Mensagem do dia (09/10/2011)

Cristão, convidado para o banquete da Eucaristia, banquete da Igreja, banquete das núpcias do Cordeiro, qual é o traje de festa? É a veste do teu Batismo, aquela veste branca, que deves conservar pura pela tua vida, pelas tuas obras, pelo teu procedimento! Não aconteça ser tu esse homem que entrou na festa sem o traje apropriado! É o que aconteceria se viesses, é o que acontecerá se vieres para esta Eucaristia santa com uma vida enodoada pelas ações contrárias ao que o Evangelho do Reino te ensina!

Dom Henrique Soares da Costa.

Não julgar – e não se manter calado diante do pecado

Recebi um longo comentário. Reproduzo aqui apenas alguns trechos para os meus prezados leitores conferirem o nível intelectual de algumas pessoas que não conseguem ficar caladas e sentem uma necessidade enorme de expressarem suas opiniões – como se fossem realmente importantes, imprescindíveis… Infelizmente, virou moda escrever primeiro, pensar depois. Ou nunca. Os grifos são meus.

[Rozangela Justino] Criou polêmica em cima de um assunto que já é polêmico.Conseguiu o ódio do público gay.E, de quebra, conseguiu alguns cristões como “seguidores”…

Rozangela Justino trabalha com isso já faz anos, nunca buscou aparecer coisa nenhuma. Cismaram que era um crime o trabalho dela de ajudar pessoas insatisfeitas com seu desejo sexual. A militância gay é quem quer aparecer e criar polêmica.

Como diria a própria bíblia “não julgues para não seres julgado”, então os próprios seguidores dessa idéia não deveriam julgar tanto o pecador, quanto o seu pecado, certo?

Errado. Muito errado. É interessante como algumas pessoas espertinhas selecionam determinados trechos da Bíblia enquanto ignoram outros, tudo para sustentar suas idéias pessoais, como se a verdade estivesse a seu serviço. Jesus diz em Mateus 18, 15-18:

Se teu irmão tiver pecado contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele somente; se te ouvir, terás ganho teu irmão. Se não te escutar, toma contigo uma ou duas pessoas, a fim de que toda a questão se resolva pela decisão de duas ou três testemunhas. Se recusa ouvi-los, dize-o à Igreja. E se recusar ouvir também a Igreja, seja ele para ti como um pagão e um publicano. Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra será também desligado no céu.

O que Jesus está dizendo aí?

  1. Jesus ordena que alertemos o irmão do seu pecado, e de forma discreta, evitando escândalos ou fofocas;
  2. Jesus ordena que insistamos, para “resolver a questão”;
  3. Jesus ordena para que acionemos a Igreja, a instituição a qual ele delegou sua própria autoridade (Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra será também desligado no céu);
  4. Caso o pecador se recuse a ouvir também a Igreja, este deve ser considerado excluído da mesma. Ou seja: todo aquele que se recusa a reconhecer-se pecador está automaticamente excluído da Igreja Católica e, por isso mesmo, privado de seus sacramentos. Esta decisão é pessoal, foi a própria pessoa que se retirou da Igreja, pela sua insistência em permanecer no pecado, recusando a Graça salvífica oferecida por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Portanto, a missão da Igreja é salvar o pecador do pecado. E ela assim o faz obedecendo ao que Jesus mandou – notem bem: Jesus não pede, ele manda. “Não julgar” não significa calar-se diante do pecado, ao contrário do que a comentarista insinua.

Se você acha errado, ponha o joelho no chão e ore, reze por “nós pecadores”, em vez de tentar virar a sociedade contra nós.Não rotule, não difame, não tire conclusões preciptadas.A quebra do celibato, a virgindade até o casamento também não é considerado pecado?
Então por que não vejo uma pessoa que quebra esse voto, sendo espancada?sendo ofendida? sendo chamada de doente? (e esse é só um exemplo)

Eu não acho nada. O cristianismo ensina: relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo são imorais, abomináveis, pecado gravíssimo contra a castidade. Rezar por todos os pecadores é obrigação dos cristãos, não precisa você vir ironicamente lembrar-nos disso. Agora, onde é que você está vendo em algum pronunciamento da Igreja que estamos tentando “virar a sociedade” contra vocês, homossexuais? Mania de perseguição virou moda, agora? Então um padre dizer que atos homossexuais são pecaminosos é crime terrível? Advertir sobre os riscos espirituais advindos da prática do homossexualismo (sobre os de saúde, nem me fale, mas isso é assunto para outro dia…) é perseguição?

O “Grupo Gay da Bahia” queimou foto do Papa Bento XVI em manifestação durante sua visita ao Brasil, em maio de 2007. Claro, claro, ofender ao líder máximo dos católicos é apenas uma “crítica”.

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Na última parada gay em São Paulo, um cidadão de nome José Roberto Fernandes vestiu-se de Papa levando consigo um cálice que continha fichas brancas, simbolizando hóstias, além de preservativos. O cidadão, que pensa que é católico, dizia fazer “um alerta à hipocrisia da Igreja” (bocejos) e revelou que participa da Eucaristia – coitado dele, pois São Paulo apóstolo assim escreve na Primeira Carta aos Coríntios (11, 27-29):

Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpável do corpo e do sangue do Senhor. Que cada um se examine a si mesmo, e assim coma desse pão e beba desse cálice. Aquele que o come e o bebe sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação.

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Foto: Daigo Oliva/G1.

Um pecador que se recusa a abandonar o pecado e a lutar contra ele e participa da Eucaristia, comendo o pão do Senhor, e ainda por cima não distingue o corpo do Senhor de uma camisinha está caminhando alegremente para o inferno. É um dever cristão alertá-lo para os riscos que está correndo.

Mas… veja como são as coisas. Se o rapaz sai alegremente ao lado do “namorado” (este, com uma fantasia que debocha dos bispos, os sucessores dos Apóstolos e dirigentes da Igreja) ridicularizando o Santo Padre, o sucessor de São Pedro, chefe máximo da Igreja Católica, e ainda faz troça do maior de todos os sacramentos, do qual ele mesmo diz participar, em um ato blasfemo que insulta os verdadeiros católicos – sim, àqueles que têm um pingo de amor por Sua Igreja e por seu líder… Isso é uma brincadeira irreverente.

Você já viu um católico fanático (têm aos montes, basta você ser contra o aborto por exemplo e já é considerado um) espancar um gay? Pregar publicamente a violência contra os homossexuais? Já viu algum membro da Igreja queimando fotos ou agredindo uma pessoa homossexual em nome da Igreja? Algum carola queimou a foto do sr. Luiz Mott em público?

Quer dizer: os católicos podem ser ofendidos e serem feitos de chacota, isso é direito, liberdade de expressão, etc. Falar que práticas homossexuais são imorais, ah isso não pode! É crime.

Afinal de contas julgamento por julgamento…Não existe pecadinho ou pecadão.

Segundo esse raciocínio torto, pisar no pé de uma pessoa e dar um tiro na cabeça da mesma seriam a mesmíssima coisa.

Ao meu entender, vocês sendo contra a pesquisa com células tronco de células totipotentes de inseminações artificiais não realizzadas, ou até mesmo do aborto,acreditam na formação da vida logo após a fecundação e formação do zigoto.Mesmo havendo inúmeros estudos dizendo que não é bem assim, e outros que indicam que sim que é assim sim.

Pedir lógica à moça seria demais. Vejam: caso não haja consenso na comunidade científica sobre o momento em que começa uma vida humana, como ela admite, haveria a possibilidade de 50 por cento de estarmos certos ou errados ao afirmarmos que a vida começa no momento da concepção. Ora, se não há certeza de que aquele embrião é um ser humano, também não há certeza contrária, certo? Muito bem. Então, ao destruir aquele embrião, há uma possibilidade em 50 por cento de se estar matando uma pessoa. Não seria no mínimo prudente então evitar a destruição de embriões, pela simples dúvida (que é legítima, qualquer pessoa honesta tem que admitir) de que pode-se estar cometendo um crime contra vidas humanas?

Se vocês acreditam piamente em só uma verdade assim como séculos atrás acreditava-se que a Terra era quadrada, que o façam.

Terra quadrada? Quem acreditava que a Terra era quadrada? Você fumou ou cheirou alguma coisa antes de escrever isso?

Só não se achem no direito de julgar o pecador ou o pecado que seja, por que pelo pouco que sei, acredito que Deus nenhum deu autonomia a nenhum mero humano a julgar nada, nem ninguém.

Você não sabe é nada. Deus, através de Jesus Cristo, deu autonomia à sua Igreja de transmitir aos homens a Palavra de Deus, conforme lhe foi ensinada. E a Palavra de Deus é clara: relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo são pecaminosas. Como se não bastasse a Bíblia, há o Magistério da Igreja bastante explícito a esse respeito. Simples, assim.

No mais, não custa repetir: é por amor aos homossexuais que devemos nós católicos alertá-los e conscientizá-los de seu pecado. É pelo desejo sincero de que se salvem, pois “assim haverá maior júbilo no céu por um só pecador que fizer penitência do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”. (Lucas 15, 7).

O sapateiro voltou! Pra levar mais chineladas!

Rapaz. Como tem gente que tem orgulho da própria falta de discernimento. O aprendiz de sapateiro voltou. Não satisfeito em apanhar feito menino mimadinho, fez beicinho, fingiu aquela superioridade típica dessa elite “intelequitual” brasileira e saiu batendo o pezinho. Ai, ai, ai.

É isso mesmo que eu esperava! Demonstrar toda a fúria religiosa estúpida a qual vocês podem chegar quando confrontados ou contestados. Para mim o teste está consumado, e minhas teorias comprovadas. É simplesmente mais um grupinho de alienados da religião que não suporta saber que no mundo existem pessoas que não concordam com as idéias de vocês. Já vi centenas de gangues assim espalhadas por aí.

Aqui, a única coisa que não se vê é religiosidade. Se vê apenas mediocridade, vaidade e desespero, em nome de tentar fazer valer uma opinião específica.

Creio que foi na bíblia que li que um cristão verdadeira nunca revida, só oferece a outra face. Claro que não esperava que isso fosse cumprido por vocês, cristãozinhos de meia tijela, afinal de contas, se tivessem ficado calados, eu não teria agora comprovada minha teoria. Graças a Deus que pelo contrário, o que este post me mostra, e que vai pro meu caderninho, é um ataque afetado e revoltado de histeria e vaidade. Claro que isso não me surpreende.

Portanto, dispensados, meninos! vocês já me serviram. Agora já podem voltar a se arrastar e se espojar aos pés de algum padre pedófilo ou algum pastor ladrão na esquina mais próxima!

Vejam o nível do vigarista intelectual. Vem cá, por que dessa vez você não esbanjou seus títulos universitários?

Demonstre qualquer confrontação ou contestação sua ao que escrevi, seu moleque. Você não tem argumento nenhum, o que você diz não passa de pitaco de botequim. Você veio aqui posar de expert em psicologia e demonstrei o quanto você foi imprudente e irresponsável ao fazer aquela afirmação gratuita sobre Freud e as suas teorias. E tanto calei sua boca mal-criada que você ficou revoltadinho, nem tocou mais no assunto.

Apanhou, tadinho! Ficou com o ego dolorido e veio aqui reclamar “ai, como você é grosseiro!!! Olha como você me maltratou!!! Buáááááááá!!!!!”

E então, vou pro seu caderninho? Você tem caderninho de quem te bate? Vai mostrar o caderninho pra mamãe?

Por acaso você tem idéia do que seja religiosidade?

Onde você está vendo desespero? Eu, desesperado, por causa de um excremento de barata como você?

Você primeiramente enviou um comentário usando como desculpa estar “pasmo” com minhas respostas para sujeitos bobos tais como você apenas para destilar seu veneno, seu preconceito contra os cristãos, os religiosos em geral, e você deixou isso bastante claro. Para você, “egocentrismo”, “grosseria”, “estupidez” e “falta de tolerância” é “marca registrada dos católicos, dos evangélicos e de todos os demais religiosos”. Você é preconceituoso e mal-intencionado! Como acha que devo tratá-lo? Só porque você é um almofadinha folgado, metido, arrogante, eu devo passar a mão na sua cabecinha? Vai pedir colinho pra mamãe, sua besta quadrada!

Você não veio aqui pra dialogar coisa nenhuma, você veio pra tentar desmerecer e humilhar os cristãos!

Você insultou os cristãos, os religiosos em geral, e ainda implora para ser respeitado! Ficou ofendidinho e saiu emburrado! Tá fingindo ser bom mocinho e tá indignado, jurando ter boa educação porque não fala nome feio, não xinga ninguém. Ora, você não tem vergonha de ser assim tão boçal? Você não tá vendo o papelão que está fazendo?

Deu vexame ao demonstrar seu preconceito explícito contra os cristãos, porque joguei na sua cara os fatos irrefutáveis de que foi a Igreja Católica quem inventou o que chamamos hoje de “assistência social”, minimizando o sofrimento de milhões e milhões de pessoas no mundo inteiro. O que tem a dizer sobre isso? Nada.

Deu vexame porque deve ter lido em alguma revistinha de salão de beleza que “as teorias de Freud já foram todas por água abaixo” e se meteu a besta de vir aqui arrotar conhecimento sobre um assunto pra lá de complicado, do qual você conseguiu demonstrar apenas sua incomensurável ignorância. Aprendeu alguma coisinha sobre psicanálise e as teorias freudianas pra vir discutir comigo? Nada.

E olha só, “grupinho de alienados da religião que não suporta saber que no mundo existem pessoas que não concordam com as idéias de vocês.” Você ensaiou isso diante do espelho? Você é um poço de incultura e, desmascarado, vem com essa justificativa esfarrapada?

O festival de bobagens não tem fim. “Creio que foi na bíblia que li que um cristão verdadeira nunca revida, só oferece a outra face. Claro que não esperava que isso fosse cumprido por vocês, cristãozinhos de meia tijela (sic), afinal de contas, se tivessem ficado calados, eu não teria agora comprovada minha teoria.”

Vejam: o cara veio aqui só pra insultar o cristianismo e a Igreja Católica. Se eu fico quietinho, se eu respondo educadinho, é porque respeito a ele, mas ele não precisa respeitar nem os cristãos nem a Igreja Católica. Eu tenho que respeitá-lo, mas ele não precisa respeitar a mim ou a ninguém. E com essa pose de bom mocinho ofendido quer simular indignação? Você não passa de um maricas!

Quer dizer, se eu agradá-lo, será que ele vai mudar de opinião sobre as pessoas religiosas? Hum, deixa eu pensar aqui… Será que vale a pena? Agora, se eu me defender e for agressivo, ele então “confirma sua teoria”. Ah…

Quem te falou que o que quer que saia da sua cabecinha vale alguma coisa? Você realmente acha que suas teorias têm alguma utilidade só porque fez especialização de antropologia nos USA?

E ainda despeja a sua monumental ignorância, incultura, falta de cabedal (hum…), ao dizer que o cristão não pode reagir às agressões de outrem! Segundo ele, está na doutrina cristã! Ele leu na Bíblia!

Você já ouviu falar no direito à legítima defesa, que é ensinado pelo Magistério da Igreja?

O Catecismo da Igreja Católica assim se pronuncia a esse respeito:

2263 A defesa legítima das pessoas e das sociedades não é uma excepção à proibição de matar o inocente que constitui o homicídio voluntário. “Do acto de defesa pode seguir-se um duplo efeito: um, a conservação da própria vida; outro, a morte do agressor”. “Nada impede que um acto possa ter dois efeitos, dos quais só um esteja na intenção, estando o outro para além da intenção”.

Traduzindo para energúmenos: se alguém me ataca com violência, tenho o direito de me defender com igual violência.

Preciso lembrar da passagem bíblica onde Jesus invade o templo e expulsa os vendilhões de forma nada pacífica? Em João 2, 13-16, está escrito:

Estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. Encontrou no templo os negociantes de bois, ovelhas e pombas, e mesas dos trocadores de moedas. Fez ele um chicote de cordas, expulsou todos do templo, como também as ovelhas e os bois, espalhou pelo chão o dinheiro dos trocadores e derrubou as mesas. Disse aos que vendiam as pombas: Tirai isto daqui e não façais da casa de meu Pai uma casa de negociantes.

Ó, mas como Jesus é violento! Que falta de caridade! Que modos mais feios!

Ele podia ter chegado mansamente, como desejaria o sr. Gabriel. Pedir com educação: gente não façam isso, vocês estão negociando aqui… Não é de bom tom… Olha, não me levem a mal, trata-se de uma crítica construtiva, sabem? Me perdoem, posso estar equivocado, mas aqui não é um lugar tão propício para essas suas práticas… Por favor, vejam bem, não é uma ofensa pessoal, porque não quero magoar os sentimentos de ninguém… Afinal, todos somos irmãos, amigos fraternos, o mundo é lindo, somos filhos do mesmo universo…

Pois é, mas Jesus chegou lá distribuindo bordoadas. Que coisa mais anticristã, não é mesmo sr. Gabriel? Que absurdo!

Agora, relato outro episódio da vida de Jesus, narrado em Lucas 11, 37-48ss. Ele foi convidado para jantar na casa de um fariseu. E vejam o que aprontou:

Enquanto Jesus falava, pediu-lhe um fariseu que fosse jantar em sua companhia. Ele entrou e pôs-se à mesa. Admirou-se o fariseu de que ele não se tivesse lavado antes de comer. Disse-lhe o Senhor: Vós, fariseus, limpais o que está por fora do vaso e do prato, mas o vosso interior está cheio de roubo e maldade! Insensatos! Quem fez o exterior não fez também o conteúdo? Dai antes em esmola o que possuís, e todas as coisas vos serão limpas. Ai de vós, fariseus, que pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de diversas ervas e desprezais a justiça e o amor de Deus. No entanto, era necessário praticar estas coisas, sem contudo deixar de fazer aquelas outras coisas. Ai de vós, fariseus, que gostais das primeiras cadeiras nas sinagogas e das saudações nas praças públicas! Ai de vós, que sois como os sepulcros que não aparecem, e sobre os quais os homens caminham sem o saber. Um dos doutores da lei lhe disse: Mestre, falando assim também a nós outros nos afrontas. Ele respondeu: Ai também de vós, doutores da lei, que carregais os homens com pesos que não podem levar, mas vós mesmos nem sequer com um dedo vosso tocais os fardos. Ai de vós, que edificais sepulcros para os profetas que vossos pais mataram. Vós servis assim de testemunhas das obras de vossos pais e as aprovais, porque em verdade eles os mataram, mas vós lhes edificais os sepulcros.

Mas que falta de educação! Que descortesia! Então chamam Jesus para um jantar e ele fala mal de todo mundo lá, do dono da casa e dos outros convidados… Que absurdo! Esse sujeito não tinha mesmo modos, devia ser um desclassificado!

O que o sr. Gabriel diria sobre tais atitudes? Será que a expulsão dos vendilhões do templo, para o historiadorzinho com especializaçãozinha em antropologia, seria “Uma demonstração pura e direta da falta de educação, do egocentrismo, da grosseria, da estupidez e da falta de tolerância que é marca registrada dos católicos, dos evangélicos e de todos os demais religiosos”?

Como o senhor classificaria essas atitudes de Nosso Senhor Jesus Cristo, sr. Gabriel?

O resto é aquele blá blá blá de universitariozinho boboca, inculto, palhaço, que se finge a última bolacha do pacote mas só tem pose. O pior é que é tão burro, mas tão burro, que volta aqui pra tentar salvar alguma coisa – mas o vexame só aumenta, é colossal. E termina sua fala assim: “dispensados, vocês já me serviram!” Ah, ó céus! Eu servi pra quê, pra te humilhar? Pra te dar uma surra? Já apanhou o bastante? Ah, não foi o suficiente e você veio aqui novamente para dar mais um tremendo vexame? Que você não tenha um pingo de inteligência, disso eu já sabia, mas nem mesmo um pinguinho de amor próprio?

Pensam que ficou só nisso? Não, ainda veio com mais comentários… Como se tivesse alguma relevância o que sai dessa cabecinha abençoada!

No post Perseguição aos cristãos: FIFA quer proibir manifestações religiosas no Mundial de 2010, vem com o papo de sempre de militante idiota anticristão: “vivemos em estados laicos no mundo ocidental!” Vejam só o cume da asneira: desde quando estado laico é estado antirreligioso? Então, o estado ser laico é impedimento para a expressão da fé de determinado grupo de pessoas? Você não sabe que os Estados Unidos são um estado laico que se instituíram tendo como base a doutrina cristã? Quase todos os Founding Fathers eram bastante religiosos – John Adams (sabe quem foi?) considerava como os fundamentos, os sustentáculos, de uma república livre a virtude, a moralidade e a religião. E os Estados Unidos são o exemplo inspirador de todas as democracias do mundo! O que é estado laico, então? É o estado não interferir na liberdade religiosa. Assim os Founding Fathers definiram o “estado laico”, e essa definição não tem a menor relação com o estado antirreligioso que você, que é mal-intencionado, picareta e ignorante, concebe. O estado deve garantir a liberdade de os indivíduos manifestarem sua religião; entretanto, ao reprimir a religião, proibindo sua manifestação pública, o que é seu desejo, o estado não está se comportando como laico, mas como antirreligioso e autoritário, impedindo a própria liberdade de expressão! O mané se diz historiador e não tem a menor idéia do que seja estado laico! Já existe separação entre religião e estado, ô sapateiro. Se não sabe, foi em grande parte por insistência da Igreja Católica – é só estudar história (coisa que você nem sabe o que é, apenas imagina, e imagina errado) e conhecer os esforços do grande Papa Gregório VII em livrar a Igreja do controle do imperador do Sacro Império, Henrique IV.

Atenção todos os seguidores de Jesus Cristo – é claro que o mané aí não tem a menor idéia do que esteja acontecendo no mundo -, nunca é demais repetir o aviso: há uma discreta, porém contundente, perseguição orquestrada contra os cristãos, tendo como desculpa esfarrapada slogans repetidos por patetas como esse daí. “O estado é laico, portanto vão rezar em casa”! É isso o que dizem como pretexto, mas o propósito é o de eliminar a influência do cristianismo na esfera pública, silenciando os cristãos, seja através do constrangimento, da difamação e mesmo da lei, quando isso for possível. Desde quando rezar em público é impor alguma coisa “no meio da sociedade”? Desde quando promover a prática religiosa é forçar alguém a seguir determinado culto?

Ora, ora, ora… Liberdade de expressão só para os ateus e os anticlericais? Para os religiosos, o silêncio? Que democracia é essa? A sua democracia?

E agora, segue o pior de tudo, o mais vexaminoso, o mais triste, o mais patético, o mais vergonhoso, o mais baixo… Leiam com seus próprios olhos o comentário que ele acrescentou pouco depois:

Ah, esqueci de comentar sobre a questão do cabedal. rsrssrsr! acho que “Jornada Cristã” confundiu cabedal com cabide. rsrsrrss. Que engraçado! Tem um dicionário chamado PRIBERAM. É só procurar no google. É fácil: vc entra no google assim:

Digita: http://www.google.com.br onde? na sua barra de enderaços do seu navegador (procure tmbm os diversos significados da palavra navegador quando conseguir entrar no priberam, ok!?).

Depois de acessar o Google, vc digita DICIONÁRIO no lugar onde a gente escreve os termos da pesquisa. é fácil de encontrar, é num lugar bem óbvio!

Tá, agora vc vai clicar em dicionario Priberam. Creio que vc não terá muito dificuldade em encontrar o link para o site por que ele é o primeiro que aparece. RSrrssr!

Depois de entrar (vc vai perceber que entrou quando vc olhar pra tela e ver o nome PRIBERAM na sua frente.) vc digita a palavra CABEDAL no espaço da pesquisa. Pronto, vc vai ver alguns signifidos aparecendo por lá. Nenhum, aliás, faz menção a alguma confusão que possa haver entre o termo e a palavra cabide, rsrsrsrssr!

E antes que vc faça alguma piadinha do tipo :Ah, foi de lá que vc tirou esta palavra? RSrsrssr! Já te digo que foi não, filhinho, não foi mesmo. RSrssrrs!

Boa sorte!

Vejam a situação catastrófica do ensino superior brasileiro, vejam o esgoto em que se transformaram os cursos de história no Brasil, de onde saem tantos cérebros de ratos e baratas, vejam o descalabro da situação dos nossos (de)formados em algum curso superior desses circos de horrores em que se transformaram as ciências humanas em nosso pobre país.

Em primeiríssimo lugar, inteligência não é sinônimo de “acúmulo de informações”, isso é óbvio. Uma pessoa inteligente é aquela que é capaz de aprender e perceber a realidade em sua complexidade. Isso significa um antecedente fundamental: uma pessoa honesta, que queira conhecer a verdade, que esteja interessada em descobrir coisas, precisa reconhecer a sua própria ignorância em várias e várias coisas. Para atingir uma maturidade intelectual e ser capaz de defender idéias, demora tempo e estudo. Para elaborar idéias próprias, demora mais tempo ainda. E sempre o pesquisador, o estudante, aquele que almeja o conhecimento, deve estar ciente de suas limitações, procurando opinar apenas naquele assunto que estudou e que pode contribuir para o esclarecimento geral.

Conhecer ou não conhecer o significado de determinada palavra não quer dizer inteligência ou burrice. Quer dizer, simplesmente, que você não é um dicionário ambulante ou o Rain Man – o autista personificado pelo ator Dustin Hoffman capaz de fazer contas matemáticas complicadíssimas ou decorar partes inteiras da lista telefônica.

Ou seja: somos todos limitados, não existem pessoas perfeitas, que não cometam erros, que saibam tudo, etc. Isso deveria ser uma coisa óbvia. Mas, hoje em dia, parece que os indivíduos estão ficando cada vez mais lelés da cuca, então é melhor explicar direitinho, devagarzinho… E mesmo assim ainda vai ter gente sem entender.

Ok, vamos lá. Tarefa hercúlea… Liguem o botão “ironia”, por favor.

acho que “Jornada Cristã” confundiu cabedal com cabide. rsrsrrss. Que engraçado!

Você tem todo o direito de achar que confundi “cabedal” com “cabide”. É claro, as palavras são semelhantes. Não poderia eu ter cometido um lapso? Poderia. Acontece, não é mesmo? Todo mundo erra. E tem todo o direito de achar engraçado também, não é?

Mas vejam a gentileza do sr. Gabriel Heinrich. Ele se propõe a me ensinar a mexer no Google! Ah, sr. Gabriel! E eu pensando mal do senhor! O sr. tão cavelheiro, elegante, vai ajudar a alguém estúpido e grosseiro (tal como o sr. próprio diz) como eu? E desinteressadamente? Ah! Que gesto magnânimo! Estou até emocionado. Acho que vou chorar. Muito obrigado, sr. Gabriel! Sei que o sr., honesto como é, está me ensinando para o meu próprio bem, para que eu cresça intelectualmente, afinal de contas o que é uma pessoa hoje em dia se ela não souber mexer no Google, não é mesmo? Ora, que perigo, ela pode se tornar um cristão fundamentalista como eu! Alguém ignorante, envolto em trevas! Oh! Mas eis que surge o sr. Gabriel para me libertar! Não tenho nem palavras.

Bem, sr. Gabriel, vou então repetir os passos que o sr. está aqui me indicando. Vou já entrar no Google. Certamente, este site vai mudar a minha vida. Mal posso esperar… Pronto, entrei, já estou no Google. E agora, o que faço? Hum, vou ao dicionário indicado… Uai, não tinha ainda ouvido falar desse dicionário, “Priberam”. O sr. é monumental, sr. Gabriel. Veja, o sr. já me ensinou a usar o Google e agora estou conhecendo um novo dicionário, para ampliar meus conhecimentos. Que bacana, não é mesmo?

Priberam… Vamos lá… Ah, claro sr. Gabriel, vou procurar saber também qual o significado da palavra “navegador”! Certamente, tal termo neste contexto não se refere à profissão exercida pelo ilustre Pedro Álvares Cabral, não é mesmo? Tá vendo sr. Gabriel, não faltei à escola no dia dessa lição, hein! Re, re, re…

Ei sr. Gabriel, o que acontece se ao invés de eu digitar “DICIONÁRIO” neste referido espaço (tem um botão aqui ao lado, “pesquisar”, deve ser aqui, né?), eu digitar “PRIBERAM”, o nome do dicionário que o sr. já me indicou? Vou experimentar, o sr. me perdõe, não estou fazendo do jeitinho que você ensinou… Nossa, como o Google é fantástico! Encontrei! Priberam: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Que chique. Esse sr. Gabriel é demais! E agora, o que faço? Bem, vamos perguntar ao sr. Gabriel. Olha sr. Gabriel, o sr. realmente merece meus parabéns. Que didático! Perfeita sua explicação. Muito bom, dá pra ver que o sr. realmente aprendeu direitinho a usar o Google. O sr. deve ser um desses adolescentes bastante criativos, que ficam o dia inteiro na internet, não é verdade?

E vamos agora finalmente conferir o que diz o verbete cabedal no dicionário Priberam:

cabedal
s. m.
1. Nome genérico das peles empregadas no calçado e arreios. Dinheiro (ou bens representativos dele).
2. O saber (considerado como riqueza).
3. Recurso.
4. Poder.
5. Estimação.

Hum. Esses são os significados da palavra “cabedal”. E o sr. Gabriel tem toda a razão: nenhum faz menção a qualquer coisa que possa referir-se à palavra “cabide”.

Mas… De onde o sr. Gabriel tirou a impressão de que eu tivesse confundido “cabedal” com “cabide”?

Porque está claro no meu texto. Por favor, releiam. Usei a palavra cabedal no sentido de “Nome genérico das peles empregadas no calçado e arreios.”

Vamos lá, explicando a piada para os idiotas. O sr. Gabriel terminou seu primeiro comentário escrevendo o que se segue:

Mas se por outro lado alguém quiser entrar num imbróglio comigo, o que seria bem típico de gente como vocês, peço por gentileza que venha com cabedal. Pois eu detesto gente ignorante, não falo a toa, e tenho preparo pra isso.

O sr. Gabriel Heinrich, historiador formado pela Unifor/CE com especialização em antropologia na Columbus university, EUA, 2006, prestador de serviços de consultoria para empresas privadas no setor de recursos humanos e pesquisa social, julga-se um sujeito de elevada cultura (vejam como eu sofro, hein!), portanto pediu “por gentileza” que o sujeito que fosse discutir com ele lhe apresentasse cabedal.

Qual o sentido da palavra cabedal no contexto do que foi dito pelo sr. Gabriel? Obviamente “saber”, “vasta cultura”.

Tendo como objetivo ridicularizar tamanha arrogância, eu devolvi, em tom de sátira:

Ah, você tá precisando consertar sapato, bolsa, casaco, por isso tá pedindo cabedal? Olha, pelo conteúdo de sua argumentação, é melhor mesmo você mudar de ramo de atividade. Consertar sapatos é algo que tem muito mais a ver com o nível intelectual que você demonstrou aqui (com todo o respeito aos sapateiros, é claro). (…)

Atenção vendedores de cabedais, entrem em contato com o digníssimo sr. Gabriel e preparem um estoque reforçado para atendê-lo; como podem ver, ele está precisando urgentemente de boa quantidade de cabedal.

Usei a palavra em outro sentido: “peles curtidas usadas em calçados e vestimentas”. Obviamente, trata-se de uma ironia, um deboche. O que o sr. Gabriel precisava, segundo meu julgamento, é de boa quantidade de “couro curtido” (cabedal) para mudar de profissão, porque “vasta cultura”, “saber” (cabedal) é coisa que ele não tem – quanto a isso, não há muito o que discutir, estamos comprovando neste exato instante.

Agora, por gentileza, alguém me explica: como uma pessoa que se diz alfabetizada pode confundir “couro curtido para sapatos” com… “cabide”?

O que é um cabide? Vamos usar o mesmo dicionário Priberam, tão apreciado pelo missivista:

cabide
s. m.
Móvel para pendurar chapéus, roupa, arreios, etc.

Aprendi com o sr. Gabriel a usar o Google (claro, claro…) e trago algumas coisinhas a vocês sobre cabedais – especialmente para pessoas que não tenham cabedal:

O que é o cabedal?

O cabedal é um material que resulta da curtimenta da pele de mamíferos, répteis, aves ou peixes. O processo de curtimenta envolve operações diversas cujo principal objectivo é transformar a pele, um material facilmente putrescível, em algo resistente e com aplicação em diversas áreas da actividade humana.

Veja mais aqui.

Existe cabide feito de couro? Que eu saiba, cabide é feito de madeira, de plástico, de acrílico…

Qual então seria a relação entre as palavras “cabide” e “cabedal”, além da grafia ser próxima? No cabide, você pode colocar casacos feitos de… cabedal. Será isso?

De onde esse sujeito tirou que eu confundi as duas palavras?

Vamos refletir: o cara tem pós-graduação lá na casa do caixa prego, se gaba de possuir “cabedal”, anuncia aos quatro ventos “detesto gente ignorante, não falo a toa, e tenho preparo”… Mas não sabe interpretar um texto! Não concebe que uma mesma palavra pode ter diferentes significados! Pior ainda: não consegue relacionar os diferentes significados que uma mesma palavra possa ter, mesmo que estejam escritos em sua frente!!! Está lá, no dicionário online que ele consultou, “cabedal s. m., 1. Nome genérico das peles empregadas no calçado e arreios”, e ele mesmo não percebeu! O sujeitinho não sabe nem usar um dicionário e vem aqui botar banca de que fez especialização nos Estados Unidos!

Se eu chamar esse tipinho aí de jumento, corro o risco de ser processado por injúria… pela Sociedade Protetora dos Animais, porque os jumentos ficarão indignados! Mas para tudo há uma explicação. Teria o sr. Gabriel confundido o exemplar do Aurélio lá da casa dele com alfafa, e o teria devorado, perdendo assim a intimidade com o uso do pai dos burros?

O senhor tem preparo, sr. Gabriel? Que preparo? O que o senhor chama de “preparo”? A sua graduação ou a sua pós-graduação? Onde é que o sr. cismou que tem preparo para alguma coisa, sr. Gabriel? O sr. não tem capacidade pra ensinar crianças do pré-primário a desenharem uma casinha e se mete a vir discutir comigo? Apanha uma vez e agora apanha de novo! O senhor não tem senso do ridículo?

Gabriel Heinrich, eu só tenho a lhe agradecer pelo fato de você ser anticatólico. Sabe por quê? Porque você é burro demais. Você tem é que ser ateu ou atoa mesmo, ficar aí praguejando contra a Igreja Católica, contra o cristianismo, os religiosos, todos eles (como você generaliza), porque isso é pra gente do seu nível “intelequitual” que faz questão de sair por aí em público mostrando a nudez de sua própria moral, sua vaidade e incultura, o baixo nível do caráter que possuem. Pelo menos, eu tenho que dar a mão à palmatória, você não tem medo de mostrar toda a sua estupidez, apenas sua empáfia consegue superar sua burrice. Por um lado, é um prazer ler comentários como os seus, que atestam muito bem a impostura dos detratores do cristianismo em geral, e da Igreja Católica em particular. Antigamente, alguns inimigos da Igreja eram bem mais capazes, cultos, sagazes. Hoje, tudo o que apresentam se resume a essa frivolidade estúpida que você bem demonstra.

Eu só me arrependo de ter lhe comparado a um sapateiro, porque isso é uma desonra, um ultraje a tantos trabalhadores desse país! Quero aqui de público pedir meu sincero perdão a todos os sapateiros por ter comparado uma barata intelectual como você a eles, você não tem inteligência suficiente para amarrar um cadarço, quanto mais fazer ou consertar um sapato!

No mais, acho que o cursinho que você fez lá nos USA não valeu para muita coisa não. Quem sabe, pra impressionar garotinhas ingênuas. Tô até imaginando você na balada: “Aê gata, sabia que eu fiz pós graduação em antropologia na Columbus university?” Isso aí, faça valer seu investimento. Só um conselho, eu sei, deve ser difícil, mas contenha-se: cuidado para não zurrar, senão a moça se assusta.

Respeito é uma via de duas mãos

Cristãos hostilizados por manifestar oposição à homossexualidade

Por Padre John Flynn, LC

ROMA, domingo, 7 de junho de 2009 (Zenit.org).– A questão de legalizar casamentos entre pessoas do mesmo sexo continua a estar em primeiro plano nos debates. Há alguns dias, o Supremo Tribunal Californiano acolheu um referendo que alterou a Constituição Estadual para restringir casamentos a casais heterossexuais.

O referendo invalidou uma decisão anterior do Supremo Tribunal, que resultara na legalização do casamento do mesmo sexo.

Nas semanas que antecederam à última decisão, o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi legalizado em três Estados. Como resultado, cinco Estados agora permitem tais casamentos –Massachusetts, Connecticut, Maine, Vermont e Iowa.

Como sublinhou o artigo de 27 de maio do Washington Post, quatro destes Estados estão no Nordeste, e a exceção, Iowa, viu a legalização introduzida através de uma decisão da Suprema Corte, e não por votação do legislativo.

Um elemento importante nos debates sobre a questão tem sido o de liberdade religiosa. Em uma coluna do New York Times do dia 23 de maio, Peter Steinfels comentou que uma proposta para legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo em New Hampshire tinha estagnado devido ao governador John Lynch insistir em que ele iria apenas assinar o projeto de lei se tivesse mais garantias para proteger as instituições religiosas.

Esta proposta foi rejeitada pela Câmara dos Representantes. A experiência em New Hampshire pode muito bem influenciar debates em outros estados, como Nova York, Steinfels observa.

Liberdade religiosa

Quanto à introdução do casamento entre pessoas do mesmo sexo, ela ameaça a liberdade religiosa? Uma análise recente da questão veio de perguntas e respostas no fórum patrocinado pela Pew Forum on Religion and Public Life. Na transcrição, publicada em 21 de Maio, professores do The George Washington University Law School discutiram os possíveis conflitos.

Opositores ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, eles observaram, estão preocupados que a pregação contra a homossexualidade nos sermões torne-se uma ofensa criminal.

Outras preocupações envolvem instituições religiosas, como hospitais e universidades, que estão temerosos em relação a serem obrigados a fornecer os mesmos benefícios aos casais do mesmo sexo, como atualmente fazem para os casais heterossexuais.

Este não é apenas um exame teórico. Em 2006, a Catholic Charities em Massachusetts teve de parar seu serviço de adoção, pois as leis estaduais antidiscriminação foram alteradas, tornando obrigatória, para as agências, a oferta de crianças para adoção por casais do mesmo sexo.

Outra área de preocupação envolve empresas privadas e pessoas que tenham objeções religiosas ao casamento do mesmo sexo. Isto poderia envolver aqueles que prestam serviços para casamentos ou alugar imóveis.

Em seus comentários, os professores admitiram que a situação legal de tais objeções religiosas não foi examinada. Batalhas judiciais, até agora, têm se concentrado, principalmente, sobre a questão de saber se os Estados devem reconhecer o casamento do mesmo sexo.

Proteção necessária

Até agora, os religiosos opositores não tiveram um bom desempenho nas decisões judiciais, de acordo com um artigo publicado no dia 10 de Abril pelo Washington Post.

Entre os exemplos citados foram os seguintes:

— Uma fotógrafa cristã foi forçada pela Comissão dos Direitos Civis do Novo México a pagar US$ 6.637 em custos de advogado depois que ela se recusou a fotografar a cerimônia de compromisso de um casal do mesmo sexo.

— Uma psicóloga na Geórgia foi despedida depois que ela se recusou, por motivos religiosos, a aconselhar uma lésbica sobre seu relacionamento.

— Doutores em fertilização, cristãos, na Califórnia, que se recusaram a inseminar artificialmente uma paciente lésbica foram barrados pelo Supremo Tribunal do Estado por invocar as suas crenças religiosas para recusar o tratamento.

— Um grupo de estudantes cristãos não foi reconhecido em uma faculdade de direito da Universidade da Califórnia pelo fato da agremiação negar filiação a quem pratica sexo fora do casamento tradicional.

— Um site de namoro on-line, eHarmony, criado por um cristão evangélico, Neil Clark Warren, teve de aceitar prestar serviços a homossexuais, após ser processado por um homem de Nova Jersey, que acusou o site de discriminação.

Um artigo publicado no dia 3 de maio no “Los Angeles Times” deu um parecer que apelou para uma maior proteção jurídica para os opositores, por motivos religiosos, ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Robin Wilson, um professor da Escola de Direito da Universidade Washington & Lee, argumentou que, até agora, nenhum Estado tem fornecido garantias suficientes de liberdade religiosa ao legalizar casamentos do mesmo sexo.

Wilson admitiu que a legislação em Connecticut e Vermont continham disposições para a objeção de consciência, mas as cláusulas ainda não fornecem uma proteção suficiente para as pessoas, tais como os conselheiros matrimoniais, decoradores, e fotógrafos.

“Devido a essas leis, muitas pessoas poderiam ter de escolher entre a consciência e o ganha pão”, disse Wilson.

Conflitos no emprego

A Grã-Bretanha também tem vivido muitos conflitos e batalhas jurídicas sobre este assunto. Recentemente as Igrejas manifestaram receio de que as novas leis antidiscriminação vão obrigá-las a aceitar pedidos de emprego por homossexuais, informou o jornal Telegraph, no dia 20 de maio.

A legislação entrará em vigor no próximo ano, mas até recentemente as Igrejas esperavam uma proibição. Esta expectativa foi derrubada quando em uma recente conferência, Maria Eagle, vice-ministra das igualdades, disse que a lei irá abranger praticamente todos os empregados das Igrejas.

“As circunstâncias em que as instituições religiosas podem praticar qualquer coisa menos do que a plena igualdade estão longe e são poucas”, disse ela, de acordo com o Telegraph.

A Cláusula da Igualdade, ainda a ser definitivamente aprovado pelo Parlamento, dá uma interpretação restrita para os papéis a partir do qual é possível excluir homossexuais com base em objeções religiosas. Seria limitado somente para aqueles que levam a liturgia ou passam a maior parte de seu tempo ensinando a doutrina.

Cristãos que se opuserem à homossexualidade estão sendo cada vez mais pressionados na Grã-Bretanha. Essas pessoas foram descritas como “homofóbicos retardados” pela Associação Britânica para a Adoção e Fomento, uma agência estatal de financiamento, reportou o jornal Daily Mail no dia 14 de maio.

A agência estabelece regras e organiza a formação de trabalhadores sociais em todo o país, de acordo com o artigo.

O Daily Mail citou Patricia Morgan, autora de um estudo de adoção gay, que disse: “É lamentável que eles não queiram discutir os prós e os contras da adoção gay. Eles só se preocupam com os casos de abusos.”

Conflitos no Trabalho

Uma série de casos recentes demonstram que os cristãos enfrentam o risco de perder os seus empregos se expressarem as objeções de suas consciências. David Booker, um trabalhador de caridade, foi suspenso por duas semanas na sequência de uma conversa que teve com outro membro da chefia em que ele falou de sua oposição ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, reportou o jornal Telegraph em 11 de abril.

Booker insistiu que ele não é um intolerante e apenas tinha se limitado a manifestar a sua opinião pessoal. Seu colega também tinha assegurado que ele estava expressando suas opiniões e que elas não foram ofensivas, acrescentou o artigo do Telegraph.

Em 22 de março, o Telegraph havia relatado o caso dos proprietários de um hotel, Pedro e Hazelmary Bull. Um casal do mesmo sexo processou os proprietários cristãos de um hotel à beira-mar que se recusaram a alugar-lhes um quarto.

Novas regulamentações acrescentadas à Lei da Igualdade, em 2007, tornam ilegal recusar a uma pessoa mercadoria ou acessórios em razão da sua sexualidade.

Outro caso envolveu uma escrivã empregada pelo Conselho Islington no Norte de Londres. Lillian Ladele se negou a realizar cerimônias de parceria civil do mesmo sexo. O Conselho ganhou um recurso contra uma decisão anterior que o tinho considerado culpado de discriminação contra Ladele e suas opiniões, relatou a BBC no último 19 de dezembro.

A sentença fez notar, contudo, que nem todos do conselho da equipe de gerenciamento trataram as crenças de Ladele com sensibilidade.

Durante décadas defensores dos direitos dos homossexuais têm feito apelos à tolerância e compaixão. Qualidades que infelizmente faltam agora que eles estão cada vez mais a ganhar reconhecimento legal.

Fonte: Zenit.

Discussão: de aborto de anencéfalos ao nazismo, é mesmo só um pulo…

O William Murat me sugeriu e resolvi publicar em um post a discussão que tive com um leitor sobre o aborto de anencéfalos no post Blog Contra o Aborto: Marco Aurélio de Mello, pede para sair!. Defendo que essa prática pode ser sim interpretada como nazista, na medida em que é uma forma de eugenia. A troca de comentários segue, na íntegra, como foram originalmente postados:

  1. ► Carlos Alberto disse:

    Embora este ministro goste de aparecer, ele está certíssimo! O aborto de anencéfalos será autorizado por ampla maioria. Ninguém – absolutamente ninguém – possui o direito de se intrometer em questões privadas e obrigar uma gestação de um ser que NÃO irá viver por muito tempo. Felizmente ainda existem juízes em Brasília.

  2. ► JORNADA CRISTÃ disse:

    No comentário acima, faltou apenas acrescentar o adjetivo “HUMANO” após o substantivo “ser”. A frase ficaria assim: “Ninguém – absolutamente ninguém – possui o direito de se intrometer em questões privadas e obrigar uma gestação de um ser humano que NÃO irá viver por muito tempo.” Ou o bebê deixa de ser HUMANO só porque, em tese, não viveria por muito tempo?

  3. ► Carlos Alberto disse:

    Deixe de bobagens, você entendeu perfeitamente. Além do mais, qual o sentido de se levar a gestação de alguém que comprovadamente não irá sobreviver por muito tempo? Qual o sentido disso? O aborto de anencéfalos será permitido, podem rezar, fazer promessas, reclamar ao papa, mas será permitido. A vocês só restará o preceito jurídico do “jus esperneandi” – o direito de espernear. E vão cuidar de suas vidas.

  4. ► JORNADA CRISTÃ disse:

    Claro que entendi perfeitamente o que você escreveu. Você é que se esquivou da minha pergunta: o fato de o feto ser anencéfalo desclassifica-o imediatamente como ser humano? Para você, considerar uma pessoa como um ser humano, independentemente da sua condição de saúde, pode ser bobagem. Para mim, não é. A duração da vida de um ser e sua conseqüente “utilidade prática” serve como parâmetro de humanidade para nazistas, não para cristãos. Esteja onde estiver, Hitler deve estar também torcendo pela liberação do aborto de anencéfalos – foi a mesmíssima coisa que ele fez na Alemanha: matar qualquer pessoa que significasse um “peso” e que “comprovadamente” não poderia “sobreviver por muito tempo”; muitas dessas “inovações” são hoje adotadas na Holanda. Quanto ao fato de a justiça vir a permitir o aborto de anencéfalos, tal prática poderá vir a ser legal, mas jamais será lícita do ponto de vista moral – trata-se do assassinato de uma pessoa com deficiência que ainda não nasceu. Aliás, é interessante como você parece ansioso para que seja liberada a morte desses bebês, hein! Que coisa interessante! Pra encerrar, o artigo em questão nem mesmo entra no mérito da questão do aborto de anencéfalos, apenas critica a atitude do ministro Marco Aurélio de Mello, que explicitamente contrariou artigo da Lei Orgânica da Magistratura Nacional.

  5. ► Carlos Alberto disse:

    E é bom não entrar no mérito mesmo pois vocês não entendem nada de leis, quem dirá de moral. Um dos recursos mais rasteiros e pobres de argumentação é querer imputar ao outro a pecha de “nazista”, esquecendo-se de que o papa Ratzinger serviu nas fileiras de Hitler, embora, claro, de forma “compulsória”… Você certamente fica incomodado se tratar os padres somente de pedófilos… Uma das certezas de que temos nesta vida é de que vamos sofrer, mas é o sofrimento advindo da própria vicência. Agora, querer manter o sofrimento por motivos religiosos ou de suposto “crescimento emocional” como alguns defendem é de uma estupidez atroz e de uma irracionalidade animalesca.

  6. ► JORNADA CRISTÃ disse:

    Mudar de assunto sim é “um dos recursos mais rasteiros e pobres de argumentação”. Irônica essa afirmação de que católicos “não entendem nada de leis”, já que o Código de Direito Canônico foi quem transmitiu grande parte do Direito Romano para o ocidente, tornando-se referência para a constituição dos códigos civis de todos os estados nacionais europeus; também é engraçado ler que católicos não entendem nada de moral, já que as bases morais da civilização ocidental se estabeleceram em solo judaico-cristão. Ratzinger, entre tantos, serviu ao exército nazista sendo obrigado a fazê-lo, e deserdou antes do final da guerra sob risco de ser executado. Os links do meu comentário acima estavam quebrados, agora funcionam. Os artigos se referem à prática de destruir a vida de quem os nazistas consideravam indignos de viver. O livro referência para esse belíssimo pensamento chama-se “A destruição da vida destituída de valor”, cujos autores foram o psiquiatra Alfred Hoche e o jurista Karl Binding. Para alguns, talvez esses paladinos da justiça e da eugenia é que entendessem de “leis” e “moral”, não é mesmo? A legalização do aborto de anencéfalos fere o direito à vida, direito este que é fundamental a qualquer cidadão – a não ser que determinadas pessoas não tenham o direito de serem consideradas cidadãs, por manifestarem algum tipo de deficiência. Assim os nazistas interpretavam o direito à vida: algumas pessoas não são dignas desse direito, portanto devem ser eliminadas. Portanto, se a carapuça lhe serviu e está te incomodando, sorry, a companhia realmente não é muito agradável. Qual a diferença entre o que pensavam neste caso os nazistas e aqueles que agora defendem o aborto de anencéfalos? A desculpa dos “iluminados” de hoje é a “humanitária”: acabar com o sofrimento dos pais – como se o aborto não gerasse sofrimento ainda maior para a mulher. Neste site, consultando a tag “aborto”, existem textos citando estatísticas referentes ao efeito que o aborto tem sobre a saúde física e psíquica da mulher. Alguns dados: o aborto (mesmo o espontâneo) aumenta em cerca de 90% o risco da mulher desenvolver câncer de mama nos anos seguintes à intervenção; mulheres que abortam tendem a sofrer abortos espontâneos ou a terem partos prematuros em gravidezes seguintes; a possibilidade de morte da mulher durante um aborto provocado realizado em condições de “segurança” e sob assistência médica são 30% maiores que em um parto realizado sob as mesmas condições; as mulheres que abortam tendem à depressão e as taxas de suicídio entre elas são sete vezes maiores que o normal. Essas estatísticas são provenientes do site The Unchoice.

  7. ► Carlos Alberto disse:

    Você não entende nada mesmo! Os pilares da civilização ocidental são o direito romano e a filosofia grega – que inclusive influenciaram o cristianismo. Como disse o escritor Arthur C. Clarke: “Uma das desgraças da Humanidade é o sequestro da moral pela religião”. Querer comparar o aborto de anencéfalos com o que os nazistas faziam é de uma estupidez, desconhecimento e falsidade atrozes! É estelionato intelectual. Os nazistas matavam por suposta superioridade de raça. Diferente da preocupação com a vida que os ministros do STF estão tendo. Sim, muito mais preocupados com a vida do que vocês que se acham tão humanistas. É o velho recurso daqueles que, não tendo argumentos, se utilizam de seu coringa – imputar ao outro aquilo que eles querem que ele seja, mas que na verdade não é. Você por acaso já se colocou na situação de uma mãe que esteja grávida de anencéfalo? Já imaginou o sofrimento de saber que seu filho NÃO sobreviverá? Já imaginou ter de se afastar de seu trabalho por uma gravidez que não gerará um ser vivo por muito tempo? Qual o sentido disso? Me responda, não utilizando de clichês religiosos, mas de argumentos racionais, psicológicos e juridícos. Qual a razão disso? Porque desconsiderar o sofrimento de uma família nesse caso? Às vezes aqueles que se dizem cristãos me assustam, pois consegume ser mais criminosos e insensíveis do que não-cristãos. É por isso que vocês irão desaparecer. É por isso que estão isolados. Vão acabar virando uma seita de pessoas infelizes e segregadas. Em certo sentido, sou mais cristão do que você, porque me preocupo com a pessoa, com sua vida, e não com dogmas estúpidos inventados na idade média. E isso sem esquecer de um detalhe: Hitler era católico e frequentava a missa regularmente…

  8. ► JORNADA CRISTÃ disse:

    Para começar…

    “Os pilares da civilização ocidental são o direito romano e a filosofia grega – que inclusive influenciaram o cristianismo.”

    São dois dos pilares, e só chegaram até nós graças à principal coluna de sustentação da civilização ocidental: a Igreja Católica. Entretanto, se quiser aprender alguma coisa, pode ler o texto “O Cristianismo visto por um agnóstico”, aqui neste site, além de consultar a obra “Como a Igreja Católica Construiu a Civilização Ocidental”, do historiador norte-americano Thomas E. Woods. Trecho de uma resenha desse livro:

    “Ao estudar a civilização Ocidental e as suas instituições, presentes nos nossos dias em quase todo o mundo, fazemos notar que isso não se deve a uma evolução ocasional e dispersa. A partir das heranças grega e romana, nasceram, a partir de uma matriz cultural cristã que, juntamente com os inevitáveis erros do homem, desenvolveu uma obra civilizacional decisiva. Neste livro do historiador, Thomas E. Woods, nascido nos Estados Unidos da América, o autor centra-se na apresentação do legado do cristianismo, hoje desconhecido ou, mesmo, negado.

    Seguindo a história da Igreja Católica, Woods, demonstra, em capítulos monográficos, o contributo que ela deu à cultura ocidental: a obra civilizadora dos mosteiros na Idade Média, o aparecimento das universidades, as maravilhas arquitectónicas da arte das catedrais, o desenvolvimento da ciência experimental a partir dos finais da Idade Média, as origens do Direito Internacional, os antecedentes da economia moderna na Escola de Salamanca, o desenvolvimento das obras de beneficência quando ainda ninguém se lembrava dos mais pobres, a erradicação progressiva de muitos dos comportamentos desumanos… Em suma, pode ver-se como a fé foi fonte inspiradora de iniciativas e energias para fazer o bem.”

    Passemos agora a analisar seu chilique.

    1) “Como disse o escritor Arthur C. Clarke: “Uma das desgraças da Humanidade é o sequestro da moral pela religião”.”

    Arthur C. Clarke disse isso? Ó céus, nem vou dormir. TODAS AS CIVILIZAÇÕES INSTITUÍRAM SUA MORAL A PARTIR DE VALORES TRANSCENDENTES, RELIGIOSOS. TODAS. A idéia de humanidade surge a partir da idéia original de um Deus Pai de todos os seres humanos – todos somos irmãos porque há um “Pai que está nos céus”. Daí procede a idéia de igualdade entre todos os seres humanos em sua dignidade humana – por isso, o aborto de anencéfalos é injustificável: o anencéfalo não deixa de ser uma pessoa humana. O conceito de “pessoa humana” surge no ocidente a partir da idéia de Deus ser uma pessoa e o ser humano ser criado a sua imagem e semelhança. E é este conceito a base de toda a noção de direitos humanos – coincidência essa idéia de direitos humanos ter surgido no ocidente cristão? Não. Portanto, o escritor (gosto muito do que já li dele, diga-se de passagem) comete um equívoco baseado no seu exercício de “achologia” e inverte a realidade dos fatos. A religião não seqüestrou nada: na verdade, foi o fundamento e norte da moral no ocidente até o advento do iluminismo, quando passou a ser duramente atacada e caluniada, tendo seus méritos e contribuições desmerecidos. Arthur Clarke foi ótimo escritor de ficção científica: neste assunto, não passa de um palpiteiro de boteco. Aliás, quando se é pra meter o pau em religião, Igreja Católica, qualquer um vira doutor, não é mesmo? Até motorista de táxi ateu vira entendido.

    2) “Querer comparar o aborto de anencéfalos com o que os nazistas faziam é de uma estupidez, desconhecimento e falsidade atrozes! É estelionato intelectual. Os nazistas matavam por suposta superioridade de raça. Diferente da preocupação com a vida que os ministros do STF estão tendo. Sim, muito mais preocupados com a vida do que vocês que se acham tão humanistas. É o velho recurso daqueles que, não tendo argumentos, se utilizam de seu coringa – imputar ao outro aquilo que eles querem que ele seja, mas que na verdade não é.”

    Falta de argumentos? Bem, vamos lá. Os nazistas faziam a mesma coisa que você apoia e você vem me dizer que a comparação é falsa? Como assim? Os nazistas promoviam a eugenia por motivos racistas; você apoia a eugenia por motivos supostamente humanitários. A vida de um anencéfalo para você não tem valor; para os nazistas, muito menos! E a comparação é estúpida? Eu não duvido que você tenha boas intenções ao apoiar o aborto de anencéfalos pelas razões que você considera lícitas; o problema, que você não quer enxergar, é que os fins não justificam os meios. A defesa da vida deve ser feita de forma instransigente – a defesa da sua vida, da vida de todos os sujeitos, a vida inclusive daqueles que não nasceram. Você defende o mesmo procedimento que os nazistas aplicavam (a morte de pessoas consideradas inválidas) baseando-se no mesmo princípio: a vida de alguns vale menos que a vida de outros. Você acredita nisso porque sustenta que o custo psicológico para a mãe do bebê não compensa a vida do seu filho. Pois bem, os nazistas acreditavam que o custo econômico para o estado não compensava a vida dessa criança. Portanto, os nazistas praticavam a eugenia baseados no princípio que você segue em seu raciocínio: a vida de algumas pessoas vale menos que a vida de outras pessoas. O motivo, pouco importa! Isso é o primeiro passo para o totalitarismo, pois elenca o valor da vida dos indivíduos a uma hierarquia: essa pessoa “vale” tanto, aquela “vale” menos. E quem vai definir o quanto vale a vida de uma pessoa? O estado? Se hoje a vida de um anencéfalo não é considerada digna, quem te garante que amanhã a vida de uma pessoa portadora de síndrome de Down também não terá sua dignidade reconhecida? Ou a vida de uma pessoa que sofra de lábio leporino? Na Inglaterra, é o que está acontecendo atualmente.

    Qual o critério para se mensurar a dignidade humana? Você, infelizmente, defende o mesmo princípio nazista de que a vida de algumas pessoas não vale a pena ser vivida.

    Agora, dizer que os ministros do STF estão muito “preocupados com a vida” é de uma ingenuidade ímpar (estou sendo bondoso agora). O interesse nessa história toda é abrir uma brecha na legislação para posteriormente empurrar a legalização total e irrestrita do aborto goela abaixo da população brasileira através do poder judiciário – tal como aconteceu nos Estados Unidos no infame caso “Roe vs. Wade”. Isso é preocupação com a vida? Deve ser com a “vida boa” dos donos de clínicas de aborto, os grandes financiadores da campanha mundial pela sua legalização.

    3) “Você por acaso já se colocou na situação de uma mãe que esteja grávida de anencéfalo? Já imaginou o sofrimento de saber que seu filho NÃO sobreviverá? Já imaginou ter de se afastar de seu trabalho por uma gravidez que não gerará um ser vivo por muito tempo? Qual o sentido disso? Me responda, não utilizando de clichês religiosos, mas de argumentos racionais, psicológicos e juridícos. Qual a razão disso? Porque desconsiderar o sofrimento de uma família nesse caso? Às vezes aqueles que se dizem cristãos me assustam, pois consegume ser mais criminosos e insensíveis do que não-cristãos.”

    Quanto a argumentos “psicológicos” e até médicos, já os citei em comentário anterior, e foram solenemente ignorados por você – objetivamente falando, os danos à saúde da mulher causados pelo aborto provocado são bem maiores que o risco que ela corre deixando a gravidez seguir seu curso normal.

    O grande problema é que você se recusa a ver a humanidade do bebê anencéfalo. E o criminoso sou eu! É pra rir? Claro que para você o bebê anencéfalo não passa de um “ser que não sobreviverá”. Ora, se ele não passa de uma “coisa”, então vale tudo. A partir da “coisificação” de um ser humano é que seu raciocínio faz sentido. Um ser humano para ser amado, digno, para ter direito a nascer, ter uma existência, deve, segundo o seu pensamento, preencher algumas condições. E A HUMANIDADE DE QUALQUER SER HUMANO É MORALMENTE INQUESTIONÁVEL! Portanto, o bebê anencéfalo é tão digno de amor, de carinho, de afeto, de direitos e do direito a existir quanto eu, você ou qualquer outra pessoa!

    Será que o sofrimento da mãe em saber que seu filho não sobreviverá por muito tempo será menor se ela matá-lo? Será que o filho dessa mãe não merece uma certidão de nascimento, um nome, um enterro digno como um ser humano? Não merece ter sua cidadania reconhecida, ainda que por pouco espaço de tempo? Não merece ter sido alguém, ainda que sua vida seja efêmera?

    Para você e para os nazistas, não!

    O sentido da defesa da vida dos bebês anencéfalos está na defesa da humanidade de cada ser humano: do fruto do ventre daquela mulher, do fruto da união de dois seres humanos, houve a concepção de um novo ser humano. E isso é inegociável! Esse ser humano não perde sua dignidade e não pode perder seu direito a viver por causa de sua condição física!

    4) “É por isso que vocês irão desaparecer. É por isso que estão isolados. Vão acabar virando uma seita de pessoas infelizes e segregadas. Em certo sentido, sou mais cristão do que você, porque me preocupo com a pessoa, com sua vida, e não com dogmas estúpidos inventados na idade média.”

    Você se preocupa “com a pessoa, com sua vida”… Desde que essa pessoa tenha saúde perfeita, né. Porque se for um bebê, um ser humano, com má formação, aí é melhor matá-lo e jogá-lo no lixo. E lembrando: o criminoso sou eu. Quanto a “vocês vão desaparecer, estão isolados…”, cito Tertuliano, um apologista da Igreja Católica do século II. Já naquela época muitas pessoas tinham essa mesma certeza que você tem: a Igreja Católica vai desaparecer! E no decorrer desses dois mil anos, muitos tentaram concretizar esse seu desejo. Transcrevo o que ele disse a esse respeito:

    “A verdade não pede favor, porque a perseguição não a intimida. Nossa religião sabe que seu destino é ser estrangeira sobre esta terra e que sempre terá adversários. É no céu que ela tem sua sede, suas esperanças e sua glória. A única coisa que aspira é não ser condenada sem ter sido ouvida.”

    (Tertuliano, Apologeticum. Citado aqui).

    Claro que você já está com sua mentalidade totalmente deformada pelo preconceito anti-católico, portanto desfila sua ignorância sobre o cristianismo ao vir com essa de “dogmas inventados na idade média”. Você não tem a menor idéia do que seja um dogma, não sabe nada sobre como foram definidos os dogmas católicos (alguns, após mais de mil anos de discussão). Muito menos sabe sobre Idade Média. Já tomou contato e buscou entender os argumentos não somente dos católicos, mas de todos aqueles (mesmo os não católicos) que são contrários à legalização do aborto de anencéfalos? Não. Já estudou o que a Igreja Católica teria a dizer em sua defesa sobre as coisas das quais é acusada? Não. Já buscou entender o que defende o seu oponente nessa discussão? Não. Você já condenou a Igreja sem ouvi-la. Aliás, pensando bem, é melhor você continuar falando bobagens sobre o que não conhece: vai que você estuda o cristianismo a sério, lê os documentos escritos pela Igreja, estuda o catecismo, conhece a vida dos santos, a gloriosa e maravilhosa história da Igreja Católica, tão deturpada, falseada e caluniada… E de repente resolve se converter e virar católico! Que horror! Pois é, melhor não. Deixa pra lá, melhor ficar mergulhado na ignorância, elegendo a Igreja como a pior coisa que já aconteceu no mundo, é bem mais fácil. Deixe as “pessoas infelizes e segregadas” pra lá, não é?

    5) “E isso sem esquecer de um detalhe: Hitler era católico e frequentava a missa regularmente…”

    Pois é, gente. E quem não tem argumentos sou eu. Segundo o raciocínio, quem freqüenta missas automaticamente é “católico”. A Igreja Católica tem responsabilidade pelos atos de Hitler por ele ter sido batizado e por freqüentar missas? Os nazistas mandaram vários sacerdotes católicos para campos de concentração, muitos foram mortos – especialmente na Polônia. Além disso, são públicas e notórias a relações do nazismo com o esoterismo e o ocultismo, doutrinas comprovadamente anti-cristãs. Certamente você não sabe que Hitler planejou e ordenou seqüestrar o Papa Pio XII durante a Segunda guerra mundial, porque considerava o Papa “antinazista e amigo dos judeus”. Belo católico, esse Hitler! Também não deve saber que nas eleições para o parlamento alemão em 1932 os nazistas foram derrotados em TODAS as regiões de maioria católica na Alemanha. Também ignora que “Quando em 1938 Hitler visitou Roma, Pio XI se retirou da cidade e fechou o Vaticano e os Museus para que Hitler não pusesse os pés lá dentro, e mandou hastear a bandeira a meio pau, em sinal de luto, como protesto pela presença de Hitler em Roma a convite de Mussolini” (texto completo aqui).

    Como você nem deve saber o que é necessário para ser católico, vou te explicar: para ser católico, não basta a pessoa freqüentar a missa regularmente; católico é aquele que segue a doutrina pregada pela Igreja Católica e obedece à hierarquia da instituição. Fato: Hitler não se enquadrava nesses critérios. Portanto, não pode ser considerado um católico. Afinal, até um cachorro pode entrar na Igreja e assistir uma missa.

  9. ► Carlos Alberto disse:

    Seus argumentos são sofríveis. Sofríveis e risíveis. É por isso que o aborto de anencéfalos será liberado. Ninguém conseguiu convencer os ministros a não autorizar. Não conhecem nada de leis muito menos de moral. Que moral pode ter quem protegeu pedófilos? Você não me convenceu até agora porque manter a gravidez de um ser que NÃO irá viver. Qual o sentido disso? Qual o sentido de ser mãe de um feto morto? Vai me responder ou vai ficar repetindo bobagens ad nauseam? E repito: comparar isso com o nazismo é de uma estupidez e falta de argumentos chocantes. Não me consta que eles estavam interessados em salvar vidas. Aliás nem vocês estão interessados. O único objetivo deles era exterminar aqueles que considerava inferiores. Aliás muito semelhante à postura de vocês ao longo da História, vide as cruzadas e a inquisição, exterminando quem pensava diferente. E os mesmos que são contra o aborto nesses casos são os bispos que esconderam casos de pedofilia. Devem ser tão ferrenhamente contra para ter mais crianças para violentar no futuro! E não me venha com divagações porque isso aconteceu mesmo. Só mesmo sendo um débil mental para achar que é “humano” levar uma gestação de um ser condenado à morte até o fim. E quer dizer então que há cardeais “nazistas” na cúpula da igreja, como Monsenhor Fisichella e Carlo Maria Martini, que inclusive já foi cotado para papa? Sim, porque eles várias vezes afirmaram que sob certas circunstâncias o aborto é sim moralmente aceitável. Só os retardados católicos refratários ainda não admitem isso. Maz como felizmente existe gente que usa a cabeça nesse país e não o fígado para pensar, os boçais pseudo-humanistas estão cada vez mais acuados. Quanto a Hitler, ele era católico e recebeu apoio dos católicos, já que o anti-semitismo era corrente entre os católicos alemães de então. Basta ver estas fotos:
    http://aftermathnews.files.wordpress.com/2008/04/priestsalutehitler.jpg
    http://i43.photobucket.com/albums/e372/tlthe5th/nazi-vatican/bonhoeffer_hitler.jpg
    http://s43.photobucket.com/albums/e372/tlthe5th/nazi-vatican/hitler.jpg
    http://s43.photobucket.com/albums/e372/tlthe5th/nazi-vatican/img0117.jpg
    http://s43.photobucket.com/albums/e372/tlthe5th/nazi-vatican/24faulhabernazis.jpg

  10. ► JORNADA CRISTÃ disse:

    “Meus argumentos são sofríveis”: pois é, e você não refutou nenhum! Continua girando em círculos. O aborto de anencéfalos será liberado porque é pretexto para a liberação total do aborto. “Você não me convenceu até agora porque manter a gravidez de um ser que NÃO irá viver.” Você entrou na discussão com espírito aberto, pensando na hipótese de estar equivocado? Não! Então, como é que eu vou te convencer? Para você a vida de algumas pessoas vale mais do que a vida de outras. Você não tem como negar isso. Já respondi à exaustão suas perguntas e você não quer dialogar. Já disse: o bebê anencéfalo tem a mesma dignidade humana que um bebê “normal”. Disso, você passa longe e considera bobagem. A sua idéia é a de que algumas pessoas valem mais que outras. Você não refutou nada. Você é um ignorante assumido, não sabe história da Igreja, não sabe doutrina da Igreja, não sabe uma vírgula de cristianismo, repete falácias para cansar o interlocutor. Fiz a ligação entre nazismo e aborto de anencéfalos, argumentei. Qual seu argumento contrário? Nenhum. Agora, muda de assunto: vai falar de cruzadas e inquisição. Vai insistir que Hitler era católico. Afirmei e provei: os católicos rejeitaram os nazistas nas eleições de 1932. Você reconheceu seu engano? Não! Você insiste nele! Você mostra Hitler ao lado de padres puxa-sacos e daí “óóóóóó”, está provado que Hitler era católico e que a Igreja Católica apoiou o nazismo! Você não sabe nada!!!!! Você não sabe da Encíclica “Mit Brennender Sorge”, escrita em alemão, publicada em 1936, que foi uma crítica direta ao Nacional-Socialismo. Vou transcrever um trecho do verbete da wikipedia – não para você, que fique bem claro, porque sei que vai ignorá-lo, afinal de contas sua cabeça é pequena demais para entrar qualquer coisa que você discorde; transcrevo para quem estiver interessado na verdade dos fatos:

    Na época foi uma surpresa geral para os fiéis, as autoridades e a polícia, a leitura da encíclica nas missas do domingo de Ramos, 21 de março de 1937, em todo os templos católicos alemães, que eram então mais de 11.000 igrejas, a unanimidade foi absoluta. Em toda a breve história do Terceiro Reich, nunca recebeu este na Alemanha uma contestação da amplitude que se aproximasse da que se produziu com a Mit brennender Sorge.
    Como era de se esperar, no dia seguinte o órgão oficial nazista, Völkischer Beobachter, publicou uma primeira réplica à encíclica. Mas, surpreendentemente foi também a última. O ministro alemão da propaganda, Joseph Goebbels, foi o suficientemente inteligente e perspicaz para perceber a força que havia tido a declaração.E, com o controle total da imprensa e do rádio que já tinha por essa ocasião, decidiu que o mais conveniente para o regime era ignorar o mais completamente a encíclica e não lhe dar outra repercussão além da que tivera.

    Após a leitura e publicação da encíclica, as perseguições anti-católicas tiveram lugar. Em maio de 1937, 1.100 padres e religiosos são lançados nas prisões do Reich. 304 sacerdotes católicos são deportados para Dachau em 1938. As organizações católicas são dissolvidas e as escolas confessionais interditadas.

    Até a queda do regime nazista, cerca de onze mil sacerdotes católicos (quase metade do clero alemão dessa época) “foram atingidos por medidas punitivas, política ou religiosamente motivadas, pelo regime nazista”, terminando muitas vezes nos campos de concentração.

    Mas quer saber? Estou perdendo o meu tempo, porque você nem deve fazer idéia do que seja uma “encíclica”! Pior ainda: nem quer saber! Outro detalhe: se o ensino de um cardeal ou mesmo de um papa for contrário ao ensinamento da Igreja, esse clérigo perde sua legitimidade – na história da Igreja (que você não conhece e se orgulha de não conhecer) houve casos de antipapas. Isso vale para quem ensine que Jesus não tenha ressuscitado dentre os mortos, como também vale para aquele que ensina que o aborto é tolerável. Para a Igreja Católica, só é tolerável o chamado “aborto indireto: (evitando propositalmente a expressão errônea ‘aborto terapêutico’) e que se resume a uma causa de duplo efeito.” Para quem quiser se informar a respeito ao invés de repetir o que o umbigo pensa, leia os ótimos textos de Jorge Ferraz e, principalmente, do Padre Luiz Carlos Lodi.

    Pra encerrar, você só sabe ofender, bater o pezinho, resmungar, xingar, desqualificar o adversário. Pensei que você era uma pessoa bem intencionada. Não é. Pensei que estava disposto a um debate. Não está. Não consegue refutar argumentos e parte para as falácias. Você nem sabe o que é um debate: um confronto entre duas pessoas que obviamente pode e até deve conter críticas duríssimas às idéias opostas, mas deve ser honesto, porque as duas pessoas não são donas da verdade, estão apenas procurando por ela, de coração sincero. Em um debate, você deve dar abertura e credibilidade ao oponente. Essa de classificar o outro de “boçal”, “retardado” e “débil mental” é apenas um desabafo emocional de quem não consegue disfarçar a própria ignorância e a incapacidade de refutar os fatos:

    – O bebê que está no ventre de uma mulher, independentemente de ter condições de saúde perfeitas, é um ser humano.

    – Se é um ser humano, deve ter sua vida respeitada, como direito fundamental, até sua morte natural.

    – Se negarmos ao bebê anencéfalo o direito à vida, estamos relativizando o direito que é o primeiro dos direitos por excelência, porque todos os outros direitos humanos – inclusive o direito à liberdade – derivam desse direito.

    – Se negarmos ao bebê ancenéfalo o direito à vida, estamos matando um ser humano em virtude de sua deficiência física e sua suposta “inutilidade” – a mesma coisa que os nazistas faziam, ainda que com outras justificativas: o ato é o mesmo, matar um ser humano porque ele não é digno de viver; os motivos alegados é que diferem.

    Esses são os argumentos que apresentei. Refute-os.

    Como se diz para crianças e para pessoas emocionalmente e intelectualmente imaturas: apelou, perdeu, rapazinho.

  11. ► Carlos Alberto disse:

    Você é um tolo ignorante que se acha sábio. Grosseiramente confunde alhos com bugalhos. Anencéfalo não é deficiente, ele não tem cérebro, portanto não sobreviverá. Nenhum ser humano sobrevive sem cérebro (embora você seja uma exceção…). Você tenta imputar ao outro aquilo que ele não é. Ninguém aqui está defendendo aborto de deficiente, mas sim de anencéfalos. Sei que é perda de tempo, mas…porque uma mulher levaria uma gestação até o fim, se afastando do trabalho, comprando enxoval, para um bebê que comprovadamente não irá sobreviver? Esse é o ponto central que você passou ao largo. A moral é relativa, meu caro. E é perfeitamente lícito permitir a interrupção nesses casos. É claro que o anencéfalo é um ser humano – mas um ser humano mal formado e incompleto, sem condições de sobrevida. Portanto, para quê manter um sofrimento inútil? Isso é para fanáticos religiosos, como aqueles que se supliciam achando que estão expiando os pecados. Para as famílias que infelizmente são atingidas por essa tragédia, sofrimento já é saber que o feto é anencéfalo – levar a gestação até o fim é um ato desumano e descabido. Por isso os ministros do STF vão autorizar por “goleada” a interrupção nesse caso. Quanto a vocês, só resta espernear e procurar uma outra causa para ocupar suas vidas vazias.

  12. ► JORNADA CRISTÃ disse:

    “Você é um tolo ignorante que se acha sábio.”

    Se sou tolo, ingorante ou o escambau, isso não está em discussão aqui. Se me acho sábio ou o que quer que seja, isso não está em discussão também! Tsc, tsc… Você tá gastando muitos caracteres fugindo do assunto…“Grosseiramente confunde alhos com bugalhos. Anencéfalo não é deficiente, ele não tem cérebro, portanto não sobreviverá.”

    O bebê anencéfalo deixa de merecer a alcunha de “ser humano”? Mais abaixo, você mesmo dá o braço a torcer… O bebê ancencéfalo é um ser humano. Por ter má formação, ele deixa automaticamente de ser uma pessoa, um membro da raça humana? Não. E daí vem com faniquitos, me xingando, porque ainda que tente justificar, não consegue fugir desse fato. Discutir com você está virando uma piada.

    “Nenhum ser humano sobrevive sem cérebro (embora você seja uma exceção…).”

    Quá, quá, quá, quá! Adorei a piada, sério. E agora, o que vai fazer? Defender o extermínio de pessoas sem cérebro, como eu? Você já defende o extermínio de pessoas sem cérebro que ainda não nasceram. E as já nascidas, também devem morrer? A humanidade seria melhor sem pessoas “descerebradas” como eu? Hum… Olha que vou começar a ficar com medo de você, hein…

    “Você tenta imputar ao outro aquilo que ele não é. Ninguém aqui está defendendo aborto de deficiente, mas sim de anencéfalos. Sei que é perda de tempo, mas…porque uma mulher levaria uma gestação até o fim, se afastando do trabalho, comprando enxoval, para um bebê que comprovadamente não irá sobreviver? Esse é o ponto central que você passou ao largo.”

    Não passei ao largo, não senhor. Vou repetir: um bebê anencéfalo também é ser humano. Isso você não refutou – ao contrário, afirma mais abaixo. Ao negar o direito à vida a um anencéfalo, está-se negando o direito à vida a um ser humano por motivos utilitaristas. O fato de o bebê teoricamente não sobreviver muito tempo após o parto é irrelevante neste sentido. Repetindo: o bebê anencéfalo não deixa de ser uma pessoa. Nem mesmo você nega isso. A lógica de que o aborto é uma solução, um alívio para um casal, uma mãe, que espera o nascimento de um filho, é falsa. De novo o que já comentei, citando estatísticas que comprovam: o aborto, em qualquer circunstância, mesmo em casos espontâneos, é extremamente prejudicial à saúde física e mental da mulher. Logo, pais que se convençam de que esperam um filho, ainda que ele não sobreviva por muito tempo, estariam mais aliviados se a gravidez fosse interrompida? O trauma psicológico de um aborto provocado é imensamente maior que a morte de um bebê após o parto. Os números confirmam. O bebê anencéfalo não deixa de ser filho dessa mãe, desse pai. Sua visão é simplesmente materialista: se baseia em “tempo”: a mãe vai perder “tempo” em uma “gestação que não vai dar em nada”. O que é uma gestação que vai dar em alguma coisa? A gestação de um ser humano que possa sobreviver. Entretanto, se o bebê não tiver expectativa de vida, ele deixa de ser uma pessoa? Não deixa. Para você, o direito à vida de uma pessoa não precisa ser respeitado porque, supostamente, seus pais vão sofrer com a gravidez. Vão sofrer também com o aborto – e mesmo assim, o sofrimento deles será maior que o escândalo da morte do próprio filho?

    O direito à vida é fundamental e não pode ser relativizado. Você não consegue refutar a isso. O direito à vida do bebê é maior que o direito à liberdade dos pais em eliminá-lo. E é essa premissa que pode garantir a liberdade de todos os cidadãos, porque o direito à liberdade depende do direito à vida. Se o direito à vida for relativizado, a morte de inocentes é justificada. Você defende a morte de pessoas por não terem cérebro; ou seja, o direito à vida deixa de ser fundamental e torna-se relativo. A partir daí, basta inventar novos pretextos – e a luta pela aprovação do aborto de fetos anencéfalos não diz respeito a razões humanitárias, ao contrário do que você pensa; é a porta aberta para a aprovação do aborto como um direito através do poder judiciário. Por que? Porque será aberta a caixa de Pandora. Se a vida de fetos anencéfalos não vale nada e a mãe pode decidir a respeito, abre-se uma brecha que vai justificar todo e qualquer tipo de aborto. E por que? Porque, quando se relativiza a dignidade humana de um grupo de pessoas, abre-se espaço para se questionar o direito à vida de outros grupos também. E foi exatamente isso que os nazistas fizeram: colocar em prática o preceito de que a vida de algumas pessoas vale mais que a vida de outras. Você apoia uma idéia nazista, sim: o extermínio de pessoas que não devem ser consideradas merecedoras do direito à vida.

    “A moral é relativa, meu caro. E é perfeitamente lícito permitir a interrupção nesses casos. É claro que o anencéfalo é um ser humano – mas um ser humano mal formado e incompleto, sem condições de sobrevida.”

    Hum… A moral é relativa? Relativa a quê? Aos interesses do estado? Aos interesses dos donos das clínicas de aborto, que entopem de dinheiro as ongs feministas e manipulam a mídia? É a eles que a moral é relativa? Pelo menos você finalmente reconheceu: “o anencéfalo é um ser humano”! Menos mal. E se é um ser humano, tem direito à vida. Se não tem direito à vida, um direito fundamental lhe está sendo negado, porque o direito à vida é inalienável a qualquer ser humano inocente. Você pode negar isso?

    Segundo sua lógica, a vida de bebês anencéfalos vale menos que a vida dos outros bebês. Ora… Vou ter que repetir de novo? A um grupo determinado de seres humanos (bebês anencéfalos) está sendo negado o direito à vida. E isso é injustificável.

    “Portanto, para quê manter um sofrimento inútil?”

    Portanto… É uma contradição matar alguém para aliviar o sofrimento de outrem. Repetindo: você fala como se o aborto fosse um alívio. Em primeiro lugar, o melhor para a saúde física e mental da mulher é levar a gestação adiante. Em segundo lugar, todo sofrimento para o materialista é inútil, então isso não faz a menor diferença para quem defende que pessoas devem morrer para diminuir o sofrimento de outros.

    O que você não quer discutir é o que repito insistentemente: o direito à vida não pode ser relativizado; se alguns indivíduos perdem seu direito à vida de forma arbitrária sem culpa, todos os indivíduos, em maior ou menor grau, passam a correr riscos. Veja a situação da eutanásia na Holanda: milhares de casos já acontecem nesse país sem ter o consentimento dos próprios doentes (a quem interessar, leia aqui, aqui, aqui e aqui). Isso porque meia dúzia de iluminados bem intencionados tais como você tiveram a brilhante idéia de colocar a mitigação do sofrimento como valor superior ao direito à vida de outrem.

    “Isso é para fanáticos religiosos, como aqueles que se supliciam achando que estão expiando os pecados. Para as famílias que infelizmente são atingidas por essa tragédia, sofrimento já é saber que o feto é anencéfalo – levar a gestação até o fim é um ato desumano e descabido. Por isso os ministros do STF vão autorizar por “goleada” a interrupção nesse caso. Quanto a vocês, só resta espernear e procurar uma outra causa para ocupar suas vidas vazias.”

    Bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla… A mesma conversa mole de sempre. Eu realmente queria saber de onde vem esse sentimento de superioridade de quem não tem religião sobre aqueles a quem chamam jocosamente de “fanáticos religiosos”… Os ministros vão autorizar por “goleada”, parabéns. Você realmente trata essa questão de forma tão banal como uma partida de futebol, e o nível do que você escreve se assemelha a ao que dizem esses debatedores de programas esportivos na televisão, berrando ao mesmo tempo que um monte de gente naquelas mesas redondas de domingo à noite, todo mundo falando a mesma coisa.

    Hitler bateria palmas, ele também deverá ficar muito feliz com essa decisão (esteja onde estiver…). Uma lástima que você esteja junto com ele, lado a lado na arquibancada, agitando bandeiras e pulando. Pelo que escreve, você se acha muito esperto, mas é incapaz de perceber o avanço da cultura da morte, uma ameaça palpável não somente à liberdade, mas ao próprio direito à vida de todos nós – e isso em um prazo de tempo muito mais curto que você imagina.

Papa afirma que horizonte da unidade plena dos cristãos segue aberto

Hoje na conclusão da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

Por Inma Álvarez.

CIDADE DO VATICANO, domingo, 25 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- O Papa assegurou hoje que o «horizonte da unidade plena» permanece «aberto diante de nós», e que se trata de uma tarefa «árdua, mas entusiasmante para os cristãos que querem viver em sintonia» com a unidade querida por Cristo.

O Papa lançou esta mensagem positiva na homilia da celebração ecumênica que teve lugar esta tarde na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, para concluir a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, ainda que advertiu que alcançar a unidade plena «não é possível com as forças humanas».

Esta tradicional celebração, que reuniu na basílica paulina membros da Cúria romana e representantes de outras confissões cristãs presentes em Roma para a oração das Vésperas, coincide este ano com a Festa da Conversão de São Paulo, assim como com o 50 aniversário do anúncio, por parte do Papa João XXIII, da convocatória do Concílio Vaticano II.

O Papa referiu-se ao Concílio precisamente como «uma contribuição fundamental ao ecumenismo, condensada no Decreto Unitatis redintegratio».

«A atitude de conversão interior em Cristo, de renovação espiritual, de caridade acrescentada perante os demais cristãos deu lugar a uma nova situação nas relações ecumênicas», explicou.

O Papa, nesse sentido, agradeceu o Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos pelo «serviço que faz à causa da unidade de todos os discípulos do Senhor» e indicou duas linhas de trabalho: «valorizar o que se alcançou» e «encontrar novos caminhos para continuar as relações no contexto atual».

«Este Deus, que é Criador e é capaz de ressuscitar os mortos, é também capaz de reconduzir à unidade o povo dividido em dois», explicou.

Leia mais aqui.

Papa Bento iniciando ano movimentado e histórico

Por Edward Pentin.

Este ano reserva muitas surpresas para o Papa Bento XVI. O líder espiritual dos 1,2 bilhões de católicos do mundo deve embarcar em duas viagens papais históricas, fazer mudanças significativas nas lideranças do Vaticano, e encontrar-se com Barack Obama, no que pode vir a ser um encontro complicado.

O Pontífice, que completará 82 anos de idade no próximo dia 16 de abril, viajará pela primeira vez como Papa à África no mês de março, rumo a Camarões para fazer parte das preparações para um encontro de bispos africanos. Em seguida, partirá para Angola para celebrar os 500 anos da evangelização do país.

O Papa pode esperar uma recepção calorosa num continente onde o catolicismo está crescendo rapidamente e muitos estão a aderir ao sacerdócio católico. Mas a África, continuamente afetada pela pobreza e pelos conflitos, é de grande preocupação para a Igreja, levando o Vaticano a informalmente declarar 2009 como o Ano para a África. Como fez no Natal, o Papa deverá chamar a atenção especificamente para os conflitos e sofrimentos no Zimbabwe, no Congo e na Somália.

Sua visita também deverá reacender a controvérsia sobre a proibição da Igreja do uso de preservativos como método para se evitar o vírus HIV. O Papa não mudará o ensinamento da Igreja nesse assunto, mas ao invés disso provavelmente deverá salientar a razão pela qual a Igreja mantém seus ensinamentos e que organizações católicas assistem aproximadamente um quarto de todas as vítimas da AIDS no mundo.

As atenções então se voltarão para a viagem histórica seguinte de Bento XVI, à Terra Santa. O Vaticano não confirmou oficialmente a visita e, se os conflitos continuarem em Gaza, provavelmente será adiada. De qualquer maneira, o Vaticano diz que o planejamento para a viagem continua, e fontes dizem que está agendada para acontecer entre os dias 8 e 15 de maio. Incluirá paradas em Aman, Tel Aviv, Jerusalém, Nazaré e Belém. O biógrafo papal George Weigel diz que provavelmente será o ponto alto do ano para o Papa.

Sem dúvida, a visita será uma das mais delicadas para Bento XVI. Fontes dizem que o pontífice alemão tem um encontro marcado com membros da Autoridade Palestina (que não inclui o Hamas) em Belém, e visitará o memorial do Holocausto em Jerusalém. Ele fará muitos apelos pela paz na região e em solidariedade com os cristãos da Terra Santa, que enfrentam muitas provações e emigram em número elevado. O Vaticano espera que a viagem do Papa também alivie recentes tensões com israelenses e líderes judeus. A ação do Papa Pio XII para salvar judeus durante a Segunda Guerra Mundial mantém-se como uma questão ardentemente controvertida entre alguns líderes do judaísmo.

Além das viagens do Papa, novos escritos papais são aguardados para este ano. A primeira e muito aguardada encíclica social de Bento, “Caritas in Veritate” (“Amor na Verdade”), provavelmente será lançada na primeira metade do ano (pré-vendas já estão sendo feitas online em sites como o Amazon.com). O documento, endereçado a todos os católicos, oferecerá uma crítica moral para a atual crise financeira. É esperada para ser convenientemente “ecológica”, enfatizando a administração responsável da criação, mas sempre com uma visão antropocêntrica que coloca a dignidade humana e o bem-estar, não a natureza, no cerne da questão.

O Papa, um leitor voraz e autor talentoso, deve também publicar o segundo volume de seu livro “Jesus de Nazaré”. O livro, cujo primeiro volume foi publicado em 2007, oferecerá suas próprias análises e compreensões teológicas sobre a Paixão e Ressurreição de Jesus.

Este ano também verá mudanças significativas em muitos altos cargos no Vaticano. Pelo menos três cardeais devem se demitir, já que chegaram ou excederam a idade limite de 75 anos. Em decorrência disso, e da aposentadoria de outros cardeais ao redor do mundo, a necessidade de um consistório (quando o Papa formalmente indica novos cardeais) se tornará premente. Comentaristas acreditam que isso deverá acontecer na primavera (entre setembro e dezembro).

O Papa também estará empenhado em assegurar que continuem os até agora significativos progressos nas relações entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa. Um novo patriarca ortodoxo russo será escolhido em junho, em seguida à morte inesperada do patriarca Alexis II, no final do ano passado. O escolhido poderá renascer as esperanças de que aconteça o primeiro e histórico encontro entre um Papa e um patriarca, desde que as duas igrejas quase mil anos atrás se dividiram.

Quanto aos ilustres visitantes que o Papa deverá receber, a visita de Barack Obama em julho é a mais aguardada. O presidente eleito comparecerá ao encontro do G8 na ilha italiana de Maddalena e espera-se que ele inclua em seu trajeto uma passagem pelo Vaticano. Tendo em vista sua conhecida posição sobre aborto e outras questões pró-vida, o encontro de Obama com o Pontífice poderá se tornar embaraçoso.

Mas mesmo que os dois não se encontrem, comentaristas dizem que a nova administração e a Igreja provavelmente se enfrentarão. “Se a administração Obama tentar remover as cláusulas de consciência que protegem instituições e profissionais de saúde católicos nos Estados Unidos [da obrigação de realizarem abortos], podemos muito bem ver um desafio papal à nova administração”, Weigel diz. Ele acredita que tal confronto é provável “de qualquer jeito”, tendo em vista o quanto a administração Obama irá se esforçar no campo dos assim chamados “direitos reprodutivos” junto às Nações Unidas e em outros países.

Ainda assim, isso não impedirá Bento XVI de reunir-se com Obama se a oportunidade surgir. Um dos pontos fortes deste Papa é sua disposição em ouvir todas as opiniões, mesmo aquelas com as quais discorde. Para o Papa Bento, uma discussão intelectual honesta supera qualquer medo de controvérsia. Por isso, não se surpreenda se, como em anos anteriores, este Pontífice voltar a ser manchete em virtude de debates pragmáticos e provocativos.

Fonte: Newsmax.com. Tradução e adaptação de Matheus Cajaíba. Para ler o texto original em inglês, clique aqui.