Mensagem do dia (29/11/2020)

“Vigiai, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor.” Embora o Senhor fale assim para todos, os seus interlocutores diretos são os seus contemporâneos, tal como em muitos outros discursos que lemos nas Escrituras. Contudo, estas palavras dizem respeito a todos os homens, porque para cada um deles há de chegar o último dia, assim como o fim deste mundo, o dia em que terá de abandonar esta vida. É preciso, pois, que cada um aja como se devesse ser julgado hoje mesmo. Por isso, todo o homem deve velar para que não se disperse mas permaneça vigilante, para que o dia do Senhor, quando chegar, não o apanhe desprevenido. Pois aquele a quem o último dia da sua vida apanhar sem estar preparado encontrar-se-á no mesmo estado no último dia deste mundo.

São Pascácio Radberto.

AIDS: O Papa não está só E TEM RAZÃO!

Mais detalhes sobre a entrevista do médico e antropólogo Edward C. Green.

Em entrevista ao National Review, na quarta-feira, Edward C. Green, diretor do Projeto de Pesquisa em Prevenção da AIDS da Universidade de Harvard, afirmou que as “controversas” afirmações feitas pelo Papa Bento XVI sobre o uso de preservativos estão corretas.

“O Papa está certo”, disse Green “ou para ser mais preciso, as melhores evidências que temos confirmam as palavras do Papa”. Ele destaca que “preservativos tem se provado ineficientes em ‘um nível populacional’.

“Existe,” acrescenta Green “uma associação consistente demonstrada pelos nossos melhores estudos, incluindo as ‘Pesquisas Demográficas de Saúde’, financiadas pelos EUA, entre uma maior disponibilidade e uso de preservativos e uma taxa superior(não inferior) de infecção pelo HIV. Isto pode ocorrer devido em parte a um fenômeno conhecido como ‘compensação de risco’, o que significa que quando se utiliza uma ‘tecnologia’ de redução de risco, tais como preservativos, algumas vezes se perde o benefício (redução de risco), por ‘compensação’, ou seja, por que passam a ocorrer mais oportunidades do que se teria sem a tecnologia de redução de risco”.

Green acrescentou: “Também constatamos [em nossas pesquisas] o que foi afirmado pelo Papa, a ‘monogamia’ é a única resposta positiva para a AIDS na África, ao contrário da ‘abstinência’. A melhor e mais recente evidência empírica mostra que a redução de parceiros sexuais múltiplos e concorrentes é, isoladamente, a mais importante mudança de comportamento que pode ser associada com uma redução na taxa de infecção pelo HIV.”

Green ainda trás notícias animadoras, o Papa não está só. “Mais e mais especialistas em AIDS estão aderindo a isto. Os dois países com a pior epidemia de HIV, Suazilândia e Botsuana, ambos lançaram campanhas para desencorajar parceiros múltiplos e concorrentes, e incentivar a fidelidade.”

Um livro apresentado no site da sua unidade de pesquisa, em que Green aponta lições da luta contra a AIDS nos países em desenvolvimento, explica:

«As soluções médicas financiadas principalmente por grandes doadores têm tido um impacto pequeno na África, o continente mais duramente atingido pela AIDS. Ao contrário, é uma mudança de comportamento relativamente simples e de baixo custo – acentuando o crescimento da monogamia e o atraso da iniciação sexual entre os jovens – que têm resultado nos maiores avanços na luta contra a AIDS e na redução de sua extensão.»

Fonte: Blog Apologeta.

Preservativo não foi solução para AIDS na África do Sul

Um vídeo confirma as palavras do Papa

JOHANNESBURGO, quarta-feira, 25 de março de 2009 (ZENIT.org).- Um novo site oferece documentários nos quais se mostra como é possível lutar contra a AIDS desde uma perspectiva cristã e mostra como, a partir da experiência sul-africana, o preservativo não está detendo a epidemia.

A iniciativa, recém-lançada na rede, publica os documentários audiovisuais, produzidos por Metanoia Media, «Semear entre lágrimas», merecedor de vários prêmios, assim como «Chegou a mudança», no qual se apresentam imagens e testemunhos inéditos dos ativistas católicos na luta contra a AIDS, na África do Sul e na Uganda.

Norman Servais, diretor da companhia de produção sul-africana, explicou à Zenit que «meu país, como se sabe, é a capital mundial da AIDS, de maneira que podem falar-nos de preservativos, se quiserem, mas nós lhes responderemos que não são a solução».

O bispo Hugh Slattery, de Tzaneen, na África do Sul, promoveu a produção destes vídeos como parte de um programa para responder à AIDS a partir de uma perspectiva católica.

Em uma entrevista com Zenit, Dom Slattery explica que o objetivo do segundo documentário consiste em mostrar que «a abstinência antes do casamento e a fidelidade no casamento deterão rapidamente a difusão da AIDS».

Um terceiro documentário da série, «Chamados a prestar ajuda», enfrentará o tema da «assistência aos enfermos, aos que vão morrer, e aos órfãos da AIDS», explica o produtor.

O quarto vídeo, que será divulgado ao final deste ano, mostrará «o casamento e a família como a autêntica solução à pandemia da AIDS».

Mais informação em The Change Is On!

httpv://www.youtube.com/watch?v=ErHLNc9F-UA

Fonte: Zenit. Ver também: Para combater a AIDS na África, é necessário sobretudo a educação em valores, considera o cardeal senegalês Théodore-Adrien Sarr.

O que a mídia não disse sobre a mensagem do Papa em sua viagem à Africa

ÁFRICA/CAMARÕES – Os Bispos de Camarões manifestam a sua tristeza, pois os meios de comunicação esqueceram os aspectos essenciais da mensagem africana do Santo Padre sobre a pobreza, sobre a reconciliação, sobre a justiça e a paz

Yaoundé (Agência Fides) – Os Bispos de Camarões estão “indignados” pelo modo que a imprensa apresentou parcialmente a resposta do Papa Bento XVI a um jornalista sobre o empenho da Igreja em combater a difusão da AIDS na África, que “oculta a ação da Igreja na luta contra a AIDS e em cuidar dos doentes”.

“É principalmente estarrecedor”, continua a nota da Conferência Episcopal Camaronense, enviada à Agência Fides, “que a imprensa queira fazer crer na existência de uma insatisfação da opinião pública camaronense durante a visita do Santo Padre, em consequência das suas declarações”.

“O Episcopado camaronense ressalta que os camaronenses receberam com alegria e entusiasmo o Papa Bento XVI, confirmando assim a sua lendária hospitalidade. Não nega a realidade da AIDS, nem os seus efeitos devastadores nas famílias de Camarões”.

Os Bispos destacam que o “Santo Padre coloca o homem no centro das suas preocupações e recorda o ensinamento de Cristo e da Igreja”.

Esta preocupação esta bem presente na vida da Igreja de Camarões, como foi demonstrado “pelo empenho da Igreja católica em relação às pessoas que convivem com o vírus da AIDS, à assistência às pessoas soropositivas e doentes que são uma das prioridades para a Igreja católica”. Um empenho que visa valorizar “a dignidade dos filhos adotivos de Deus”, que nos “obriga a ter um novo olhar sobre o outro e sobre o mundo. Ao invés de buscar paliativos, a Igreja propõe ao homem os valores eternos”.

“A Igreja católica está empenhada diariamente na luta contra a AIDS. Para isso criou as instalações adequadas para acolher, para a assistência e o tratamento das pessoas atingidas pelo vírus HIV. Esta assistência é ao mesmo tempo, moral, psicológica, nutricional, médica e espiritual. Eis a primeira mensagem do Santo Padre sobre a AIDS” afirmam os Bispos.

“Ao lado dessa ação multiforme e constante – continua a declaração- a Igreja, força moral, tem o dever imperativo de recordar aos cristãos que toda prática sexual fora do matrimônio é perigosa e favorece a disseminação da AIDS. Por isso, a Igreja prega a abstinência aos solteiros e a fidelidade conjugal do casal. É o seu dever e não pode deixar de fazê-lo. É esta a segunda mensagem do Santo Padre”.

Uma mensagem articulada que foi mal interpretada, “em consequência, os Bispos de Camarões entristecem-se com o fato de que os meios de comunicação, principalmente ocidentais, tenham esquecido os outros aspectos não menos essenciais da mensagem africano do Santo Padre sobre a pobreza, sobre a reconciliação, sobre a justiça e a paz. Isso é muito grave, uma vez que se conhece o número de mortes causadas por outras doenças na África sobre as quais não há nenhuma publicidade; quando se sabe do número de mortes causadas na África pelas lutas fratricidas, devido à injustiça e à pobreza”. (L.M.)

Fonte: Agência Fides.

Deputados franceses apoiam Bento XVI sobre luta contra AIDS

Afirmam que as palavras do pontífice sobre o preservativo foram manipuladas

Por Inma Álvarez

VIENNE, sexta-feira, 20 de março de 2009 (ZENIT.org).- Dois deputados franceses divulgaram nas últimas horas seu apoio às palavras de Bento XVI sobre o preservativo como meio insuficiente para lutar contra a AIDS, afirmando por outro lado que se «deformaram» e «exageraram» suas palavras.

Christian Vanneste (deputado pelo norte) e Jacques Remiller (deputado e prefeito de Vienne) utilizaram seus respectivos blogs para defender a postura do Papa.

Afirmam que deformaram-se suas palavras, especialmente por parte da «classe política francesa», que levou a cabo, na opinião de ambos, uma verdadeira «caça às bruxas» contra o Papa.

Segundo Remiller, o que o Papa pediu em Camarões «antes de pedir a gratuidade dos cuidados para os enfermos da AIDS, é que se deixe de considerar o preservativo como uma solução única ao problema da AIDS na África».

«A política de luta contra a AIDS não deve limitar-se, com efeito, à publicidade para os preservativos», destacou este político francês, que objetou que «é certamente um meio eficaz quando é corretamente utilizado, mas sua ampla distribuição não impedirá problemas de conduta graves, tais como os estupros e o incesto».

«O que o Papa recordou antes de tudo, é que a melhor, mais preventiva e mais eficaz via para combater a praga da AIDS e proteger a vida humana reside em uma educação verdadeira na responsabilidade, na investigação médica e na difusão das terapias; e a assistência aos enfermos.»

Por sua parte, Vanneste afirmou que o Papa «não é um político demagogo, mas portador de uma esperança – outros dirão que de um ideal -, e é a partir deste último que se devem compreender e julgar suas palavras».

«Certamente, a massa popular de materialistas e hedonistas evidentemente está mais afastada de poder compreender esta mensagem. A multidão mais concreta de fiéis que se reúne neste momento ao redor do Santo Padre está oferecendo uma resposta melhor», acrescentou.

O político nega que neste tema haja discrepâncias entre João Paulo II e Bento XVI, pois ambos «sempre desejaram a unidade dos cristãos, a união dos crentes e sempre recordaram as exigências morais que são indissociadas do catolicismo».

«João Paulo II não teria dito nada diferente, porque nenhum papa poderia preferir uma resposta mecânica, por outra parte imperfeita, a uma prática moral e espiritual que, por si mesma, é verdadeiramente libertadora», acrescentou.

Para Vanneste, aqueles que «detestavam João Paulo II e seus princípios» não se atreveram a atacá-lo, pois «era o símbolo de um país vítima da opressão comunista» e «um homem de comunicação», algo que não é Bento XVI, contra quem «chegou a hora de desquite, e de quem se colhem seus menores atos ou palavras para criticá-los, não sem antes tê-los deformado e exagerado».

«Houve Ratisbona, houve Williamson, há agora um preservativo e a África», acrescenta.

Fonte: Zenit.

Igreja e AIDS na África

Em 2004, a Santa Sé apresentou a Fundação “O Bom Samaritano”, uma espécie de Fundo Global da Igreja Católica que tem como objectivo ajudar economicamente os doentes mais necessitados, de modo particular os contaminados pelo HIV.

O esforço da Igreja Católica concentra-se na capacitação de profissionais da saúde, prevenção, cuidado, assistência e acompanhamento quer dos doentes quer dos seus familiares.

Dados do ONUAIDS* mostram que mais de um quarto de todas as instituições ligadas ao tratamento dos doentes de AIDS são iniciativa da Igreja Católica, sobretudo nos países mais pobres.

Os religiosos e religiosas da Igreja Católica são responsáveis pelos cuidados e a assistência a 27% dos doentes de AIDS em todo o mundo, uma resposta que nem sempre é visível, obscurecida pela atenção quase exclusiva que se reservou à questão do preservativo.

Os institutos religiosos estão empenhados em várias frentes: tratamento médico, prevenção geral, prevenção da transmissão mãe-filho, cuidados dos órfãos e das famílias atingidas, assistência espiritual, educação sexual e, por fim a pesquisa, em especial para se encontrar uma vacina contra a doença.

A Igreja Católica está particularmente activa na África austral, onde a pandemia da AIDS alcançou a difusão de 30% na população entre 25 e 40 anos e onde houve uma queda da expectativa de vida de 60 para 35 anos.

Segundo a OMS, pelo menos 30% das infra-estruturas de saúde na África estão ligadas a instituições religiosas.

Um projecto: DREAM

A AIDS apresenta-se na África associada a outros problemas: a pobreza, a desnutrição, a tuberculose, a malária, o escasso nível de educação sanitária, só para citar alguns exemplos. Extirpar a infecção por HIV deste contexto, não é possível. É necessária uma maior admissão de responsabilidade: não só e não tanto em relação à doença, a AIDS, mas sobretudo, em relação ao sistema sanitário, o africano.

A luta contra a AIDS, nessa perspectiva, pode tornar-se no banco de prova de uma globalização mais responsável, mais humana, de um empenho em contracorrente em relação ao crescente desinteresse internacional para com a África.

A Comunidade católica de Santo Egídio entendeu responder elaborando e promovendo o programa DREAM (Drug Resource Enhancement against AIDS and Malnutrition), contra a AIDS e a desnutrição.

DREAM representa a realização de um sonho (significado da palavra em inglês), uma abordagem diferente à AIDS que unisse prevenção e terapia, uma abordagem diferente a todo o universo sanitário africano, sem as correntes do pessimismo e da resignação.

Este programa de luta contra o HIV/AIDS na África permitiu assistir mais de 25 mil pacientes, para além de ter oferecido tratamento preventivo a mais de 20 mil adultos e crianças.

Os 19 centros presentes em seis países africanos, incluindo Moçambique e a Guiné-Bissau oferecem antiretrovirais, educação sanitária, testes de diagnóstico, suplementos nutricionais e o controlo e cura de infecções.

Activo desde 2002, o DREAM (Drug Resource Enhancement against AIDS and Malnutrition) está também presente em no Quénia, na Tanzânia, na Nigéria, na Guiné e no Malawi. O programa, totalmente gratuito, revelou-se um dos programas mais eficazes na prevenção e tratamento do HIV/AIDS nos países da África subsaariana.

97% das crianças que nasceram de mães seropositivas que beneficiaram do programa nasceram sãs e, depois de terem iniciado a terapia antiretroviral completa proposta por DREAM, mais de 90% dos adultos vivem bem e estão em condições de recomeçarem a trabalhar e a sustentar a própria família.

800 crianças por dia

Salvar da AIDS 800 crianças por dia é o objectivo da última campanha global lançada pela Caritas, intitulada “HAART” (Highly Active Anti-Retroviral Therapy – terapia antiretroviral altamente activa), promovendo um maior acesso a testes e tratamento do HIV para os menores.

Com a campanha HAART (com um sonoridade semelhante à palavra coração – «heart» – em inglês), a organização católica para a solidariedade e a ajuda humanitária pede a governos e companhias farmacêuticas que desenvolvam tratamentos que podem salvar a vida de centenas de crianças, a cada dia que passa.

Em comunicado oficial, a Caritas recorda que as crianças nos países mais pobres não têm acesso a medicamentos pediátricos, que lhes poderiam permitir uma vida mais longa e saudável. Por outro lado, quando consegue ser testados, já é demasiado tarde, na maioria dos casos.

A organização católica lembra que muitas das crianças que morrem diariamente nem sequer teriam sido afectadas pelo HIV se as suas mães tivessem sido correctamente tratadas durante a gravidez.

A Caritas convida jovens de todo o mundo a unirem-se à campanha, pressionando os governos e companhias farmacêuticas.

Francesca Merico, delegada da “Caritas Internationalis” junto da ONU, em Genebra, diz que “sem tratamento adequado, mais de um terço das crianças nascidas com HIV irão morrer antes do seu primeiro aniversário e metade delas antes dos dois anos de idade”.

Esta responsável acusa as companhias farmacêuticas de não mostrarem interesse nos tratamentos antiretrovirais para crianças porque estes se destinam, sobretudo, “aos países pobres”.

“Como é possível que o lucro se sobreponha às pessoas? Queremos que os líderes políticos digam às crianças do mundo que promoveram e respeitaram o seu direito à saúde”, conclui Francesca Merico.

* Programa das Nações Unidas contra a AIDS.

Fonte: Agência Ecclesia. Os destaques em negrito são meus.