Não julgar – e não se manter calado diante do pecado

Recebi um longo comentário. Reproduzo aqui apenas alguns trechos para os meus prezados leitores conferirem o nível intelectual de algumas pessoas que não conseguem ficar caladas e sentem uma necessidade enorme de expressarem suas opiniões – como se fossem realmente importantes, imprescindíveis… Infelizmente, virou moda escrever primeiro, pensar depois. Ou nunca. Os grifos são meus.

[Rozangela Justino] Criou polêmica em cima de um assunto que já é polêmico.Conseguiu o ódio do público gay.E, de quebra, conseguiu alguns cristões como “seguidores”…

Rozangela Justino trabalha com isso já faz anos, nunca buscou aparecer coisa nenhuma. Cismaram que era um crime o trabalho dela de ajudar pessoas insatisfeitas com seu desejo sexual. A militância gay é quem quer aparecer e criar polêmica.

Como diria a própria bíblia “não julgues para não seres julgado”, então os próprios seguidores dessa idéia não deveriam julgar tanto o pecador, quanto o seu pecado, certo?

Errado. Muito errado. É interessante como algumas pessoas espertinhas selecionam determinados trechos da Bíblia enquanto ignoram outros, tudo para sustentar suas idéias pessoais, como se a verdade estivesse a seu serviço. Jesus diz em Mateus 18, 15-18:

Se teu irmão tiver pecado contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele somente; se te ouvir, terás ganho teu irmão. Se não te escutar, toma contigo uma ou duas pessoas, a fim de que toda a questão se resolva pela decisão de duas ou três testemunhas. Se recusa ouvi-los, dize-o à Igreja. E se recusar ouvir também a Igreja, seja ele para ti como um pagão e um publicano. Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra será também desligado no céu.

O que Jesus está dizendo aí?

  1. Jesus ordena que alertemos o irmão do seu pecado, e de forma discreta, evitando escândalos ou fofocas;
  2. Jesus ordena que insistamos, para “resolver a questão”;
  3. Jesus ordena para que acionemos a Igreja, a instituição a qual ele delegou sua própria autoridade (Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra será também desligado no céu);
  4. Caso o pecador se recuse a ouvir também a Igreja, este deve ser considerado excluído da mesma. Ou seja: todo aquele que se recusa a reconhecer-se pecador está automaticamente excluído da Igreja Católica e, por isso mesmo, privado de seus sacramentos. Esta decisão é pessoal, foi a própria pessoa que se retirou da Igreja, pela sua insistência em permanecer no pecado, recusando a Graça salvífica oferecida por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Portanto, a missão da Igreja é salvar o pecador do pecado. E ela assim o faz obedecendo ao que Jesus mandou – notem bem: Jesus não pede, ele manda. “Não julgar” não significa calar-se diante do pecado, ao contrário do que a comentarista insinua.

Se você acha errado, ponha o joelho no chão e ore, reze por “nós pecadores”, em vez de tentar virar a sociedade contra nós.Não rotule, não difame, não tire conclusões preciptadas.A quebra do celibato, a virgindade até o casamento também não é considerado pecado?
Então por que não vejo uma pessoa que quebra esse voto, sendo espancada?sendo ofendida? sendo chamada de doente? (e esse é só um exemplo)

Eu não acho nada. O cristianismo ensina: relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo são imorais, abomináveis, pecado gravíssimo contra a castidade. Rezar por todos os pecadores é obrigação dos cristãos, não precisa você vir ironicamente lembrar-nos disso. Agora, onde é que você está vendo em algum pronunciamento da Igreja que estamos tentando “virar a sociedade” contra vocês, homossexuais? Mania de perseguição virou moda, agora? Então um padre dizer que atos homossexuais são pecaminosos é crime terrível? Advertir sobre os riscos espirituais advindos da prática do homossexualismo (sobre os de saúde, nem me fale, mas isso é assunto para outro dia…) é perseguição?

O “Grupo Gay da Bahia” queimou foto do Papa Bento XVI em manifestação durante sua visita ao Brasil, em maio de 2007. Claro, claro, ofender ao líder máximo dos católicos é apenas uma “crítica”.

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Na última parada gay em São Paulo, um cidadão de nome José Roberto Fernandes vestiu-se de Papa levando consigo um cálice que continha fichas brancas, simbolizando hóstias, além de preservativos. O cidadão, que pensa que é católico, dizia fazer “um alerta à hipocrisia da Igreja” (bocejos) e revelou que participa da Eucaristia – coitado dele, pois São Paulo apóstolo assim escreve na Primeira Carta aos Coríntios (11, 27-29):

Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpável do corpo e do sangue do Senhor. Que cada um se examine a si mesmo, e assim coma desse pão e beba desse cálice. Aquele que o come e o bebe sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação.

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Foto: Daigo Oliva/G1.

Um pecador que se recusa a abandonar o pecado e a lutar contra ele e participa da Eucaristia, comendo o pão do Senhor, e ainda por cima não distingue o corpo do Senhor de uma camisinha está caminhando alegremente para o inferno. É um dever cristão alertá-lo para os riscos que está correndo.

Mas… veja como são as coisas. Se o rapaz sai alegremente ao lado do “namorado” (este, com uma fantasia que debocha dos bispos, os sucessores dos Apóstolos e dirigentes da Igreja) ridicularizando o Santo Padre, o sucessor de São Pedro, chefe máximo da Igreja Católica, e ainda faz troça do maior de todos os sacramentos, do qual ele mesmo diz participar, em um ato blasfemo que insulta os verdadeiros católicos – sim, àqueles que têm um pingo de amor por Sua Igreja e por seu líder… Isso é uma brincadeira irreverente.

Você já viu um católico fanático (têm aos montes, basta você ser contra o aborto por exemplo e já é considerado um) espancar um gay? Pregar publicamente a violência contra os homossexuais? Já viu algum membro da Igreja queimando fotos ou agredindo uma pessoa homossexual em nome da Igreja? Algum carola queimou a foto do sr. Luiz Mott em público?

Quer dizer: os católicos podem ser ofendidos e serem feitos de chacota, isso é direito, liberdade de expressão, etc. Falar que práticas homossexuais são imorais, ah isso não pode! É crime.

Afinal de contas julgamento por julgamento…Não existe pecadinho ou pecadão.

Segundo esse raciocínio torto, pisar no pé de uma pessoa e dar um tiro na cabeça da mesma seriam a mesmíssima coisa.

Ao meu entender, vocês sendo contra a pesquisa com células tronco de células totipotentes de inseminações artificiais não realizzadas, ou até mesmo do aborto,acreditam na formação da vida logo após a fecundação e formação do zigoto.Mesmo havendo inúmeros estudos dizendo que não é bem assim, e outros que indicam que sim que é assim sim.

Pedir lógica à moça seria demais. Vejam: caso não haja consenso na comunidade científica sobre o momento em que começa uma vida humana, como ela admite, haveria a possibilidade de 50 por cento de estarmos certos ou errados ao afirmarmos que a vida começa no momento da concepção. Ora, se não há certeza de que aquele embrião é um ser humano, também não há certeza contrária, certo? Muito bem. Então, ao destruir aquele embrião, há uma possibilidade em 50 por cento de se estar matando uma pessoa. Não seria no mínimo prudente então evitar a destruição de embriões, pela simples dúvida (que é legítima, qualquer pessoa honesta tem que admitir) de que pode-se estar cometendo um crime contra vidas humanas?

Se vocês acreditam piamente em só uma verdade assim como séculos atrás acreditava-se que a Terra era quadrada, que o façam.

Terra quadrada? Quem acreditava que a Terra era quadrada? Você fumou ou cheirou alguma coisa antes de escrever isso?

Só não se achem no direito de julgar o pecador ou o pecado que seja, por que pelo pouco que sei, acredito que Deus nenhum deu autonomia a nenhum mero humano a julgar nada, nem ninguém.

Você não sabe é nada. Deus, através de Jesus Cristo, deu autonomia à sua Igreja de transmitir aos homens a Palavra de Deus, conforme lhe foi ensinada. E a Palavra de Deus é clara: relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo são pecaminosas. Como se não bastasse a Bíblia, há o Magistério da Igreja bastante explícito a esse respeito. Simples, assim.

No mais, não custa repetir: é por amor aos homossexuais que devemos nós católicos alertá-los e conscientizá-los de seu pecado. É pelo desejo sincero de que se salvem, pois “assim haverá maior júbilo no céu por um só pecador que fizer penitência do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”. (Lucas 15, 7).

Não há consenso na comunidade científica sobre o homossexualismo

Tem muitos comentários na fila para serem respondidos, e vou fazer isso depois. Estou muito sem tempo, como podem observar pela inconstância na publicação de novos textos.

Mas aproveito um tempinho livre para responder a um comentário bastante interessante, digno de um post. Vamos a ele:

Primeiramente deixo claro que não estou “invadindo seu blog”, como você respondeu a um dos comentadores. Se o blog é aberto a todos os comentários, então não existem “invasores” e sim “visitantes” ou comentadores.

**** Se todos aqueles que viessem aqui com a sua educação, seria ótimo. O blog é aberto a comentários e discordâncias, não a “ignorâncias”, se você me entende. Então, existem sim aqueles que vêm aqui tranqüilamente, para comentar, expressar discordâncias, expor argumentos (como é o seu caso), e existem aqueles que vêm aqui babando, despejando a própria ignorância, pensando que aqui é a casa da Mãe Joana. Esses últimos, invasores, são recebidos a pontapés, pelo simples motivo de que eu não respeito quem não me respeita.

Em segundo lugar há de se separar juízos morais ou éticos de pareceres técnicos. Para a Organização Mundial de Saúde o termo “homossexualismo” (conforme usado aqui) foi proscrito em 1985 pois o sufixo “ismo” é utilizado para designar patologias.

**** Veja a gravidade da sua afirmação: “há de se separar juízos morais ou éticos de pareceres técnicos”. A raiz do problema está justamente aí, afinal o que garante a lisura do parecer técnico se este estiver separado de um juízo moral, ético?

Prosseguindo: qual o parecer técnico que determinou inequivocamente o homossexualismo como um comportamento “normal”? Quais as pesquisas realizadas podem afirmar isso com certeza? A decisão da Organização Mundial de Saúde foi arbitrária, fruto de pressões políticas do movimento gay, tal como aconteceu com a APA (American Psychological Association – ver o importantíssimo texto de Gerson Faria “Movimento gay põe psiquiatras ‘de quatro'”).

A comunidade científica mundial não considera a homossexualidade uma patologia, a despeito do que pregam vocês fundamentalistas.

**** Visite o site da Narth – National Association for Research and Therapy of Homosexuality. Trata-se de uma instituição científica séria e suas pesquisas estão lá, com dados preciosos para serem debatidos. Existem pessoas que manifestam comportamentos homossexuais, se sentem infelizes com isso, e procuram então ajuda especializada para tratamento. Um comportamento compulsivo pode e deve ser considerado patológico – e, pelo menos para certo número de pessoas que procura ajuda, o comportamento homossexual pode e deve ser considerado patológico.

Em síntese, ao contrário do que você e tantos outros afirmam, não há consenso científico a respeito deste tema. O que está acontecendo é muito simples: a militância gay impede o debate, através da violência verbal e do constrangimento. Como estão com a grande mídia nas mãos, já que o jornalismo e os meios de comunicação quase em sua totalidade estão tomados pelo pensamento politicamente correto, mobilizam a opinião pública em favor de seus interesses – entre esses interesses, está o de recusar a possibilidade de haver pessoas que apresentam comportamento homossexual infelizes, desejosas de modificar sua conduta.

Ninguém é obrigado a ser cristão ou a ler a Bíblia, mas qualquer profissional de nível universitário é obrigado a seguir o código de conduta, o protocolo que regulamenta o seu exercício profissional.

**** E se o código de conduta não refletir a realidade exposta nos fatos e nas pesquisas, mas tão somente o interesse de grupos militantes organizados? Você diz que sou fundamentalista, por defender o que a Bíblia e o Magistério da Igreja ensinam a respeito do homossexualismo. Você acredita piamente na resolução do Conselho de Psicologia e na Associação Mundial de Saúde. Repito a pergunta: quais os dados apresentados por esses cientistas para retirarem o homossexualismo da lista de patologias e, principalmente, em quê esses cientistas se apoiam para proibir que pessoas insatisfeitas com sua sexualidade procurem tratamento clínico?

Se não existe patologia, não existe tratamento, nem tampouco cura.

**** Segundo a Narth (link em inglês), “existem numerosos exemplos de pessoas que obtiveram sucesso em modificar seu comportamento sexual, sua identidade, estimulação sexual e fantasias.”

Se muitos determinam a patologia (de forma bastante questionável, mas vá lá…) a partir do sofrimento do paciente como um dado e existem pessoas que sofrem por sua conduta homossexual, é lógico que há uma patologia presente. Quem vai tratar disso?

O Conselho de Psicologia agiu estritamente dentro dos códigos éticos do seu campo de atuação

**** Insisto: se há pessoas insatisfeitas com sua sexualidade, com seus desejos, suas vontades; se essas pessoas se sentem impulsionadas a praticarem atos contra sua vontade consciente, quem vai ajudá-las? Ou todos os desejos humanos são lícitos, contanto que “não prejudiquem a ninguém…” Como determinar isso? Como mensurar o sofrimento de outrem por agir não conforme a própria vontade, mas a partir de impulsos, que não consegue, mas gostaria de dominar?

Se existem pessoas desejosas de abandonarem o comportamento homossexual, por que o psicólogo deveria ser proibido de ajudá-las a isso? É ético proibir uma pessoa de deixar de ser homossexual?

Por fim, cito a fala do presidente da American Psychological Association, Gerald P. Koocher, que afirmou em 2006: “A Associação Americana de Psicologia não tem conflito algum com os psicólogos que ajudam aqueles que sofrem atração homossexual indesejada”.

Aqui no Brasil, ao contrário, o Conselho Federal de Psicologia se rendeu às pressões políticas do movimento gay, este sim autoritário e que impõe sua ideologia na base da intimidação e da ameaça (como este blog  já pôde comprovar), não do verdadeiro conhecimento científico, que se baseia no debate público de idéias.

Opinião: Cassação de Rozangela Justino

Nota: o artigo foi escrito antes do julgamento da psicóloga Rozangela Justino pelo Conselho Federal de Psicologia, o qual determinou uma censura pública à referida psicóloga.

Por Julio César
Psicólogo e mestrando em Ciências da Religião
(CRP 06/80058).

No próximo dia 31 de julho o Conselho Federal de Psicologia julgará o pedido de cassação do registro profissional da psicóloga Rozângela Justino. O motivo é que ela oferece serviço de terapia para gays e lésbicas que queiram mudar a orientação ou as práticas homossexuais. Segundo resolução do Conselho feita há 10 anos, a homossexualidade não é uma doença, nem distúrbio, nem perversão, por isso é proibido ao psicólogo tratá-la como uma anomalia. O curioso é que o código de ética dos psicólogos veda também ao profissional induzir o paciente a agir contra os seus valores morais, a discriminá-lo por suas crenças religiosas, muitas das quais qualificam a orientação ou prática homossexuais como pecado ou perversão.

Pensemos um pouco. Um homossexual bem resolvido na sua homossexualidade, satisfeito e que não que não se sente inferiorizado como sua orientação, procuraria os serviços de Rozângela? Creio que não, a não ser se por intenções de desqualificá-la ou de incriminá-la.

Um homossexual liberto de seus traumas e de seus complexos de inferioridade, que vive com alegria sua homossexualidade, ficaria perturbado, abalado e ameaçado na sua liberdade, com o testemunho de alguém que diz que deixou de ser gay, lésbica ou travesti? Creio que não, porque seguro de sua homossexualidade, mesmo que exista a possibilidade de se tornar heterossexual ele não quer mudar sua orientação. Olha para aquele que quer mudar e diz “se você quer isso para sua vida, vá em frente, busque aquilo que você acha que vai te fazer feliz”.

Desqualificar a possível eficácia da terapia oferecida por Rozângela pelos numerosos casos de ex-ex-gays, de gente que tentou, com muita força e disposição, e não conseguiu, e de gente que até aprendeu a desempenhar papéis heterossexuais em público e na família, mas que clandestinamente vive sua homossexualidade, é algo relativamente complicado. Por essa linha de raciocínio teríamos também que desqualificar as terapias para dependentes químicos, detentos e pacientes psiquiátricos, pelos fartos casos de abandono do tratamento, recaída quando não de pioramento.

Outro problema é estaríamos pondo em xeque a autenticidade dos depoimentos das pessoas que se dizem ter saído da homossexualidade. Deveríamos pensar que elas sofreram lavagem cerebral ou que estão mentindo? Mas ao conferir descrédito ao relato dessas pessoas o psicólogo não estaria agindo com preconceito, violentando emocionalmente o paciente e, assim, violando a ética e o espírito da ciência que é livre e aberto a novas possibilidades?

Um caso curioso é o do psiquiatra estadunidense Robert Spitzer, da Universidade de Columbia, Nova York. Em 1973 ele foi aplaudido pelo movimento glst por ter se posto na linha de frente da Associação Psiquiátrica Americana pela retirada da homossexualidade da lista de transtornos psiquiátricos. Passaram-se 18 anos e ele, após 247 entrevistas com pessoas que passaram por algum tipo de tratamento de reorientação sexual, chegou à conclusão de que com muita vontade e ajuda terapêutica é possível um homossexual virar heterossexual. E foi além, afirmou que o homossexual que livre e espontaneamente queira mudar sua orientação deve receber ajuda especializada. “A medicina não trata apenas de doenças”, disse ele.

Rozângela pensa semelhante. Ela também diz que é possível – não inevitável – a mudança, que depende da vontade do paciente. Críticas a parte, o que não é possível dizer é que as crenças dela não têm paralelo e respaldo na ciência.

Se duas das marcas da ciência são a pluralidade e a mutabilidade do conhecimento, por que o Conselho de Psicologia dogmatiza ao decretar que os psicólogos diante dos homossexuais mal-resolvidos podem de duas uma, ou ajuda eles a se resolverem na sua homossexualidade ou a se resignarem como tais? Seria só para não fomentar ainda mais a discriminação aos homossexuais e não por que o Conselho estaria de joelhos à plataforma glst? Se sim, seria então justo que a Psicologia mesmo sendo possível, privasse os homossexuais que querem ser heteros de receber ajuda e indiretamente dizer para eles que a única ajuda que ela pode dar é ajudá-los a se aceitarem? Uma postura desse tipo não põe em xeque a credibilidade da Psicologia?

Espero que o Conselho aja com bom senso, não movido por ideologismo, por patologias políticas-partidárias, e garanta a liberdade científica e profissional de Rozângela, levando em consideração também o testemunho das pessoas que foram beneficiadas pelos serviços prestados por ela. Agora, se ela for cassada, nada a impedirá de continuar prestando serviço de apoio terapêutico, não somente porque a Psicologia não tem o monopólio, nem a paternidade, da terapêutica da alma, mas também porque creio que os homossexuais que querem mudança não vão deixar de buscar serviços do gênero. Quem deixar de procurar será pela descrença ou pela ineficácia do seu caso, não porque a Psicologia desacreditou.

Assim penso eu, para quem a liberdade e a moralidade autêntica não é coletiva, mas só é possível no exercício da consciência individual.

Fonte: Blog de Rozangela Justino.

Tentativa de intimidação por parte de militante gayzista

Um sujeito que se identifica como “Reverendo Márcio Retamero” envia comentário ao post Escândalo: PUC Minas promove homossexualismo em curso de extensão:

Cheguei até este site pela indicação do Professor Dr. Luiz Mott. Não estou surpreso com o que até aqui li! Não estou surpreso porque o fundamentalismo religioso cristão homofóbico que este site promove, vergonhoso, é exatamente o mesmo, dos sites e outras mídias fundamentalistas evangélicas. Aliás, essas tem debatido muito acerca do Acordo Brasil Vaticano, claro que estão se posicionando contra – e pasmem – estão lembrando que o Estado é laico! Quando é conveniente, os fundamentalistas cristãos lembram do princípio da laicidade do Estado! É claro que eles, os fundamentalistas evangélicos, deviam ser mais claros como vocês, católicos, que se possível fosse, faria de cada Estado da Terra uma teocracia administrada pelo “Santo Padre”, o Papa. Mas não me engano que o objetivo deles, ainda que estrategicamente oposto ao dos senhores católicos fundamentalistas, é o mesmo, pois eles também querem um Estado cuja Constituição seja as Escrituras.

O que vocês fazem aqui neste site, é um problema de vocês! Liberdade de expressão é um direito garantido pela Constituição do nosso país. Contudo, não pensem que liberdade de expressão é o direito de escrever o que quer, jogar lama sobre quem quer, salvo conduto pra desumanizar pessoas. Vocês infringem o Artigo 5º da Constituição da nossa Federação ao promoverem o discurso da desigualdade. Ferem também o direito constitucional da liberdade religiosa, pois esta também não é passaporte pra disseminar valores contrários aos Direitos Humanos.

Sabe o que vou articular a partir de agora, que conheço o conteúdo do site de vocês? Vou articular com o Movimento Homossexual Brasileiro, com o Ministério Público Federal, com as ONGs promotoras dos Direitos Humanos, para que façamos algo no campo do Direito contra o que vocês aqui pregam. Júlio Severo fugiu do Brasil, não sei se o editor de vocês tem algum lugar pra se esconder também. O que não pode continuar é essa disseminação xiita católica contra pessoas, seres humanos.

Parabéns à PUC MG, parabéns aos Jesuítas envolvidos neste tão belo e consciente trabalho.

Chorem, carpideiras!

Fica o registro de comentário tão “nobre”, “humanista” e “libertário”. Peço agora a atenção de todos, porque o assunto é muito sério.

Aqui neste site, em momento algum perseguiu-se determinada pessoa ou grupos de pessoas por suas condutas sexuais. O que as pessoas fazem em sua privacidade é algo de sua intimidade, não deve ser policiado ou punido pelo estado. JORNADA CRISTÃ não defende a criminalização de determinadas condutas morais pelo fato de serem pecaminosas – não somente o homossexualismo, mas também o adultério, por exemplo. Pessoalmente, não considero correto o estado legislar sobre a intimidade de ninguém. O próprio Vaticano recentemente se pronunciou contrário à criminalização do homossexualismo.

Entretanto, anunciar aos quatro ventos que homossexualismo é uma prática natural, que deve em si mesma ser respeitada, promovida e elevada ao mesmo patamar das relações heterossexuais monogâmicas, é pecado muito mais grave que o pecado do homossexualismo! Trata-se de inverter a lógica cristã, como já escrevi aqui anteriormente, e transformar um vício em uma virtude! É isso o que foi criticado aqui, e vai continuar sendo: sob a ótica cristã, homossexualismo é pecado, e não pode ser considerado pelos cristãos como sendo bom; é intrinsicamente mau e pecado gravíssimo contra a castidade.

O que o sr. reverendo quer simplesmente é: calar a minha boca. E calar a boca de todos aqueles que não aceitarem a naturalidade do homossexualismo. Isso é a ditadura gay. Eles terão todos os direitos: direito a criticar a Igreja Católica, a falar mal da família tradicional, a difamar a monogamia, a ridicularizar a santidade do matrimônio. Aos católicos e cristãos em geral restará o “direito” de abaixarem a cabeça, aceitarem e se sujeitarem ao que a Bíblia chama abominação (Levítico 18,22: Não te deitarás com um homem, como se fosse mulher: isso é uma abominação). Claro que a Bíblia do sr. reverendo é diferente da minha… A Igreja dele é “reformada”…

Segundo o reverendo, ele chegou até este blog por indicação do maior líder do movimento gay brasileiro, o sr. Luiz Mott (quem quiser saber mais sobre esse senhor, sugiro a leitura deste texto, longo, porém bastante elucidativo, além de artigo de Olavo de Carvalho a seu respeito).

E em sua mentalidade totalitária, o sr. reverendo promete “articular” (típico vocábulo empregado pelos militantes de esquerda) Ministério Público, movimento gay, Ongs… Eu não imaginava ser tão perigoso! Uau! Eu não imaginava ser tão importante assim, sr. reverendo! Muito me lisonjeia tamanha “articulação” contra a minha pessoa! Então, o senhor pretende colocar todo mundo contra mim, senhor reverendo? E qual a acusação? Ser fiel ao Magistério da Igreja? Ser fiel à Bíblia?

O que faço neste blog é, unicamente, seguir o Magistério da Igreja Católica. Reproduzir o que a Igreja Católica ensina. E é isso o que a Igreja Católica ensina sobre o homossexualismo:

Castidade e homossexualidade

2357 A homossexualidade designa as relações entre homens ou mulheres, que experimentam uma atração sexual exclusiva ou predominante para pessoas do mesmo sexo. Tem-se revestido de formas muito variadas, através dos séculos e das culturas. A sua génese psíquica continua em grande parte por explicar. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves (1) a Tradição sempre declarou que «os actos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados» (2). São contrários à lei natural, fecham o acto sexual ao dom da vida, não procedem duma verdadeira complementaridade afectiva sexual, não podem, em caso algum, ser aprovados.

2358. Um número considerável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente radicadas. Esta propensão, objectivamente desordenada, constitui, para a maior parte deles, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar na sua vida a vontade de Deus e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar devido à sua condição.

2359. As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes do autodomínio, educadoras da liberdade interior, e, às vezes, pelo apoio duma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem aproximar-se, gradual e resolutamente, da perfeição cristã. (Grifos meus)

(1) Gn 19, 1-29; Rm 1, 24-27; 1 Cor 6, 9-10; 1 Tm 1, 10.

(2) Congregação da Doutrina da Fé, Decl. Persona humana, 8: AAS 68 (1976) 95.

O reverendo deveria então acionar o Ministério Público não somente contra mim, mas também contra todas as Dioceses da Igreja Católica no Brasil. E deveria exigir a retirada de circulação de todas as edições da Bíblia e do Catecismo da Igreja Católica das livrarias e bibliotecas.

Também o reverendo deveria, por questão de coerência, processar todos os bispos, padres e leigos católicos que porventura façam qualquer comentário em oposição às práticas homossexuais.

Por que o senhor reverendo, tão valente, não aproveita e processa a Igreja Católica inteira? O sr. me acusa de ser fundamentalista? Então, a Igreja Católica também é. Não estou inventando nada: apenas sigo esses ensinamentos, os quais o senhor taxa de “homofóbicos”.

E lembro ao senhor reverendo: acusar alguém de crime sem apresentar provas é crime. Prove que estou violando o artigo 5º da Constituição. Prove que estou indo contra “direitos humanos” – existe o direito a pecar? Ser simplesmente contra atos homossexuais e manifestar em público sua opinião, e pelo bem dessas pessoas, advertindo-as de seu pecado e dos riscos dessa prática, é desumanizar alguém? Claro que o senhor quer me intimidar é para me calar, pois não é capaz de refutar o óbvio: homossexualismo é pecado, grave, que provoca a repulsa de Deus (a Bíblia diz claramente: abominação).

Se quer me acusar de ódio e perseguição aos homossexuais, que leve consigo as provas. Este é um aviso e não estou brincando.

A intimidação já começou. E de uma pessoa que não aceita críticas a seu comportamento. Que utiliza da ameaça para intimidar seus adversários ideológicos.

Repetindo sempre: amor ao homossexual. Repulsa e ódio ao homossexualismo, pecado gravíssimo e passível de condenar o pecador para sempre ao inferno. A maior prova de amor que podemos dar é dizer a verdade, alertando a todos para o mal. Para que todos se convertam e tenham a vida eterna.

E este comentário é a demonstração evidente de que o movimento gay não existe para proteger os direitos dos homossexuais: existe para impor uma agenda politicamente correta anticristã e obter poder e privilégios.

Respeitar qualquer pessoa, independentemente de seu pecado, orando sempre por sua conversão. E denunciar o mal em nosso meio. Essa é a missão de um verdadeiro cristão. Esta é a missão deste blog, e assim continuará sendo, quer o senhor reverendo queira ou não queira.

E isso, sr. reverendo, é o mesmo que o saudoso Padre Tonico, a quem o senhor disse ter conhecido pessoalmente, ensinava, como padre que era fiel ao Magistério Católico.

Quanto aos parabéns que o sr. dá à PUC/Minas… Isso realmente diz muita coisa.

E sugiro que o senhor processe também (agradeça-me, pois estou poupando-lhe do “nobre” trabalho de vigiar seus desafetos para então posteriormente ameaçá-los):

  • Toda a equipe do site Veritatis Splendor (texto: Sofismas mais comuns do mundo gay, entre outros).
  • O padre Luiz Carlos Lodi, do Pró-Vida de Anápolis (texto: O vício contra a natureza, que define muito bem a prática do homossexualismo, entre outros).
  • O jornalista Olavo de Carvalho (texto: Conseqüências mais que previsíveis, entre outros).
  • A Associação Cultural Montfort (texto: Condenações contra o homossexualismo, entre outros).
  • O padre João Carlos Almeida, ou padre Joãozinho (entrevista onde o sacerdote afirma “é preciso não se deixar contagiar por essa cultura gay” e “o homossexual está homossexual, ele não é homossexual, no coração de Deus ele é heterossexual. Ele tem uma condição, um limite humano que nós não sabemos tratar ainda direito”).
  • O bispo Dom Redovino Rizzardo (artigo: Quem são os discriminados?, onde escreve: “[A] partir da vigência do decreto de lei [PL 122/2006], além dos direitos fundamentais garantidos pela Constituição Federal a todos os cidadãos brasileiros, os homossexuais terão privilégios e benesses que derivam de sua opção sexual. Em contrapartida, todos aqueles que não se conformam com comportamentos homossexuais, deverão silenciar ou preparar-se para ocupar uma cela em algum presídio do país”).
  • O padre Luiz Antonio Bento (que afirma neste texto o óbvio: “Reconhecer legalmente as uniões homossexuais ou querer dar a elas o mesmo valor dado matrimônio, significaria, não só aprovar um comportamento errado, com a consequência de convertê-lo num modelo para a sociedade atual, mas também ofuscar valores fundamentais que fazem parte do patrimônio comum da humanidade”).
  • O prof. Felipe Aquino (que publicou em seu blog, entre outros artigos, o texto, obviamente “homofóbico” para o sr., Mulher criada por homossexual dá seu testemunho. Veja como se inicia o artigo: “Uma mulher canadense que foi criada em um lar homossexual se dedica agora a assistir a outras pessoas que atravessam a mesma situação e a pedir aos governos do mundo que protejam o matrimônio entre homem e mulher”. Um horror, não é mesmo sr. reverendo? Afinal, a verdade não deve ser dita, mas sim apenas o que convém ao movimento gay).
  • O padre Roger Luís (que em palestra disponibilizada aqui, proferida na comunidade Canção Nova, afirmou o seguinte: “Nossos filhos estão morrendo nas garras de satanás, nas baladas, nas drogas, no homossexualimo, lesbianismo”. Aliás, o senhor deveria processar a Canção Nova inteira, o que acha da idéia?).
  • Por que o senhor reverendo não aproveita e processa o Vaticano, também (arcebispo Angelo Amato, secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, afirmou: “o casamento gay é um mal”)?
  • Aproveite e peça na justiça o bloqueio do site da NARTH – Associação norte-americana de pequisa e terapia da homossexualidade.
  • E não se esqueça do professor universitário Antônio Carlos, que testemunhou publicamente sua libertação do homossexualismo. Denuncie-o como “traidor do movimento gay”.

Cito apenas alguns exemplos de católicos fiéis ao Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo e ao Magistério da Igreja Católica no que diz respeito ao assunto “homossexualismo” (exceção feita a NARTH).

O senhor e seus colegas “articulados” ficam vagando pela internet, buscando sites e pessoas que exponham opiniões divergentes com o objetivo de intimidá-las e ameaçá-las? É essa a sua prática, senhor reverendo? O senhor pretende processar e mandar todo mundo pra cadeia, senhor reverendo? Ou o senhor vai escolher quem o senhor e sua sanha de poder for capaz de destruir, esmagar, aniquilar, para satisfazer um prazer pessoal? O senhor chama isso de justiça, senhor reverendo?

O senhor e seus amiguinhos “articulados” não têm mais o que fazer, senhor reverendo?

Combatendo o pecado (homossexualismo), amando o pecador (homossexual)

Recebi o seguinte comentário, sobre o qual achei por bem respondê-lo com a devida atenção:

Sou extremamente católica e tenho amigos gays. Antes de saber via neles pessoas boas, com muitas qualidades e merecedoras do meu respeito, quando eu soube continuei a respeitá-los do mesmo modo porque continuei a vê-los exatamente do mesmo jeito. Sei que eles passaram por muitos sofrimentos e humilhações, e ainda hoje guardam marcas disso, por isso não posso crer que ser homossexual seja simplesmente uma escolha deles, pois ninguém escolhe sofrer e ser humilhado só para afrontar a sociedade e viver na sem-vergonhice como muitos julgam. Uma vez um desses amigos me disse “Não gosto quando dizem que ser gay é uma opção sexual, como se eu seguisse por um caminho e de repente tivesse a minha frente duas estradas e tivesse que escolher: Agora eu vou gostar de mulher ou agora vou gostar de homem. Se eu pudesse escolher escolheria me casar, ter filhos e netos, uma família tradicional. Mas se eu fizer isso estarei sendo hipócrita.” Não estou aqui para defender os gays, mas também não acho que seja meu direito condená-los como tenho visto ser feito até agora. Jesus em sua infinita sabedoria sempre respeitou a todos, mesmo aqueles que cometiam os piores pecados e eram desprezados pela sociedade da época ainda que não se convertessem. Muitas vezes ele os repreendeu sim, mas sempre mantendo o respeito e outras vezes ele acolheu aqueles que o procuravam buscando ajuda e fez com que se convertessem somente pelo amor. Promover o respeito aos homossexuais não significa promover o homossexualismo, significa promover o respeito ao ser humano, um princípio cristão. Pensamentos e atitudes intolerantes não condizem com a mensagem de Cristo e não farão com que os homossexuais mudem. Pelo contrário, só servem para afastar da Igreja as pessoas que talvez mais precisem dela. Jesus não faria isso! Julgar não é nosso papel, deixemos isso com Deus. A nós cabe somente respeitar, como eu disse, não o gay ou a lésbica, mas o ser humano que existe por trás deles.

Você, que se diz “extremamente católica”, leia o que o Catecismo da Igreja Católica diz sobre o homossexualismo – já que é “extremamente católica”, deve ter um exemplar em casa. Se não tiver, te dou uma ajudinha: o site do Vaticano oferece o conteúdo completo do Catecismo (aqui). Especificamente sobre homossexualismo e homossexuais, clique aqui para ler o que a Igreja ensina a respeito (confira os parágrafos 2357 a 2359).

Por que devemos promover o “respeito” aos homossexuais, como se eles fossem tão diferentes assim de qualquer outro ser humano? Por que não promover o respeito integral ao ser humano, independente dos seus pecados? Porque esse discurso de “tolerância” não é aos gays, mas sim à prática homossexual, como se essa prática fosse normal e tivesse que ser respeitada. Jesus ensinou o amor aos pecadores, não amor ao pecado.

Ninguém deve ser desrespeitado por ser gay; mas nenhum pecado pode deixar de ser veementemente condenado. Não entro no mérito se “a condição homossexual” é passível de escolhas ou não; entretanto, praticar atos homossexuais é escolha sim. Este amigo que se recusa a aceitar que somos livres para decidirmos pecar ou não se recusa a aceitar que há um caminho de escolhas para os atos dos seres humanos; ele se recusa a perceber que somos livres para escolhermos entre o bem e para o mal.

A Igreja convida os homossexuais à castidade, não a que se tornem heterossexuais – mesmo porque nem todas as pessoas têm vocação para o casamento. Ter atração sexual por pessoas do mesmo sexo não é pecado; pecado é dar vazão a esses instintos, é praticar atos homossexuais, que são por definição contrários à natureza.

“Ah, mas é muito difícil ser casto”… Ninguém aqui está falando que seja fácil, nem a Igreja diz isso. Não estamos falando de “fácil ou difícil”, mas sim de “certo ou errado”. Para Deus, tudo é possível.

Você se confunde toda: diz que não está aqui para “defender os gays”. Ora, mas é exatamente isso que você deveria fazer! Todos nós temos que defender os gays por exemplo da violência física a que estão sujeitos ao procurarem garotos de programa desconhecidos e levarem-nos para seus lares; do desrespeito a sua própria humanidade ao se deixarem levar por paixões estéreis; e, principalmente: defende-los espiritualmente do pecado! Orientá-los para seu próprio bem, para que tenham uma saúde física melhor abandonando a promiscuidade, para que sejam realmente felizes afastando-se de relacionamentos fugazes e, por fim, para que sejam libertos do pecado e alcancem a salvação. Onde você viu os gays sendo “condenados”? Só quem pode condenar é Nosso Senhor Jesus Cristo. E Ele nos julgará a todos conforme nossas obras…

O fato é que você ignora a pressão política do movimento gay, que não existe para defender homossexuais de supostas perseguições, mas simplesmente aponta suas armas contra aqueles que sustentam pontos de vista divergentes em defesa da família e contra a prática do homossexualismo. Esses grupos buscam promover abertamente o pecado como sendo uma virtude – pior ainda: silenciando quem pensa diferente através da intimidação e pressionando para aprovar leis que criminalizem seus adversários ideológicos.

A posição de JORNADA CRISTÃ é clara: contra a promoção da prática do homossexualismo como “direito humano”, especialmente nas escolas, para as crianças. E a proposta do curso a que se refere este post foi essa – pior: o curso foi patrocinado por uma universidade católica! Para quem estiver totalmente desinformado a respeito do movimento gay, sugiro a leitura do blog de Julio Severo.

Sobre o pecado do homossexualismo, veja o que São Paulo nos escreve:

Acaso não sabeis que os injustos não hão de possuir o Reino de Deus? Não vos enganeis: nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os devassos, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os difamadores, nem os assaltantes hão de possuir o Reino de Deus. Ao menos alguns de vós têm sido isso. Mas fostes lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados, em nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito de nosso Deus. Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma.

Leia todo o capítulo 6 da Primeira Carta aos Coríntios e reflita sobre o assunto! É seu dever alertar a seus amigos homossexuais da gravidade do pecado que é a prática de atos homossexuais. Você, “extremamente católica”, tem então a obrigação de ajudar seus amigos, conforme o que diz a Bíblia e conforme a Igreja Católica sempre ensinou através de seu Magistério.

Quanto à intolerância com o pecado, o próprio Jesus assim sempre procedeu, e é uma atitude cristã libertar as pessoas do pecado, ainda que utilizando palavras duras. Jesus fez assim: repreendia os pecadores às vezes com ternura, às vezes com a rispidez necessária – e às vezes com violência, como no caso dos vendilhões do templo.

Você vem com essa conversa fiada de “julgar não é nosso papel”, confundindo as coisas, pois alertar o pecador de seu pecado é nosso dever, veja o que diz Nosso Senhor Jesus Cristo em Mateus 18,15-18:

Se teu irmão tiver pecado contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele somente; se te ouvir, terás ganho teu irmão. Se não te escutar, toma contigo uma ou duas pessoas, a fim de que toda a questão se resolva pela decisão de duas ou três testemunhas. Se recusa ouvi-los, dize-o à Igreja. E se recusar ouvir também a Igreja, seja ele para ti como um pagão e um publicano. Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra será também desligado no céu.

Quanto a “afastar da Igreja as pessoas…”, quem precisa realmente da Igreja sabe que será sempre acolhido por ela. Todos somos pecadores; o que não podemos é aceitar o pecado com naturalidade, como se fosse algo normal – como se o pecado não fosse pecado. Está na hora daqueles que se dizem “extremamente católicos” saberem de uma coisinha: não é a Igreja que deve se adequar à modernidade, para agradar a todo mundo e desagradar ao próprio Deus; a Igreja deve permanecer firme, como farol da verdade, como luz para o caminho de todos os pecadores, sejam quem forem eles – ou seja: todos nós.