Entrevista com Dr. Edward Green: preservativos não são a solução para a AIDS

Prezados,

Ainda continuo impossibilitado de atualizar este blog com mais freqüência, devido a meus compromissos. Agradeço a todos aqueles que continuam acompanhando JORNADA CRISTÃ e prometo uma volta em breve, se Deus quiser.

Hoje publico uma entrevista importantíssima, dada pelo pesquisador Dr. Edward Green, da Universidade de Harvard, especialista na área de Saúde Pública e População e Desenvolvimento. O texto foi publicado originalmente no blog Contra o Aborto, do meu amigo William Murat, que o traduziu.

Peço que este texto seja divulgado amplamente por nós católicos, para que tenhamos cada vez mais noção da manipulação midiática que é movida contra a Igreja Católica, o Papa Bento XVI e a moral cristã. Para enviar a entrevista a conhecidos e amigos, basta clicar em “Enviar este texto“. Boa leitura e reflexão a todos.

Dr. Edward Green é pesquisador sênior na Harvard School of Public Health and Center for Population and Development Studies. Ele deu uma entrevista para o Ilsussidiario.net (nota: tal entrevista foi reproduzida aqui em JORNADA CRISTÃ e se encontra neste link) quando da visita do Papa Bento XVI à África onde ele declarou – como liberal e como médico/antropólogo – que ele compartilha substancialmente as visões do Papa sobre AIDS e o uso de preservativos. O professor Green divulgou um paper em um encontro sobre AIDS na recente Conferência de Rimini.

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No geral, os níveis de infecção por HIV estão caindo. A taxa de novas infecções tem caído já há 11 anos. (…) Serviu a propósitos políticos e financeiros para a obtenção de mais fundos continuar dizendo que a AIDS estava piorando cada vez mais e mais. (…) Há porém alguns poucos países onde o número de HIV está ainda em ascensão e os EUA é um deles.

Il Sussidiario: Dr. Green, qual é a situação geral em relação à AIDS? Os níveis de infecção serão reduzidos?

Dr. Edward Green: No geral, os níveis de infecção por HIV estão caindo. A taxa de novas infecções tem caído já há 11 anos. Em 2007 a UNAIDS finalmente admitiu que estas taxas estavam em queda. Serviu a propósitos políticos e financeiros para a obtenção de mais fundos continuar dizendo que a AIDS estava piorando cada vez mais e mais. Na verdade, o pico de infecções na África deu-se por volta do ano 2000. Há porém alguns poucos países onde o número de HIV está ainda em ascensão e os EUA é um deles. E aqui estamos nós, os EUA, dizendo aos africanos para fazer isto e aquilo, enquanto que nós não conseguimos resolver o problema em nosso próprio quintal. Nós deveríamos ajoelhar diante de um país como Uganda e aprender. Há outros países na África onde sabemos que o índice de infecções por HIV está decaindo, tais como Zâmbia, Quênia, Zimbábue, Etiópia, Malawi. E em cada caso a proporção relatada de homens e mulheres, que era de mais do que um parceiro sexual, caiu significativamente alguns anos antes de as taxas de infecção caírem.

Il Sussidiario: O senhor tem destacado algumas particularidades da África em relação a outras regiões, correto?

Dr. Edward Green: Mesmo dentro da África, há dois tipos básicos de epidemia por HIV, a generalizada e a concentrada. A generalizada é quando encontramos a infecção na população em geral. A concentrada quando ela está concentrada entre homens que fazem sexo com outros homens, usuários de drogas ou prostitutas. E apenas nestes países onde o HIV é majoritariamente concentrado entre prostitutas — e mesmo assim não quaisquer prostitutas, mas prostitutas de bordéis –, apenas nestes poucos países, tais como Tailândia e Camboja, há uma chance de termos um impacto nacional através de uma política centrada na distribuição de preservativos.

Il Sussidiario: Na sua prévia entrevista publicada no Ilsussidiario.net em março passado, o senhor concordava com as declarações do Papa Bento XVI sobre AIDS e preservativos durante sua visita à África. Poderia explicar melhor?

Dr. Edward Green: Bem… Podemos dizer que o Papa provavelmente não pensa que os preservativos sejam a resposta em lugar algum no mundo, e eu diria que cientificamente os preservativos têm funcionado em alguns poucos locais, como a Tailândia e o Camboja. A razão porque eu falei em concordância ao Papa foi porque ele não se referiu à abstinência, porque ele disse que as pessoas precisam ser responsáveis e também porque ele sempre fala sobre fidelidade ao matrimônio. Fui procurado por duas revistas de circulação nacional sobre o assunto, e eu disse que basicamente o Papa estava com a razão por tais motivos. Eu sabia que a parte que seria mais controversa seria quando o Papa disse que os preservativos poderiam até mesmo piorar o problema. De fato, por muitos anos já nós temos visto uma associação entre alta utilização de preservativos e altas taxas de infecção por HIV. E ao olharmos para as pessoas que estão sendo infectadas, elas tendem a ser usuários de preservativos. Conseguimos explicar este fenômeno desta forma: se existe uma tecnologia para redução dos riscos (preservativo), mas você se arrisca mais, a redução de riscos será anulada devido aos maiores riscos a que você se expôs.

No momento, o país que tem a mais alta taxa de HIV no mundo é a Suazilândia e eu vivi lá por quatro anos, de forma que conheço bem sua realidade. A campanha atual por lá diz basicamente que sexo é divertido e o slogan da campanha é “Camisinha, onde a diversão está”.

Il Sussidiario: Durante a visita do Papa a Uganda, Sra. Museveni, a Primeira-Dama, escreveu um artigo que publicamos, onde ela reforça a importância da educação da população para o sucesso na luta contra a AIDS. Qual a sua opinião sobre o papel da educação como uma ferramenta para combater o HIV?

Dr. Edward Green: Esta deveria ser a principal arma para combater a AIDS. Uganda não tinha dinheiro para medicamentos. O presidente declarou que eles não conseguiam obter medicamentos vitais e nem mesmo medicamentos tais como drogas anti-malária ou aspirina. Como poderiam conseguir obter preservativos suficientes para todos? Então os preservativos não eram a solução. Ela teria de vir com palavras tais como “respeite sua esposa” e “respeita seu marido”. “Jovens, mantenham-se castos, adiem o início da vida sexual”. Há muito tempo para ter uma vida sexual quando se é adulto, mas, quando se é adolescente, deve-se aguardar, para que não haja preocupações. E deve-se fazer as pessoas terem medo de serem contaminadas por AIDS. Eu mostrei slides de crânios e ossos. Isto é contrário à abordagem da mídia global à AIDS. No momento, o país que tem a mais alta taxa de HIV no mundo é a Suazilândia e eu vivi lá por quatro anos, de forma que conheço bem sua realidade. A campanha atual por lá diz basicamente que sexo é divertido e o slogan da campanha é “Camisinha, onde a diversão está”.

Il Sussidiario: É impressionante o fato de que a AIDS está sempre nas manchetes e uma doença como a malária, que é epidêmica e letal como a AIDS, não tenha o mesmo nível de atenção na mídia.

Dr. Edward Green: Correto. Há muito dinheiro indo para a AIDS e, pela primeira vez durante um grande esforço na área de saúde, o dinheiro não está indo para a prevenção mas para o tratamento, e tratamento é muito caro. Não há paralelo de tal coisa. Isto acontece porque grupos ativistas continuam demandando mais e mais dinheiro. Não importa o quanto se dê, jamais é suficiente. O que eu disse em minha palestra é que o programa mais efetivo que o mundo já viu foi o de Uganda no final dos anos 80 e início dos 90. No final dos anos 80 o programa custava US$ 0,23 por cada pessoa anualmente. Hoje Uganda está sendo inundada por doações de dinheiro, não tanto quanto de outros países, mas agora os doadores estão gastando por volta de 8 vezes mais que anteriormente e o HIV está começando a mostrar uma ascensão. A maior história de sucesso mundial de combate à AIDS está sendo posta em perigo porque doadores internacionais, meu país inclusive, têm feito pressão para que Uganda se conforme ao que é comumente feito em outros países, para que dê ênfase aos preservativos, nos diagnósticos, no tratamento de DSTs, no tratamento de AIDS, e para que deixe de lado os ensinamentos para que que cada pessoa permaneça com um parceiro, seja fiel. Sim, é isto mesmo, o custo aumentou e a efetividade caiu. E ainda assim estão culpando não haver preservativos suficientes.

Il Sussidiario: Como o senhor lida com todo o preconceito contra sua posição não-convencional?

Dr. Edward Green: A primeira vez que estive em Uganda, em 1993, passei apenas uma semana lá mas pude pude ver que era um programa diferente e que ganhara alguma fama já em 1988. Eu fazia um trabalho no Caribe e na República Dominicana e lá havia um tipo difeente de epidemia, com muitas infecções entre prostitutas e por isto eles tinham um agressivo programa de distribuição de preservativos. Eu o avaliei e produzi um paper sobre o assunto e este tornou-se bem popular de tal forma que eu estive nos noticiários. Tive meus 15 minutos de fama como dizem. Quando retornei após minha primeira semana em Uganda, meu pai foi uma das primeiras pessoas a quem eu contei o que lá acontecia. Meu pai era muito conhecido no campo de estudos populacionais. Ele foi o primeiro embaixador de assuntos populacionais do Departamento de Estado e ele estava nos conselhos de todas organizações de planejamento familiar. Ele viu imediatamente a significância do que eu estava dizendo: porque é melhor, muito melhor que preservativos. Eu lhe disse que não sabia ainda se eu estava certo. E com todos com quem eu falava, à exceção dos ugandenses, todos os especialistas de vários países diziam que eu estava errado. Era o ano de 1993 e eu tinha a certeza que o programa não iria para frente. De toda forma, quando eu realmente tive de falar, em 1998 e em 2001, eu mais ou menos declarei guerra à máfia da AIDS. Há um artigo em uma recente revista Forbes que fala de mim declarando uma “jihad” contra a máfia da AIDS em 2001.

Tenho amigos que não mais falam comigo. As pessoas pensam que sou um traidor. Eu venho do meio que estuda o planejamento familiar, de tal forma que a Igreja Católica é encarada como o inimigo e nós somos muito polarizados nos EUA sobre tal assunto. (…) A razão porque o paradigma ainda não mudou é parcialmente porque há uma indústria multibilionária e esta indústria quer que as coisas continuem como estão e em parte porque existe a forte crença de que liberdade sexual é mais importante do que a vida humana. Algums destes ativistas gays dizem: “Eu defenderei a liberdade sexual até a morte do último africano”.

Il Sussidiario: E isto foi frustrante?

Dr. Edward Green: Sim, muito. Isto machuca. Tenho amigos que não mais falam comigo. As pessoas pensam que sou um traidor. Eu venho do meio que estuda o planejamento familiar, de tal forma que a Igreja Católica é encarada como o inimigo e nós somos muito polarizados nos EUA sobre tal assunto. E todos pensam que se você acredita no Programa ABC (“Abstinence, Be faithful, Condom” — Abstinência, Fidelidade, Preservativos) você deve ser um correlegionário do Bush. Eu digo que não, que jamais o apoiei. Eu escrevi dois livros recentemente, um tem por título “AIDS and Ideology” e o outro, “AIDS e Behavior”. Eles ainda não estão finalizados. Em “AIDS e Ideologia” eu digo que a razão porque o paradigma ainda não mudou é parcialmente porque há uma indústria multibilionária e esta indústria quer que as coisas continuem como estão e em parte porque existe a forte crença de que liberdade sexual é mais importante do que a vida humana. Algums destes ativistas gays dizem: “Eu defenderei a liberdade sexual até a morte do último africano”. Quero dizer, porém, que há gays que me apóiam, há organizações gays que advogam fidelidade de monogamia, mas ninguém sabe disto.

Il Sussidiario: E não se pode fazer nada contra a liberdade sexual. Quem come em demasia e ganha peso, corre o risco de perder a assistência médica, mas a liberdade sexual não pode ser contestada. Por que isto é assim?

Dr. Edward Green: Os ativistas que influenciam a política sobre AIDS construíram um muro ao redor do comportamento sexual, protegendo-o de qualquer tentativa de mudança. Eles fizeram a prevenção contra a AIDS uma simples matéria de adoção de tecnologia (preservativos, drogas), mas não de mudança de comportamento. Estou feliz em dizer que esta situação está mudando lentamente e que o perigo de se ter múltiplos parceiros está finalmente sendo reconhecido, pois esta evidência não pode ser ignorada para sempre.

Il Sussidiario: Ao final podemos dizer que o ponto principal é um uso responsável do sexo e das relações sexuais. E esta é uma uma atitude humana em geral, não necessariamente religiosa ou católica. Qual sua opinião sobre isto?

Dr. Edward Green: Concordo. Concordo com esta declaração: o ponto essencial é o sexo responsável e baseado em confiança e respeito mútuo. Não importa se você é católico ou protestante ou heterossexual ou gay. Há algumas organizações gays que advogam fidelidade e sexo de baixo risco. Mas nunca se ouve sobre tais organizações porque elas são sufocadas pelos gritos de grupos ativistas que dominam a mídia e o debate sobre AIDS.

Um exemplar entre os discípulos de Dawkins está grunhindo! Que gracinha!

Parabéns Richard Dawkins! O inimigo mortal dos babacas, trouxas e covardes teístas! Babam de raiva porque ele demonstra de forma racional e culta o absurdo na crença dessa farsa chamada Deus!

Por absoluta falta de tempo, eu ainda não havia escrito por aqui sobre ateísmo militante. Claro, há que se fazer uma diferenciação entre ateus e o ateísmo militante. A fé é um mistério; a ausência de fé, também o é. Tenho enorme respeito pela experiência individual de cada pessoa, e acredito que todos devemos ser compreensivos a esse respeito. Ninguém pode se considerar superior ou inferior a outrem em virtude de sua crença… ou da ausência dela. Não acreditar em Deus não é sinônimo, necessariamente, de indiferença para com o próximo ou de desinteresse para com as questões metafísicas. Isso pode acontecer em virtude de uma série de fatores.

Mas o ateísmo militante é uma aberração que tenta “sistematizar” um sistema de “não-crenças”, que por si só não possuem uma fundamentação comum. E é impressionante como o discurso é o mesmo, o da arrogância, prepotência, empáfia, que no fundo revelam um claro, óbvio, evidente complexo de inferioridade. Afinal de contas, se fossem tão superiores assim àqueles que acreditam em Deus, não precisariam de tanta publicidade para convencerem os outros… da própria inteligência e racionalidade: provariam isso refutando e debatendo. Na realidade, estão inconscientemente querendo convencer a si mesmos de sua pretensa superioridade intelectual, por se autoproclamarem “racionais” e “cultos”, como se todos os crentes do mundo fossem automaticamente “irracionais” e “incultos”.

É claro que o ridículo dessa gente ultrapassa todos os limites do bom senso e a atenção desmedida que recebem por parte da mídia só pode ser explicada pela total irracionalidade que tomou conta da cultura ocidental nas últimas décadas. Uma coisa é um ateu questionar a existência de Deus, tecer críticas, exigir esclarecimentos. Outra coisa, bastante diferente, é logo de saída rebaixar seus oponentes na discussão – coisa que Dawkins e sua laia fazem com bastante freqüência.

O comentário acima ilustra muito bem como funciona (ou não funciona…) o cérebro de um miltante ateísta. Como já dizia Chesterton, quando a pessoa deixa de acreditar em Deus, passa a acreditar em qualquer tolice. O mané aí apenas trocou a adoração a Deus pela adoração a um idiota como Dawkins.

A partir daí, rebaixa aqueles que pensam de outra forma: taxa-os de “babacas, trouxas e covardes teístas”. O nível de indigência intelectual do sujeito é tão alarmante, que coloca num mesmo balaio todos aqueles que crêem na existência de Deus ou do transcendente, como se tudo fosse a mesma coisa. Pode até ser sim, mas para pessoas completamente tomadas pelo ateísmo fanático.

O mais patético é o raivoso aí dizer que os “teístas” (???) é que “babam de raiva”. Ora, insultar de forma gratuita o adversário com tais termos utilizados no comentário é o quê? Para uma mentalidade tão inculta e primitiva, deve fazer parte de suas regras de etiqueta. Claro, claro, os outros é que babam de raiva. Esse aí é um gentleman. Bem, quem sabe lá na pocilga de onde veio ele realmente o seja…

Dawkins é uma farsa. Ele não demonstra nada, não sabe e nem quer saber o que seja a diferença entre imanência e transcendência. Obviamente, também não dá para esperar isso de alguém que lambe seus sapatos. Dawkins não tem cultura nenhuma para analisar e refutar argumentos filosóficos. Pode ser que no seu campo de conhecimento, Dawkins tenha sua relevância e méritos; mas nesse debate, sobre a existência ou não de Deus, o que faz é apenas aparecer e seduzir tietes descerebradas, pois seus conhecimentos a respeito são ridículos.

O grau de incultura de Dawkins pode ser medido em artigo publicado na Folha de São Paulo (sempre ela…) de 25/08/2007. Vejam como se inicia o texto:

A América, fundada em meio ao secularismo como farol do iluminismo do século 18, está se tornando vítima da política religiosa –uma circunstância que teria chocado seus fundadores.

Não pretendo analisar o artigo em sua totalidade aqui neste post, mas apenas sua frase inicial, que já é suficiente para demoli-lo por inteiro. E por quê? Ora, Dawkins está partindo do pressuposto que os Estados Unidos foram fundados como nação “laica” e que isso quer dizer que a religião não teve papel relevante na origem do estado americano. E a partir desta “constatação”, profere absurdos tais como os religiosos atribuírem “mais valor a células embrionárias que a pessoas adultas” ou então comparar a direita religiosa norte-americana ao Talebã – quantos atentados os militantes conservadores praticaram, mesmo? Para a mentalidade “pogreçista” de Dawkins, estado laico é aquele que exclui a religião dos debates públicos, ou seja, todos os pontos de vista são lícitos, menos os que tenham alguma fundamentação religiosa. Os Estados Unidos, garante Dawkins, foram fundados “em meio ao secularismo”, portanto sempre mantiveram a religião afastada dos debates políticos, e isso expresso pelos próprios “Founding fathers”. E aí está seu erro abismal.

Dawkins não sabe a diferença entre a tradição iluminista inglesa, inspiração para a independência norte-americana e para a fundação do país, e a tradição iluminista francesa, de onde brotou a revolução francesa. A primeira jamais negou as raízes cristãs da civilização ocidental e da própria Inglaterra. O iluminismo francês, de Voltaire, Diderot e companhia, é que é anticlerical e “secularista” no sentido de excluir a religião da política até o último fio de cabelo. A fundamentação da declaração de independência e da constituição dos Estados Unidos é claramente bíblica, conforme demonstrado por Benjamin F. Morris no livro The Christian Life and Character of the Civil Institutions of the United States. Claro que Dawkins não leu esse livro para refutá-lo, porque ele é o tipo do sujeito que só lê o que lhe convém.

Este, portanto, é um pequeno mas significativo exemplo da má fé do cara, que parte de um pressuposto completamente equivocado para, a partir disso, desenvolver seu “raciocínio”. Este é o ídolo cultuado pelo comentarista aí de cima, que chama a Deus de “farsa”. Deve ser efeito de alguma coisa que botaram na lavagem dele, coitadinho.

Para encerrar este post, uma citação de Chesterton…

Doutrinas espirituais na verdade não limitam a mente como fazem as negações materialistas. Mesmo que eu creia em imortalidade eu posso não pensar sobre isso. Mas se eu descreio na imortalidade eu devo não pensar nisso.

No primeiro caso, a estrada está aberta e eu sigo por ela até onde eu desejar; no segundo caso, a estrada está fechada.

… e link para textos de Olavo de Carvalho a respeito:

Respeito é uma via de duas mãos

Cristãos hostilizados por manifestar oposição à homossexualidade

Por Padre John Flynn, LC

ROMA, domingo, 7 de junho de 2009 (Zenit.org).– A questão de legalizar casamentos entre pessoas do mesmo sexo continua a estar em primeiro plano nos debates. Há alguns dias, o Supremo Tribunal Californiano acolheu um referendo que alterou a Constituição Estadual para restringir casamentos a casais heterossexuais.

O referendo invalidou uma decisão anterior do Supremo Tribunal, que resultara na legalização do casamento do mesmo sexo.

Nas semanas que antecederam à última decisão, o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi legalizado em três Estados. Como resultado, cinco Estados agora permitem tais casamentos –Massachusetts, Connecticut, Maine, Vermont e Iowa.

Como sublinhou o artigo de 27 de maio do Washington Post, quatro destes Estados estão no Nordeste, e a exceção, Iowa, viu a legalização introduzida através de uma decisão da Suprema Corte, e não por votação do legislativo.

Um elemento importante nos debates sobre a questão tem sido o de liberdade religiosa. Em uma coluna do New York Times do dia 23 de maio, Peter Steinfels comentou que uma proposta para legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo em New Hampshire tinha estagnado devido ao governador John Lynch insistir em que ele iria apenas assinar o projeto de lei se tivesse mais garantias para proteger as instituições religiosas.

Esta proposta foi rejeitada pela Câmara dos Representantes. A experiência em New Hampshire pode muito bem influenciar debates em outros estados, como Nova York, Steinfels observa.

Liberdade religiosa

Quanto à introdução do casamento entre pessoas do mesmo sexo, ela ameaça a liberdade religiosa? Uma análise recente da questão veio de perguntas e respostas no fórum patrocinado pela Pew Forum on Religion and Public Life. Na transcrição, publicada em 21 de Maio, professores do The George Washington University Law School discutiram os possíveis conflitos.

Opositores ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, eles observaram, estão preocupados que a pregação contra a homossexualidade nos sermões torne-se uma ofensa criminal.

Outras preocupações envolvem instituições religiosas, como hospitais e universidades, que estão temerosos em relação a serem obrigados a fornecer os mesmos benefícios aos casais do mesmo sexo, como atualmente fazem para os casais heterossexuais.

Este não é apenas um exame teórico. Em 2006, a Catholic Charities em Massachusetts teve de parar seu serviço de adoção, pois as leis estaduais antidiscriminação foram alteradas, tornando obrigatória, para as agências, a oferta de crianças para adoção por casais do mesmo sexo.

Outra área de preocupação envolve empresas privadas e pessoas que tenham objeções religiosas ao casamento do mesmo sexo. Isto poderia envolver aqueles que prestam serviços para casamentos ou alugar imóveis.

Em seus comentários, os professores admitiram que a situação legal de tais objeções religiosas não foi examinada. Batalhas judiciais, até agora, têm se concentrado, principalmente, sobre a questão de saber se os Estados devem reconhecer o casamento do mesmo sexo.

Proteção necessária

Até agora, os religiosos opositores não tiveram um bom desempenho nas decisões judiciais, de acordo com um artigo publicado no dia 10 de Abril pelo Washington Post.

Entre os exemplos citados foram os seguintes:

— Uma fotógrafa cristã foi forçada pela Comissão dos Direitos Civis do Novo México a pagar US$ 6.637 em custos de advogado depois que ela se recusou a fotografar a cerimônia de compromisso de um casal do mesmo sexo.

— Uma psicóloga na Geórgia foi despedida depois que ela se recusou, por motivos religiosos, a aconselhar uma lésbica sobre seu relacionamento.

— Doutores em fertilização, cristãos, na Califórnia, que se recusaram a inseminar artificialmente uma paciente lésbica foram barrados pelo Supremo Tribunal do Estado por invocar as suas crenças religiosas para recusar o tratamento.

— Um grupo de estudantes cristãos não foi reconhecido em uma faculdade de direito da Universidade da Califórnia pelo fato da agremiação negar filiação a quem pratica sexo fora do casamento tradicional.

— Um site de namoro on-line, eHarmony, criado por um cristão evangélico, Neil Clark Warren, teve de aceitar prestar serviços a homossexuais, após ser processado por um homem de Nova Jersey, que acusou o site de discriminação.

Um artigo publicado no dia 3 de maio no “Los Angeles Times” deu um parecer que apelou para uma maior proteção jurídica para os opositores, por motivos religiosos, ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Robin Wilson, um professor da Escola de Direito da Universidade Washington & Lee, argumentou que, até agora, nenhum Estado tem fornecido garantias suficientes de liberdade religiosa ao legalizar casamentos do mesmo sexo.

Wilson admitiu que a legislação em Connecticut e Vermont continham disposições para a objeção de consciência, mas as cláusulas ainda não fornecem uma proteção suficiente para as pessoas, tais como os conselheiros matrimoniais, decoradores, e fotógrafos.

“Devido a essas leis, muitas pessoas poderiam ter de escolher entre a consciência e o ganha pão”, disse Wilson.

Conflitos no emprego

A Grã-Bretanha também tem vivido muitos conflitos e batalhas jurídicas sobre este assunto. Recentemente as Igrejas manifestaram receio de que as novas leis antidiscriminação vão obrigá-las a aceitar pedidos de emprego por homossexuais, informou o jornal Telegraph, no dia 20 de maio.

A legislação entrará em vigor no próximo ano, mas até recentemente as Igrejas esperavam uma proibição. Esta expectativa foi derrubada quando em uma recente conferência, Maria Eagle, vice-ministra das igualdades, disse que a lei irá abranger praticamente todos os empregados das Igrejas.

“As circunstâncias em que as instituições religiosas podem praticar qualquer coisa menos do que a plena igualdade estão longe e são poucas”, disse ela, de acordo com o Telegraph.

A Cláusula da Igualdade, ainda a ser definitivamente aprovado pelo Parlamento, dá uma interpretação restrita para os papéis a partir do qual é possível excluir homossexuais com base em objeções religiosas. Seria limitado somente para aqueles que levam a liturgia ou passam a maior parte de seu tempo ensinando a doutrina.

Cristãos que se opuserem à homossexualidade estão sendo cada vez mais pressionados na Grã-Bretanha. Essas pessoas foram descritas como “homofóbicos retardados” pela Associação Britânica para a Adoção e Fomento, uma agência estatal de financiamento, reportou o jornal Daily Mail no dia 14 de maio.

A agência estabelece regras e organiza a formação de trabalhadores sociais em todo o país, de acordo com o artigo.

O Daily Mail citou Patricia Morgan, autora de um estudo de adoção gay, que disse: “É lamentável que eles não queiram discutir os prós e os contras da adoção gay. Eles só se preocupam com os casos de abusos.”

Conflitos no Trabalho

Uma série de casos recentes demonstram que os cristãos enfrentam o risco de perder os seus empregos se expressarem as objeções de suas consciências. David Booker, um trabalhador de caridade, foi suspenso por duas semanas na sequência de uma conversa que teve com outro membro da chefia em que ele falou de sua oposição ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, reportou o jornal Telegraph em 11 de abril.

Booker insistiu que ele não é um intolerante e apenas tinha se limitado a manifestar a sua opinião pessoal. Seu colega também tinha assegurado que ele estava expressando suas opiniões e que elas não foram ofensivas, acrescentou o artigo do Telegraph.

Em 22 de março, o Telegraph havia relatado o caso dos proprietários de um hotel, Pedro e Hazelmary Bull. Um casal do mesmo sexo processou os proprietários cristãos de um hotel à beira-mar que se recusaram a alugar-lhes um quarto.

Novas regulamentações acrescentadas à Lei da Igualdade, em 2007, tornam ilegal recusar a uma pessoa mercadoria ou acessórios em razão da sua sexualidade.

Outro caso envolveu uma escrivã empregada pelo Conselho Islington no Norte de Londres. Lillian Ladele se negou a realizar cerimônias de parceria civil do mesmo sexo. O Conselho ganhou um recurso contra uma decisão anterior que o tinho considerado culpado de discriminação contra Ladele e suas opiniões, relatou a BBC no último 19 de dezembro.

A sentença fez notar, contudo, que nem todos do conselho da equipe de gerenciamento trataram as crenças de Ladele com sensibilidade.

Durante décadas defensores dos direitos dos homossexuais têm feito apelos à tolerância e compaixão. Qualidades que infelizmente faltam agora que eles estão cada vez mais a ganhar reconhecimento legal.

Fonte: Zenit.

Cem anos de pedofilia

Por Olavo de Carvalho.

Na Grécia e no Império Romano, o uso de menores para a satisfação sexual de adultos foi um costume tolerado e até prezado. Na China, castrar meninos para vendê-los a ricos pederastas foi um comércio legítimo durante milênios. No mundo islâmico, a rígida moral que ordena as relações entre homens e mulheres foi não raro compensada pela tolerância para com a pedofilia homossexual. Em alguns países isso durou até pelo menos o começo do século XX, fazendo da Argélia, por exemplo, um jardim das delícias para os viajantes depravados (leiam as memórias de André Gide, “Si le grain ne meurt”).

Por toda parte onde a prática da pedofilia recuou, foi a influência do cristianismo — e praticamente ela só — que libertou as crianças desse jugo temível.

Mas isso teve um preço. É como se uma corrente subterrânea de ódio e ressentimento atravessasse dois milênios de história, aguardando o momento da vingança. Esse momento chegou.

O movimento de indução à pedofilia começa quando Sigmund Freud cria uma versão caricaturalmente erotizada dos primeiros anos da vida humana, versão que com a maior facilidade é absorvida pela cultura do século. Desde então a vida familiar surge cada vez mais, no imaginário ocidental, como uma panela-de-pressão de desejos recalcados. No cinema e na literatura, as crianças parecem que nada mais têm a fazer do que espionar a vida sexual de seus pais pelo buraco da fechadura ou entregar-se elas próprias aos mais assombrosos jogos eróticos.

O potencial politicamente explosivo da idéia é logo aproveitado por Wilhelm Reich, psiquiatra comunista que organiza na Alemanha um movimento pela “libertação sexual da juventude”, depois transferido para os EUA, onde virá a constituir talvez a principal idéia-força das rebeliões de estudantes na década de 60.

Enquanto isso, o Relatório Kinsey, que hoje sabemos ter sido uma fraude em toda a linha, demole a imagem de respeitabilidade dos pais, mostrando-os às novas gerações como hipócritas sexualmente doentes ou libertinos enrustidos.

O advento da pílula e da camisinha, que os governos passam a distribuir alegremente nas escolas, soa como o toque de liberação geral do erotismo infanto-juvenil. Desde então a erotização da infância e da adolescência se expande dos círculos acadêmicos e literários para a cultura das classes média e baixa, por meio de uma infinidade de filmes, programas de TV, “grupos de encontro”, cursos de aconselhamento familiar, anúncios, o diabo. A educação sexual nas escolas torna-se uma indução direta de crianças e jovens à prática de tudo o que viram no cinema e na TV.

Mas até aí a legitimação da pedofilia aparece apenas insinuada, de contrabando no meio de reivindicações gerais que a envolvem como conseqüência implícita.

Em 1981, no entanto, a “Time” noticia que argumentos pró-pedofilia estão ganhando popularidade entre conselheiros sexuais. Larry Constantine, um terapeuta de família, proclama que as crianças “têm o direito de expressar-se sexualmente, o que significa que podem ter ou não ter contatos sexuais com pessoas mais velhas”. Um dos autores do Relatório Kinsey, Wardell Pomeroy, pontifica que o incesto “pode às vezes ser benéfico”.

A pretexto de combater a discriminação, representantes do movimento gay são autorizados a ensinar nas escolas infantis os benefícios da prática homossexual. Quem quer que se oponha a eles é estigmatizado, perseguido, demitido. Num livro elogiado por J. Elders, ex-ministro da Saúde dos EUA (surgeon general — aquele mesmo que faz advertências apocalípticas contra os cigarros), a jornalista Judith Levine afirma que os pedófilos são inofensivos e que a relação sexual de um menino com um sacerdote pode ser até uma coisa benéfica. Perigosos mesmo, diz Levine, são os pais, que projetam “seus medos e seu próprio desejo de carne infantil no mítico molestador de crianças”.

Organizações feministas ajudam a desarmar as crianças contra os pedófilos e armá-las contra a família, divulgando a teoria monstruosa de um psiquiatra argentino segundo a qual pelo menos uma entre cada quatro meninas é estuprada pelo próprio pai.

A consagração mais alta da pedofilia vem num número de 1998 do “Psychological Bulletin”, órgão da American Psychological Association. A revista afirma que abusos sexuais na infância “não causam dano intenso de maneira pervasiva”, e ainda recomenda que o termo pedofilia, “carregado de conotações negativas”, seja trocado para “intimidade intergeracional”.

Seria impensável que tão vasta revolução mental, alastrando-se por toda a sociedade, poupasse miraculosamente uma parte especial do público: os padres e seminaristas. No caso destes somou-se à pressão de fora um estímulo especial, bem calculado para agir desde dentro. Num livro recente, “Goodbye, good men”, o repórter americano Michael S. Rose mostra que há três décadas organizações gays dos EUA vêm colocando gente sua nos departamentos de psicologia dos seminários para dificultar a entrada de postulantes vocacionalmente dotados e forçar o ingresso maciço de homossexuais no clero. Nos principais seminários a propaganda do homossexualismo tornou-se ostensiva e estudantes heterossexuais foram forçados por seus superiores a submeter-se a condutas homossexuais.

Acuados e sabotados, confundidos e induzidos, é fatal mais dia menos dia muitos padres e seminaristas acabem cedendo à geral gandaia infanto-juvenil. E, quando isso acontece, todos os porta-vozes da moderna cultura “liberada”, todo o establishment “progressista”, toda a mídia “avançada”, todas as forças, enfim, que ao longo de cem anos foram despojando as crianças da aura protetora do cristianismo para entregá-las à cobiça de adultos perversos, repentinamente se rejubilam, porque encontraram um inocente sobre o qual lançar suas culpas. Cem anos de cultura pedófila, de repente, estão absolvidos, limpos, resgatados ante o Altíssimo: o único culpado de tudo é… o celibato clerical! A cristandade vai agora pagar por todo o mal que ela os impediu de fazer.

Não tenham dúvida: a Igreja é acusada e humilhada porque está inocente. Seus detratores a acusam porque são eles próprios os culpados. Nunca a teoria de René Girard, da perseguição ao bode expiatório como expediente para a restauração da unidade ilusória de uma coletividade em crise, encontrou confirmação tão patente, tão óbvia, tão universal e simultânea.

Quem quer que não perceba isso, neste momento, está divorciado da sua própria consciência. Tem olhos mas não vê, tem ouvidos mas não ouve.

Mas a própria Igreja, se em vez de denunciar seus atacantes preferir curvar-se ante eles num grotesco ato de contrição, sacrificando pro forma uns quantos padres pedófilos para não ter de enfrentar as forças que os injetaram nela como um vírus, terá feito sua escolha mais desastrosa dos últimos dois milênios.

Fonte: site de Olavo de Carvalho.

Quem protesta contra Obama é… racista!

Vejam notícia publicada na edição online da Folha de São Paulo. Em seguida, meu comentário.

15/05/2009 – 20h58
Padre e ex-presidenciável são presos em protesto contra homenagem a Obama

colaboração para a Folha Online

O ex-pré-candidato republicano à Presidência Alan Keyes, um padre católico e outros 19 manifestantes antiaborto foram presos nesta sexta-feira em Indiana depois de marcharem no campus da Universidade de Notre Dame para protestar contra uma homenagem que o presidente Barack Obama vai receber no local no próximo domingo.

Esta é a terceira sexta-feira seguida em que manifestantes são detidos no campus. Eles protestam contra a decisão da universidade católica de conceder a Obama, que apoia o direito ao aborto e pesquisas com células-tronco embrionárias, um título de doutor honoris causa, além de convidá-lo a fazer o discurso de abertura do ano universitário.

“Notre Dame está prendendo um padre”, disse o fundador do grupo contra o aborto Cordeiros de Cristo, padre Norman Weslin, enquanto seguranças da universidade colocavam algemas de plástico em seus punhos. “Por que vocês estão prendendo um padre por tentar parar o assassinato de um bebê?”

Weslin, que tem 78 anos e já foi preso dezenas de vezes por fazer bloqueios em frente a clínicas de aborto, foi levado pelos seguranças em uma maca. Ele e dois outros manifestantes foram acusados de resistir à detenção.

Todos os 21 detidos foram acusados de invasão. Keyes, que não ganhou nenhuma primária estadual republicana antes da eleição do ano passado, vão ficar detidos até segunda-feira (18), porque esta foi a segunda vez que foram detidos por invadir Notre Dame, disse o sargento Bill Redman, porta-voz do Departamento de Polícia do Condado de St. Joseph. Uma fiança de US$ 250 foi estabelecida para os demais. Nenhum dos detidos é estudante da universidade.

A decisão da universidade de homenagear um defensor de teses opostas aos ensinamentos da Igreja Católica levou a reações contrárias de ex-alunos e religiosos. Cerca de 70 bispos americanos protestaram contra a decisão do reitor de Notre Dame, padre John Jenkins.

Em 8 de maio, Keyes e outros 21 manifestantes foram detidos em Notre Dame empurrando carrinhos de bebê com bonecos cobertos de sangue falso.

Nesta sexta-feira não houve carrinhos de bebê ou bonecos ensanguentados, mas alguns dos manifestantes levavam placas com a frase “Defendam a honra dela, levantem-se e lutem pelos não nascidos”, uma aparente referência a Nossa Senhora –Notre Dame, em francês.

Cerca de 35 pessoas estavam segurando cartazes antiaborto em frente ao portão da universidade pouco antes do meio-dia quando um grupo de cerca de 40 pessoas lideradas por Keyes e pelo ativista Randall Terry chegou. Eles interromperam a marcha por um momento, rezaram e ouviram as palavras de Keyes, que perdeu para Obama nas eleições para o Senado dos EUA por Illinois, em 2004.

“Não é coerente com o amor de Deus homenagear aqueles que rejeitaram em princípio o grande dom do amor”, disse Keyes.

Depois de discursar, Keyes liderou um grupo menor para dentro do campus. Eles andaram por cerca de cem metros antes de serem parados por seguranças da universidade.

Keyes detido imediatamente, e os outros foram aconselhados a abandonar o campus sob o risco de serem presos.

Terry não entrou no campus, dizendo que não queria ser preso porque tinha de permanecer livre para liderar mais protestos no sábado e no domingo.

Para os idiotas e débeis mentais que repetem à exaustão slogans tipo “quem critica Obama é racista” ou “Obama incomoda porque ele é negro”, apresento-lhes o diplomata e político norte-americano Alan Keyes:

Sejam honestos: ele é ou não é muito mais negão que o Obama? Pelo menos, ele é cidadão norte-americano legítimo. Re, re, re…

Igreja americana critica decisão de Obama de financiar pesquisa com embriões

Trata-se de «uma vitória da política sobre a ciência», afirma o cardeal Rigali

WASHINGTON, D.C., terça-feira, 10 de março de 2009 (ZENIT.org).- O presidente do Comitê para Atividades Pró-Vida da Conferência Episcopal dos Estados Unidos, cardeal Justin Rigali, criticou duramente em um comunicado a última ordem executiva do presidente Barack Obama, que permitirá usar fundos federais, procedentes dos impostos, para a pesquisa com células-tronco embrionárias.

O purpurado, arcebispo da Filadélfia, afirma que esta disposição «supõe uma triste vitória da política sobre a ciência e sobre a ética».

«Esta ação é moralmente equivocada porque promove a destruição de vidas humanas inocentes, tratando seres humanos vulneráveis como meros produtos a serem armazenados.»

Por outro lado, critica o cardeal Rigali, esta ordem «não leva em consideração a opinião de milhões de contribuintes americanos, que se opõem a uma pesquisa que requer a eliminação de vidas humanas. Ignora, enfim, o fato de que os meios eticamente corretos para levar adiante a pesquisa com células-tronco e as terapias são facilmente disponíveis e necessitam de mais apoio».

O purpurado cita também uma carta de 16 de janeiro do cardeal Francis George, presidente da Conferência Episcopal, na qual pedia a Obama que não tomasse esta decisão, destacando três razões pelas quais esta pesquisa «é inútil nestes momentos».

Em primeiro lugar, escreveu, «a pesquisa sobre as potencialidades das células-tronco embrionárias pode ser feita usando as linhas celulares atualmente disponíveis e as centenas de linhas produzidas com fundos não-federais desde 2001».

Em segundo lugar, «muitos cientistas pensam que os notáveis progressos recentes na reprogramação das células-tronco adultas – aclamada pela revista Science como descoberta do ano – farão que as células embrionárias tornem-se irrelevantes para o progresso médico».

Em terceiro lugar, acrescentava o cardeal George, «sabe-se que as células-tronco adultas e do cordão umbilical têm uma grande versatilidade e são usadas cada vez mais para curar doenças graves e para reconstruir órgãos feridos».

A ordem do presidente Obama retira a proibição – que o presidente George W. Bush havia aprovado – de financiar este tipo de pesquisa com fundos federais.

Fonte: Zenit.

Empresário católico contrário ao “casamento” gay estimula católicos a “ficarem de pé” apesar das críticas e perseguições

Sacramento, Califórnia, 26/02/2009 (CNA). – O dono de uma sorveteria familiar e restaurante na cidade de Sacramento, que tem sido alvo de ataques através de furiosos telefonemas, emails e correspondências obcenas de dia dos namorados (comemorado nos EUA em 14 de fevereiro) por causa do seu apoio à campanha em favor da Proposição 8 – que considera ilegítimas as uniões entre pessoas do mesmo sexo – diz que os católicos devem “ficar de pé” em defesa do casamento, apesar das conseqüências e das mentiras dos ativistas extremistas.

A aprovação em plebiscito da Proposição 8, que derrubou uma decisão da Suprema Corte da Califórnia que legalizava o “casamento” entre homossexuais, incitou maiores protestos de ativistas homossexuais e seus aliados.

Allan Leatherby, de 46 anos, contou à Catholic News Agency que ele e outros membros de sua família decidiram contribuir à campanha do Sim à Proposição 8 depois que o bispo de Sacramento, Jaime Soto, pessoalmente o convidou, pedindo seu apoio.

Membros da família Leatherby, proprietária da fábrica de laticínios Leatherby, doaram 20 mil dólares à campanha. “Foi uma resposta a um pedido pessoal. De outro modo, não teríamos doado tamanha quantia”, explicou à CNA.

“Obviamente, como católicos valorizamos o casamento”, ele disse, acrescentando que perceberam “sinais alarmantes” sobre os efeitos dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

Quando o apoio da família à Proposição 8 se tornou público, manifestantes passaram a perseguir o negócio dos Leatherby. Houve piquetes em frente à sorveteria, empregados vestidos com o uniforme da empresa foram assediados e furiosas ligações telefônicas recebidas. A empresa declarou ter recebido centenas de emails raivosos e foi perseguida por blogueiros na internet.

Leatherby também recebeu cartões obscenos de dia dos namorados em sua caixa de correio.

“Não tinha como estarmos preparados para o tipo de reação que houve”, ele disse. “Os negócios estão realmente em baixa, e isso me preocupa. Um negócio pode suportar esse tipo de adversidade a longo prazo? Só Deus sabe.”

Depois do plebiscito (que ocorreu junto à eleição para a presidência), os negócios melhoraram em virtude da freqüência intencional dos apoiadores da Proposição 8, mas o número de fregueses tem caído.

A fábrica de laticínios da família Leatherby e seus proprietários desfrutam de boa reputação nos arredores de Sacramento em virtude das doações de sorvete a instituições de caridade da região. O próprio Allan Leatherby é voluntário e ajudou a restaurar a Casa da Esperança, um antigo abrigo para doentes terminais com AIDS.

Falando à CNA na última quarta-feira, dia 25, Leatherby explicou seu apoio à Proposição 8, dizendo que ele não concorda com a caracterização do “casamento” entre pessoas do mesmo sexo como um assunto de direitos civis.

“Eu tenho banheiros masculinos e femininos em meu estabelecimento. Isso é discriminação? Não. Por que? Porque homens e mulheres são diferentes!”

“São iguais em dignidade, mas são diferentes. Um relacionamento entre um homem e uma mulher é diferente de um entre um homem e outro homem e uma mulher e outra mulher naquilo que transmite”, especialmente se levarmos filhos em consideração.

Leatherby explicou que a família não tinha idéia do que aconteceria no dia seguinte após a eleição assim que opositores enfurecidos começaram a organizar protestos.

Ele disse que um amigo ouviu por acaso um grupo de protesto dizendo que iriam começar a fazer manifestações em frente à sorveteria e entrou em contato. Alguns oponentes da Proposição 8 e alguns membros da comunidade gay e lésbica também avisaram que boicotariam a sorveteria.

Houve boatos de que promoveriam um protesto onde os manifestantes impediriam clientes de entrarem no estabelecimento.

“Recebemos uma ligação do departamento de polícia e o chefe do departamento disse ‘estamos preocupados com a segurança de vocês’.”

Emails e blogs violentos e irados aumentaram a preocupação a respeito dos protestos, o que levou as autoridades a considerarem o envio de um carro de patrulha para o local.

Leatherby então contactou membros de sua família, pedindo por apoio.

Outras pessoas souberam sobre os protestos, o que resultou em um movimento de apoio entre todos aqueles que queriam ter certeza de que eles não desistiriam do negócio.

Quando a loja abriu, manifestantes estavam do lado de fora, carregando “cartazes vulgares e dementes”.

Entretanto, havia também uma longa fila de pessoas esperando para entrar na loja para demonstrarem seu apoio.

“Foi simplesmente fantástico termos aquele apoio,” contou.

“Agora sei como George Bailey se sentiu ao final do filme A Felicidade não se Compra“, acrescentou. “É muito bom ter amigos.”

Ao ser solicitado para descrever o tipo de críticas que havia recebido, Leatherby disse que os oponentes da Proposição 8 passaram “de todos os limites”.

“A maior parte deles associavam a mim e a minha família a pessoas odiosas e rancorosas, que seriam capazes de jogar homossexuais nas ruas e espancá-los”.

“É surpreendente. Por causa das mentiras que são espalhadas, a respeito de como os apoiadores [da Proposição 8] seriam odiosos, quantas pessoas acreditaram nisso!”

“Uma maioria de habitantes da Califórnia não são pessoas odiosas. É uma mentira dizer isso”.

“Eles não odeiam gays, eles apoiam o casamento”.

“Você não pode mais abraçar essas crenças sem ser considerado odioso?” Leatherby questiona.

“Madre Teresa é uma pessoa odiosa? Ela tem as mesmas crenças que eu tenho”.

“Uma das primeiras casas que ela abriu em San Francisco foi um asilo para homossexuais com AIDS. Algumas das primeiras pessoas que ela acolheu foram gays”.

“Se não tivesse sido tão horrível, seria bobagem”, ele disse sobre as críticas.

Ele disse que as ligações telefônicas acusando sua família de ódio são “vulgares, obcenas, a maior parte apenas raivosas”, comentando que sua mãe atendeu uma dessas chamadas na terça-feira passada.

“Você me acusa de ódio, poderia por favor prestar atenção ao que está dizendo?” ela disse ao interlocutor, de acordo com Leatherby.

“São tão emocionais e furiosos que não têm tempo de se sentarem e pensarem a respeito disso”, ele disse.

Ele mencionou que ele e seu negócio foram mesmo ameaçados.

“Nossas empregadas, garotinhas de 16 anos, têm sido fisicamente ameaçadas por causa da postura de minha família”, ele disse.

Mas nem todas as interações com críticos têm sido negativas.

Leatherby voltou a contar seu encontro com um senhor de 70 anos que criticava seu apoio à Proposição 8.

“Depois de conversar com ele, eu disse que trabalhei num asilo para gays doentes terminais de AIDS.

Ele sucumbiu às lágrimas e disse ‘um de meus parceiros morreu lá’.”

Leatherby convidou-o para um almoço, quando o homem lhe disse que havia sido criado em um orfanato católico.

“O homem disse ‘a Igreja Católica fez por mim mais que qualquer outra pessoa ou instituição fez em minha vida’.”

“Ele disse que sofreu abuso antes de entrar para o orfanato, e disse que não teria se tornado homossexual se tivesse tido um homem forte presente em sua vida”.

Parentes de homossexuais manifestaram seu apoio a Leatherby, mas é “muito difícil” para eles.

“Alguns gays entram na loja e dizem ‘não fui a favor da Proposição 8, mas não concordamos com o boicote, e nem como eles estão te tratando, então gostaríamos que você soubesse que não somos a favor disso’.”

Ele comentou sobre um homem que comentou em uma estação de televisão que votou pela Proposição 8 depois de notar as diferenças entre os dois lados e os exemplos de seus respectivos defensores.

CNA perguntou a Leatherby o que ele diria aos católicos que são cautelosos em apoiar o casamento publicamente por temer conseqüências econômicas e sociais.

“Eu acho que temos que ficar de pé”, ele respondeu. “O maior medo é: se não reagir, logo você estará indo para a cadeia muito em breve, acusado de crimes de ódio”, advertindo que pessoas “podem ser jogadas na prisão”.

Ele previu que outras pessoas irão se “colocar de pé”, seguindo seu exemplo.

“Ficar sozinho é sempre difícil”, ele disse, acrescentando que muitas pessoas têm vindo e conversado com sua família, manifestando apoio.

Fonte: CNA. Tradução e adaptação de Matheus Cajaíba. Para ler a reportagem em inglês, clique aqui. Para visitar o site da sorveteria da família Leatherby, clique aqui.

Estudo norte-americano afirma que há relação entre ouvir música com letras de conteúdo sexual degradante e experiências sexuais precoces

Por Thaddeus M. Baklinski.

Pittsburgh, 25 de fevereiro de 2009 (LifeSiteNews.com) – Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh descobriram que adolescentes que ouvem música com letras de conteúdo sexual agressivo e explícito regularmente são duas vezes mais suscetíveis a se envolverem com atividades sexuais em comparação a adolescentes que evitam este tipo de música.

Escrevendo no American Journal of Preventive Medicine, o pesquisador-chefe Dr. Brian A. Primack afirmou: “o estudo demonstra que, nesta amostra de adolescentes, a maior exposição a músicas com conteúdo sexual de baixo nível na música popular foi associada a um comportamento sexual mais acentuado”.

“De fato, a exposição a letras descrevendo atividade sexual degradante foi uma das mais fortes associações percebidas com a atividade sexual. Estes resultados corroboram a necessidade de mais investigação e intervenção educativa neste assunto.”

O comunicado de imprensa do American Journal of Preventive Medicine anunciando os resultados do estudo assinala que a atividade sexual entre adolescentes nos Estados Unidos resulta em cerca de 750 mil adolescentes grávidas a cada ano. Com relatórios dando conta de que até 25 por cento de todas as meninas adolescentes norte-americanas têm infecções sexualmente transmissíveis, pesquisadores e oficiais de saúde pública buscam elementos que possam aumentar a atividade sexual em adolescentes.

O estudo foi baseado em levantamentos feitos com 711 estudantes do ensino médio em três grandes escolas, com um terço do grupo descrito como ouvintes regulares (mais de quatorze horas semanais de músicas com conteúdo sexual apelativo), um terço como ouvintes casuais (entre duas a treze horas) e um terço que ouvia essas músicas raramente ou nunca.

O estudo concluiu que, comparados àqueles que menos estiveram expostos a músicas de conteúdo sexual apelativo, os adolescentes com maior exposição a essas músicas estavam duas vezes mais propensos a praticarem relações sexuais.

Dr. Primack comentou que esses resultados reforçam estudos anteriores, que sugerem que a exposição do sexo na mídia pode ser um fator de risco para a precocidade da atividade sexual.

“Não estou dizendo que os pais devam tentar banir esse tipo de música; isso não iria ajudar”, Dr. Primack disse a um repórter da BBC. “Entretanto, acho que os pais deveriam ponderar sobre o assunto. É cômodo dizer que música seja apenas ‘coisa de adolescente’, mas os pais deveriam conversar com seus filhos sobre sexo, colocando esse tipo de música no contexto.”

O texto completo da pesquisa pode ser acessado através deste link.

Fonte: LifeSiteNews. Tradução e adaptação de Matheus Cajaíba. Para ler o texto em inglês, clique aqui.

Igreja critica Obama por aprovar financiamento federal do aborto

Notícia da Zenit. Depois, meu comentário:

Os bispos dos Estados Unidos e o Vaticano mostram seu desacordo

Por Karna Swanson

WASHINGTON, terça-feira, 27 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- O cardeal Justin Rigali, arcebispo da Filadélfia, qualificou de «muito decepcionante» a decisão do novo presidente americano, Barack Obama, de revogar a proibição de destinar fundos federais a organizações que promovem o aborto em países em vias de desenvolvimento.

A decisão de revogar a conhecida como «Política Cidade do México», que o ex-presidente George Bush pôs em andamento há oito anos, foi divulgada no terceiro dia de mandato do novo presidente. 

O cardeal Rigali, que é também presidente do Comitê de Atividades Pró-vida da Conferência Episcopal dos Estados Unidos, afirmou que «uma administração que quer reduzir o aborto não deveria destinar fundos federais a grupos que promovem o aborto». 

Estas declarações se referem à reiterada afirmação de Obama em campanha eleitoral, de que ele não é «partidário do aborto, mas de reduzir o número de abortos sem tornar este procedimento ilegal».

Leia o restante da notícia aqui. Já avisei aqui antes: se você acredita na sinceridade de um abortista, eu tenho um terreno na lua para lhe vender. Obama comprometeu-se com vários grupos ligados ao aborto durante não apenas o decorrer da sua campanha presidencial, mas em toda sua (curtíssima) carreira política. E esses grupos não estão interessados em diminuir o número de abortos, mas ao contrário, tem por objetivo aumentá-los, seja por questões financeiras (essas organizações estão intrinsicamente ligadas à redes de clínicas de aborto), seja por questões ideológicas (que acreditam piamente ser de máxima importância impor um controle populacional para toda a humanidade).

Na foto acima, Obama discursa em evento promovido pela Planned Parenthood, atualmente proprietária da maior cadeia de clínicas de aborto dos Estados Unidos e, oh!, surpresa, organização que luta pelo “direito das mulheres decidirem o que fazer com o próprio corpo”.

Se você não conhece a Planned Parenthood, deixe que eu faça as honras: trata-se de uma instituição que diz lutar pelo “direito” ao aborto e ao mesmo tempo é dona de milhares de clínicas de aborto em todo o planeta – tem filiais em 180 países. Nos países onde o aborto é proibido (inclusive o Brasil), ela atua assim: fomenta o aborto clandestino, infringindo a lei, para criar um problema de saúde público, proclamar aos quatro ventos que “está havendo um morticínio, as mulheres estão morrendo por causa do aborto clandestino”, com o objetivo de manipular a opinião pública e pressionar os governos para mudarem a lei, legalizando o aborto e daí… ganherem ainda mais dinheiro fazendo esses abortos em suas clínicas, na medida em que também pressionam os governos a financiarem abortos com dinheiro público.

A Planned Parenthood fez campanha ostensiva em favor da eleição de Barack Obama e de canditados abortistas. Com a melhor das intenções, é claro. Agora, está na hora do Presidente retribuir a gentileza. Será que algum trouxa realmente acredita que Obama, tendo sido apoiado por todos os grupos abortistas e donos de clínicas de aborto dos Estados Unidos, está interessado em diminuir a prática do aborto naquele país?

E vocês acham que eu tenho que agüentar calado os “pogreçista” de cabeça (de vento) aberta e miolo mole, defendendo o direito da mulher de matar o próprio filho no ventre… Ora, vão lamber sabão! Esses panacas se comportam como idiotas úteis para a causa abortista, não têm a menor consciência disso e acham que a opinião deles é deveras importante.

Quanta estupidez!

Algumas estatísticas sobre aborto nos Estados Unidos

Alguns dados sobre a prática do aborto nos Estados Unidos, tiradas do site TheUnChoice.com. Depois, meus comentários:

  • 64% dos abortos realizados envolvem algum tipo de coerção de outras pessoas à mulher que aborta;
  • 84% das mulheres que realizaram aborto não estavam plenamente informadas;
  • 52% das mulheres que abortaram o filho disseram sentir-se apressadas em fazê-lo e 54% se sentiram inseguras, mas ainda assim…
  • 67% não receberam aconselhamento;
  • 79% não foram informadas sobre alternativas ao aborto;
  • Coerção pode degenerar em violência;
  • Homicídio é a principal causa de morte de mulheres grávidas;
  • Risco de morte para as mulheres é 62% maior após realizar aborto;
  • 31% das mulheres sofrem complicações de saúde após praticarem aborto (nota: estamos falando dos Estados Unidos, onde o aborto é legalizado e realizado em clínicas onde há “segurança”);
  • 65% sofrem sintomas de estresse pós-traumático;
  • 60% das mulheres que praticaram aborto afirmaram depois: “parte de mim morreu”;
  • Adolescentes são seis vezes mais propensas a cometer suicídio, em um período de seis meses após a prática de um aborto;
  • O risco de depressão clínica é 65% maior após um aborto;
  • Taxas de suicídio são 6 vezes maiores entre mulheres que praticaram aborto.

Detalhes (em inglês) aqui.

O que me deixa mais aborrecido, irritado, agressivo mesmo, é a quantidade de papagaios, que não sabem absolutamente nada sobre o assunto e repetem os slogans, batendo bumbo por aí: “ah, a mulher tem direito sobre o próprio corpo”, “aborto é um assunto íntimo”, “tem que haver o direito à escolha”… “Ah, eu quero dar minha opinião…”

Ainda que houvesse um “direito à escolha”, como escolher alguma coisa de forma consciente se você não recebe a informação adequada? Como sustentar a falácia de que os grupos e militantes abortistas na verdade querem legalizar o aborto para diminuir sua ocorrência, quando está claro que esses grupos se opõem ao direito à informação, e na realidade fazem apologia ao aborto seja por motivos financeiros ou ideológicos?

Estamos falando dos Estados Unidos, onde o aborto é legal até o momento do parto do bebê! E os dados indicam: 84% das mulheres que fazem aborto afirmaram depois do ato que não estavam plenamente informadas sobre o que iriam fazer. E 67% dessas mulheres não receberam qualquer tipo de aconselhamento.

Como acreditar na sinceridade dos militantes abortistas, quando pregam, com a cara mais limpa, que a liberação do aborto iria diminuir sua prática – e dizem defender sua legalização argumentando exatamente desta maneira para a opinião pública? Como não considerar isso uma falácia? Se querem a diminuição do número de abortos, o que esses militantes fazem para conscientizar as mulheres dos males que o aborto provoca, e assim dissuadi-las de praticarem tal ato?

Notícia da Folha sobre a Marcha pela Vida – e eu faço algumas perguntinhas, quem pode me responder?

Essa notinha publicada na Folha Online tem direito a comentários. Vamos lá:

Obama reafirma apoio ao aborto enquanto milhares protestam em Washington

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu nesta quinta-feira o direito das mulheres de praticarem o aborto. A declaração foi feita em comentário escrito sobre o 36° aniversário da decisão da Suprema Corte sobre o caso “Roe versus Wade”, que estabeleceu o entendimento de que o aborto é legal em todo o país.

Em português claro: Obama defendeu o direito das mulheres de matarem o próprio filho dentro do ventre. Ou aborto é outra coisa que não seja isso e eu não estou sabendo?

“A decisão de 1973 não somente protege a liberdade e a saúde das mulheres, mas representa um princípio mais amplo: que o Governo não deve se intrometer em assuntos familiares mais íntimos”, disse Obama, defendendo ainda que todos precisam trabalhar para evitar a gravidez indesejada, reduzir a necessidade de abortos, e apoiar as mulheres e as famílias nas escolhas que fizerem.

Permitir aborto é não se intrometer em “assuntos familiares mais íntimos”. Hum. Vamos seguir esse brilhante “rassiossímio”: quando o marido enche a esposa de pancada, a gente não deve se intrometer, então? Não se trata de “assuntos familiares mais íntimos”? Por que não legalizar a pedofilia? São assuntos de família também. A maioria absoluta dos casos de abusos sexuais contra menores acontecem entre parentes próximos. E isso também é assunto de família. E como são íntimos! Se eu posso matar meu filho antes de ele nascer para evitar maiores problemas e inconvenientes para mim, o que me impede moralmente de abusar dele depois de ele já ter nascido?

Ou algumas pessoas devem ter direitos e outras não devem? O que retira do feto o seu status de “pessoa humana”: a “liberdade da mãe”? Então a liberdade, o direito de escolha de alguém é superior ao direito à vida de outrem?

Aborto é realmente uma coisa indefensável. Quem defende essa aberração está com um parafuso a menos, pra dizer o mínimo.

As declarações foram divulgadas enquanto dezenas de milhares de opositores ao aborto realizavam um protesto em Washington contra a legalidade da prática. A manifestação, que acontece uma vez por ano desde 1974, incluiu uma marcha até a Suprema Corte para exigir que Obama “impeça a morte intencional” dos que ainda não nasceram.

A tradicional “guerra de números”: a imprensa, fazendo questão de minimizar a importância da Marcha pela Vida, diminui o número de seus participantes. Reparem que mimo: nem mesmo o nome do evento foi mencionado na matéria! E qual o nome do evento? Marcha pela Vida. Porque entre a vida e a morte, qual é a escolha a ser feita?

A Folha, assim como a imprensa em geral, já fez sua escolha. E não foi pela verdade, muito menos pela vida.

“Queremos que Obama seja um defensor dos direitos humanos, dos quais o mais fundamental é defender a vida dos inocentes, dos que não nasceram”, disse Julio Hurtado, um manifestante colombiano. Muitos participantes do protesto disseram que o apoio de Obama ao aborto aumentou a necessidade de tornarem a mensagem deles mais visível.

Mudança

Obama venceu a corrida presidencial com um forte apoio das mulheres, e defendeu durante a campanha o direito de decidir sobre sua própria gravidez, o que causou a repulsa dos ativistas contra o aborto.

Novamente, eu pergunto: quais as conseqüências desse “direito de decidir sobre a própria gravidez”? Por que tantos eufemismos para dizer o óbvio? Interromper a gravidez = aborto = morte do feto = morte de um ser humano dentro da barriga da própria mãe, sem direito à defesa.

Ou eu estou errado? Ou aborto é na verdade uma operação de apendicite, sei lá? Ou é pra tirar o baço… Aborto é pra tirar o quê do corpo da mulher? Alguém pode me responder?

O que a mídia tenta fazer é uma verdadeira lavagem cerebral, um controle dos pensamentos e das próprias ações. Em primeiro lugar, tira-se o significado da palavra “aborto” da discussão, trocando-se para eufemismos e slogans como “interrupção da gravidez”, “liberdade de escolha”, “direito de decidir”. Assim, manipula-se a informação para que a “opinião pública” perca a noção do que aquilo realmente significa.

Em segundo lugar, toda a discussão sempre se dá com relação à mulher, mas nunca em função do que está dentro da barriga dela. Trata-se de um aborto; a mulher tem direitos? Sim. Mas espere um pouco: a mulher que se recusa a ser mãe é a única envolvida no ato de abortar? É só a ela que isso diz respeito? Os abortistas dizem: “sim”. Mas, peraê: o que está dentro da barriga dela? (a) Um amontoado de células; (b) Um alien do filme O 8º Passageiro; (c) Uma lombriga; (d) O filho (ou filha, afinal feto também tem sexo, não é? Ou nunca ouviram falar de “aborto seletivo“?) que ela está gerando em seu ventre.

Essa pergunta nunca é respondida de forma satisfatória por quem defende o aborto. “Ah, não sabemos exatamente quando a vida começa”. Se não tem certeza, então mata-se o que está lá dentro assim mesmo? O que é que está dentro da barriga da mãe, será que alguém pode responder isso? Será que apenas uma parte da discussão é que conta? “Ah, mas é o direito da mulher…”, repetem os papagaios. Direito da mulher fazer o quê, afinal de contas?

O ex-presidente George W. Bush regularmente manifestou apoio aos manifestantes na marcha anual. Em uma gravação endereçada aos manifestantes, no ano passado, ele disse que a biologia confirma que desde o início, cada feto é uma pessoa com seu próprio código genético.

E isso que o Bush falou é mentira?

Veja como a imprensa é tendenciosa: imparcialidade é narrar o que acontece com uma neutralidade sapiencial, como se um jornalista estivesse do alto o Olimpo analisado os pobres mortais. Veja que texto limpinho, com uma narração bem equilibrada, sóbria… O Bush disse isso, não que isso seja verdade, ainda mais que foi o Bush quem falou, mas isso também não quer dizer que seja mentira… E tudo vira uma questão de opinião.

Grupos como a Organização Nacional da Mulher (NOW, em inglês) também realizaram nesta quinta-feira atos de pressão para que Obama reverta as restrições ao envio de fundos americanos a organizações de planejamento familiar no exterior que “realizam ou promovem” o aborto.

Detalhe: para minimizar a importância da Marcha pela Vida, que levou às ruas de Washington mais de duzentas mil, talvez trezentas, vindas do país inteiro, para protestar contra o aborto, a Folha emenda com um “ato de pressão” de uma entidade pró-aborto. Essa é a imparcialidade, estão vendo? Pois bem, quantas pessoas participaram desse ato pró-aborto? Ele é realizado todos os anos? Qual a sua relevância?… Se eu juntar uma meia dúzia de gatos pingados pra protestar contra ou a favor de alguma coisa, trata-se de um grupo, não é verdade? Pois bem, qual o tamanho desse grupo? Por que não aprofundar na comparação entre as duas manifestações?

Agora, essa novidade do Obama é de uma hipocrisia ímpar. O governo americano vai dar dinheiro para organizações que promovam o aborto no mundo inteiro. E desde quando quem promove o aborto e lucra com ele está interessado em limitar o número de abortos? Essas restrições, impostas pelo governo Reagan, retiradas por Bill Clinton e novamente colocadas em prática por Bush, reduziram sensivelmente o número de abortos nos Estados Unidos. Isso é fato.

Ora, qualquer pessoa sensata que não tenha sido abortada pela própria mãe, percebe que, para reduzir o aborto, tem que haver algum tipo de cerceamento à sua prática. O que Obama está fazendo é justamente o contrário. E as milhares de clínicas de aborto norte-americanas agradecem comovidas pelo apoio presidencial. Você acha realmente que isso tem alguma coisa a ver com “escolha” ou “direito da mulher em decidir”? Isso tem a ver com dinheiro, ora bolas. Deixem os idiotas acreditarem que essa militância pró-aborto luta pela liberdade feminina… Sim, lutam pela liberdade de ganhar muito dinheiro.

A opinião pública americana sobre o aborto tem sido bastante estável nas últimas décadas, com pesquisas mostrando uma pequena margem de vantagem àqueles que defendem o procedimento em todos ou na maioria dos casos. A questão continua entre as mais polêmicas entre os americanos.

Hum… Veja o que é manipular estatísticas. “Uma pequena margem de vantagem àqueles que defendem o procedimento em todos ou na maioria dos casos.” Sim. Mas, veja: apenas 11% dos americanos é a favor do aborto sem nenhuma restrição. 88% dos entrevistados são totalmente contrários ao aborto ou manifestam restrições, que são inexistentes pela lei norte-americana. Se a mulher quiser matar o próprio filho cinco minutos antes do parto, ela está amparada pela lei para fazê-lo. Essa “antecipação do parto” é considerada aborto – livre exercício da liberdade, do direito a fazer o que bem quiser. Traduzindo: embora esses 88% por cento incluam aqueles favoráveis ao “direito de escolha”, mesmo estes querem restrições, como limitar o aborto ao tempo de gestação.

E é isso o que querem impor aqui no Brasil, sem que a mídia revele exatamente o que significa. Essa é a imparcialidade da imprensa: relata a formiga, mas omite o elefante. Trata o aborto como “interrupção da gravidez”, “direito da mulher ao próprio corpo”, mas omite e distorce dados e conceitos fundamentais para que a opinião pública esteja corretamente informada sobre o debate. E sem informação, não pode existir debate honesto – muito menos democracia.

Viva os manifestantes da “Marcha pela Vida!” Que Deus abençõe a todos eles.

Washington se prepara para marcha pela vida

Milhares de norte-americanos protestam anualmente contra o aborto neste país

Por Carmen Elena Villa

WASHINGTON, quarta-feira, 21 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Milhares de pessoas chegaram à capital dos Estados Unidos para participar mais uma vez da «Marcha pela Vida», que se realizará em Washington amanhã, a partir das 9h.

Este evento acontece desde 1974, todo dia 22 de janeiro, dia em que a Corte Suprema de Justiça deu via livre à lei Roe versus Wade, a qual legalizou o aborto neste país. Cerca de 200 mil manifestantes levantarão sua voz a favor dos não nascidos diante do Capitólio de Washington.

Este ano, os participantes pedirão ao novo presidente, Barack Obama, que cessem as políticas que sutilmente geram uma cultura de morte na sociedade americana.

«Temos um novo presidente que tem um poder gigante de mudar o rumo pró-vida dos Estados Unidos. Nosso país precisa dizer que o aborto é um crime terrível que mata humanos inocentes e temos de rezar para que esta nova administração tenha a previsão de assumi-lo», disse a Zenit Eileen Picket, uma professora do Ensino Fundamental que viajou de Connecticut para participar deste evento.

Leia a reportagem completa aqui.

Amanhã é dia de oração pela vida nos Estados Unidos – e aqui também, porque não?

Amanhã, dia 21 (quarta-feira), milhares de católicos são esperados em Washington na Basílica do Santuário Nacional da Imaculada Conceição para rezar pelo fim do aborto. É a véspera do triste aniversário da decisão da Suprema Corte norte-americana que liberou o aborto em 1973. Haverá uma missa de abertura e, após, confissões, a oração do Rosário pela vida e uma noite intensa de orações segundo o rito Bizantino. A vigília começará às 7 horas da noite e terminará às 7:30 da manhã (horários locais) do dia 22, com a celebração de uma missa de Penitência. Ao término da missa, os milhares de peregrinos de todos os Estados Unidos se encontrarão com outros milhares de manifestantes na Marcha Pela Vida, que espera esse ano atrair mais de 200 mil pessoas de todo o país em uma corrente uníssona pelo fim do massacre de bebês não-nascidos.

Todos nós, cristãos e defensores da vida, devemos amanhã ter um olhar de carinho e afeição especial por esses nossos irmãos, que enfrentarão o frio e a indiferença da grande mídia em defesa da vida daqueles que não podem se defender. Rezemos por eles com carinho e pela nobre causa que eles defendem. E não nos esqueçamos da intenção do governo brasileiro de legalizar o aborto a qualquer custo (como citei em post anterior). Rezemos por nossos governantes, para que a Providência Divina impeça a aprovação do aborto no Brasil, rezemos pela conversão de Barack Obama e por todos militantes pró-vida do mundo.

A programação da vigília, em inglês, está aqui.

Bispos norte-americanos escrevem ao presidente eleito; prioridade fundamental: defender o direito à vida

A Conferência Episcopal Norte-americana tornou pública, na última quinta-feira, dia 15, uma carta do Cardeal Francis George, o presidente da conferência, ao presidente eleito Barack Obama. A carta, datada de terça-feira (dia 13), resume os “princípios e prioridades que guiam os esforços das políticas públicas [defendidas pelos bispos] para propor uma “agenda para o diálogo e a ação”. Uma carta semelhante foi enviada ao vice-presidente eleito e a membros do Congresso americano.

A prioridade fundamental, de acordo com o Cardeal George, é a proteção da vida humana de inocentes. “Fundamentalmente”, ele escreve, “trabalharemos para proteger as vidas dos membros mais vulneráveis e incapazes de opinar da família humana, especialmente os nascituros e aqueles que são inválidos ou doentes terminais”. Ele prossegue:

Constantemente, defenderemos o direito fundamental à vida, desde a concepção até a morte natural. Opondo-nos ao aborto como a matança direta de vidas humanas inocentes, apoiaremos a todos para procurarem um consenso que irá reduzir o número de abortos de uma forma moral e sensata, que afirme a dignidade das mulheres grávidas e de seus filhos ainda não nascidos. Iremos nos opor a medidas legislativas, dentre outras, que objetivem a expansão do aborto. Trabalharemos para conservar o essencial, amplamente apoiando políticas que mostrem respeito para a vida dos nascituros, protegendo os direitos de consciência dos prestadores de saúde e outros americanos, e impedindo a promoção e o financiamento públicos do aborto. A “emenda Hyde” e outras disposições que por muitos anos têm impedido financiamentos públicos para o aborto comprovam em números a redução do número de abortos. Tentativas de obrigar os americanos a financiarem abortos com seus impostos colocariam-se como uma séria provocação moral e comprometeriam a aprovação de reformas essenciais nos serviços de saúde.

Outros temas abordados pelo Cardeal George em sua carta:

  • Mudanças econômicas em favor prioritariamente de famílias mais pobres e trabalhadores vulneráveis;
  • Por um sistema de saúde universal que proteja toda a vida humana, inclusive a vida pré-natal, e que provenha acesso a todos, especialmente aos mais pobres;
  • Uma transição responsável em um Iraque livre da opressão religiosa, com um aumento dos investimentos do governo americano para superar a pobreza, a fome e as doenças nos países mais pobres – sem esquecer da complexidade das mudanças climáticas, não tomando partido neste debate, mas conclamando em favor dos pobres e mais vulneráveis, que serão os mais afetados pelas dramáticas ameaças ao meio-ambiente;
  • Uma reforma nas leis de imigração que defenda os direitos e a dignidade de todos os povos;
  • O reconhecimento do casamento como uma união “exclusiva entre um homem e uma mulher, tratando-se de uma contribuição única e insubstituível para o bem comum da sociedade, especialmente através da geração e educação das crianças, o que exclui outras formas de relacionamentos pessoais, que não podem ser equiparadas ao compromisso de um homem e uma mulher;
  • A pioridade da família em educar seus filhos;
  • O fortalecimento de grupos de base religiosa.

Fonte: Catholic Culture. Tradução e adaptação de Matheus Cajaíba. Para ler o texto original e completo em inglês, clique aqui. Para ler a carta do Cardeal Francis George na íntegra, em inglês, clique aqui.

Perseguição à Igreja pela mídia: dois pesos e duas medidas nos escândalos de pedofilia nos Estados Unidos

Um assunto que pretendo que seja recorrente aqui em JORNADA CRISTÃ é a perseguição aos cristãos que atualmente ocorre em muitos lugares do mundo – e isso inclui a campanha de difamação promovida pela mídia ao cristianismo em geral e à Igreja Católica em praticular.

Isso diz respeito ao que é publicado em jornais, revistas, publicações impressas em geral e também em sites da internet de agências de notícias, além do que é veiculado na televisão e no rádio. Assuntos relacionados ao cristianismo e ao catolicismo aparecem, na maioria das vezes, imputando-lhes um viés negativo. Pronunciamentos de autoridades eclesiásticas (principalmente do próprio Papa) são deturpados, tendo seu contexto distorcido ou sendo adulterados mesmo, na maior cara de pau, mediante truques como “erros” de tradução, “adaptações” tendenciosas, “comentários” parciais; parágrafos são retirados, afirmações são interpoladas, e apartir dessas “alterações” são elaboradas manchetes com conteúdo “bombástico” do tipo “Para o papa, salvar gay é tão importante quanto salvar florestas”, sobre um pronunciamento feito por Bento XVI na segunda-feira, dia 22. Veja o post a respeito do blog Pai, perdoai-lhes; eles não sabem o que escrevem e tire você mesmo as conclusões sobre o que verdadeiramente o Papa disse:

O discurso do Papa está aqui, em italiano. Essa frase do Papa, segundo a qual “salvar gay é tão importante quanto salvar florestas”, simplesmente não existe. Verdade que a [agência] Reuters não colocou isso entre aspas, mas o fato é que no discurso não há nada nem remotamente parecido com isso.

O referido blog é de grande importância, pois o autor é um jornalista católico empenhado em defender a Igreja de tantas calúnias, tantas besteiras e tanta ignorância presentes na imprensa e na mídia. Em parte, tantos erros divulgados se explicam pela verdadeira doutrinação ideológica que ocorre em praticamente todas as faculdades de comunicação do país. Certa vez, o presidente chileno Salvador Allende disse: “O compromisso do jornalista de esquerda não é para com a verdade, mas sim para com a revolução”. Essas palavras são reveladoras. A imensa maioria de jornalistas formados nas faculdades de comunicação está empenhada com o processo revolucionário em curso atualmente nos países ocidentais; e uma das prioridades desse processo é justamente a destruição dos valores cristãos. Minar a autoridade moral da Igreja é de fundamental importância para atingir esse objetivo – assim, vale tudo: e mentir, ainda que descaradamente, é o de menos.

Mas há um outro aspecto interessante nessa campanha difamatória dos órgãos de comunicação: o que os jornalistas NÃO noticiam. Muitas informações são deliberadamente sonegadas ao público, impossibilitando que cada pessoa faça seu julgamento de forma correta, sem ser manipulada.

Qual a defesa do cidadão católico? A internet. Essas informações, sonegadas ao grande público pelos grandes veículos de (des)informação, estão disponíveis em muitos sites, e JORNADA CRISTÃ fará o que estiver em seu alcance para divulgar e disseminar notícias e reportagens que sejam ocultados pelos meios de comunicação convencionais. Conhecendo os fatos, podemos contra-atacar: como católicos, temos a obrigação moral de defender nossa Igreja contra aqueles que querem destruí-la.

O exemplo maravilhoso de hoje é uma reportagem publicada no excelente site World Net Daily. Este veículo noticioso é um dos mais prestigiados dos Estados Unidos e é um manancial de notícias sobre fatos deliberadamente ignorados pela grande mídia, merecendo a atenção de todo aquele que queira estar sempre bem informado sobre vários assuntos.

O texto foi publicado no sábado, 20 de dezembro último. A matéria assinada por Drew Zahn trata sobre assédios e abusos sexuais nas escolas norte-americanas, enfatizando os casos envolvendo professoras e alunos. Traduzo algumas partes da reportagem (original aqui):

De acordo com um importante estudo encomendado em 2004 pelo Ministério da Educação dos Estados Unidos – o mais categórico até a data – quase 10 por cento dos estudantes de escolas públicas norte-americanas têm sido objeto de abordagem sexual indesejada por funcionários das escolas, e, nesses casos, 40 por cento dos autores dessas abordagens eram mulheres.

Aqui, o texto que mais nos interessa:

Intitulado “Educator Sexual Misconduct: A Synthesis of Existing Literature” (“Conduta sexual imprópria do educador: uma síntese da literatura existente”) e de autoria do Professor Charol Shakeshaft, da Virginia Commonwealth University, o relatório trouxe à luz surpreendentes estatísticas.

Compare os números com os escândalos envolvendo a Igreja Católica, muito noticiados.

Um estudo realizado pela Conferência Episcopal Norte-Americana concluiu que 10.667 jovens foram molestados sexualmente por sacerdotes entre os anos de 1950 e 2002.

O estudo do Professor Shakeshaft, porém, estima que cerca de 290.000 estudantes sofreram algum tipo de abuso físico sexual por algum funcionário de escola pública entre os anos de 1991 e 2000.

Se funcionárias do sexo feminino forem responsáveis por 40 por cento desses crimes, isso significa que os Estados Unidos poderiam estar enfrentando uma média de mais de 11.000 casos de mulheres abusando de alunos na escola todos os anos – em outras palavras, mais casos em um ano que os notificados em 50 anos de abusos de sacerdotes católicos.

(Os grifos em negrito são meus).

Veja bem: em um ano, nas escolas públicas norte-americanas, foram notificados MAIS QUE O DOBRO de casos de abuso sexual de crianças e adolescentes que os ocorridos nas Igrejas Católicas daquele país em… cinqüenta anos!

E todos se lembram muito bem dos escândalos recorrentes durante a década de 90, e tantos processos e indenizações milionárias, isso sem falar na humilhação da Igreja promovida pela imprensa em geral e o pedido de perdão do Papa João Paulo II.

A mídia fez um escarcéu imenso pelos abusos cometidos por sacerdotes católicos. E sobre os abusos cometidos nas escolas norte-americanas, o que foi dito? Por que o silêncio? Vocês realmente acreditam que se trata de um deslize, de uma mera falta de atenção para a gravidade dos fatos?

A repetição contínua dessas omissões, falsificações, trapaças, distorções, é verificada por qualquer pessoa que busque informação em diversas fontes. Uma pessoa prudente acaba por desconfiar de tudo, simplesmente tudo, o que é noticiado pela grande mídia, pelos principais órgãos de imprensa escrita e falada. Não há como negar a articulação existente entre eles para desmoralizar por completo a Igreja junto à opinião pública.

É claro que os escândalos envolvendo sacerdotes são não apenas reprováveis, mas são motivo de vergonha para todos os fiéis e devem ser punidos com o máximo rigor. São intoleráveis e não podem ser encobertos em nenhuma hipótese. Entretanto, qual o interesse da imprensa em fazer estardalhaço sobre os casos de pedofilia na Igreja, enquanto silencia completamente sobre esses inúmeros crimes que ocorrem em instituições laicas?