Mensagem do dia (21/01/2022)

Santa Inês, cuja festa hoje celebramos, não teria podido morrer corporalmente por Deus sem antes estar espiritualmente morta para os desejos da terra. Elevada aos píncaros da virtude, sua alma desprezou os tormentos e calcou aos pés as recompensas. Foi conduzida à presença de reis e de governadores rodeados de soldados, porém, permaneceu firme, mais resistente que os verdugos, superior mesmo a quem a julgava. E nós, adultos cheios de fraqueza, que vemos mocinhas caminharem para o Reino dos Céus por meio da espada, que diremos, face a tais exemplos, nós que nos deixamos dominar pela cólera, inflar de orgulho, perturbar pela ambição e enxovalhar pela luxúria?

São Gregório Magno (Papa).

Mensagem do dia (06/04/2019)

O segredo do aperfeiçoamento social estará sempre baseado no aperfeiçoamento pessoal. Refazei o homem e refareis o mundo. Urge restituir ao homem o respeito por si mesmo e dar-lhe a honra adequada – é isto que o livrará de se curvar, covardemente, perante aqueles que ameaçam escravizá-lo e lhe dará coragem para defender sozinho, se preciso for, o que é justo, quando o mundo for injusto.

Venerável Fulton Sheen.

Mensagem do dia (02/03/2017)

Quando proclama a sua autonomia total de Deus, o homem contemporâneo torna-se escravo de si mesmo e encontra-se muitas vezes numa solidão desconsolada. Então, o convite à conversão é um impulso a voltarmos aos braços de Deus, Pai terno e misericordioso, a termos confiança nEle e a confiarmo-nos a Ele como filhos adotivos, regenerados pelo Seu amor.

Papa Bento XVI.

Mensagem do dia (22/07/2015)

Diz o Evangelista Lucas que de Maria Madalena Jesus fez sair sete demônios, ou seja, a salvou de uma total escravatura do mal. Em que consiste esta cura profunda que Deus realiza através de Jesus? Consiste em uma paz verdadeira, completa, fruto da reconciliação da pessoa consigo mesma e em todas as suas relações: com Deus, com os outros, com o mundo.

Papa Bento XVI.

Mensagem do dia (09/05/2013)

Ó Deus Todo-Poderoso, criador do ceu e da terra, se escutardes minha oração e me mostrardes como pôr ordem a minha vida de acordo com o seu Santo Nome, e me libertades de minhas amarras opressoras, então me comprometerei a vos servir todos os dias da minha vida. Darei as costas ao mundo e serei fiel apenas a vós.

São Pacômio.

Mensagem do dia (13/01/2013)

Fazendo-se batizar por João juntamente com os pecadores, Jesus começou a assumir sobre si o peso da culpa da humanidade inteira, como Cordeiro de Deus que “tira” o pecado do mundo. Obra que Ele cumpriu na cruz, quando recebeu também o seu “batismo”. De fato, ao morrer “imergiu-se” no amor do Pai e efundiu o Espírito Santo, para que os crentes n’Ele pudessem renascer daquela fonte inexaurível de vida nova e eterna. Toda a missão de Cristo se resume nisto: batizar-nos no Espírito Santo, para nos libertar da escravidão da morte e nos “abrirmos para o céu”, isto é, o acesso à vida verdadeira e plena.

Papa Bento XVI.

Mensagem do dia (04/04/2010)

Ele ressuscita; ressuscitai com Ele! Saí do túmulo do velho Adão, abandonai as vossas preocupações, as invejas, as inquietações, as ambições mundanas, a escravatura do hábito, o tumulto das paixões, os fascínios da carne, o espírito frio, terra a terra e calculista, a ligeireza, o egoísmo, a preguiça, a vaidade e as manias de grandeza. Esforçai-vos doravante por fazer o que vos parece difícil mas que não deveria, e não deve, ser negligenciado: velai, rezai e meditai.

Cardeal John Henry Newman.

Mensagem do dia (30/04/2009)

Nós fomos libertados de uma escravatura, não terrena, mas espiritual; fomos libertados, não só das tarefas desta terra, mas da mancha dos prazeres carnais. Escapamos, não aos contramestres egípcios ou ao tirano ímpio e impiedoso, homem como nós, mas aos demónios malignos e impuros que incitam a pecar, e ao chefe da sua raça, Satanás.

São Cirilo de Alexandria.

Por que se “desbatizar”?

Por Claudio de Cicco.

Li no jornal “O Estado de S.Paulo” do dia 13.04.2009, pág. A-14, que, na Argentina, algumas ONGs estão propondo um “desbatismo” coletivo para as pessoas que foram batizadas quando eram bebês na Igreja Católica e não desejam mais participar oficialmente dela, já que são atéias, agnósticas ou genericamente religiosas, mas indiferentes aos preceitos católicos. O movimento denominado “No em mi nombre”, ou seja, “Não em meu nome”, propõe aos argentinos que não se consideram mais católicos que enviem cartas aos bispos das cidades em que foram batizados para que “conste oficialmente dos registros da Igreja que não integram mais o rebanho”. Informa ainda o referido periódico que os ateus constituem um grupo em rápido crescimento naquele país, congregando 11,3 % da população.

Infelizmente, parece não se tratar de uma brincadeira de mau gosto, mas de um claro desejo de renegar o próprio Batismo. Inúmeras pessoas se proclamam “católicos não-praticantes” ou “católicos sem convicção”, mas, mesmo em tais casos, ninguém clara e abertamente deseja anular o ato que, quando recém-nascidos, as ligou à Igreja Católica. Portanto, trata-se de algo novo e radical, um repúdio público e notório do próprio Batismo.

Passado o primeiro choque, reparamos, no entanto, em algo curioso: se este ato coletivo de “desbatismo” provém do número crescente de ateus e agnósticos na Argentina, por que – supondo-se que o ateu não acredita em Deus, nem em Jesus Cristo, nem na Igreja Católica – formalizar o repúdio de algo que em sua descrença não existiu? Por que anular um ato em que nossos padrinhos, em nosso nome e para nosso benefício, renunciaram ao diabo, a suas pompas e obras? A menos que sejam pessoas que sabem o que significa o sacramento do Batismo e que se sentem incomodadas por terem sido batizadas, quer dizer não atéias propriamente.

Se for este, como parece, o caso, pode-se perguntar por que não querer estar unido a Alguém que passou pela Terra fazendo o bem, não ergueu a mão senão para curar, por que não querer nada com Jesus Cristo? Por que se desligarem oficialmente da Igreja, cujos Bispos são a continuidade histórica dos Apóstolos de Jesus? Quererão por acaso renegar a Cristo e voltar à servidão do Antagonista? Por que se desligarem de algo que não existe, se são ateus e incrédulos? Ou será que se esqueceram de que foi a Igreja Católica que acabou com a escravidão generalizada em todos os países pagãos da Antiguidade, que deu à mulher uma dignidade que as leis não lhe reconheciam, considerando-a mero objeto de prazer do homem? Que foi a Igreja que, cumprindo o mandato de seu Fundador, batizou e civilizou os bárbaros e construiu a Europa que hoje conhecemos? Então, me desculpem, mas não são ateus, nem agnósticos, pois para o ateu como para o agnóstico tudo isso não tem valor algum.

Por que não desejam mais que a Igreja aja em seu nome, “Não em meu nome”? Quando a Igreja faz campanha de agasalho aos pobres, recruta missionários para cuidar dos doentes, jovens para acolherem em creches e abrigos as crianças abandonadas por seus próprios pais? Por que não quererem os adeptos do “desbatismo” ter nenhuma participação nisso?

A que ponto chegamos! O desligamento da Igreja Católica sempre foi considerado uma terrível punição: os maiores potentados da História o temiam. Henrique IV, Imperador da Alemanha, esperou uma noite inteira na neve, rente às muralhas do castelo de Canossa, para que o papa São Gregório VII levantasse a excomunhão que sobre ele pesava. Na Inglaterra, o fato de ter excomungado um barão normando, amigo do rei Henrique II da Inglaterra, pela morte de um padre, levou o Arcebispo de Cantuária, São Tomás Becket a ser martirizado em sua própria catedral…. Então tudo isso é perda de tempo? O que diriam os adeptos do “desbatismo”?

Conta-se do célebre romancista francês J.K. Huysmans que ele passou a acreditar na presença de Cristo no Santíssimo Sacramento da Eucaristia, quando, convidado por conhecidos metidos a esotéricos, assistiu a uma “missa negra”, celebrada por um padre apóstata. Tais foram os insultos e obscenidades que viu, praticadas contra a hóstia que concluiu: “Deve ser mesmo o Corpo de Cristo, senão eles não perderiam tanto tempo com uma simples rodela de pão!” E se converteu ao Catolicismo, escrevendo livros edificantes como “A Catedral”.

De quem virá a ordem “Ide e desbatizai”? Certamente daquele Príncipe deste mundo, seguido por aqueles infelizes que, na dura expressão de São Pedro Apóstolo, “como cães voltaram ao seu vomito.” (II Pedro, 2,22).

Jesus, no entanto, disse a seus discípulos, com infinito amor: “Ide e ensinai a todos os povos, batizando-os em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo” (Mt, 28,19). De Huysmans, podemos tirar uma grande lição: nosso Batismo vale muito, pois nos marca com o sinal do Filho de Deus.

Fonte: Catolicanet.

Mensagem do dia (02/04/2009)

Como poderemos encontrar a liberdade, nós que somos escravos do mundo, escravos do dinheiro, escravos dos desejos da carne? Claro que me esforço por me corrigir, julgo-me a mim próprio, condeno as minhas faltas. Que os meus ouvintes examinem por seu lado o que pensam do seu próprio coração. Mas, digo-o de passagem, enquanto estiver preso a alguma destas coisas, não estou convertido ao Senhor, não atingi a verdadeira liberdade, porque ainda me deixo prender por tais preocupações.

Orígenes.