O que é “patrulhamento ideológico”?

Boa Noite Sr. Mateus

Lendo o seu blog, relato as minhas considerações:

1) O que está acontecendo com nossas Universidades Católicas? Será que elas se tornaram máquinas anti-cristãs? Pelo visto, isto nao está acontecendo somente com a PUC/MG!

2) Por outro lado, a quem interessa um blog católico para militantes gays? Será que os militantes gays estão interessados a aprenderam a Doutrina Cristã, ou estão interessados a realizar aquilo que o filósofo Gramsci chama de PATRULHAMENTO IDEOLÓGICO? Será que o ensinamento cristão sobre o homossexualismo foi superado por uma ideologia melhor?

3) Lendo o ocorrido, retirei do opúsculo CADERNOS DA LIBERDADE, a definição de PATRULHAMENTO IDEOLÓGICO, que é muito interessante, do Autor: Sérgio Augusto de Avellar Coutinho – Belo Horizonte – 2003, que conhece muito bem a mentalidade gramscista. Eis a definição extraída desse opúsculo:

[Patrulhamento Ideológico é um processo político de intimidação que é usado contra os adversários para os calar ou impedir que exponham os seus pensamentos ou opiniões ou que se manifestem contra as idéias do “patrulhador” intolerante ou intoxicado pela sua ideologia radical. É um instrumento revolucionário leninista que, atualmente, tem também grande importância para a atualização da reforma intelectual e moral da sociedade como parte da luta pela hegemonia. Com este processo se faz a neutralização dos intelectuais adversários ou mesmo indiferentes, por meio da crítica tendenciosa ou mesmo pela desqualificação pessoal do adversário visado. Não se trata de contradizê-lo pelo debate, pela discordância ou crítica racional, mas pela anulação do oponente sem discussão, o que significaria não aceitar democraticamente a opinião contrária ou discordância.

A desqualificação do opositor é o processo ostensivo mais usado no patrulhamento. Não se as idéias e nem se critica o pensamento expresso pelo intelectual democrata. O que busca é desprestigiar o autor, retirar-lhe a autoridade e idoneidade, para invalidar a obra. O adversário geralmente é estigmatizado como um ser “reacionário”, ou ser de “direita”, “fascista”, “autoritário”, por ser dos “banqueiros internacionais”, da globalização, etc, etc, etc. Infeliz do opositor que tiver “telhado de vidro”, com certeza será crucificado publicamente.

A extrafiltração do intelectual democrata é outra forma de patrulhamento, dissimulado e invisível. Importa em tirar espaço de sua atividade e ao alcance de sua influência. Em primeiro lugar, isolando-o e constrangendo-o em seu lugar de trabalho ou no seu campo de atividade, nos órgãos de comunicação social, nas universidades, nas escolas, nas editoras, na área artística, nas repartições publicas, nas empresas estatais e até mesmo em certas empresas privadas onde os intelectuais de peso tem apreço e já conquistaram a hegemonia. Se o intelectual democrata se acomodar no silencio defensivo e se submeter à opressão deste tipo oculto de patrulhamento, poderá eventualmente conservar seu emprego, caso contrário, acabará despedido ou levado a demitir sob pressão, artimanha ou esvaziamento funcional. Muitas vezes o afastamento do reacionário é conseguido por “denúncias” publicas falsas ou manipuladas, sempre de origem oculta, mas amplamente orquestrada nos noticiários. A chamada “fritura” é uma forma de extrafiltração ou defenestração do alvo patrulhado.

O Patrulhamento Ideológico nestas duas formas é uma espécie de terrorismo intelectual e moral, antidemocrático, implacável e inescrupuloso. Estes adjetivos se aplicam geralmente às pessoas que voluntária ou remuneradamente o praticam; algumas, convencidas de estarem cumprindo um “dever ético” revolucionário, outras com certo rancor e sadismo político. O “patrulhador” é uma pessoa má, rancorosa, preconceituosa, intolerante, e freqüentemente, mentirosa e anônima. Cumpre sua função de agente carcereiro da “prisão sem grades”.

O Patrulhamento Ideológico não é apenas um instrumento revolucionário, mas a antecipação de outros métodos que o Estado Totalitário, a estatolatria de Antonio Gramsci, aplicará para realizar as transformações da sociedade civil e do individuo, após a conquista do poder].

4) Continuando, não é somente o seu blog, mas de outros católicos sérios e honrados como o senhor, estão sobre a pressão ideológica desses patrulhadores. Com qual objetivo?

a) Na minha opinião, não se trata simplesmente de um “calar a boca”, mas promover uma contra cultura cristã. De resto, o que escrevestes está de acordo com todo ensinamento da Igreja Católica sobre a temática do homossexualismo.

b) O que mais me admira, é um cidadão que se diz “reverendo” que desconhece os ensinamentos da verdade revelada. Seu site nao tem nada de fundamentalismo homofóbico, pois como Cristo, o que se denúncia é o pecado e não o pecador.

c) Aqui no Brasil a Cultura Cristã ainda é forte. É um país bastante religioso. Estado Laico nao significa Estado Laicista. O Estado Laicista nao quer saber de religiao, e nem está interessado com os ensinamentos de qualquer religião, pois não tolera religião alguma. Já a Laicidade de Estado, respeita a religião e os seus valores, mesmo que discordantes.

d) Em seu blog, em momento algum o sr. desumaniza qualquer pessoa, mas como católico convicto alerta aos demais católicos o que está ocorrendo numa Universidade Católica. Seus questionamentos e argumentações foram bastantes contundentes. Ah, quem dera que muitos fiéis católicos, inclusive meus colegas sacerdotes fosse como o senhor! A Igreja Católica estaria bem representada.

e) Se isso hoje acontece contigo, amanhã acontecerá comigo. Lembro-me que o Emmo. Sr. Cardeal Dom Eugenio de Araújo Sales, passou por esse mesmo problema alguns anos atrás. Aconselho que dê por encerrado a discussão com este “reverendo”. Quem sabe um dia ele se converta e passe a conhecer de verdade o Evangelho de Jesus Cristo? Claro que ele pode, basta querer!

f) Seu blog nao é lixo algum, mas assume autenticamente e com toda sinceridade, a verdade da doutrina cristã. Doutrina essa que será sempre odiada por alguns ou amada por outros, em todos os tempos e lugares.

Conclusão: Parabenizo pelo seu blog, que sabe apresentar aos que acessam, um grande testemunho de amor a Cristo e a sua Igreja, nos ajudando com o seu intelecto a compreender melhor as realidades da fé cristã. Saiba, se Cristo foi incompreendido em seu tempo, hoje com todo avanço da modernidade, Ele parece ser ignorado por muitos; mas mesmo assim Ele continua a nos falar, até mesmo neste excelente blog, Sr. Mateus!

Conte com minhas orações e solidariedade!

Pe. Eduardo C. Pereira.

Recebi o comentário acima, o qual publico na íntegra e sem correções de digitação ou redação. Agradeço ao Padre Eduardo, a quem não conheço pessoalmente, a cortesia de me enviar esta mensagem, salientando que fico sinceramente envaidecido com os elogios, os quais diga-se de passagem não mereço, e rogo-lhe por sua bênção.

Escândalo: PUC Minas promove homossexualismo em curso de extensão

O documento “Presença da Igreja na Universidade e na cultura universitária“, elaborado pela Congregação da Educação Católica, diz logo em sua nota preliminar:

A Universidade e, dum modo geral, a cultura universitária constituem uma realidade de importância decisiva. Estão em causa questões vitais neste campo e as profundas mudanças culturais com consequências desconcertantes suscitam novos desafios. A Igreja deve tê-los em conta na sua missão de anunciar o Evangelho.

Infelizmente, não é isso o que acontece.

Aqui em Belo Horizonte, a PUC Minas, através de sua Pró-reitoria de Extensão, está promovendo o curso “Direito à Diferença” a ser realizado em sábados, nos meses de abril e maio. Um dos objetivos do curso, voltado principalmente para professores de ensino fundamental e médio é o de “Fornecer subsídios teóricos para a elaboração de métodos e técnicas de intervenção voltadas para o reconhecimento do direito à diversidade e diferença“.

Um dos módulos do curso trata do assunto “Representações sobre gênero e orientação sexual: ‘Mitos’ e ‘Verdades’“. É claro que o curso tem como objetivo promover a ideologia gayzista, servindo de fachada para o pleno exercício, em uma universidade católica, do ativismo homossexual. Trata-se de enfiar na cabeça dos professores, à força, para que depois eles enfiem na cabeça das crianças, sob o eufemismo “educação”, a noção de que o comportamento homossexual é natural e deve ser considerado legítimo – pior ainda: que todas as vozes dissonantes em relação a esse ponto de vista devem ser caladas e a oposição ao homossexualismo deve ser criminalizada. Isso está acontecendo em uma instituição universitária católica, que deveria estar promovendo os valores do evangelho, mas contribui para a realização da agenda dos movimentos ativistas homossexuais.

A Igreja acolhe o homossexual com caridade e amor, mas condena veementemente o homossexualismo. Legitimar esse modo de vida, gravíssimo pecado contra a castidade, é algo contrário aos princípios do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, princípios esses que a PUC estará traindo ao promover esse infame curso. A promoção de um suposto “direito à diferença” significa “direito ao pecado”, algo inaceitável para a moral cristã.

O Grão-Chanceler da instituição, Dom Walmor Oliveira, está ciente sobre a realização deste cursto? Sua Excelência Reverendíssima percebe a gravidade do que está para ocorrer? O Reitor Dom Joaquim Giovani não está a par deste descalabro? Nossas insignes autoridades eclesiásticas não podem se omitir!

Então nós, católicos, temos que agüentar calados a doutrinação homossexual até mesmo em uma instituição católica, com a anuência de nossos pastores?

Para entrar em contato com a Arquidiocese de Belo Horizonte e manifestar seu desacordo com a promoção do homossexualismo em plena PUC Minas, envie seu email para o arcebispo Dom Walmor (arcebispobh@arquidiocesebh.org.br), para a PUC Minas (secretariageral@pucminas.br) e o Reitor Dom Joaquim Giovani (dommol@arquidiocesebh.org.br).