e morte, o sábio não deve procurá-los nem rejeitá-los para si mesmo. Mas só são bons e desejáveis, se contribuírem para a glória de Deus e para a tua felicidade eterna; são maus e devem ser evitados, se a impedirem.

São Roberto Belarmino.

Mensagem do dia (26/03/2010)

Ó vós, misteriosa galáxia (…) Eu vos vejo, calculo, entendo, estudo e descubro, penetro e recolho. De vós eu tomo a luz e faço ciência, tomo o movimento e o torno sabedoria, tomo o brilho das cores e o torno poesia; recolho-vos, estrelas, em minhas mãos e, tremendo na unidade do meu ser, levanto-vos acima de vós mesmas e, em oração, ofereço-vos ao Criador, que somente por meu intermédio vós mesmas podeis adorar.

Enrico Medi.

Mensagem do dia (08/12/2009)

“Avé Maria, cheia de graça!”: Revelação do Espírito, que nos demonstra em Maria o que poderíamos ser sem o pecado e o que havemos de ser pela redenção, nela preparada e consentida. A imaculada conceição de Maria é o primeiro e prévio fruto da redenção de Cristo, onde a graça da criação se aumenta com a da nova criação.

Dom Manuel Clemente.

Mensagem do dia (28/06/2009)

A glória de Deus é o Homem vivo, e a vida do Homem consiste em ver a Deus. Pois se a manifestação de Deus que é feita por meio da criação, permite a vida de todos os seres vivos na Terra, muito mais a revelação do Pai que nos é comunicada pelo Verbo, comunica a vida àqueles que amam a Deus.

Santo Irineu de Lyon.

Papa recorda que criação e carne «não são desprezíveis» para Deus

Dedica a catequese de hoje a São João Damasceno

Por Inma Álvarez.

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 6 de maio de 2009 (ZENIT.org).- Segundo Bento XVI, o pensamento cristão, ao contrário de outras religiões ou filosofias, não considera que a criação e que a matéria – a carne – sejam desprezíveis, ainda que estejam feridas pelo pecado, mas que a Encarnação de Deus lhes conferiu um grande valor.

Assim explicou nesta quarta-feira, durante a audiência geral, aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, continuando seu ciclo de catequeses sobre pensadores cristãos do primeiro milênio, centrado hoje na figura de São João Damasceno.

Pela segunda vez consecutiva, o Papa tomou um teólogo da Igreja oriental (na semana passada foi o Patriarca Germano de Constantinopla) para falar sobre a transcendência que a veneração das imagens sagradas, que se apoia na doutrina da Encarnação, tem para a fé cristã.

Novamente, o pontífice se referiu à tensão iconoclasta que a Igreja do Oriente viveu, que afetou também a vida e o pensamento de São João Damasceno (século VIII), um dos maiores teólogos da Igreja bizantina e a quem Leão XIII proclamou doutor da Igreja em 1890.

No pensamento deste santo se encontram «os primeiros intentos teológicos importantes de legitimação da veneração das imagens sagradas, unindo a estas o mistério da Encarnação».

Ao permitir a veneração das imagens, o cristianismo respondeu não só ao judaísmo, mas também ao Islã, que proíbem o uso cultual da imagem.

Citando Damasceno, o bispo de Roma explicou que «dado que agora Deus foi visto na carne e viveu entre os homens, eu represento o que é visível em Deus. Eu não venero a matéria, mas o Criador da matéria, que se fez matéria por mim e se dignou habitar na matéria e realizar minha salvação através da matéria».

«Por causa da encarnação, a matéria aparece como divinizada, é vista como morada de Deus. Trata-se de uma nova visão do mundo e das realidades materiais. Deus se fez carne e a carne se converteu realmente em morada de Deus, cuja glória resplandece no rosto humano de Cristo», acrescentou.

Neste sentido, acrescentou o Papa, esta doutrina é «de extrema atualidade, considerando a grandíssima dignidade que a matéria recebeu na Encarnação, podendo chegar a ser, na fé, sinal e sacramento eficaz do encontro do homem com Deus».

Desta mesma base procede a veneração na Igreja das relíquias dos santos, algo também próprio do cristianismo, explicou o Papa, pois «os santos cristãos, tendo sido partícipes da ressurreição de Cristo, não podem ser considerados simplesmente como ‘mortos’».

«O otimismo da contemplação natural (physike theoria), desse ver na criação visível o bom, o belo e o verdadeiro, este otimismo cristão, não é um otimismo ingênuo», acrescentou, mas «leva em conta a ferida infligida à natureza humana por uma liberdade de escolha querida por Deus e utilizada inapropriadamente pelo homem».

«Vemos, por uma parte, a beleza da criação e, por outra, a destruição causada pela culpa humana», acrescentou o Papa.

O Papa concluiu pedindo aos presentes que acolham esta doutrina «com os mesmos sentimentos dos cristãos de então».

«Deus quer descansar em nós, quer renovar a natureza também através de nossa conversão, quer tornar-nos partícipes de sua divindade. Que o Senhor nos ajude a fazer destas palavras substância de nossa vida.»

Fonte: Zenit.