Mensagem do dia (09/10/2011)

Cristão, convidado para o banquete da Eucaristia, banquete da Igreja, banquete das núpcias do Cordeiro, qual é o traje de festa? É a veste do teu Batismo, aquela veste branca, que deves conservar pura pela tua vida, pelas tuas obras, pelo teu procedimento! Não aconteça ser tu esse homem que entrou na festa sem o traje apropriado! É o que aconteceria se viesses, é o que acontecerá se vieres para esta Eucaristia santa com uma vida enodoada pelas ações contrárias ao que o Evangelho do Reino te ensina!

Dom Henrique Soares da Costa.

Mensagem do dia (06/06/2010)

O encontro de Jesus com a viúva de Naim oferece, de fato, alento porque o nosso Deus nos esplendores de sua glória não foi indiferente a nosso pesar. Ele quis conhecer não só nossas dores físicas, mas ainda as que são mais atrozes, as angústias do espírito.

Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho.

Mensagem do dia (18/04/2010)

O relato da última aparição de Jesus ressuscitado aos seus discípulos tem uma cena belíssima. Novamente entre redes, como no começo; novamente diante de um trabalho cansativo e ineficaz, como tantas vezes; novamente a dureza de cada dia, em um cotidiano sem Jesus, como antes de que tudo acontecesse.

Dom Jesús Sanz Montes.

O que é “patrulhamento ideológico”?

Boa Noite Sr. Mateus

Lendo o seu blog, relato as minhas considerações:

1) O que está acontecendo com nossas Universidades Católicas? Será que elas se tornaram máquinas anti-cristãs? Pelo visto, isto nao está acontecendo somente com a PUC/MG!

2) Por outro lado, a quem interessa um blog católico para militantes gays? Será que os militantes gays estão interessados a aprenderam a Doutrina Cristã, ou estão interessados a realizar aquilo que o filósofo Gramsci chama de PATRULHAMENTO IDEOLÓGICO? Será que o ensinamento cristão sobre o homossexualismo foi superado por uma ideologia melhor?

3) Lendo o ocorrido, retirei do opúsculo CADERNOS DA LIBERDADE, a definição de PATRULHAMENTO IDEOLÓGICO, que é muito interessante, do Autor: Sérgio Augusto de Avellar Coutinho – Belo Horizonte – 2003, que conhece muito bem a mentalidade gramscista. Eis a definição extraída desse opúsculo:

[Patrulhamento Ideológico é um processo político de intimidação que é usado contra os adversários para os calar ou impedir que exponham os seus pensamentos ou opiniões ou que se manifestem contra as idéias do “patrulhador” intolerante ou intoxicado pela sua ideologia radical. É um instrumento revolucionário leninista que, atualmente, tem também grande importância para a atualização da reforma intelectual e moral da sociedade como parte da luta pela hegemonia. Com este processo se faz a neutralização dos intelectuais adversários ou mesmo indiferentes, por meio da crítica tendenciosa ou mesmo pela desqualificação pessoal do adversário visado. Não se trata de contradizê-lo pelo debate, pela discordância ou crítica racional, mas pela anulação do oponente sem discussão, o que significaria não aceitar democraticamente a opinião contrária ou discordância.

A desqualificação do opositor é o processo ostensivo mais usado no patrulhamento. Não se as idéias e nem se critica o pensamento expresso pelo intelectual democrata. O que busca é desprestigiar o autor, retirar-lhe a autoridade e idoneidade, para invalidar a obra. O adversário geralmente é estigmatizado como um ser “reacionário”, ou ser de “direita”, “fascista”, “autoritário”, por ser dos “banqueiros internacionais”, da globalização, etc, etc, etc. Infeliz do opositor que tiver “telhado de vidro”, com certeza será crucificado publicamente.

A extrafiltração do intelectual democrata é outra forma de patrulhamento, dissimulado e invisível. Importa em tirar espaço de sua atividade e ao alcance de sua influência. Em primeiro lugar, isolando-o e constrangendo-o em seu lugar de trabalho ou no seu campo de atividade, nos órgãos de comunicação social, nas universidades, nas escolas, nas editoras, na área artística, nas repartições publicas, nas empresas estatais e até mesmo em certas empresas privadas onde os intelectuais de peso tem apreço e já conquistaram a hegemonia. Se o intelectual democrata se acomodar no silencio defensivo e se submeter à opressão deste tipo oculto de patrulhamento, poderá eventualmente conservar seu emprego, caso contrário, acabará despedido ou levado a demitir sob pressão, artimanha ou esvaziamento funcional. Muitas vezes o afastamento do reacionário é conseguido por “denúncias” publicas falsas ou manipuladas, sempre de origem oculta, mas amplamente orquestrada nos noticiários. A chamada “fritura” é uma forma de extrafiltração ou defenestração do alvo patrulhado.

O Patrulhamento Ideológico nestas duas formas é uma espécie de terrorismo intelectual e moral, antidemocrático, implacável e inescrupuloso. Estes adjetivos se aplicam geralmente às pessoas que voluntária ou remuneradamente o praticam; algumas, convencidas de estarem cumprindo um “dever ético” revolucionário, outras com certo rancor e sadismo político. O “patrulhador” é uma pessoa má, rancorosa, preconceituosa, intolerante, e freqüentemente, mentirosa e anônima. Cumpre sua função de agente carcereiro da “prisão sem grades”.

O Patrulhamento Ideológico não é apenas um instrumento revolucionário, mas a antecipação de outros métodos que o Estado Totalitário, a estatolatria de Antonio Gramsci, aplicará para realizar as transformações da sociedade civil e do individuo, após a conquista do poder].

4) Continuando, não é somente o seu blog, mas de outros católicos sérios e honrados como o senhor, estão sobre a pressão ideológica desses patrulhadores. Com qual objetivo?

a) Na minha opinião, não se trata simplesmente de um “calar a boca”, mas promover uma contra cultura cristã. De resto, o que escrevestes está de acordo com todo ensinamento da Igreja Católica sobre a temática do homossexualismo.

b) O que mais me admira, é um cidadão que se diz “reverendo” que desconhece os ensinamentos da verdade revelada. Seu site nao tem nada de fundamentalismo homofóbico, pois como Cristo, o que se denúncia é o pecado e não o pecador.

c) Aqui no Brasil a Cultura Cristã ainda é forte. É um país bastante religioso. Estado Laico nao significa Estado Laicista. O Estado Laicista nao quer saber de religiao, e nem está interessado com os ensinamentos de qualquer religião, pois não tolera religião alguma. Já a Laicidade de Estado, respeita a religião e os seus valores, mesmo que discordantes.

d) Em seu blog, em momento algum o sr. desumaniza qualquer pessoa, mas como católico convicto alerta aos demais católicos o que está ocorrendo numa Universidade Católica. Seus questionamentos e argumentações foram bastantes contundentes. Ah, quem dera que muitos fiéis católicos, inclusive meus colegas sacerdotes fosse como o senhor! A Igreja Católica estaria bem representada.

e) Se isso hoje acontece contigo, amanhã acontecerá comigo. Lembro-me que o Emmo. Sr. Cardeal Dom Eugenio de Araújo Sales, passou por esse mesmo problema alguns anos atrás. Aconselho que dê por encerrado a discussão com este “reverendo”. Quem sabe um dia ele se converta e passe a conhecer de verdade o Evangelho de Jesus Cristo? Claro que ele pode, basta querer!

f) Seu blog nao é lixo algum, mas assume autenticamente e com toda sinceridade, a verdade da doutrina cristã. Doutrina essa que será sempre odiada por alguns ou amada por outros, em todos os tempos e lugares.

Conclusão: Parabenizo pelo seu blog, que sabe apresentar aos que acessam, um grande testemunho de amor a Cristo e a sua Igreja, nos ajudando com o seu intelecto a compreender melhor as realidades da fé cristã. Saiba, se Cristo foi incompreendido em seu tempo, hoje com todo avanço da modernidade, Ele parece ser ignorado por muitos; mas mesmo assim Ele continua a nos falar, até mesmo neste excelente blog, Sr. Mateus!

Conte com minhas orações e solidariedade!

Pe. Eduardo C. Pereira.

Recebi o comentário acima, o qual publico na íntegra e sem correções de digitação ou redação. Agradeço ao Padre Eduardo, a quem não conheço pessoalmente, a cortesia de me enviar esta mensagem, salientando que fico sinceramente envaidecido com os elogios, os quais diga-se de passagem não mereço, e rogo-lhe por sua bênção.

Ano Sacerdotal

Começou hoje o Ano Sacerdotal, proclamado pelo Papa Bento XVI. Este tempo tem por intenção, segundo as palavras de Sua Santidade, “contribuir para fomentar o empenho de renovação interior de todos os sacerdotes para um seu testemunho evangélico mais vigoroso e incisivo”.

A seguir, matéria da agência Zenit:

Bento XVI inaugura Ano Sacerdotal pedindo presbíteros santos

O maior sofrimento da Igreja é o pecado dos seus sacerdotes

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 19 de junho de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI inaugurou o Ano Sacerdotal na tarde desta sexta-feira, constatando a necessidade que a Igreja tem de santos sacerdotes.

Ao mesmo tempo, ao presidir as segundas vésperas na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, na Basílica Vaticana, reconheceu que o maior sofrimento para a Igreja é o pecado dos sacerdotes.

A celebração começou quando o Papa se dirigiu à Capela do Coral da Basílica de São Pedro para venerar em silêncio o coração do Santo Cura de Ars, São João Maria Vianney; neste ano se comemora precisamente o 150º aniversário do seu falecimento.

“A Igreja tem necessidade de sacerdotes santos – disse o Papa na homilia; de ministros que ajudem os fiéis a experimentarem o amor misericordioso do Senhor e sejam suas testemunhas convictas.”

Por isso, convidou os crentes a pedirem “ao Senhor que inflame o coração de cada presbítero” de amor por Jesus.

“Como esquecer que nada causa mais sofrimento à Igreja, Corpo de Cristo, que os pecados dos seus pastores, sobretudo daqueles que se convertem em ‘ladrões de ovelhas’, seja porque as desviam com suas doutrinas privadas, seja porque as atam com os laços do pecado e da morte?”, perguntou-se o Papa.

“Também para nós, queridos sacerdotes, aplica-se o chamado à conversão e a recorrer à misericórdia divina, e igualmente devemos dirigir com humildade incessante a súplica ao Coração de Jesus, para que nos preserve do terrível risco de causar dano àqueles a quem devemos salvar”, disse o Papa aos numerosos presbíteros e bispos presentes.

Por isso, afirmou: “Nossa missão é indispensável para a Igreja e para o mundo, e exige fidelidade plena a Cristo e uma incessante união com Ele, isto é, exige que busquemos constantemente a santidade, como o fez São João Maria Vianney”.

Todos os católicos são convidados a viverem este ano com máxima intensidade, na oração e na fidelidade ao Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, à tradição da Igreja e seu magistério.

Decreto da Penitenciaria Apostólica concedeu indulgência parcial durante este Ano Sacerdotal a todos os fiéis que rezarem devotamente 5 Pai Nossos, Ave Marias e Glórias, ou outra oração devidamente aprovada “em honra do Sacratíssimo Coração de Jesus, a fim de obter que os sacerdotes se conservem em pureza e santidade de vida”.

Mais textos a respeito do Ano Sacerdotal:

Papa condena «pecados» e exige fidelidade aos padres

Ano Sacerdotal inaugurado no Vaticano, diante das relíquias do Santo Cura d’Ars

Bento XVI condenou esta Sexta-feira, no Vaticano, os “pecados dos pastores” da Igreja e pediu fidelidade aos que foram consagrados neste ministério. O Papa assinalava a abertura do Ano Sacerdotal, por ele convocado no 150.º aniversário do Santo Cura d’Ars, João Maria Vianney.

Na homilia da celebração de Vésperas e diante da relíquia do coração do Cura d’Ars, o Papa disse aos padres presentes que “a nossa missão é indispensável para a Igreja e para o mundo” e que a mesma exige “fidelidade”.

“Nada faz sofrer tanto a Igreja como os pecados dos seus pastores”, assinalou Bento XVI, numa cerimónia que decorreu na Basílica de São Pedro e para a qual estavam convidados os sacerdotes de todo o mundo.

Ao recordar as “promessas sacerdotais” que se pronunciam no dia da ordenação, o Papa alertou para os padres que se tornam “ladrões de ovelhas, seja porque as desviam com as suas doutrinas privadas, seja porque as sufocam com laços de pecado e de morte”.

Neste contexto, deixou um apelo à “conversão e ao recurso à Divina Misericórdia” para esconjurar o “terrível risco de prejudicar os que somos obrigados a salvar”.

O Papa falou do “coração de Deus”, “um Deus que se comove”, e da “ingratidão” com que o seu amor é várias vezes recusado. “O coração de Cristo expressa o núcleo essencial do Cristianismo”, indicou, aludindo a festa celebrada. Para Bento XVI, em Jesus está “toda a novidade revolucionária do Evangelho, o amor que nos salva e nos faz viver já na eternidade de Deus”.

Mais à frente, lembrou a “bela e comovente afirmação” do Cura d’Ars, que dizia que “o sacerdócio é o amor pelo coração de Jesus”. “Nós presbíteros fomos consagrados para servir, com humildade e autoridade, o sacerdócio comum dos fiéis”, indicou.

Bento XVI desafiou os presentes a fazer deste Ano Sacerdotal “uma ocasião para crescer na intimidade com Jesus, que conta conosco, seus ministros, para difundir e consolidar o seu reino”, sendo no mundo de hoje “mensageiros de esperança, reconciliação e de paz”.

“Para ser ministros ao serviço do Evangelho é útil, certamente, o estudo com uma apurada e permanente formação pastoral, mas é ainda mais necessária a ‘ciência do amor’ que se aprende só no ‘coração a coração’ com Cristo”, advertiu.

A Igreja, disse o Papa, “tem necessidade de sacerdotes santos, que ajudem os fiéis a experimentar o amor misericordioso do Senhor e sejam testemunhas convictas”.

No início da celebração, Bento XVI proclamou a oração para o ano sacerdotal, pedindo que “por intercessão do Santo Cura d’Ars, as famílias cristãs se tornem ‘pequenas igrejas’, nas quais as vocações e todos os carismas, dados pelo Espírito Santo, possam ser acolhidos e valorizados”.

Fonte: Agência Ecclesia.

China – Ano Sacerdotal: O testemunho de Pe. Jin Feng Zhi, que apoiando-se numa bengala, há 20 anos visita sem cessar os 200 povoados de sua paróquia

Xian Xian (Agência Fides) – Por ocasião do início do Ano Sacerdotal, a Agência Fides entende oferecer algumas humildes e ao mesmo tempo emocionantes testemunhos de sacerdotes que dedicaram e continuam dedicando suas vidas ao Evangelho de Cristo, não obstante as doenças ou a idade avançada.

“Em Dom Jin Feng Zhi vimos Jesus”: são as palavras dos fiéis da parróquia de Long Tun da diocese de Xian Xian (hoje Cang Zhou), que é uma paróquia modelo para a evangelização da diocese. “Um idoso sacerdote, doente, que se apoia numa bengala e leva sempre consigo um rolo de imagens sagradas e várias Bíblias”, assim os paroquianos descrevem o seu pároco, Pe. Jin, de 68 anos, ordenado sacerdote em 1985. Na vida ele é geralmente calado, mas quando começa a falar de Jesus se transforma numa “falar”. Prestou serviço pastoral nesta paróquia há mais de 20 anos, ocupando-se de mais de 200 povoados. Diz muitas vezes que: “sou um pecador comum. Se sirvo para fazer algumas coisa, é tudo graças ao Senhor, graças à guia do Espírito Santo. Não posso me permitir nunca de tirar esse merecimento que é do Senhor”.

Antes de 1985 nesta localidade viviam somente cerca de 200 fiéis, espalhados por dezenas de povoados, sem nenhuma igreja. Hoje, 200 povoados contam mais de 5.000 fiéis com cerca de vinte igrejas. No muro do modesto quarto de Pe. Jin, está o mapa que recorda os batismos dos últimos 8 anos: 97 em 2002, 249 em 2003, 291 em 3004, 387 em 2005, 488 em 2006, 580 em 2007. No ano passado, após as severas provas de Pe. Jin para melhorar a formação dos catecúmenos, foram batizados 345 pessoas. Somente na Páscoa de 2009 foram feitos 280 batizados. Graças a seu exemplo, formou um grupo de catequistas que anunciam o Evangelho como os Apóstolos que seguiam Jesus.

Quando alguém pede os sacramentos ou quer ser informado sobre temas da fé, ele deixa de fazer qualquer coisa (até mesmo se está comendo ou está fazendo a injeção para a diabete) e vai imediatamente atender aquela pessoa. Não aceita nunca ir comer fora, porque “se um sacerdote fuma, bebe ou come fora, não favorece a missão da evangelização”. Há três anos, dois dias de forte temporal destruíram a estrada que ligava um dos vilarejos. Um camponês marcou um encontro uma semana antes com padre Jin, para conhecer a fé, mas não pensava mais recebê-lo em casa devido ao mau tempo. Mas a sua família viu chegar padre Jin todo ensopado e coberto de lama, apoiando-se na sua bengala. Havia percorrido à pé 15 km de estrada sob a chuva intensa. Hoje, toda a família desse camponês e alguns dos seus vizinhos são católicos. Todas as vezes que os fiéis levam algum ovo, fruta ou doce para padre Jin, logo depois, todas essas coisas são levadas para a Casa dos Idosos ou para as crianças do asilo.

A formação dos fiéis é a sua preocupação principal, porque “hoje as pessoas são muito mais instruídas, e se os fiéis não possuírem formação como podem evangelizar os outros?”. No passado, presenteava sempre os novos batizados com pequenas imagens ou medalhas sagradas, atualmente, presenteia sempre com a Bíblia, livros sagrados, assinaturas de jornais católicos. Em 2009, fez 280 assinaturas de jornais católicos (Faith) para a sua paróquia.

Os seus fiéis rezam e fazem votos de poder vê-lo por muitos anos, com a sua figura um pouco curvada, apoiado na bengala, com um rolo de imagens sagradas debaixo do braço, com um saco de pano que contém um pedaço de pão duro e a água, indo de um lado a outro na vinha do Senhor da paróquia de Long Tun. Nessa figura de sacerdote está também o segredo do sucesso da evangelização de Long Tun. (NZ) (Agência Fides 17/06/2009)

Fonte: Agência Fides.

A historicidade da ressurreição de Jesus

Por Tibiriçá Ramaglio.

Nicholas Thomas Wright é bispo da Igreja Anglicana, estudioso do Novo Testamento e profundo conhecedor de História Antiga. Na impossibilidade da reconstituição dos fatos históricos, Wright defende a historicidade da ressurreição de Jesus por meio de argumentos interessantíssimos, tão desconhecidos no Brasil quanto o próprio Wright. O assunto é da maior importância, sem dúvida, pois “se Cristo não ressuscitou, ilusória é a vossa fé” (1 Coríntios 15: 17). Segue um resumo das idéias centrais de Wright.

Para começar, o historiador levanta questão da originalidade da idéia de ressurreição tal qual ela é apresentada pelo cristianismo primitivo. A ressurreição corporal de Jesus é uma idéia completamente nova em relação à civilização helenística e também a judaica. As duas civilizações têm idéias que se relacionam à vida após a morte (o Hades, dos gregos, por exemplo, ou a ressurreição de todo o povo no fim dos tempos, dos judeus), mas nenhuma delas traz à tona o fato de um homem, depois de morto, reaparecer aos vivos em carne e osso, corporificado.

Em segundo lugar, Wright ressalta a centralidade que o fato ressurreição tem para o cristianismo primitivo, enquanto as doutrinas da vida após a morte nas seitas judaicas ou inexistem ou têm caráter secundário. Por que essa questão ganharia aspecto central na nova religião, caso não estivesse fundamentada em um fato?

Em terceiro, a unanimidade existente em torno da idéia de ressurreição entre os cristãos primitivos. Transcrevo um trecho de Wright:

Por que os primeiros cristãos tinham essa muito nova, mas admiravelmente unânime, opinião a respeito da ressurreição? […] É claro, todos os primeiros cristãos diziam que tinham essa opinião por causa do que acreditavam a respeito de Jesus. Agora, se a idéia de que Jesus se ergueu dos mortos só aparecesse depois de vinte ou trinta anos de cristianismo, como muitos estudiosos céticos têm suposto, encontraríamos muitas facções que não aceitariam a ressurreição, e aquelas que aceitassem lhe dariam uma forma diferente daquela específica do cristianismo primitivo. Assim, a ampla e unânime aceitação da crença na ressurreição pelos primeiros cristãos força-nos a dizer que alguma coisa certamente aconteceu para moldar e colorir todo o movimento cristão.

Outro argumento interessante de Wright é o fato de os quatro Evangelhos apresentarem as mulheres como primeiras testemunhas da ressurreição de Jesus. Ora, mulheres não tinham nenhuma credibilidade naquele contexto histórico, tanto que Celso (século II d.C.) escarnece da ressurreição dizendo: “Essa fé se baseia apenas no testemundo de algumas mulheres histéricas”. Então, se os Evangelhos tivessem sido escritos para persuadir, evitariam usar as mulheres como testemunhas. Se as colocaram nesse papel, foi porque elas efetivamente desempenharam esse papel, isto é, testemunharam o fato da ressurreição.

Wright ressalta ainda que nos, quatro Evangelhos, a narrativa da ressurreição não tem caráter doutrinário e teológico, como vai adquirir nos Atos dos Apóstolos e nas Epístolas de São Paulo. O evento é simplesmente narrado e ponto (particularmente em Marcos, o Evangelho mais antigo). Diga-se também que é narrado sem as tradicionais alusões ao Antigo Testamento, o que aponta para o surgimento de uma tradição oral baseada em efetivos testemunhos de um fato: a ressurreição pessoal e intransferível de Jesus, fato que fundamenta a consolidação do cristianismo entre os primeiros discípulos, após a crucificação do mestre, bem como a expansão dessa crença em grupos de pessoas cada vez numerosos.

Fonte: Observatório de Piratininga.

Aniversário de morte de João Paulo II: jovens, «oásis de esperança»

Bento XVI recorda aos jovens a «herança espiritual» do Papa polonês

Por Inma Álvarez

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 2 de abril de 2009 (ZENIT.org).- «João Paulo II conseguia comunicar uma forte carga de esperança, fundada na fé em Jesus Cristo». Essa é a «herança espiritual» que ele quis transmitir aos jovens, afirmou hoje o Papa Bento XVI, na Missa celebrada na Basílica de São Pedro por ocasião do quarto aniversário de morte de seu predecessor.

Numa Basílica cheia de jovens, presentes em Roma para a celebração diocesana da Jornada Mundial da Juventude (Domingo de Ramos), o Papa evocou o «entusiasmo que João Paulo II sabia infundir nas novas gerações».

«Queridos amigos, meditando sobre esta página do Evangelho de João surge espontaneamente a consideração de como é difícil verdadeiramente testemunhar Cristo. E o pensamento se dirige ao amado Servo de Deus Karol Wojtyla – João Paulo II, que desde jovem se mostrou intrépido e ousado defensor de Cristo», afirmou.

Destacou a fecundidade espiritual do pontificado de seu predecessor, especialmente com os jovens: «ele gerou na fé muitos filhos e filhas. Disso vós sois sinal visível, queridos jovens presentes esta tarde: vós, jovens de Roma, e vós, jovens vindos de Sydney e de Madri, que representais as multidões de jovens que participaram das já 23 Jornadas Mundiais da Juventude, em diversas partes do mundo».

«Quantas vocações ao sacerdócio e à vida consagrada, quantas jovens famílias decididas a viver o ideal evangélico e a tender à santidade estão unidas ao testemunho e à pregação de meu venerado predecessor! Quantos jovens se converteram ou perseveraram em seu caminho cristão graças a sua oração, a seu ânimo, a seu apoio e a seu exemplo!», acrescentou.

A chave, explicou, é que João Paulo II «conseguia comunicar uma forte carga de esperança, fundada na fé em Jesus Cristo».

Fonte: Zenit. Leia o restante da matéria aqui.

Escândalo: PUC Minas promove homossexualismo em curso de extensão

O documento “Presença da Igreja na Universidade e na cultura universitária“, elaborado pela Congregação da Educação Católica, diz logo em sua nota preliminar:

A Universidade e, dum modo geral, a cultura universitária constituem uma realidade de importância decisiva. Estão em causa questões vitais neste campo e as profundas mudanças culturais com consequências desconcertantes suscitam novos desafios. A Igreja deve tê-los em conta na sua missão de anunciar o Evangelho.

Infelizmente, não é isso o que acontece.

Aqui em Belo Horizonte, a PUC Minas, através de sua Pró-reitoria de Extensão, está promovendo o curso “Direito à Diferença” a ser realizado em sábados, nos meses de abril e maio. Um dos objetivos do curso, voltado principalmente para professores de ensino fundamental e médio é o de “Fornecer subsídios teóricos para a elaboração de métodos e técnicas de intervenção voltadas para o reconhecimento do direito à diversidade e diferença“.

Um dos módulos do curso trata do assunto “Representações sobre gênero e orientação sexual: ‘Mitos’ e ‘Verdades’“. É claro que o curso tem como objetivo promover a ideologia gayzista, servindo de fachada para o pleno exercício, em uma universidade católica, do ativismo homossexual. Trata-se de enfiar na cabeça dos professores, à força, para que depois eles enfiem na cabeça das crianças, sob o eufemismo “educação”, a noção de que o comportamento homossexual é natural e deve ser considerado legítimo – pior ainda: que todas as vozes dissonantes em relação a esse ponto de vista devem ser caladas e a oposição ao homossexualismo deve ser criminalizada. Isso está acontecendo em uma instituição universitária católica, que deveria estar promovendo os valores do evangelho, mas contribui para a realização da agenda dos movimentos ativistas homossexuais.

A Igreja acolhe o homossexual com caridade e amor, mas condena veementemente o homossexualismo. Legitimar esse modo de vida, gravíssimo pecado contra a castidade, é algo contrário aos princípios do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, princípios esses que a PUC estará traindo ao promover esse infame curso. A promoção de um suposto “direito à diferença” significa “direito ao pecado”, algo inaceitável para a moral cristã.

O Grão-Chanceler da instituição, Dom Walmor Oliveira, está ciente sobre a realização deste cursto? Sua Excelência Reverendíssima percebe a gravidade do que está para ocorrer? O Reitor Dom Joaquim Giovani não está a par deste descalabro? Nossas insignes autoridades eclesiásticas não podem se omitir!

Então nós, católicos, temos que agüentar calados a doutrinação homossexual até mesmo em uma instituição católica, com a anuência de nossos pastores?

Para entrar em contato com a Arquidiocese de Belo Horizonte e manifestar seu desacordo com a promoção do homossexualismo em plena PUC Minas, envie seu email para o arcebispo Dom Walmor (arcebispobh@arquidiocesebh.org.br), para a PUC Minas (secretariageral@pucminas.br) e o Reitor Dom Joaquim Giovani (dommol@arquidiocesebh.org.br).

Papa mostra como união de Escritura e Tradição está presente na Igreja nascente

Assim como a estrutura ministerial e a «sucessão apostólica»

Por Inma Álvarez.

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 28 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- O Papa Bento XVI, continuando com o ciclo de catequese sobre São Paulo por ocasião do ano paulino, analisou hoje várias questões que aparecem em suas três últimas cartas, a propósito da estrutura da Igreja nascente.

Trata-se das duas cartas a Timóteo e da carta a Tito, de quem o Papa recorda que foram estreitos colaboradores do Apóstolo, e que certamente acabaram sendo bispos de Éfeso e Creta, respectivamente.

Porém, «a maioria dos exegetas é hoje do parecer de que estas cartas não teriam sido escritas pelo próprio Paulo, mas que sua origem estaria na ‘escola de Paulo’, e refletiria sua herança para uma nova geração, talvez integrando algum breve escrito ou palavra do próprio Apóstolo».

Estas cartas, conhecidas como «pastorais», explicou o Papa, dirigem-se a pessoas concretas, e nelas se trata de várias questões doutrinais que já preocupavam nas primeiras comunidades, entre elas os primeiros desvios que depois dariam origem ao gnosticismo.

«O autor enfrenta estas doutrinas com dois convites de fundo. Um consiste na volta a uma leitura espiritual da Sagrada Escritura (cf. 2 Tm 3, 14-17), ou seja, a uma leitura que a considera realmente como «inspirada» e procedente do Espírito Santo,», explicou. 

O outro convite «consiste na referência ao bom ‘depósito’ (parathéke): é uma palavra especial das cartas pastorais com a qual se indica a tradição da fé apostólica que deve ser custodiada», e que é «a soma da Tradição apostólica e critério de fidelidade ao anúncio do Evangelho». 

«Neste sentido, Escritura e Tradição, Escritura e anúncio apostólico como chaves de leitura, aproximam-se e quase se fundem, para formar juntos o ‘fundamento firme posto por Deus’ (2 Tm 2, 19). O anúncio apostólico, ou seja, a Tradição, é necessária para introduzir-se na compreensão da Escritura e captar nela a voz de Cristo.»

Leia mais aqui. A íntegra do texto da catequese do Papa está aqui.

Bento XVI: reflexão sobre a Conversão de São Paulo

Essa semana, JORNADA CRISTÃ homenageia o apóstolo São Paulo – a imagem no cabeçalho do site é uma representação sua em um belíssimo mosaico. Ontem, dia 25, a Igreja celebrou o evento de sua conversão. Este ano são comemorados os dois mil anos de seu nascimento, através do Ano Paulino.

Ontem, no Ângelus, o Papa disse bonitas palavras a respeito:

Graças à conversão de São Paulo podemos compreender o verdadeiro significado da conversão evangélica.

Isso Paulo alcançou no encontro com Cristo ressuscitado; foi este encontro que mudou radicalmente a sua existência. No caminho para Damasco, aconteceu a ele o que Jesus pede no Evangelho de hoje: Saulo foi convertido, porque, graças à luz divina, “acreditou no Evangelho”. Nisso consiste a sua e a nossa conversão: acreditar em Jesus morto e ressuscitado e abrir-se à iluminação de sua graça divina. Naquele momento, Saulo compreendeu que sua salvação não dependia das boas obras feitas em conformidade com a lei, mas pelo fato de que Jesus morreu também por ele -o perseguidor- e foi, e é ressuscitado.

Leia a íntegra da mensagem aqui.