Lefebvrianos reafirmam ao Papa recusa do Vaticano II

O Superior Geral da Fraternidade São Pio X, Bernard Fellay, negou a disposição de reconhecer o Concílio Vaticano II, como pede a Santa Sé. A Fraternidade que reúne os seguidores de Mons. Lefèbvre não goza de nenhum reconhecimento canónico na Igreja Católica.

Numa entrevista ao jornal “Le Courrier”, de Genebra, D. Fellay, sucessor do fundador da comunidade, respondeu “não” à pergunta sobre se “a Fraternidade está disposta a reconhecer o Concílio Vaticano II”.

“O Vaticano reconheceu a necessidade de reuniões para questões procedentes, justamente, do Concílio Vaticano II. Fazer do reconhecimento do Concílio uma condição prévia é pôr o carro à frente dos bois”, acrescentou.

D. Fellay falou também da esperança de que a Igreja católica reveja as “aquisições” do Vaticano II, que classificou como “puras perdas”. “Os frutos do Concílio esvaziaram seminários, noviciados e igrejas”, insistiu, frisando que “a crença dos fiéis foi desvirtuada”.

Uma nota da Secretaria de Estado do Vaticano, de 4 de Fevereiro passado, precisou que “o pleno reconhecimento do Concílio Vaticano II e do magistério dos Papas João XXIII, Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II e Bento XVI é condição indispensável para o reconhecimento da Fraternidade São Pio X”.

No que respeita à liberdade de consciência em religião, ao ecumenismo e ao diálogo inter-religioso, D. Bernard Fellay assinalou na referida entrevista que “existe uma grande confusão nos espíritos a este respeito”.

“No plano religioso, desejamos responder com ardor ao desejo de Nosso Senhor: «Que todos sejam um», a fim de que não haja senão «um só rebanho e um só pastor». Se por ecumenismo se entender a procura deste tão nobre objectivo, nós estamos evidentemente a favor”, disse.

“Se, em contrapartida, se vir aí um caminho que não visa esta unidade fundamental, unidade que passa forçosamente por um olhar de verdade – aquele de que a Igreja Católica se considera ainda hoje a única detentora, em toda a sua integralidade – então aí nós protestamos. De facto, aquilo que actualmente se vê é que o ecumenismo permanece num nível muito superficial de entendimento e de vida em sociedade, mas sem ir ao fundo das coisas”, defendeu o Superior Geral da Fraternidade.

Entrevista na íntegra – em francês.

Fonte: Agência Ecclesia.

Liberaram o aborto em Portugal. E adivinhem o que aconteceu

Trecho de notícia da Agência Ecclesia. Depois, meu comentário:

Aborto aumentou 38% no último ano

A Federação Portuguesa pela Vida assinalou o 2.º aniversário do referendo ao aborto alertando para os números e para a falta informação no Serviço Nacional de Saúde.

De acordo com os dados oficiais, terá havido perto de 18 mil abortos a pedido da mulher em 2008. Números que para a federação provam a falência dos argumentos que sustentaram a legalização do aborto.

“Um dos objectivos deste referendo foi tornar o aborto raro. Aquilo que se dizia era que a legalização iria diminuir o número de abortos – encaminhando mais as mulheres para o planeamento familiar. Mas, verificamos precisamente o contrário”, sustenta Isilda Pegado.

O texto completo aqui.

Quer dizer que o número de abortos cresceu em Portugal depois da legalização? Não me diga!… Mas não legalizaram o aborto justamente para que ele se tornasse raro?…

Vou sintetizar aqui a fala de Olavo de Carvalho que transcrevi em outro post: a legalização do aborto não visa a diminuição da prática, ao contrário! Vejam bem: as fundações que financiam a campanha mundial pelo “direito de escolha” (eufemismo para direito de matar bebês) são proprietárias de redes de clínicas de aborto! Agora, vejam bem: você acha que donos de clínicas de aborto estão interessados em que o aborto diminua? Já citei aqui a Planned Parenthood, que fez campanha ostensiva em favor da eleição de Barack Obama à presidência dos EUA. Para quê Obama despejou milhões de dólares do governo americano que deverão ser usados em campanhas para promover o aborto em países em desenvolvimento?

O que mais me irrita são os estúpidos argumentos de que “com a liberação do aborto, as mulheres terão melhor assistência e pensarão melhor, daí o número de abortos deverá cair”. Até hoje, isso não aconteceu em lugar nenhum do mundo, ao contrário; e Portugal é o exemplo mais recente disso.