Mensagem do dia (21/09/2022)

Mateus, o publicano, recebeu por alimento «o pão da vida e da inteligência»; e dessa mesma inteligência, fez em sua casa um grande banquete para o Senhor Jesus, pois tinha recebido uma graça abundante, em conformidade com o seu nome [que quer dizer «dom do Senhor»]. Um presságio desse banquete de graças havia sido preparado por Deus: tendo sido chamado enquanto estava no seu posto de cobrança, seguiu a Cristo e «ofereceu-Lhe, em sua casa, um grande banquete». Ofereceu-Lhe portanto um banquete, dos grandes – um banquete real, diríamos.

Rupert de Deutz.

Mensagem do dia (19/03/2021)

Não devemos nos enganar com a pobreza de São José. O encarregado da educação do Rei do céu e da terra, o humilde José, pertencia à linhagem real do rei Davi. Pela injustiça, São José perdeu a ascendência de sucessão ao trono, em suas veias corria o sangue da linhagem de Davi, de Salomão e de todos os nobres reis de Judá; se a dinastia de Israel tivesse continuado, José seria reconhecido e teria direito ao trono. Desta forma, Jesus possui ascendência real, tanto divina como humana.

São Pedro Julião Eymard.

Mensagem do dia (28/12/2018)

Ao nascimento do Senhor, «o rei Herodes perturbou-se e toda a Jerusalém com ele». Não é de espantar que a impiedade se perturbe com o nascimento da bondade. Eis que um homem que domina exércitos se assusta diante de uma criança deitada numa manjedoura, que um rei orgulhoso treme diante do humilde, que aquele que se veste de púrpura receia um pequenino envolto em panos. […] Fingiu querer adorar Aquele que procurava destruir. Mas a Verdade não receia as emboscadas da mentira. […] A traição não consegue encontrar a Cristo, porque não é pela crueldade, mas pelo amor, que se deve procurar a Deus, que vive e reina pelos séculos dos séculos. Amém.

Eusébio Galicano.

Mensagem do dia (08/01/2017)

Também eu, instado por esta pergunta, contemplo agora Jesus, deitado numa manjedoura, num lugar que só é próprio para os animais. Onde está, Senhor, a tua realeza: o diadema, a espada, o cetro? Pertencem-lhe e não os quer; reina envolto em panos. É um rei inerme, que se nos apresenta indefeso; é uma criança. Como não havemos de recordar aquelas palavras do Apóstolo: aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo.

São Josemaría Escrivá.

Homilia pronunciada em 6 de Janeiro de 1956, Epifania do Senhor

Por São Josemaría Escrivá.

Ainda não há muito tempo, tive oportunidade de admirar um baixo-relevo em mármore, que representa a cena da adoração de Deus Menino pelos Reis Magos. Emoldurando esse baixo-relevo, havia outros: quatro anjos, cada um com seu símbolo – um diadema, o mundo coroado pela cruz, uma espada e um ceptro. Deste modo, utilizando símbolos bem conhecidos, ilustrava-se plasticamente o acontecimento que hoje comemoramos: uns homens sábios – reis, segundo a tradição – prostram-se diante do Menino, depois de perguntar em Jerusalém: Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer?.

Também eu, instado por esta pergunta, contemplo agora Jesus, deitado numa manjedoura, num lugar que só é próprio para os animais. Onde está, Senhor, a tua realeza: o diadema, a espada, o ceptro? Pertencem-lhe e não os quer; reina envolto em panos. É um rei inerme, que se nos apresenta indefeso; é uma criança. Como não havemos de recordar aquelas palavras do Apóstolo: aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo.

Nosso Senhor encarnou para nos manifestar a vontade do Pai. E começa a instruir-nos estando ainda no berço. Jesus Cristo procura-nos – com uma vocação, que é vocação para a santidade -, a fim de consumarmos com Ele a Redenção. Considerai o seu primeiro ensinamento: temos de co-redimir à custa de triunfar, não sobre o próximo, mas sobre nós mesmos. Tal como Cristo, precisamos de nos aniquilar, de sentir-nos servidores dos outros para os conduzir a Deus.

Onde está o nosso Rei? Não será que Jesus quer reinar, antes de mais, no coração, no teu coração? Por isso se fez menino: quem é capaz de ter o coração fechado para uma criança? Onde está o nosso Rei? Onde está o Cristo que o Espírito Santo procura formar na nossa alma? Cristo não pode estar na soberba, que nos separa de Deus, nem na falta de caridade, que nos isola dos homens. Aí não podemos encontrar Cristo, mas apenas a solidão.

No dia da Epifania, prostrados aos pés de Jesus Menino, diante de um Rei que não ostenta sinais externos de realeza, podeis dizer-lhe: Senhor, expulsa a soberba da minha vida, subjuga o meu amor próprio, esta minha vontade de afirmação pessoal e de imposição da minha vontade aos outros. Faz com que o fundamento da minha personalidade seja a identificação contigo.

Fonte: site do Opus Dei.