Mensagem do dia (14/04/2022)

Uma das memórias de Cristo mais dignas de serem recordadas é, evidentemente, esta última refeição, a santíssima ceia, onde o cordeiro pascal foi dado a comer, mas onde o Cordeiro Imaculado, que tira os pecados do mundo, foi também oferecido em alimento sob a espécie de um pão «capaz de todos os sabores e adaptado a todos os gostos». Neste festim, a doçura da bondade de Cristo brilha admiravelmente: Ele senta-Se à mesma mesa e come do mesmo prato que estes pobrezitos, os seus discípulos, e que Judas, o traidor. Admirável exemplo de humildade resplandece então, quando o Rei da glória, com uma toalha à cintura, lava com enorme cuidado os pés destes pescadores, incluindo aquele que O havia traído. Igualmente admirável é a generosidade da sua magnificência, quando dá o seu santíssimo corpo em alimento e o seu verdadeiro sangue como bebida a estes primeiros sacerdotes, e consequentemente a toda a Igreja e ao mundo inteiro, a fim de que aquilo que em breve seria um sacrifício agradável a Deus e o preço inestimável da nossa redenção fosse o nosso viático e o nosso sustento. Enfim, o admirável excesso do seu amor brilha principalmente na terna exortação que, amando os seus até ao fim, lhes dirige para os confirmar no bem, advertindo especialmente a Pedro para lhe fortificar a fé e oferecendo o peito a João para suave e santo repouso. Todas estas coisas são, pois, admiráveis e cheias de doçura! Pelo menos para a alma que é chamada a refeição tão excelente e que acorre com todo o ardor do seu espírito, a fim de poder lançar aquele grito do profeta: «Como suspira a corça pelas águas correntes, assim a minha alma suspira por ti, ó Deus».

São Boaventura.

Mensagem do dia (17/04/2019)

Jesus deixou-se beijar por Judas. E fê-lo, não só por mansidão, mas também para demonstrar que embora se entregasse por vontade própria, não desprezava o sinal que o traidor tinha dado. Também não perdeu o Senhor a ocasião de fazer bem a quem lhe fazia mal. Depois de ter beijado sinceramente Judas, admoestou-o, não com dureza que merecia, mas com a suavidade com que se trata um doente. Chamou-o pelo seu nome que é sinal de amizade, e fez-lhe ver a gravidade do crime que cometia.

Padre Luis de la Palma.

Mensagem do dia (26/08/2018)

Pois bem, irmãos, também em nossos dias as palavras de Jesus são espírito e vida para alguns, e esses seguem-No. Mas a outros as mesmas palavras parecem-lhes duras, e por isso procuram noutro lado uma triste consolação. No entanto, a Sabedoria continua a levantar a sua voz nas praças, advertindo aqueles que andam pelo caminho largo e espaçoso que conduz à morte, para que mudem o rumo dos seus passos.

São Bernardo de Claraval.