Mensagem do dia (18/10/2023)

Lucas era inseparável de Paulo e foi seu colaborador na pregação do Evangelho, como ele próprio evidencia, não para se glorificar, mas impelido pela verdade. […] No relato da viagem com Paulo conta as situações com toda a precisão possível. […] Estando presente em todos os acontecimentos, Lucas registrou-as de maneira precisa; não se pode encontrar nele mentira nem orgulho, porque todos aqueles fatos eram conhecidos.

Santo Irineu de Lyon.

Mensagem do dia (01/06/2023)

Não queremos viver na mentira, pois, desejando a vida eterna e pura, aspiramos à convivência com Deus, Pai e artífice do universo. E, por isso, nós nos apressamos a confessar a nossa fé, pois estamos persuadidos e acreditamos que esses bens podem ser conseguidos por aqueles que por suas obras demonstraram ter seguido a Deus e desejado sua convivência, onde nenhuma maldade poderá nos atingir.

São Justino.

Mensagem do dia (12/04/2022)

O Senhor olhou, portanto, para Pedro; no meio das calúnias dos sacerdotes, das mentiras das testemunhas, das injúrias dos que Lhe batiam e escarneciam dele, encontrou o seu discípulo, abalado por esses olhos que haviam visto antecipadamente a sua perturbação. A Verdade penetrou-o com o seu olhar, chegando aonde o seu coração precisava de ser curado. Foi como se a voz do Senhor se tivesse feito ouvir para lhe dizer: «Aonde vais, Pedro, porque foges? Vem a Mim, confia em Mim e segue-Me. Este é o tempo da minha Paixão, a hora do teu suplício ainda não chegou. Porque temes agora? Também tu o ultrapassarás. Não te deixes desconcertar pela fraqueza que assumi. Por causa do que tomei de ti é que tremi, mas tu não tenhas medo por causa do que vês em Mim».

São Leão Magno (Papa).

Mensagem do dia (28/12/2018)

Ao nascimento do Senhor, «o rei Herodes perturbou-se e toda a Jerusalém com ele». Não é de espantar que a impiedade se perturbe com o nascimento da bondade. Eis que um homem que domina exércitos se assusta diante de uma criança deitada numa manjedoura, que um rei orgulhoso treme diante do humilde, que aquele que se veste de púrpura receia um pequenino envolto em panos. […] Fingiu querer adorar Aquele que procurava destruir. Mas a Verdade não receia as emboscadas da mentira. […] A traição não consegue encontrar a Cristo, porque não é pela crueldade, mas pelo amor, que se deve procurar a Deus, que vive e reina pelos séculos dos séculos. Amém.

Eusébio Galicano.

O discurso pró-aborto é sempre o mesmo: clichês, mentiras e devaneios

Alguns comentários que recebemos de abortistas na página do facebook “Contra o Aborto” (www.facebook.com/contraoaborto) aumentam nossa certeza de que as pessoas que defendem o assassinato de seres humanos ainda não nascidos estão movidos por más intenções ou imersos na mais profunda ignorância. Como já pudemos testemunhar em várias ocasiões, esses coitados não têm a menor criatividade. Parece que, para defender o homicídio é imperativo usar sempre dos mesmos clichês. Vamos responder a alguns deles, deixados na página por uma pessoa que se identificou como (pasmem) estudante de jornalismo:

§§§”…por que (sic) quem faz o aborto realmente não tem condições de cuidar de uma criança.”
***Nem sempre, muitas mulheres abortam porque são pressionadas pelos familiares e parceiros, normalmente homens é que obrigam-na a cometer esse crime. Aliás, cadê aquela história de “as ricas podem pagar pelo aborto, as pobres não podem”, vai dizer que as ricas não têm condições (financeiras) de cuidar de uma criança? Eita, desorientação!

§§§”Vai aumentar a criminalidade”.
***Claro, afinal de contas pobres são bandidos por natureza. A figura aí deve ser de esquerda, não é? Risos…

§§§Pró-vidas “são um bando de hipócritas(…), não se importam nem um pouco com a vida dessas crianças…”
***Quem se importa com a vida humana não é quem sustenta e trabalha em orfanatos, creches, hospitais (para os bebês que nascem com problemas de saúde e deficiência, rejeitados pelos pais); quem se importa, na verdade… é quem DESEJA MATAR ESSAS PESSOAS! Vem cá, o que será que esse indivíduo tem na cabeça?

§§§”Quem é a favor do aborto também é a favor da vida, não queremos que bebês morram de fome, sejam abandonados, queremos que eles cresçam em condições humanas.”
***Hum, interessante. Se não der pra crescer do jeito que a gente acha correto, é melhor matar antes que crie problemas para nós, burgueses. Um bando de indesejados para atrapalhar nosso estilo hedonista de vida? Mata! A perguntinha: o que será que essas pessoas fazem pelos pobres, pelos desvalidos, pelas pessoas que têm fome? Propõem que matem os próprios filhos, isso já sabemos.

§§§”O aborto não é realizado de forma violenta, e sem um sistema nervoso o feto não sente dor e não tem consciência de existir”.
***Bem, vamos presumir que o comentarista estivesse se referindo aos abortos realizados em estágio inicial da gravidez, quando o feto não sente dor. As vítimas dos nazistas também não eram mortas de forma violenta, as câmaras de gás os matavam de uma maneira “humana”, sem que eles sentissem dor. E quanto a não ter consciência de existir, um portador de doenças mentais, dependendo do grau de oligofrenia, não tem qualquer consciência da própria existência. Isso justificaria seu assassinato? Segundo a lógica desprezível dessa gente, sim!

Mas o que essa pessoa não sabe é que nos Estados Unidos, para ficar no exemplo mais comum, o aborto é legalizado durante todo o tempo de gravidez! Não existe um limite para se fazer o aborto. O aborto salínico, por exemplo, realizado após a 16ª semana de gestação, queima os pulmões e a pele do bebê, submetendo-o a uma agonia que pode durar até mais que vinte e quatro horas! A mãe então entra em processo de parto e dá a luz, e o bebê nasce morto – ou mesmo ainda vivo!

Percebem como o escriba está… por dentro do assunto? E vejam bem: estuda jornalismo na faculdade! Será que está procurando estágio na Globo News?

Para quem quiser ver, aqui posto vídeos disponibilizados em português pelo site tradutoresdedireita.org, que demonstram graficamente a violência que é uma intervenção abortiva. Quem apresenta os vídeos é justamente um ex-médico abortista, Anthony Levatino, que se converteu à causa pró-vida e agora mostra a todos as barbaridades que ele mesmo praticava.

§§§”…as pessoas se preocupem tanto com o feto, mas ignorem a absurda quantidade de crianças subnutridas…”
***Só mau caratismo misturado à estupidez crônica podem explicar a insensibilidade diante das ações de instituições religiosas, pró-vida, que minimizam o sofrimento e prestam assistência material a MILHÕES de pessoas desvalidas em todo o mundo, crianças, adultos, idosos. Não há um único exemplo de pessoa contra o aborto que não se importe com o destino da criança; e, justamente por isso, a pessoa é contra o aborto: ela não quer que o destino dessa criança seja um saco plástico na lata de lixo hospitalar.

§§§”Dito isso, devo esclarecer que eu não acho o aborto legal. Ninguém acha”.
***Claro, claro, mesmo porque os donos das clínicas de aborto fazem isso por CARIDADE. Basta assistir o documentário Bloody Money e os depoimentos de pessoas que trabalharam em clínicas de aborto pra comprovar isso. Não existe uma verdadeira indústria do aborto nos Estados Unidos, incentivando as mulheres a abortarem com insistência macabra, de forma alguma. Sem falar na militância abortista que tomou conta da ONU, a fundação Rockfeller, todas as entidades que financiam a expansão do aborto no mundo, nossa, todos acham o aborto uma coisa muito feia, e todos estão interessadíssimos que os números de abortos no mundo sejam reduzidos. Sim, sim.

§§§”E é comprovado que sempre que o aborto é legalizado, as taxas de aborto caem, pois a legalização vem acompanhada de instrução para as mulheres.”
***A única coisa comprovada aqui é sua desinformação. Isso é uma mentira repetida à exaustão por fanáticos. Vai contar essa baboseira lá pras suas nega, lá na escolinha onde se doutrinam mentecaptos para serem marionetes de George Soros e companhia limitada, sem nem ao menos receber um OBRIGADO por fazer esse papel triste.

Recomendo a todos que queiram realmente aprender algo sobre o assunto e se libertarem dos clichês, das mentiras, da desinformação e da manipulação, assistir à palestra da sra. Isabela Mantovani, que põe fim a todos esses equívocos e desmascara as intenções reais da turma que trabalha pela expansão do aborto no mundo – e da cultura da morte, em geral.

Por fim, apenas um comentário a respeito deste exemplo lastimável. Vemos aqui uma referência do que temos na nossa imprensa, no caso do que teremos daqui a alguns anos quando essa criatura concluir seu curso e obtiver seu diploma em algum antro de deformação moral e intelectual, conhecido vulgarmente como “faculdade de ciências humanas”. A lavagem cerebral é tão grande que, como podemos testemunhar, só resta à pessoa vomitar um discurso repleto de clichês, sem qualquer lógica e, obviamente com direito à demonização histérica do adversário. Claro que, pra essa gente, não existe mesmo jeito (somente a oração). O que fazemos aqui é orientar e esclarecer as pessoas de boa vontade, que estão do lado da vida e contra a cultura da morte, disseminada aos quatro ventos pela imprensa e pela mídia.

Mensagem do dia (28/06/2010)

Não é fácil descobrir o erro por si mesmo, pois ele não é apresentado nu (já que dessa forma então nós o entenderíamos), mas enfeitado com uma máscara mentirosa e persuasiva, a tal ponto de, mesmo que seja ridículo dizer, fazer o seu discurso parecer mais verdadeiro do que a verdade. Assim, com uma aparência externa, engana aos mais rudes.

Santo Irineu de Lyon.

Jornalistas contra a aritmética

Por Olavo de Carvalho.

Não há mentira completa. Até o mais ingênuo e instintivo dos mentirosos, ao compor suas invencionices, usa retalhos da realidade, mudando apenas as proporções e relações. Quanto mais não fará uso desse procedimento o fingidor tarimbado, técnico, profissional, como aqueles que superlotam as redações de jornais, canais de TV e agências de notícias. Mais ainda – é claro – os militantes e ongueiros a serviço de causas soi disant idealistas e humanitárias que legitimam a mentira como instrumento normal e meritório de luta política.

Na maior parte dos casos, os elementos de comparação que permitiriam restituir aos fatos sua verdadeira medida são totalmente suprimidos, tornando impossível o exercício do juízo crítico e limitando a reação do leitor, na melhor das hipóteses, a uma dúvida genérica e abstrata, que, como todas as dúvidas, não destrói a mentira de todo mas deixa uma porta aberta para que ela passe como verdade.

Um exemplo característico são as notícias sobre a tortura nas prisões de Guantánamo e Abu-Ghraib. Como em geral nada se noticia na “grande mídia” sobre as crueldades físicas monstruosas praticadas diariamente contra meros prisioneiros de consciência nos cárceres da China, da Coréia do Norte, de Cuba e dos países islâmicos, a impressão que resta na mente do público é que o afogamento simulado de terroristas é um caso máximo de crime hediondo. Mesmo quando não são totalmente ignorados, os fatos principais recuam para um fundo mais ou menos inconsciente, tornando-se nebulosos e irrelevantes em comparação com as picuinhas às quais se deseja dar ares de tragédia mundial. Só o que resta a fazer, nesses casos, é usar a internet e toda outra forma de mídia alternativa para realçar aquilo que a classe jornalística, empenhada em transformar o mundo em vez de retratá-lo, preferiu amortecer.

Às vezes, porém, o profissional da mentira se trai, deixando à mostra os dados comparativos, apenas oferecidos sem ordem nem conexão, de tal modo que o público passe sobre eles sem perceber que dizem o contrário do que parecem dizer. Isso acontece sobretudo em notícias que envolvem números. Com freqüência, aí o texto já traz em si seu próprio desmentido, bastando que o leitor se lembre de fazer as contas.

Colho no Globo Online o exemplo mais lindo da semana (ver links aqui, aqui e aqui).

Não digo que o Globo seja o único autor da façanha. Teve a colaboração de agências internacionais, de organizações militantes e de toda a indústria mundial dos bons sentimentos. Naquelas três notas, publicadas com o destaque esperado em tais circunstâncias, somos informados de que uma comissão de alto nível, presidida por um juiz da Suprema Corte da Irlanda, investigando exaustivamente os fatos, concluiu ser a Igreja Católica daquele país a culpada de nada menos de doze mil – sim, doze mil – casos de abusos cometidos contra crianças em instituições religiosas. A denúncia saiu num relatório de 2600 páginas. Legitimando com pressa obscena a veracidade das acusações em vez de assumir a defesa da acusada, que oficialmente ele representa, o cardeal-arcebispo da Irlanda, Sean Brady, já saiu pedindo desculpas e jurando que o relatório “documenta um catálogo vergonhoso de crueldade, abandono, abusos físicos, sexuais e emocionais”. Depois dessa admissão de culpa, parece nada mais haver a discutir.

Nada, exceto os números. O Globo fornece os seguintes:

1) A comissão disse ter obtido os dados entrevistando 1.090 homens e mulheres, já em idade avançada, que na infância teriam sofrido aqueles horrores.

2) Os casos ocorreram em aproximadamente 250 instituições católicas, do começo dos anos 30 até o final da década de 90.

Se o leitor tiver a prudência de fazer os cálculos, concluirá imediatamente, da primeira informação, que cada vítima denunciou, além do seu próprio caso, outros onze, cujas vítimas não foram interrogadas, nem citadas nominalmente, e dos quais ninguém mais relatou coisíssima nenhuma. Do total de doze mil crimes, temos portanto onze mil crimes sem vítimas, conhecidos só por alusões de terceiros. Mesmo supondo-se que as 1.090 testemunhas dissessem a verdade quanto à sua própria experiência, teríamos no máximo um total de exatamente 1.090 crimes comprovados, ampliados para doze mil por extrapolação imaginativa, para mero efeito publicitário. O cardeal Sean Brady poderia ter ao menos alegado isso em defesa da sua Igreja, mas, alma cristianíssima, decerto não quis incorrer em semelhante extremismo de direita.

Da segunda informação, decorre, pela aritmética elementar, que 1.090 casos ocorridos em 250 instituições correspondem a 4,36 casos por instituição. Distribuídos ao longo de sete décadas, são 0,06 casos por ano para cada instituição, isto é, um caso a cada dezesseis anos aproximadamente. Mesmo que todos esses casos fossem de pura pedofilia, nada aí se parece nem de longe com o “abuso sexual endêmico” denunciado pelo Globo. Porém a maior parte dos episódios relatados não tem nada a ver com abusos sexuais, limitando-se a castigos corporais que, mesmo na hipótese de severidade extrema, não constituem motivo de grave escândalo quando se sabe – e o próprio Globo o reconhece – que grande parte das crianças recolhidas àquelas instituições era constituída de delinqüentes. Se você comprime bandidos menores de idade num internato e a cada dezesseis anos um deles aparece surrado ou estuprado, a coisa é evidentemente deplorável, mas não há nela nada que se compare ao que aconteceu no Sudão, onde, no curso de um só ano, vinte crianças, não criminosas, mas inocentes, refugiadas de guerra, afirmaram ter sofrido abuso sexual nas mãos de funcionários da santíssima ONU, contra a qual o Globo jamais disse uma só palavra.

Só o ódio cego à Igreja Católica explica que o sentido geral dado a uma notícia seja o contrário daquilo que afirmam os próprios dados numéricos nela publicados.

Por isso, saiba o prezado leitor que só leio a “grande mídia” por obrigação profissional de analisá-la, como se analisam fezes num laboratório, e que jamais o faria se estivesse em busca de informação.

Fonte: site de Olavo de Carvalho.