Não há consenso na comunidade científica sobre o homossexualismo

Tem muitos comentários na fila para serem respondidos, e vou fazer isso depois. Estou muito sem tempo, como podem observar pela inconstância na publicação de novos textos.

Mas aproveito um tempinho livre para responder a um comentário bastante interessante, digno de um post. Vamos a ele:

Primeiramente deixo claro que não estou “invadindo seu blog”, como você respondeu a um dos comentadores. Se o blog é aberto a todos os comentários, então não existem “invasores” e sim “visitantes” ou comentadores.

**** Se todos aqueles que viessem aqui com a sua educação, seria ótimo. O blog é aberto a comentários e discordâncias, não a “ignorâncias”, se você me entende. Então, existem sim aqueles que vêm aqui tranqüilamente, para comentar, expressar discordâncias, expor argumentos (como é o seu caso), e existem aqueles que vêm aqui babando, despejando a própria ignorância, pensando que aqui é a casa da Mãe Joana. Esses últimos, invasores, são recebidos a pontapés, pelo simples motivo de que eu não respeito quem não me respeita.

Em segundo lugar há de se separar juízos morais ou éticos de pareceres técnicos. Para a Organização Mundial de Saúde o termo “homossexualismo” (conforme usado aqui) foi proscrito em 1985 pois o sufixo “ismo” é utilizado para designar patologias.

**** Veja a gravidade da sua afirmação: “há de se separar juízos morais ou éticos de pareceres técnicos”. A raiz do problema está justamente aí, afinal o que garante a lisura do parecer técnico se este estiver separado de um juízo moral, ético?

Prosseguindo: qual o parecer técnico que determinou inequivocamente o homossexualismo como um comportamento “normal”? Quais as pesquisas realizadas podem afirmar isso com certeza? A decisão da Organização Mundial de Saúde foi arbitrária, fruto de pressões políticas do movimento gay, tal como aconteceu com a APA (American Psychological Association – ver o importantíssimo texto de Gerson Faria “Movimento gay põe psiquiatras ‘de quatro'”).

A comunidade científica mundial não considera a homossexualidade uma patologia, a despeito do que pregam vocês fundamentalistas.

**** Visite o site da Narth – National Association for Research and Therapy of Homosexuality. Trata-se de uma instituição científica séria e suas pesquisas estão lá, com dados preciosos para serem debatidos. Existem pessoas que manifestam comportamentos homossexuais, se sentem infelizes com isso, e procuram então ajuda especializada para tratamento. Um comportamento compulsivo pode e deve ser considerado patológico – e, pelo menos para certo número de pessoas que procura ajuda, o comportamento homossexual pode e deve ser considerado patológico.

Em síntese, ao contrário do que você e tantos outros afirmam, não há consenso científico a respeito deste tema. O que está acontecendo é muito simples: a militância gay impede o debate, através da violência verbal e do constrangimento. Como estão com a grande mídia nas mãos, já que o jornalismo e os meios de comunicação quase em sua totalidade estão tomados pelo pensamento politicamente correto, mobilizam a opinião pública em favor de seus interesses – entre esses interesses, está o de recusar a possibilidade de haver pessoas que apresentam comportamento homossexual infelizes, desejosas de modificar sua conduta.

Ninguém é obrigado a ser cristão ou a ler a Bíblia, mas qualquer profissional de nível universitário é obrigado a seguir o código de conduta, o protocolo que regulamenta o seu exercício profissional.

**** E se o código de conduta não refletir a realidade exposta nos fatos e nas pesquisas, mas tão somente o interesse de grupos militantes organizados? Você diz que sou fundamentalista, por defender o que a Bíblia e o Magistério da Igreja ensinam a respeito do homossexualismo. Você acredita piamente na resolução do Conselho de Psicologia e na Associação Mundial de Saúde. Repito a pergunta: quais os dados apresentados por esses cientistas para retirarem o homossexualismo da lista de patologias e, principalmente, em quê esses cientistas se apoiam para proibir que pessoas insatisfeitas com sua sexualidade procurem tratamento clínico?

Se não existe patologia, não existe tratamento, nem tampouco cura.

**** Segundo a Narth (link em inglês), “existem numerosos exemplos de pessoas que obtiveram sucesso em modificar seu comportamento sexual, sua identidade, estimulação sexual e fantasias.”

Se muitos determinam a patologia (de forma bastante questionável, mas vá lá…) a partir do sofrimento do paciente como um dado e existem pessoas que sofrem por sua conduta homossexual, é lógico que há uma patologia presente. Quem vai tratar disso?

O Conselho de Psicologia agiu estritamente dentro dos códigos éticos do seu campo de atuação

**** Insisto: se há pessoas insatisfeitas com sua sexualidade, com seus desejos, suas vontades; se essas pessoas se sentem impulsionadas a praticarem atos contra sua vontade consciente, quem vai ajudá-las? Ou todos os desejos humanos são lícitos, contanto que “não prejudiquem a ninguém…” Como determinar isso? Como mensurar o sofrimento de outrem por agir não conforme a própria vontade, mas a partir de impulsos, que não consegue, mas gostaria de dominar?

Se existem pessoas desejosas de abandonarem o comportamento homossexual, por que o psicólogo deveria ser proibido de ajudá-las a isso? É ético proibir uma pessoa de deixar de ser homossexual?

Por fim, cito a fala do presidente da American Psychological Association, Gerald P. Koocher, que afirmou em 2006: “A Associação Americana de Psicologia não tem conflito algum com os psicólogos que ajudam aqueles que sofrem atração homossexual indesejada”.

Aqui no Brasil, ao contrário, o Conselho Federal de Psicologia se rendeu às pressões políticas do movimento gay, este sim autoritário e que impõe sua ideologia na base da intimidação e da ameaça (como este blog  já pôde comprovar), não do verdadeiro conhecimento científico, que se baseia no debate público de idéias.

Opinião: Cassação de Rozangela Justino

Nota: o artigo foi escrito antes do julgamento da psicóloga Rozangela Justino pelo Conselho Federal de Psicologia, o qual determinou uma censura pública à referida psicóloga.

Por Julio César
Psicólogo e mestrando em Ciências da Religião
(CRP 06/80058).

No próximo dia 31 de julho o Conselho Federal de Psicologia julgará o pedido de cassação do registro profissional da psicóloga Rozângela Justino. O motivo é que ela oferece serviço de terapia para gays e lésbicas que queiram mudar a orientação ou as práticas homossexuais. Segundo resolução do Conselho feita há 10 anos, a homossexualidade não é uma doença, nem distúrbio, nem perversão, por isso é proibido ao psicólogo tratá-la como uma anomalia. O curioso é que o código de ética dos psicólogos veda também ao profissional induzir o paciente a agir contra os seus valores morais, a discriminá-lo por suas crenças religiosas, muitas das quais qualificam a orientação ou prática homossexuais como pecado ou perversão.

Pensemos um pouco. Um homossexual bem resolvido na sua homossexualidade, satisfeito e que não que não se sente inferiorizado como sua orientação, procuraria os serviços de Rozângela? Creio que não, a não ser se por intenções de desqualificá-la ou de incriminá-la.

Um homossexual liberto de seus traumas e de seus complexos de inferioridade, que vive com alegria sua homossexualidade, ficaria perturbado, abalado e ameaçado na sua liberdade, com o testemunho de alguém que diz que deixou de ser gay, lésbica ou travesti? Creio que não, porque seguro de sua homossexualidade, mesmo que exista a possibilidade de se tornar heterossexual ele não quer mudar sua orientação. Olha para aquele que quer mudar e diz “se você quer isso para sua vida, vá em frente, busque aquilo que você acha que vai te fazer feliz”.

Desqualificar a possível eficácia da terapia oferecida por Rozângela pelos numerosos casos de ex-ex-gays, de gente que tentou, com muita força e disposição, e não conseguiu, e de gente que até aprendeu a desempenhar papéis heterossexuais em público e na família, mas que clandestinamente vive sua homossexualidade, é algo relativamente complicado. Por essa linha de raciocínio teríamos também que desqualificar as terapias para dependentes químicos, detentos e pacientes psiquiátricos, pelos fartos casos de abandono do tratamento, recaída quando não de pioramento.

Outro problema é estaríamos pondo em xeque a autenticidade dos depoimentos das pessoas que se dizem ter saído da homossexualidade. Deveríamos pensar que elas sofreram lavagem cerebral ou que estão mentindo? Mas ao conferir descrédito ao relato dessas pessoas o psicólogo não estaria agindo com preconceito, violentando emocionalmente o paciente e, assim, violando a ética e o espírito da ciência que é livre e aberto a novas possibilidades?

Um caso curioso é o do psiquiatra estadunidense Robert Spitzer, da Universidade de Columbia, Nova York. Em 1973 ele foi aplaudido pelo movimento glst por ter se posto na linha de frente da Associação Psiquiátrica Americana pela retirada da homossexualidade da lista de transtornos psiquiátricos. Passaram-se 18 anos e ele, após 247 entrevistas com pessoas que passaram por algum tipo de tratamento de reorientação sexual, chegou à conclusão de que com muita vontade e ajuda terapêutica é possível um homossexual virar heterossexual. E foi além, afirmou que o homossexual que livre e espontaneamente queira mudar sua orientação deve receber ajuda especializada. “A medicina não trata apenas de doenças”, disse ele.

Rozângela pensa semelhante. Ela também diz que é possível – não inevitável – a mudança, que depende da vontade do paciente. Críticas a parte, o que não é possível dizer é que as crenças dela não têm paralelo e respaldo na ciência.

Se duas das marcas da ciência são a pluralidade e a mutabilidade do conhecimento, por que o Conselho de Psicologia dogmatiza ao decretar que os psicólogos diante dos homossexuais mal-resolvidos podem de duas uma, ou ajuda eles a se resolverem na sua homossexualidade ou a se resignarem como tais? Seria só para não fomentar ainda mais a discriminação aos homossexuais e não por que o Conselho estaria de joelhos à plataforma glst? Se sim, seria então justo que a Psicologia mesmo sendo possível, privasse os homossexuais que querem ser heteros de receber ajuda e indiretamente dizer para eles que a única ajuda que ela pode dar é ajudá-los a se aceitarem? Uma postura desse tipo não põe em xeque a credibilidade da Psicologia?

Espero que o Conselho aja com bom senso, não movido por ideologismo, por patologias políticas-partidárias, e garanta a liberdade científica e profissional de Rozângela, levando em consideração também o testemunho das pessoas que foram beneficiadas pelos serviços prestados por ela. Agora, se ela for cassada, nada a impedirá de continuar prestando serviço de apoio terapêutico, não somente porque a Psicologia não tem o monopólio, nem a paternidade, da terapêutica da alma, mas também porque creio que os homossexuais que querem mudança não vão deixar de buscar serviços do gênero. Quem deixar de procurar será pela descrença ou pela ineficácia do seu caso, não porque a Psicologia desacreditou.

Assim penso eu, para quem a liberdade e a moralidade autêntica não é coletiva, mas só é possível no exercício da consciência individual.

Fonte: Blog de Rozangela Justino.

O sapateiro voltou! Pra levar mais chineladas!

Rapaz. Como tem gente que tem orgulho da própria falta de discernimento. O aprendiz de sapateiro voltou. Não satisfeito em apanhar feito menino mimadinho, fez beicinho, fingiu aquela superioridade típica dessa elite “intelequitual” brasileira e saiu batendo o pezinho. Ai, ai, ai.

É isso mesmo que eu esperava! Demonstrar toda a fúria religiosa estúpida a qual vocês podem chegar quando confrontados ou contestados. Para mim o teste está consumado, e minhas teorias comprovadas. É simplesmente mais um grupinho de alienados da religião que não suporta saber que no mundo existem pessoas que não concordam com as idéias de vocês. Já vi centenas de gangues assim espalhadas por aí.

Aqui, a única coisa que não se vê é religiosidade. Se vê apenas mediocridade, vaidade e desespero, em nome de tentar fazer valer uma opinião específica.

Creio que foi na bíblia que li que um cristão verdadeira nunca revida, só oferece a outra face. Claro que não esperava que isso fosse cumprido por vocês, cristãozinhos de meia tijela, afinal de contas, se tivessem ficado calados, eu não teria agora comprovada minha teoria. Graças a Deus que pelo contrário, o que este post me mostra, e que vai pro meu caderninho, é um ataque afetado e revoltado de histeria e vaidade. Claro que isso não me surpreende.

Portanto, dispensados, meninos! vocês já me serviram. Agora já podem voltar a se arrastar e se espojar aos pés de algum padre pedófilo ou algum pastor ladrão na esquina mais próxima!

Vejam o nível do vigarista intelectual. Vem cá, por que dessa vez você não esbanjou seus títulos universitários?

Demonstre qualquer confrontação ou contestação sua ao que escrevi, seu moleque. Você não tem argumento nenhum, o que você diz não passa de pitaco de botequim. Você veio aqui posar de expert em psicologia e demonstrei o quanto você foi imprudente e irresponsável ao fazer aquela afirmação gratuita sobre Freud e as suas teorias. E tanto calei sua boca mal-criada que você ficou revoltadinho, nem tocou mais no assunto.

Apanhou, tadinho! Ficou com o ego dolorido e veio aqui reclamar “ai, como você é grosseiro!!! Olha como você me maltratou!!! Buáááááááá!!!!!”

E então, vou pro seu caderninho? Você tem caderninho de quem te bate? Vai mostrar o caderninho pra mamãe?

Por acaso você tem idéia do que seja religiosidade?

Onde você está vendo desespero? Eu, desesperado, por causa de um excremento de barata como você?

Você primeiramente enviou um comentário usando como desculpa estar “pasmo” com minhas respostas para sujeitos bobos tais como você apenas para destilar seu veneno, seu preconceito contra os cristãos, os religiosos em geral, e você deixou isso bastante claro. Para você, “egocentrismo”, “grosseria”, “estupidez” e “falta de tolerância” é “marca registrada dos católicos, dos evangélicos e de todos os demais religiosos”. Você é preconceituoso e mal-intencionado! Como acha que devo tratá-lo? Só porque você é um almofadinha folgado, metido, arrogante, eu devo passar a mão na sua cabecinha? Vai pedir colinho pra mamãe, sua besta quadrada!

Você não veio aqui pra dialogar coisa nenhuma, você veio pra tentar desmerecer e humilhar os cristãos!

Você insultou os cristãos, os religiosos em geral, e ainda implora para ser respeitado! Ficou ofendidinho e saiu emburrado! Tá fingindo ser bom mocinho e tá indignado, jurando ter boa educação porque não fala nome feio, não xinga ninguém. Ora, você não tem vergonha de ser assim tão boçal? Você não tá vendo o papelão que está fazendo?

Deu vexame ao demonstrar seu preconceito explícito contra os cristãos, porque joguei na sua cara os fatos irrefutáveis de que foi a Igreja Católica quem inventou o que chamamos hoje de “assistência social”, minimizando o sofrimento de milhões e milhões de pessoas no mundo inteiro. O que tem a dizer sobre isso? Nada.

Deu vexame porque deve ter lido em alguma revistinha de salão de beleza que “as teorias de Freud já foram todas por água abaixo” e se meteu a besta de vir aqui arrotar conhecimento sobre um assunto pra lá de complicado, do qual você conseguiu demonstrar apenas sua incomensurável ignorância. Aprendeu alguma coisinha sobre psicanálise e as teorias freudianas pra vir discutir comigo? Nada.

E olha só, “grupinho de alienados da religião que não suporta saber que no mundo existem pessoas que não concordam com as idéias de vocês.” Você ensaiou isso diante do espelho? Você é um poço de incultura e, desmascarado, vem com essa justificativa esfarrapada?

O festival de bobagens não tem fim. “Creio que foi na bíblia que li que um cristão verdadeira nunca revida, só oferece a outra face. Claro que não esperava que isso fosse cumprido por vocês, cristãozinhos de meia tijela (sic), afinal de contas, se tivessem ficado calados, eu não teria agora comprovada minha teoria.”

Vejam: o cara veio aqui só pra insultar o cristianismo e a Igreja Católica. Se eu fico quietinho, se eu respondo educadinho, é porque respeito a ele, mas ele não precisa respeitar nem os cristãos nem a Igreja Católica. Eu tenho que respeitá-lo, mas ele não precisa respeitar a mim ou a ninguém. E com essa pose de bom mocinho ofendido quer simular indignação? Você não passa de um maricas!

Quer dizer, se eu agradá-lo, será que ele vai mudar de opinião sobre as pessoas religiosas? Hum, deixa eu pensar aqui… Será que vale a pena? Agora, se eu me defender e for agressivo, ele então “confirma sua teoria”. Ah…

Quem te falou que o que quer que saia da sua cabecinha vale alguma coisa? Você realmente acha que suas teorias têm alguma utilidade só porque fez especialização de antropologia nos USA?

E ainda despeja a sua monumental ignorância, incultura, falta de cabedal (hum…), ao dizer que o cristão não pode reagir às agressões de outrem! Segundo ele, está na doutrina cristã! Ele leu na Bíblia!

Você já ouviu falar no direito à legítima defesa, que é ensinado pelo Magistério da Igreja?

O Catecismo da Igreja Católica assim se pronuncia a esse respeito:

2263 A defesa legítima das pessoas e das sociedades não é uma excepção à proibição de matar o inocente que constitui o homicídio voluntário. “Do acto de defesa pode seguir-se um duplo efeito: um, a conservação da própria vida; outro, a morte do agressor”. “Nada impede que um acto possa ter dois efeitos, dos quais só um esteja na intenção, estando o outro para além da intenção”.

Traduzindo para energúmenos: se alguém me ataca com violência, tenho o direito de me defender com igual violência.

Preciso lembrar da passagem bíblica onde Jesus invade o templo e expulsa os vendilhões de forma nada pacífica? Em João 2, 13-16, está escrito:

Estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. Encontrou no templo os negociantes de bois, ovelhas e pombas, e mesas dos trocadores de moedas. Fez ele um chicote de cordas, expulsou todos do templo, como também as ovelhas e os bois, espalhou pelo chão o dinheiro dos trocadores e derrubou as mesas. Disse aos que vendiam as pombas: Tirai isto daqui e não façais da casa de meu Pai uma casa de negociantes.

Ó, mas como Jesus é violento! Que falta de caridade! Que modos mais feios!

Ele podia ter chegado mansamente, como desejaria o sr. Gabriel. Pedir com educação: gente não façam isso, vocês estão negociando aqui… Não é de bom tom… Olha, não me levem a mal, trata-se de uma crítica construtiva, sabem? Me perdoem, posso estar equivocado, mas aqui não é um lugar tão propício para essas suas práticas… Por favor, vejam bem, não é uma ofensa pessoal, porque não quero magoar os sentimentos de ninguém… Afinal, todos somos irmãos, amigos fraternos, o mundo é lindo, somos filhos do mesmo universo…

Pois é, mas Jesus chegou lá distribuindo bordoadas. Que coisa mais anticristã, não é mesmo sr. Gabriel? Que absurdo!

Agora, relato outro episódio da vida de Jesus, narrado em Lucas 11, 37-48ss. Ele foi convidado para jantar na casa de um fariseu. E vejam o que aprontou:

Enquanto Jesus falava, pediu-lhe um fariseu que fosse jantar em sua companhia. Ele entrou e pôs-se à mesa. Admirou-se o fariseu de que ele não se tivesse lavado antes de comer. Disse-lhe o Senhor: Vós, fariseus, limpais o que está por fora do vaso e do prato, mas o vosso interior está cheio de roubo e maldade! Insensatos! Quem fez o exterior não fez também o conteúdo? Dai antes em esmola o que possuís, e todas as coisas vos serão limpas. Ai de vós, fariseus, que pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de diversas ervas e desprezais a justiça e o amor de Deus. No entanto, era necessário praticar estas coisas, sem contudo deixar de fazer aquelas outras coisas. Ai de vós, fariseus, que gostais das primeiras cadeiras nas sinagogas e das saudações nas praças públicas! Ai de vós, que sois como os sepulcros que não aparecem, e sobre os quais os homens caminham sem o saber. Um dos doutores da lei lhe disse: Mestre, falando assim também a nós outros nos afrontas. Ele respondeu: Ai também de vós, doutores da lei, que carregais os homens com pesos que não podem levar, mas vós mesmos nem sequer com um dedo vosso tocais os fardos. Ai de vós, que edificais sepulcros para os profetas que vossos pais mataram. Vós servis assim de testemunhas das obras de vossos pais e as aprovais, porque em verdade eles os mataram, mas vós lhes edificais os sepulcros.

Mas que falta de educação! Que descortesia! Então chamam Jesus para um jantar e ele fala mal de todo mundo lá, do dono da casa e dos outros convidados… Que absurdo! Esse sujeito não tinha mesmo modos, devia ser um desclassificado!

O que o sr. Gabriel diria sobre tais atitudes? Será que a expulsão dos vendilhões do templo, para o historiadorzinho com especializaçãozinha em antropologia, seria “Uma demonstração pura e direta da falta de educação, do egocentrismo, da grosseria, da estupidez e da falta de tolerância que é marca registrada dos católicos, dos evangélicos e de todos os demais religiosos”?

Como o senhor classificaria essas atitudes de Nosso Senhor Jesus Cristo, sr. Gabriel?

O resto é aquele blá blá blá de universitariozinho boboca, inculto, palhaço, que se finge a última bolacha do pacote mas só tem pose. O pior é que é tão burro, mas tão burro, que volta aqui pra tentar salvar alguma coisa – mas o vexame só aumenta, é colossal. E termina sua fala assim: “dispensados, vocês já me serviram!” Ah, ó céus! Eu servi pra quê, pra te humilhar? Pra te dar uma surra? Já apanhou o bastante? Ah, não foi o suficiente e você veio aqui novamente para dar mais um tremendo vexame? Que você não tenha um pingo de inteligência, disso eu já sabia, mas nem mesmo um pinguinho de amor próprio?

Pensam que ficou só nisso? Não, ainda veio com mais comentários… Como se tivesse alguma relevância o que sai dessa cabecinha abençoada!

No post Perseguição aos cristãos: FIFA quer proibir manifestações religiosas no Mundial de 2010, vem com o papo de sempre de militante idiota anticristão: “vivemos em estados laicos no mundo ocidental!” Vejam só o cume da asneira: desde quando estado laico é estado antirreligioso? Então, o estado ser laico é impedimento para a expressão da fé de determinado grupo de pessoas? Você não sabe que os Estados Unidos são um estado laico que se instituíram tendo como base a doutrina cristã? Quase todos os Founding Fathers eram bastante religiosos – John Adams (sabe quem foi?) considerava como os fundamentos, os sustentáculos, de uma república livre a virtude, a moralidade e a religião. E os Estados Unidos são o exemplo inspirador de todas as democracias do mundo! O que é estado laico, então? É o estado não interferir na liberdade religiosa. Assim os Founding Fathers definiram o “estado laico”, e essa definição não tem a menor relação com o estado antirreligioso que você, que é mal-intencionado, picareta e ignorante, concebe. O estado deve garantir a liberdade de os indivíduos manifestarem sua religião; entretanto, ao reprimir a religião, proibindo sua manifestação pública, o que é seu desejo, o estado não está se comportando como laico, mas como antirreligioso e autoritário, impedindo a própria liberdade de expressão! O mané se diz historiador e não tem a menor idéia do que seja estado laico! Já existe separação entre religião e estado, ô sapateiro. Se não sabe, foi em grande parte por insistência da Igreja Católica – é só estudar história (coisa que você nem sabe o que é, apenas imagina, e imagina errado) e conhecer os esforços do grande Papa Gregório VII em livrar a Igreja do controle do imperador do Sacro Império, Henrique IV.

Atenção todos os seguidores de Jesus Cristo – é claro que o mané aí não tem a menor idéia do que esteja acontecendo no mundo -, nunca é demais repetir o aviso: há uma discreta, porém contundente, perseguição orquestrada contra os cristãos, tendo como desculpa esfarrapada slogans repetidos por patetas como esse daí. “O estado é laico, portanto vão rezar em casa”! É isso o que dizem como pretexto, mas o propósito é o de eliminar a influência do cristianismo na esfera pública, silenciando os cristãos, seja através do constrangimento, da difamação e mesmo da lei, quando isso for possível. Desde quando rezar em público é impor alguma coisa “no meio da sociedade”? Desde quando promover a prática religiosa é forçar alguém a seguir determinado culto?

Ora, ora, ora… Liberdade de expressão só para os ateus e os anticlericais? Para os religiosos, o silêncio? Que democracia é essa? A sua democracia?

E agora, segue o pior de tudo, o mais vexaminoso, o mais triste, o mais patético, o mais vergonhoso, o mais baixo… Leiam com seus próprios olhos o comentário que ele acrescentou pouco depois:

Ah, esqueci de comentar sobre a questão do cabedal. rsrssrsr! acho que “Jornada Cristã” confundiu cabedal com cabide. rsrsrrss. Que engraçado! Tem um dicionário chamado PRIBERAM. É só procurar no google. É fácil: vc entra no google assim:

Digita: http://www.google.com.br onde? na sua barra de enderaços do seu navegador (procure tmbm os diversos significados da palavra navegador quando conseguir entrar no priberam, ok!?).

Depois de acessar o Google, vc digita DICIONÁRIO no lugar onde a gente escreve os termos da pesquisa. é fácil de encontrar, é num lugar bem óbvio!

Tá, agora vc vai clicar em dicionario Priberam. Creio que vc não terá muito dificuldade em encontrar o link para o site por que ele é o primeiro que aparece. RSrrssr!

Depois de entrar (vc vai perceber que entrou quando vc olhar pra tela e ver o nome PRIBERAM na sua frente.) vc digita a palavra CABEDAL no espaço da pesquisa. Pronto, vc vai ver alguns signifidos aparecendo por lá. Nenhum, aliás, faz menção a alguma confusão que possa haver entre o termo e a palavra cabide, rsrsrsrssr!

E antes que vc faça alguma piadinha do tipo :Ah, foi de lá que vc tirou esta palavra? RSrsrssr! Já te digo que foi não, filhinho, não foi mesmo. RSrssrrs!

Boa sorte!

Vejam a situação catastrófica do ensino superior brasileiro, vejam o esgoto em que se transformaram os cursos de história no Brasil, de onde saem tantos cérebros de ratos e baratas, vejam o descalabro da situação dos nossos (de)formados em algum curso superior desses circos de horrores em que se transformaram as ciências humanas em nosso pobre país.

Em primeiríssimo lugar, inteligência não é sinônimo de “acúmulo de informações”, isso é óbvio. Uma pessoa inteligente é aquela que é capaz de aprender e perceber a realidade em sua complexidade. Isso significa um antecedente fundamental: uma pessoa honesta, que queira conhecer a verdade, que esteja interessada em descobrir coisas, precisa reconhecer a sua própria ignorância em várias e várias coisas. Para atingir uma maturidade intelectual e ser capaz de defender idéias, demora tempo e estudo. Para elaborar idéias próprias, demora mais tempo ainda. E sempre o pesquisador, o estudante, aquele que almeja o conhecimento, deve estar ciente de suas limitações, procurando opinar apenas naquele assunto que estudou e que pode contribuir para o esclarecimento geral.

Conhecer ou não conhecer o significado de determinada palavra não quer dizer inteligência ou burrice. Quer dizer, simplesmente, que você não é um dicionário ambulante ou o Rain Man – o autista personificado pelo ator Dustin Hoffman capaz de fazer contas matemáticas complicadíssimas ou decorar partes inteiras da lista telefônica.

Ou seja: somos todos limitados, não existem pessoas perfeitas, que não cometam erros, que saibam tudo, etc. Isso deveria ser uma coisa óbvia. Mas, hoje em dia, parece que os indivíduos estão ficando cada vez mais lelés da cuca, então é melhor explicar direitinho, devagarzinho… E mesmo assim ainda vai ter gente sem entender.

Ok, vamos lá. Tarefa hercúlea… Liguem o botão “ironia”, por favor.

acho que “Jornada Cristã” confundiu cabedal com cabide. rsrsrrss. Que engraçado!

Você tem todo o direito de achar que confundi “cabedal” com “cabide”. É claro, as palavras são semelhantes. Não poderia eu ter cometido um lapso? Poderia. Acontece, não é mesmo? Todo mundo erra. E tem todo o direito de achar engraçado também, não é?

Mas vejam a gentileza do sr. Gabriel Heinrich. Ele se propõe a me ensinar a mexer no Google! Ah, sr. Gabriel! E eu pensando mal do senhor! O sr. tão cavelheiro, elegante, vai ajudar a alguém estúpido e grosseiro (tal como o sr. próprio diz) como eu? E desinteressadamente? Ah! Que gesto magnânimo! Estou até emocionado. Acho que vou chorar. Muito obrigado, sr. Gabriel! Sei que o sr., honesto como é, está me ensinando para o meu próprio bem, para que eu cresça intelectualmente, afinal de contas o que é uma pessoa hoje em dia se ela não souber mexer no Google, não é mesmo? Ora, que perigo, ela pode se tornar um cristão fundamentalista como eu! Alguém ignorante, envolto em trevas! Oh! Mas eis que surge o sr. Gabriel para me libertar! Não tenho nem palavras.

Bem, sr. Gabriel, vou então repetir os passos que o sr. está aqui me indicando. Vou já entrar no Google. Certamente, este site vai mudar a minha vida. Mal posso esperar… Pronto, entrei, já estou no Google. E agora, o que faço? Hum, vou ao dicionário indicado… Uai, não tinha ainda ouvido falar desse dicionário, “Priberam”. O sr. é monumental, sr. Gabriel. Veja, o sr. já me ensinou a usar o Google e agora estou conhecendo um novo dicionário, para ampliar meus conhecimentos. Que bacana, não é mesmo?

Priberam… Vamos lá… Ah, claro sr. Gabriel, vou procurar saber também qual o significado da palavra “navegador”! Certamente, tal termo neste contexto não se refere à profissão exercida pelo ilustre Pedro Álvares Cabral, não é mesmo? Tá vendo sr. Gabriel, não faltei à escola no dia dessa lição, hein! Re, re, re…

Ei sr. Gabriel, o que acontece se ao invés de eu digitar “DICIONÁRIO” neste referido espaço (tem um botão aqui ao lado, “pesquisar”, deve ser aqui, né?), eu digitar “PRIBERAM”, o nome do dicionário que o sr. já me indicou? Vou experimentar, o sr. me perdõe, não estou fazendo do jeitinho que você ensinou… Nossa, como o Google é fantástico! Encontrei! Priberam: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Que chique. Esse sr. Gabriel é demais! E agora, o que faço? Bem, vamos perguntar ao sr. Gabriel. Olha sr. Gabriel, o sr. realmente merece meus parabéns. Que didático! Perfeita sua explicação. Muito bom, dá pra ver que o sr. realmente aprendeu direitinho a usar o Google. O sr. deve ser um desses adolescentes bastante criativos, que ficam o dia inteiro na internet, não é verdade?

E vamos agora finalmente conferir o que diz o verbete cabedal no dicionário Priberam:

cabedal
s. m.
1. Nome genérico das peles empregadas no calçado e arreios. Dinheiro (ou bens representativos dele).
2. O saber (considerado como riqueza).
3. Recurso.
4. Poder.
5. Estimação.

Hum. Esses são os significados da palavra “cabedal”. E o sr. Gabriel tem toda a razão: nenhum faz menção a qualquer coisa que possa referir-se à palavra “cabide”.

Mas… De onde o sr. Gabriel tirou a impressão de que eu tivesse confundido “cabedal” com “cabide”?

Porque está claro no meu texto. Por favor, releiam. Usei a palavra cabedal no sentido de “Nome genérico das peles empregadas no calçado e arreios.”

Vamos lá, explicando a piada para os idiotas. O sr. Gabriel terminou seu primeiro comentário escrevendo o que se segue:

Mas se por outro lado alguém quiser entrar num imbróglio comigo, o que seria bem típico de gente como vocês, peço por gentileza que venha com cabedal. Pois eu detesto gente ignorante, não falo a toa, e tenho preparo pra isso.

O sr. Gabriel Heinrich, historiador formado pela Unifor/CE com especialização em antropologia na Columbus university, EUA, 2006, prestador de serviços de consultoria para empresas privadas no setor de recursos humanos e pesquisa social, julga-se um sujeito de elevada cultura (vejam como eu sofro, hein!), portanto pediu “por gentileza” que o sujeito que fosse discutir com ele lhe apresentasse cabedal.

Qual o sentido da palavra cabedal no contexto do que foi dito pelo sr. Gabriel? Obviamente “saber”, “vasta cultura”.

Tendo como objetivo ridicularizar tamanha arrogância, eu devolvi, em tom de sátira:

Ah, você tá precisando consertar sapato, bolsa, casaco, por isso tá pedindo cabedal? Olha, pelo conteúdo de sua argumentação, é melhor mesmo você mudar de ramo de atividade. Consertar sapatos é algo que tem muito mais a ver com o nível intelectual que você demonstrou aqui (com todo o respeito aos sapateiros, é claro). (…)

Atenção vendedores de cabedais, entrem em contato com o digníssimo sr. Gabriel e preparem um estoque reforçado para atendê-lo; como podem ver, ele está precisando urgentemente de boa quantidade de cabedal.

Usei a palavra em outro sentido: “peles curtidas usadas em calçados e vestimentas”. Obviamente, trata-se de uma ironia, um deboche. O que o sr. Gabriel precisava, segundo meu julgamento, é de boa quantidade de “couro curtido” (cabedal) para mudar de profissão, porque “vasta cultura”, “saber” (cabedal) é coisa que ele não tem – quanto a isso, não há muito o que discutir, estamos comprovando neste exato instante.

Agora, por gentileza, alguém me explica: como uma pessoa que se diz alfabetizada pode confundir “couro curtido para sapatos” com… “cabide”?

O que é um cabide? Vamos usar o mesmo dicionário Priberam, tão apreciado pelo missivista:

cabide
s. m.
Móvel para pendurar chapéus, roupa, arreios, etc.

Aprendi com o sr. Gabriel a usar o Google (claro, claro…) e trago algumas coisinhas a vocês sobre cabedais – especialmente para pessoas que não tenham cabedal:

O que é o cabedal?

O cabedal é um material que resulta da curtimenta da pele de mamíferos, répteis, aves ou peixes. O processo de curtimenta envolve operações diversas cujo principal objectivo é transformar a pele, um material facilmente putrescível, em algo resistente e com aplicação em diversas áreas da actividade humana.

Veja mais aqui.

Existe cabide feito de couro? Que eu saiba, cabide é feito de madeira, de plástico, de acrílico…

Qual então seria a relação entre as palavras “cabide” e “cabedal”, além da grafia ser próxima? No cabide, você pode colocar casacos feitos de… cabedal. Será isso?

De onde esse sujeito tirou que eu confundi as duas palavras?

Vamos refletir: o cara tem pós-graduação lá na casa do caixa prego, se gaba de possuir “cabedal”, anuncia aos quatro ventos “detesto gente ignorante, não falo a toa, e tenho preparo”… Mas não sabe interpretar um texto! Não concebe que uma mesma palavra pode ter diferentes significados! Pior ainda: não consegue relacionar os diferentes significados que uma mesma palavra possa ter, mesmo que estejam escritos em sua frente!!! Está lá, no dicionário online que ele consultou, “cabedal s. m., 1. Nome genérico das peles empregadas no calçado e arreios”, e ele mesmo não percebeu! O sujeitinho não sabe nem usar um dicionário e vem aqui botar banca de que fez especialização nos Estados Unidos!

Se eu chamar esse tipinho aí de jumento, corro o risco de ser processado por injúria… pela Sociedade Protetora dos Animais, porque os jumentos ficarão indignados! Mas para tudo há uma explicação. Teria o sr. Gabriel confundido o exemplar do Aurélio lá da casa dele com alfafa, e o teria devorado, perdendo assim a intimidade com o uso do pai dos burros?

O senhor tem preparo, sr. Gabriel? Que preparo? O que o senhor chama de “preparo”? A sua graduação ou a sua pós-graduação? Onde é que o sr. cismou que tem preparo para alguma coisa, sr. Gabriel? O sr. não tem capacidade pra ensinar crianças do pré-primário a desenharem uma casinha e se mete a vir discutir comigo? Apanha uma vez e agora apanha de novo! O senhor não tem senso do ridículo?

Gabriel Heinrich, eu só tenho a lhe agradecer pelo fato de você ser anticatólico. Sabe por quê? Porque você é burro demais. Você tem é que ser ateu ou atoa mesmo, ficar aí praguejando contra a Igreja Católica, contra o cristianismo, os religiosos, todos eles (como você generaliza), porque isso é pra gente do seu nível “intelequitual” que faz questão de sair por aí em público mostrando a nudez de sua própria moral, sua vaidade e incultura, o baixo nível do caráter que possuem. Pelo menos, eu tenho que dar a mão à palmatória, você não tem medo de mostrar toda a sua estupidez, apenas sua empáfia consegue superar sua burrice. Por um lado, é um prazer ler comentários como os seus, que atestam muito bem a impostura dos detratores do cristianismo em geral, e da Igreja Católica em particular. Antigamente, alguns inimigos da Igreja eram bem mais capazes, cultos, sagazes. Hoje, tudo o que apresentam se resume a essa frivolidade estúpida que você bem demonstra.

Eu só me arrependo de ter lhe comparado a um sapateiro, porque isso é uma desonra, um ultraje a tantos trabalhadores desse país! Quero aqui de público pedir meu sincero perdão a todos os sapateiros por ter comparado uma barata intelectual como você a eles, você não tem inteligência suficiente para amarrar um cadarço, quanto mais fazer ou consertar um sapato!

No mais, acho que o cursinho que você fez lá nos USA não valeu para muita coisa não. Quem sabe, pra impressionar garotinhas ingênuas. Tô até imaginando você na balada: “Aê gata, sabia que eu fiz pós graduação em antropologia na Columbus university?” Isso aí, faça valer seu investimento. Só um conselho, eu sei, deve ser difícil, mas contenha-se: cuidado para não zurrar, senão a moça se assusta.

Historiador ou sapateiro?

Pois é, de vez em quando eu não resisto e interrompo os trabalhos na minha dissertação de mestrado pra botar ordem aqui na casa. Tô pensando em abrir uma seção de “humor” aqui no blog. Vejam, por exemplo, que maravilha essa última pérola que recebi:

Olha, li os comentários do pessoal e as respostas do dono deste blog. Não entendo nada de homossexuais nem de psicólogos milagreiros, mas o que vi, e fiquei pasmo, foi o nível de agressividade do senhor ou senhora JORNADA CRISTÃ (sem trocadilhos, é que não sei se se trata de um homem ou de uma mulher) ao responder a todos os questionamentos que vão contra o seu ponto de vista.

**** Não, não. Você não está sabendo distinguir as coisas – e age assim porque não é uma pessoa de boas intenções. Não estou concorrendo ao miss Simpatia, não sou candidato ao cara mais legal do mês, este blog não participa de concursos de popularidade, não tenho perfil no Orkut para ter um milhão de amigos e ser adorado por eles. Eu respondo agressivamente a quem vem com pedras na mão. Já expliquei aqui, explico de novo: quem vier educadamente discutir, defendendo pontos de vista diferentes, será sempre acolhido, bem recebido – como já aconteceu aqui neste blog. Quem vier com insultos, xingamentos, estupidez, não vai ter respostinha bem educada. Simples assim.

Uma demonstração pura e direta da falta de educação, do egocentrismo, da grosseria, da estupidez e da falta de tolerância que é marca registrada dos católicos, dos evangélicos e de todos os demais religiosos. Que coisa feia! Mas é bom pra quem não acredita, ver com seus próprios olhos!

**** Pois essa sua frase é a demonstração pura e direta do seu preconceito contra religiosos em geral. Baseado no que leu em meu blog, cujo conteúdo é apenas de minha responsabilidade, de mais ninguém, chega à brilhante conclusão de que a falta de educação e bla, bla, bla, é “marca registrada dos católicos, dos evangélicos e de todos os demais religiosos” – vejam bem, todos, não escapa um. Se os religiosos são assim, essas pestes, o que dizer sobre os 80 por cento dos comentários que recebo de gente xingando a mim, à Igreja, o Papa e etc, alguns com as palavras mais chulas contidas em qualquer dicionário escatológico? Por acaso é justo eu julgar todos aqueles que não são católicos a partir dos idiotas que aparecem por aqui deixando seus excrementos?

Quantas instituições católicas existem para cuidar dos mais carentes, dos mais pobres, dos mais desvalidos? Preciso enumerá-las? Preciso lembrar ao sr. historiador que foi a Igreja Católica quem inventou o conceito de “assistência social” e aplicou-o, levando conforto e alívio ao sofrimento de tantas e tantas pessoas no decorrer de dois mil anos? Repetindo um dado que já citei aqui, 25 por cento dos doentes de AIDS no mundo são tratados em instituições católicas, ou diretamente apoiadas pela Igreja Católica, independentemente de qualquer preceito moral.

Então, a “marca registrada” dos cristãos é o “egocentrismo”, a “grosseria”, a “estupidez”, a “falta de tolerância”. O senhor chegou a essa maravilhosa descoberta lendo o meu blog?

Por acaso, você é o tolerante?

Você é o humilde?

Quer um adjetivo polido para qualificar este seu comentário? Que tal… “estúpido”?

Você é um almofadinha folgado fingindo educação, isso sim!

Vejam que interessante: na imprensa, o que mais tem é jornalista anti-católico cuspindo na Igreja, em seus dogmas, ensinamentos, práticas e no clero. Quando um católico se defende de forma contundente, dando nome aos bois, chamando idiota de idiota, estúpido de estúpido, vigarista de vigarista, aparece unzinho se sentindo incomodado! Ai, tadinho! Muito sensível, você.

Então, se alguém entra aqui no meu blog e desrespeita a minha crença, a minha fé, insulta meus sentimentos religiosos, eu devo ser delicadinho? Devo tratar com respeito a quem me falta com o respeito? Vou oferecer um chazinho pra quem vem com burrice pro meu lado? Chega um folgado aqui falando bravatas e eu devo ouvi-lo de cabeça baixa? Vou discordar civilizadamente de quem quer destruir a Igreja? Vou ser simpático com quem espinafra o ensinamento milenar da Igreja baseado apenas em senso comum?

Não vou não. Mas não vou mesmo.

Ah, a propósito, acho que por aqui ainda não sabem mas as teorias do Freud já foram todas por água abaixo perante as novas correntes acadêmicas da psicologia. Sua história é considerada mais como a de um sujeito pervertido, com obsessões sexuais por membros de sua própria familia, do que propriamente um cientísta. Mas isso não vem ao caso.

****A propósito, aqui há um problema de interpretação de texto. Ao citar Freud, entre outros psicólogos e psiquiatras, em uma discussão nos comentários sobre o post do julgamento da psicóloga Rozangela Justino, não entrei no mérito da validade de tudo aquilo que esses homens defenderam. Para quem achou que não ficou claro, é simples: não há unanimidade na psiquiatria sobre a natureza das relações homossexuais. Alguns grandes estudiosos foram unânimes em rejeitar ou pelo menos questionar a normalidade dessas relações. É sobre isso que estou falando, não estou defendendo este ou aquele pensador na totalidade de seu pensamento.

Em síntese: não apelei para um argumento de autoridade, ao afirmar que Sigmund Freud, Alfred Adler, Viktor Frankl e Carl Jung defendiam determinado ponto de vista (ao menos parcialmente). O que quis dizer é que esses quatro, que estão seguramente entre os mais importantes psiquiatras do século XX pela amplitude de seus trabalhos, têm uma argumentação que precisa ser refutada a respeito desse assunto, o homossexualismo, para que se possa afirmar que há um consenso na psicologia e na psiquiatria a respeito desse tema. E isso ainda não aconteceu.

Poranto, o comentarista aqui construiu um “boneco de palha” e destruiu-o, crente de que estava refutando qualquer coisa que eu tivesse dito. Sem perceber, desviou-se completamente do assunto, pior ainda: festejou igual criança em dia de malhação do Judas (“acho que por aqui ainda não sabem”…). Que coisa mais patética.

E outro problema é afirmar convicto que as teorias freudianas “já foram todas por água abaixo”. Isso é extremamente complicado, bastante discutível. São atitudes igualmente imprudentes exaltar ou desmerecer por completo a psicanálise e a obra de Freud. Eu não sou psicanalista, nem tenho tanta simpatia assim pelo médico austríaco. Até afirmei no texto sobre Viktor Frankl publicado aqui neste blog:

Ao contrário de Sigmund Freud, que dizia que a força motivadora do ser humano era o “princípio do prazer”, e de Alfred Adler, outro psiquiatra austríaco (autor da expressão “complexo de inferioridade”), que dizia que a “busca de superioridade” (“vontade de poder”) era o que determinava as ações dos indivíduos, Frankl afirmava sem titubear: a sua teoria, a logoterapia, “concentra-se no sentido da existência humana, bem como na busca por este sentido”. O desejo de encontrar um significado para a própria vida é o que faz a vida valer a pena. O homem é livre para escolher seu caminho e encontrar o sentido para sua existência. A vontade de sentido é o que move o ser humano.

Então, nesta questão em particular (entre outras, como a universalidade do Complexo de Édipo), Freud está superado sim. Mas mesmo Viktor Frankl era tão gentil, cavalheiro e honesto, que fazia questão de ressaltar a importância dos estudos de Freud para sua formação. Ele disse algo como “Freud era um gigante, mas eu, pequenino como sou, subi à altura de seus ombros e vi coisas que ele não conseguiu perceber”. Desculpem-me, a frase não é exatamente essa, mas o espírito do pensamento de Viktor Frankl é esse: muito do que a psicologia e a psiquiatria descobriram nos últimos cem anos deve-se ao pioneirismo de Freud. Isso não pode ser negado ou jogado fora.

Espero que publiquem este meu comentário e não façam como outros blogs de cristãos por ai que não publicam os coments quando não gostam. E, por favor, evitem os argumentos bobões como: “Ah, não vão refutar senhores doutores???!!!” Rrsrsrssr!

**** Você precisa tanto assim do seu comentário ser publicado aqui neste blog tão insignificante, mantido por um sujeito tão, de acordo com suas palavras, egocêntrico, grosseiro, estúpido e intolerante? Tá precisando de um xodó? De uma namorada? De um cafuné? Ou de um chute no traseiro pra criar vergonha na cara e deixar de ser tão arrogante, prepotente e metido a besta?

Mas se por outro lado alguém quiser entrar num imbróglio comigo, o que seria bem típico de gente como vocês, peço por gentileza que venha com cabedal. Pois eu detesto gente ignorante, não falo a toa, e tenho preparo pra isso.

**** Ah, você tá precisando consertar sapato, bolsa, casaco, por isso tá pedindo cabedal? Olha, pelo conteúdo de sua argumentação, é melhor mesmo você mudar de ramo de atividade. Consertar sapatos é algo que tem muito mais a ver com o nível intelectual que você demonstrou aqui (com todo o respeito aos sapateiros, é claro). Vem cá, com qual objetivo você quer conversar? É pra mostrar suposta erudição? A quem? Você é preconceituoso, fingido, um bocó que pensa que entende alguma coisa de psicologia mas só dá vexame em julgamentos pra lá de precipitados… Qual é a sua, rapazinho? Quem você pensa que é?

Gabriel Heinrich é historiador formado pela Unifor/CE com especialização em antropologia na Columbus university, EUA, 2006. Reside atualmente na cidade de Fortaleza onde presta serviços de consultoria para empresas privadas no setor de recursos humanos e pesquisa social.

**** Gente, ele tem especialização em antropologia lá nos Istêitis, como estou impressionado!!! Como diria o Didi Mocó: ai, que mêda!!! Atenção vendedores de cabedais, entrem em contato com o digníssimo sr. Gabriel e preparem um estoque reforçado para atendê-lo; como podem ver, ele está precisando urgentemente de boa quantidade de cabedal.

Psicóloga Rozangela Justino no Fantástico, da Rede Globo – manifeste seu apoio no abaixo-assinado

A psicóloga Rozangela Justino, que comete o terrível crime de ajudar pessoas que voluntariamente queiram deixar de praticar relações homossexuais, está para ser julgada no próximo dia 31 pelo Conselho Federal de Psicologia, e corre o risco de perder seu registro profissional.

Amanhã, 26 de julho, será exibida uma entrevista no programa “Fantástico” com Rozangela Justino. Em seu blog, a psicóloga comenta sobre a matéria, onde também será entrevistado Joide Miranda, que abandonou a sua antiga vida como travesti e agora é pregador evangélico – ele tem um blog onde conta toda sua história.

Participe do abaixo-assinado em apoio a Rozangela Justino. Clique aqui e se manifeste em favor da liberdade de expressão, direito este previsto na Constituição Federal.

Julgamento da Psicóloga Rozangela Alves Justino, perseguida pela Ditadura Gay

Enviada pelo Claudemir Júnior:

Mais uma vítima da perseguição da Gaystapo. Acessem o blog da psicóloga Rozangela Justino para se informarem melhor acerca do assunto (rozangelajustino.blogspot.com). Recomendo que apóiem e divulguem o quanto for possível, para dar a conhecer ao maior número de pessoas os perigos da “Ditadura Gay” que aos poucos está sendo implantada nesta Terra de Santa Cruz – e que corre o seríssimo risco de ser oficializada no país através do PLC 122/2006 (a famigerada “Lei da Mordaça Gay”) que está sendo avaliada no Congresso Nacional.

Pequeno comentário: o “crime” da psicóloga é ajudar pessoas que queiram, por livre e espontânea vontade, abandonar o vício do homossexualismo. Por agir assim, corre o risco de ter seu registro profissional cassado.

Não há nada pior para um “gay” que um… “ex-gay”. “Traidor do movimento!”, bradam aos quatro ventos. A modernidade é isso: perda completa do direito de escolher o próprio caminho. A identidade de um grupo, ainda que seja uma mera construção social, se sobrepõe à liberdade do indivíduo e de sua própria consciência. Agora, o que você faz na cama, algo que pertence à sua vida privada e à sua intimidade, dá a você “direitos”; o vício torna-se virtude, pela simples vontade e capricho de alguns. E ai de quem for contra… É silenciado pela força, sem chance de expor sua discordância através de um debate. Isso é ou não uma ditadura?

Do abismo à plenitude: homenagem a Viktor Frankl

Reproduzo aqui texto que publiquei em 21 de março de 2005 no site “Abacaxi Atômico” a respeito de Viktor Frankl e a logoterapia. Lembro-me, com muita saudade, do curso “Renascer Jovem”, ministrado pelo Padre Tonico, que era baseado na literatura desse grande psiquiatra austríaco. Boa leitura a todos!

Aos homens não basta saber que existem, mas para quê existem.

Viktor Frankl em Psicoterapia e Sentido da Vida.

No próximo sábado, dia 26 de março [de 2005], uma das figuras humanas mais extraordinárias do século XX estaria fazendo aniversário de 100 anos. Estou me referindo a Viktor Frankl, psiquiatra austríaco. Provavelmente você nunca ouviu falar deste cara, mas certamente conhece a expressão “vazio existencial” – foi ele quem a criou nos idos dos anos cinqüenta. Embora seja um ilustre desconhecido em nosso país, seu principal livro Em Busca de Um Sentido (Man’s Search for Meaning) vendeu mais de cinco milhões de cópias apenas nos Estados Unidos e foi considerado, segundo matéria do New York Times de novembro de 1991, um dos dez mais influentes livros nos EUA.

Frankl nasceu em Viena. Aos 14 anos, na escola, fez a um professor uma pergunta que mudaria o curso de sua vida.

Enquanto estudante de 14 anos no ginásio, eu fiz algo que era muito incomum na ocasião. Eu tive um professor de Ciências Naturais que era muito distante, que ensinava do modo como uma pessoa esperaria que os cientistas o fizessem. Um dia ele afirmou que a vida é simplesmente um processo de combustão, nada além de um processo de oxidação. Levantando repentinamente eu o questionei, “Mas Professor, então que sentido a vida têm?”

Claro que um reducionista/materialista não é capaz de responder a esta pergunta, porque para ele não existe nada mais que a matéria. O absurdo é, nas palavras de Frankl, “promover sua própria incredulidade sob a aparência de ciência”. Quantos sabichões estufam o peito, orgulhosos de tanto saber, mas cuja arrogância é ainda maior que a inteligência que possuem. O fato de a ciência materialista não conseguir uma resposta para isso, não quer dizer que essa inquietação não exista. Mais que isso, negar uma resposta para essa pergunta é negar a própria humanidade do ser humano.

E afinal, qual é o sentido da vida? Frankl sempre buscou encontrar e extrair um significado de todos os eventos que aconteciam em sua vida. Oportunidades não faltaram. Formou-se médico em 1930 e trabalhou em um hospital psiquiátrico em Viena, sendo responsável por milhares de pacientes suicidas. Perdeu o melhor amigo executado pelo regime nazista. Judeu, foi prisioneiro nos campos de concentração nazistas de Auschwitz e Dachau, onde ficou por quase três anos. Ao ser libertado, descobriu que havia perdido quase toda sua família: foram mortos seu pai e sua mãe, além de sua esposa e seu irmão. Somente sua irmã, que fugiu da Europa antes da guerra, permanecia viva.

Ao invés de se deixar consumir pelo rancor, a amargura, o ódio e o ressentimento, Frankl reconstruiu sua vida, pois tinha objetivos a cumprir – metas traçadas durante sua experiência nos campos de concentração, onde, nos momentos mais duros, ele se lembrava de sua esposa e seus familiares, na esperança de revê-los novamente, e carregava consigo a determinação de terminar um livro cujo manuscrito havia sido destruído ao ser preso. Após a sua libertação, ele retomou o trabalho interrompido e reescreveu o manuscrito perdido, de onde publicou o livro The Doctor and the Soul. Em seguida, lançou Man’s search for Meaning (Em Busca de Um Sentido, lançado no Brasil pela editora Vozes), livro em que narra sua experiência pessoal nos campos de concentração – e daí retira lições de fundamental importância para o desenvolvimento de sua teoria psicoterapêutica: a logoterapia.

Durante o cativeiro, Frankl observou que aqueles que sobreviviam à violência, aos maus tratos, aos trabalhos forçados e à fome, quase sempre eram justamente aqueles que conseguiam encontrar um significado para seu sofrimento e mantinham uma esperança de saírem com vida dos campos, seja porquê almejavam reencontrar seus entes queridos ou voltar a trabalhar naquilo que os realizava. Mesmo aqueles prisioneiros fisicamente mais fortes e mais saudáveis, se perdessem a esperança e a vontade de viver, morreriam logo. A determinação de Frankl em sair do campo para continuar a escrever seu livro e para reencontrar sua família ajudam a explicar como ele próprio sobreviveu a condições subumanas de tratamento, aos trabalhos forçados, à subnutrição – para completar, conseguiu se reestabelecer de um ataque de febre tifóide no final da guerra.

Ao contrário de Sigmund Freud, que dizia que a força motivadora do ser humano era o “princípio do prazer”, e de Alfred Adler, outro psiquiatra austríaco (autor da expressão “complexo de inferioridade”), que dizia que a “busca de superioridade” (“vontade de poder”) era o que determinava as ações dos indivíduos, Frankl afirmava sem titubear: a sua teoria, a logoterapia, “concentra-se no sentido da existência humana, bem como na busca por este sentido”. O desejo de encontrar um significado para a própria vida é o que faz a vida valer a pena. O homem é livre para escolher seu caminho e encontrar o sentido para sua existência. A vontade de sentido é o que move o ser humano.

Frankl diz que o ser humano é livre para assumir uma postura frente à realidade que o cerca. Todo ser humano é livre – e ninguém pode tirar do ser humano esta liberdade.

Até mesmo numa situação onde você não tem nenhuma liberdade externa, quando as circunstâncias não lhe oferecem qualquer escolha de ação, você retém a liberdade para escolher sua atitude ante uma situação trágica. Você não se desespera porque esta escolha está sempre com você até seu último momento de vida.

Mas esta liberdade deve ser precedida pela responsabilidade.

É por isso que eu recomendei nos EUA que, além da Estátua da Liberdade na Costa Leste, deveria haver a Estátua da Responsabilidade na Costa Oeste.

Ou seja: somos livres para assumirmos uma postura frente ao mundo, mas somos responsáveis por esta escolha. Temos que assumir então, em conseqüência de nossa liberdade, a responsabilidade por tais escolhas, com as conseqüências que advêm de nossas ações. Cabe a cada ser humano perceber e superar as suas culpas. Se percebemos que a vida realmente tem um sentido, percebemos também que somos úteis uns aos outros. “Ser um ser humano é trabalhar por algo além de si mesmo.”

Assim sendo, o sentido da vida pode ser encontrado por uma pessoa através de três caminhos:

1) o exercício de um trabalho que seja importante, ou a realização de um feito, uma missão, que dependa de seus conhecimentos e de sua ação, e que faça com que a pessoa se sinta responsável pelo que faz;

2) o amor a uma pessoa ou a uma causa, uma idéia, o que estabelece uma responsabilidade para com a pessoa amada ou à causa defendida;

Um pensamento me traspassou: pela primeira vez em minha vida enxerguei a verdade tal como fora cantada por tantos poetas, proclamada como verdade derradeira por tantos pensadores. A verdade de que o amor é o derradeiro e mais alto objetivo a que o homem pode aspirar. Então captei o sentido do maior segredo que a poesia humana e o pensamento humano têm a transmitir: a salvação do homem é através do amor e no amor. Compreendi como um homem a quem nada foi deixado neste mundo pode ainda conhecer a bem-aventurança, ainda que seja apenas por um breve momento, na contemplação da sua bem-amada. Numa condição de profunda desolação, quando um homem não pode mais se expressar em ação positiva, quando sua única realização pode consistir em suportar seus sofrimentos da maneira correta – de uma maneira honrada -, em tal condição o homem pode, através da contemplação amorosa da imagem que ele traz de sua bem-amada, encontrar a plenitude. Pela primeira vez em minha vida, eu era capaz de compreender as palavras: “Os anjos estão imersos na perpétua contemplação de uma glória infinita”.

3) diante de um sofrimento inevitável, assumir uma postura de buscar um significado e utilidade para a dor, pois através da experiência cada pessoa pode contribuir para a vida de outras pessoas.

Frankl foi submetido, junto com outros milhões de pessoas, à experiência degradante e desumanizante dos campos de concentração, onde os indivíduos eram reduzidos a um nível infra-humano, sendo considerados menos ainda que animais. O prisioneiro era desprovido de todos os seus bens, suas roupas, seus objetos e até de seus nomes. Mas ainda assim ele e outros se mantiveram firmes no propósito de sobreviverem – porque suas vidas tinham um sentido. E, ao assumirem seu sofrimento com dignidade, Frankl e tantos outros deram ao mundo um inestimável e vivo testemunho de transcendência. O ser humano existe para transcender, para ultrapassar limites.

Num mundo assolado pelo consumismo materialista, pela negação da humanidade do ser humano, pela banalização pura e simples do prazer (pois, segundo os niilistas, a vida não tem nenhum significado) e pelo vácuo de sentido experimentado por milhões e milhões de pessoas que simplesmente não conseguem encontrar uma utilidade para sua existência, a voz quase solitária de Viktor Frankl tornou-se referência para tantas outras pessoas. Sua coragem, determinação, caráter e despreendimento levaram-no às alturas do espírito humano, bem acima de Freud, Adler, Skinner, entre outros pioneiros, dos quais, diga-se de passagem, com elegância inaudita, ele próprio reconhece as contribuições e seus méritos. Mas as teorias destes precursores são incompletas, porque não abarcam o ser humano em sua totalidade, em sua potencialidade de realizar-se, transcender-se e doar-se. Finalizo este texto com palavras de Viktor Frankl:

Dentro de cada um de nós há celeiros cheios onde nós armazenamos a colheita da nossa vida. O significado está sempre lá, como celeiros cheios de valiosas experiências. Quer sejam as ações que fizemos, ou as coisas que aprendemos, ou o amor que tivemos por alguém, ou o sofrimento que superamos com coragem e resolução, cada um destes eventos traz sentido à vida. Realmente, suportar um destino terrível com dignidade e compaixão pelos outros é algo extraordinário. Dominar seu destino e usar seu sofrimento para ajudar os outros é o mais alto de todos os significados para mim.

Viktor Frankl faleceu em 2 de setembro de 1997, aos 92 anos.

Alguns textos e sites sobre Viktor Frankl e a logoterapia

Site oficial do Viktor Frankl Institut
Biografia e obras de Viktor Frankl
A mensagem de Viktor Frankl – texto de Olavo de Carvalho
Coletânea de pensamentos de Viktor Frankl
Sociedade Brasileira de Logoterapia

Quer melhorar seu autocontrole? Experimente a religião

Por John Tierney.

Se vou encarar seriamente minhas resoluções para 2009, será que devo acrescentar mais uma à lista, “começar a frequentar a igreja”?

É uma pergunta complicada para um pagão, mas me senti obrigado a falar dela com Michael McCullough depois de ler seu artigo que vai sair na próxima edição do “Psychological Bulletin”. Ele e outro psicólogo da Universidade de Miami, Brian Willoughby, analisaram oito décadas de pesquisas e concluíram que a fé religiosa e a devoção promovem o autocontrole.

McCullough não tem motivações evangelizadoras. Ele confessa que não é exatamente devoto. “Quando o assunto é religião, profissionalmente falando, sou fã dela, mas, pessoalmente, essa não é muito minha praia”, disse.

Seu interesse profissional nasceu do desejo de compreender a razão da evolução da religião e por que ela parece ajudar tantas pessoas. Pesquisadores de todo o mundo já constataram repetidas vezes que pessoas que têm devoção religiosa tendem a sair-se melhor nos estudos, a viver mais, a ter casamentos mais satisfatórios e, em geral, a ser mais felizes.

Esses resultados têm sido atribuídos às regras impostas aos fiéis e ao apoio social que eles recebem de outros fiéis, mas essas fatores externos não explicam todos os benefícios. No novo artigo, os psicólogos de Miami analisaram os estudos para testar a hipótese de que a religião confere força interna às pessoas. “Simplesmente perguntamos se há evidências fortes de que pessoas mais religiosas têm mais autocontrole”, disse McCullough. “Quando somamos vários estudos, percebemos que há descobertas consistentes indicando uma correlação entre religiosidade e autocontrole maior.”

Já nos anos 1920, pesquisadores descobriram que alunos que passavam mais tempo nas aulas de catecismo se saíam melhor em testes de laboratório para medir sua autodisciplina. Estudos subsequentes mostraram que crianças devotas ganhavam escores de impulsividade relativamente baixos de seus pais e professores, e que a religiosidade repetidamente apresentava correlação com autocontrole maior entre os adultos. Descobriu-se que devotos tendem mais que os outros a usar cintos de segurança, ir ao dentista e tomar vitaminas.

“Tomografias cerebrais já mostraram que, quando as pessoas oram ou meditam, ocorre muita atividade em duas partes do cérebro que são importantes para a autorregulação e o controle da atenção e da emoção”, disse McCullough. “Os rituais que a religião incentiva há milhares de anos parecem ser uma espécie de treino anaeróbico de autocontrole.”

Em um estudo de personalidade, pessoas fortemente religiosas foram comparadas com pessoas que professavam ideias espirituais mais gerais, como a de que suas vidas eram “dirigidas por uma força espiritual maior” ou que elas sentiam “uma conexão espiritual com outras pessoas”. As pessoas religiosas ganhavam escores relativamente altos nos quesitos consciência e autocontrole, enquanto as pessoas espirituais apresentam escores relativamente baixos.

“Pensar sobre a unidade da humanidade e da natureza não parece guardar relação com o autocontrole”, disse McCullough. “O efeito de autocontrole parece vir da participação em instituições e comportamentos religiosos.”

Fonte: The New York Times, publicado na Folha de São Paulo, 12/01/2009. Link para assinantes aqui.