Mensagem do dia (10/08/2014)

A falta de segurança de Pedro revela a sua fragilidade na tentação que o esperava: pois, embora tivesse ousado avançar, afundou-se. A fraqueza da carne e o medo da morte obrigaram-no à fatalidade da negação. No entanto, solta um grito e pede a salvação ao Senhor. Tal grito é a voz chorosa do seu arrependimento.

Santo Hilário de Poitiers.

Mensagem do dia (04/04/2010)

Ele ressuscita; ressuscitai com Ele! Saí do túmulo do velho Adão, abandonai as vossas preocupações, as invejas, as inquietações, as ambições mundanas, a escravatura do hábito, o tumulto das paixões, os fascínios da carne, o espírito frio, terra a terra e calculista, a ligeireza, o egoísmo, a preguiça, a vaidade e as manias de grandeza. Esforçai-vos doravante por fazer o que vos parece difícil mas que não deveria, e não deve, ser negligenciado: velai, rezai e meditai.

Cardeal John Henry Newman.

Papa recorda que criação e carne «não são desprezíveis» para Deus

Dedica a catequese de hoje a São João Damasceno

Por Inma Álvarez.

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 6 de maio de 2009 (ZENIT.org).- Segundo Bento XVI, o pensamento cristão, ao contrário de outras religiões ou filosofias, não considera que a criação e que a matéria – a carne – sejam desprezíveis, ainda que estejam feridas pelo pecado, mas que a Encarnação de Deus lhes conferiu um grande valor.

Assim explicou nesta quarta-feira, durante a audiência geral, aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, continuando seu ciclo de catequeses sobre pensadores cristãos do primeiro milênio, centrado hoje na figura de São João Damasceno.

Pela segunda vez consecutiva, o Papa tomou um teólogo da Igreja oriental (na semana passada foi o Patriarca Germano de Constantinopla) para falar sobre a transcendência que a veneração das imagens sagradas, que se apoia na doutrina da Encarnação, tem para a fé cristã.

Novamente, o pontífice se referiu à tensão iconoclasta que a Igreja do Oriente viveu, que afetou também a vida e o pensamento de São João Damasceno (século VIII), um dos maiores teólogos da Igreja bizantina e a quem Leão XIII proclamou doutor da Igreja em 1890.

No pensamento deste santo se encontram «os primeiros intentos teológicos importantes de legitimação da veneração das imagens sagradas, unindo a estas o mistério da Encarnação».

Ao permitir a veneração das imagens, o cristianismo respondeu não só ao judaísmo, mas também ao Islã, que proíbem o uso cultual da imagem.

Citando Damasceno, o bispo de Roma explicou que «dado que agora Deus foi visto na carne e viveu entre os homens, eu represento o que é visível em Deus. Eu não venero a matéria, mas o Criador da matéria, que se fez matéria por mim e se dignou habitar na matéria e realizar minha salvação através da matéria».

«Por causa da encarnação, a matéria aparece como divinizada, é vista como morada de Deus. Trata-se de uma nova visão do mundo e das realidades materiais. Deus se fez carne e a carne se converteu realmente em morada de Deus, cuja glória resplandece no rosto humano de Cristo», acrescentou.

Neste sentido, acrescentou o Papa, esta doutrina é «de extrema atualidade, considerando a grandíssima dignidade que a matéria recebeu na Encarnação, podendo chegar a ser, na fé, sinal e sacramento eficaz do encontro do homem com Deus».

Desta mesma base procede a veneração na Igreja das relíquias dos santos, algo também próprio do cristianismo, explicou o Papa, pois «os santos cristãos, tendo sido partícipes da ressurreição de Cristo, não podem ser considerados simplesmente como ‘mortos’».

«O otimismo da contemplação natural (physike theoria), desse ver na criação visível o bom, o belo e o verdadeiro, este otimismo cristão, não é um otimismo ingênuo», acrescentou, mas «leva em conta a ferida infligida à natureza humana por uma liberdade de escolha querida por Deus e utilizada inapropriadamente pelo homem».

«Vemos, por uma parte, a beleza da criação e, por outra, a destruição causada pela culpa humana», acrescentou o Papa.

O Papa concluiu pedindo aos presentes que acolham esta doutrina «com os mesmos sentimentos dos cristãos de então».

«Deus quer descansar em nós, quer renovar a natureza também através de nossa conversão, quer tornar-nos partícipes de sua divindade. Que o Senhor nos ajude a fazer destas palavras substância de nossa vida.»

Fonte: Zenit.

Mensagem do dia (02/04/2009)

Como poderemos encontrar a liberdade, nós que somos escravos do mundo, escravos do dinheiro, escravos dos desejos da carne? Claro que me esforço por me corrigir, julgo-me a mim próprio, condeno as minhas faltas. Que os meus ouvintes examinem por seu lado o que pensam do seu próprio coração. Mas, digo-o de passagem, enquanto estiver preso a alguma destas coisas, não estou convertido ao Senhor, não atingi a verdadeira liberdade, porque ainda me deixo prender por tais preocupações.

Orígenes.