Mensagem do dia (31/07/2022)

Todos nós desejamos ser felizes e ter paz. Fomos criados para isso e só podemos encontrar a felicidade e a paz amando a Deus; o amor traz-nos a alegria e a felicidade. Muitas pessoas pensam, sobretudo no Ocidente, que viver fazendo o que lhes apetece as torna felizes. Eu penso que é mais difícil ser feliz na riqueza, porque as preocupações para ganhar dinheiro e o conservar nos escondem Deus. De qualquer modo, se Deus vos confiou riquezas, usai-as para servir as suas obras: ajudai os outros, ajudai os pobres, criai empregos, dai trabalho aos outros. Não desperdiceis em vão a vossa fortuna; ter uma casa, honras, liberdade, saúde, tudo isso nos é confiado por Deus para o pormos ao serviço dos que são menos afortunados do que nós.

Santa Teresa de Calcutá.

Mensagem do dia (20/07/2010)

Abandonar o verdadeiro Deus, ou simplesmente ignorá-l’O, é uma tentação de todos os tempos e de todas as épocas, como na atual sociedade secularizada. A tentação da idolatria do dinheiro, do poder e do prestígio, do egoísmo e do prazer, conduz muitas vezes ao esquecimento do próprio Deus e cria no coração humano situações de angústia e sem horizontes de felicidade.

Dom Antônio Carrilho.

Mensagem do dia (02/04/2009)

Como poderemos encontrar a liberdade, nós que somos escravos do mundo, escravos do dinheiro, escravos dos desejos da carne? Claro que me esforço por me corrigir, julgo-me a mim próprio, condeno as minhas faltas. Que os meus ouvintes examinem por seu lado o que pensam do seu próprio coração. Mas, digo-o de passagem, enquanto estiver preso a alguma destas coisas, não estou convertido ao Senhor, não atingi a verdadeira liberdade, porque ainda me deixo prender por tais preocupações.

Orígenes.

Burrice? Não, esperteza mesmo!

Vejam mais uma pérola:

Ué, ele contradisse sim. Qual o problema de vocês? A igreja não fez voto de pobreza? Pra quê tanto luxo então? O pior cego é aquele que não quer ver! E você sabia que a Igreja Católica é acionista das maiores empresas italianas e uma das maiores acionistas da Nestlè? Já que não podem vender “patrimônio histórico” (como se a riqueza da igreja fossem só “patrimônios históricos”) vendam as ações e revertam o dinheiro aos pobres. Mas é claro que não farão isso, afinal é fácil acusar os outros e não fazer nada a respeito. Concordo integralmente com que o comentador postou: Jesus chicotearia todos do alto clero igual fez com os vendilhões do templo!

Quando bati os olhos no comentário, pensei: rapaz, quanta burrice! Mas, esperem um momento… Burrice coisa alguma. É a esperteza de sempre dos inimigos da Igreja. Cadê a refutação a algum argumento exposto aqui sobre a necessidade de a Igreja ser uma instituição rica? E ainda vem com essa de “pior cego…” Ora, são pessoas como a senhora que se recusam a ver as obras assistenciais da Igreja pelo mundo. E se recusam a ver que, para sustentar essas obras, é necessário dinheiro, muito dinheiro. E, portanto, a Igreja precisa de ser uma organização financeiramente sólida.

Em primeiro lugar, a Igreja Católica não é uma entidade economicamente unificada, portanto é muito mais complicado que aparenta sustentar a instituição tendo em vista que cada diocese é financeiramente praticamente independente da outra. Então, é mais um motivo para o Vaticano ser rico, já que muitas vezes precisa socorrer dioceses e paróquias em dificuldades pelo mundo. Em segundo lugar, a Igreja não fez “voto de pobreza”. Algumas ordens religiosas e prelazias exigem sim, de seus membros, voto de pobreza. Nem todos os religiosos são obrigados a fazer esse voto.

Mas essa gente liga pra qualquer explicação? Claro que não liga. A Igreja tem muito dinheiro e… tem que doá-lo todo! Distribuir! Ah, essas pessoas estão mesmo tão interessadas nos pobres!

Se a “Igreja” (uma diocese, o Vaticano ou uma ordem religiosa) for uma das acionistas da Nestlé, qual o problema se ela utiliza os lucros das ações ou de qualquer outra aplicação financeira para ajudar a se manter economicamente e manter suas obras assistenciais? Ah, não pode, tem que vender as ações! Vende tudo!

Mas tem uma coisinha. Se a Igreja vende todas as suas fontes de renda, daí como irá se manter? Sem ter uma fonte de renda permanente, a Igreja um belo dia abre falência e justamente fanfarrões como a senhora vão sair às ruas, batendo bumbo de felicidade! Está se fazendo de burra ou é burra mesmo? Ou… na verdade a senhora é muito esperta?

Claro que é esperteza. Voltaire, um dos maiores inimigos que a Igreja já teve, pregava que, para destruir a Igreja, é fundamental estrangulá-la economicamente. É isso o que está por trás deste discurso. Se recusam a reconhecer o óbvio porque, na verdade, sabem que uma Igreja fragilizada economicamente teria sua unidade e ação missionária comprometidas.

Repito à pergunta que a comentarista e os outros babões raivosos se recusam a responder: e quanto dinheiro é doado anualmente pela Igreja para instituições de caridade, que cuidam de pessoas ao redor do mundo? Quantos hospitais, abrigos, orfanatos, leprosários dependem financeiramente da Igreja Católica? Qual argumento a senhora e os outros críticos têm para afirmar que a Igreja, sobre a pobreza, só faz “acusar os outros e não fazer nada a respeito”? Claro que não é confusão mental: é cinismo, má-fé mesmo. Vou repetir a estatística: 25% dos doentes de AIDS no mundo inteiro estão sob os cuidados de instituições pertencentes ou dependentes da Igreja Católica. E o que sustenta essas instituições? Dinheiro da Igreja. O que dizer do trabalho de uma instituição como a Ajuda à Igreja que Sofre, que está presente nos lugares mais terríveis do mundo, onde milhões de pessoas sofrem com a fome, a perseguição política, as precárias condições de vida e a desesperança, e a única a ajudá-los é a Igreja Católica? A senhora, se tivesse um pingo de vergonha na cara, reconheceria isso.

Pra encerrar, todas as vezes que ouço essa ladainha mal-intencionada de “por que a Igreja não vende suas coisas e dá para os pobres?” eu me lembro de uma passagem bíblica bastante elucidativa. Trata-se de um trecho do evangelho de São João, capítulo 12, versículos 1 a 8. Grifo as partes mais esclarecedoras:

Seis dias antes da Páscoa, foi Jesus a Betânia, onde vivia Lázaro, que ele ressuscitara. Deram ali uma ceia em sua honra. Marta servia e Lázaro era um dos convivas. Tomando Maria uma libra de bálsamo de nardo puro, de grande preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. A casa encheu-se do perfume do bálsamo. Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de trair, disse: Por que não se vendeu este bálsamo por trezentos denários e não se deu aos pobres?
Dizia isso não porque ele se interessasse pelos pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa, furtava o que nela lançavam. Jesus disse: Deixai-a; ela guardou este perfume para o dia da minha sepultura. Pois sempre tereis convosco os pobres, mas a mim nem sempre me tereis.

Vocês acham que essas pessoas realmente se interessam pelos pobres? Nada. O sonho mesmo dessa turminha raivosa é destruir a Igreja – senão, pelo menos reconheceriam o que a Igreja sempre fez e ainda hoje faz pelos mais necessitados em todo o mundo. Continuem tentando, vamos lá… Outros, bem mais inteligentes e mais poderosos que vocês, tentaram nos últimos 2000 anos e não conseguiram.

Vigarice e demagogia não têm fim

(Leia primeiro o post seguinte)

Um engraçadinho fez uma comunidade no Facebook propondo “trocar os ‘tesouros’ do Vaticano por comida para a África”. Com aquele discurso cínico, idiota, vagabundo e vigarista de sempre, propôs que a Igreja vendesse seus bens e desse dinheiro para alimentar os famintos da África.

Vou procurar um texto do querido Padre Tonico a respeito das “riquezas da Igreja” para publicar aqui no site. Enquanto isso, algumas considerações.

Em primeiro lugar, a preocupação desse nobre internauta com a África é comovente. Ele deve estar também muito bem informado sobre o que acontece lá naquele continente. Certamente conhece as obras assistenciais que a Igreja desenvolve por lá. Sabe também que através de várias entidades a Igreja mantém hospitais, escolas, creches, abrigos e fornece educação, alimentação, serviços de saúde para milhões de miseráveis que têm assistência bastante precária do poder público.

Muito bem! Esse tão caridoso internauta, que certamente com a melhor das intenções abriu essa comunidade, também sabe que o Vaticano doa consideráveis somas em dinheiro todos os anos para manter essas obras por vários países africanos. Nosso espertíssimo adversário também sabe que a Igreja cuida de cerca de 25% de todos os doentes de AIDS no mundo inteiro – grande parte dos infectados pelo HIV estão na África.

Ah! Mas isso não basta! Afinal de contas, o Vaticano é riquíssimo! Tem muito ouro por lá! Vende tudo! E dá o dinheiro para os pobres!

Em primeiro lugar, espertinho, como o Vaticano poderia vender essas obras? A quem as venderia? Você quer comprar a Pietà? O Bill Gates, que tal ele, poderia comprar a Capela Sistina. Que tal? Seria bacana né?

Daí o Vaticano doaria todo o dinheiro arrecadado para a África… Mas, espere um momento: e como o Vaticano se sustentaria? De onde o Vaticano tiraria dinheiro para manter sua própria estrutura organizacional, seus funcionários, os núncios apostólicos em todo o mundo? Como o Vaticano poderia organizar a Igreja Católica em todo o mundo sem uma de suas principais fontes de renda, que são os museus que atraem turistas de todos os cantos?

Por que o interessadíssimo e ilustríssimo internauta não sugeriu a outros museus e fundações do mundo que fizessem o mesmo, que vendessem suas riquezas e obras de arte, e doassem dinheiro para os pobres, mas “sugeriu” apenas à Igreja Católica que o fizesse?

Eu preciso dizer ao internauta mais esperto que esse safado, vigarista, mentiroso, canalha, cínico e demagogo quer apenas atacar a Igreja? Como se pra começo de conversa a Igreja fosse tão rica quanto dizem – e não o é, em primeiro lugar porque a maioria das obras que estão em seu poder nem têm valor comercial, ou esse valor é simplesmente impossível de ser mensurável. Ou quanto você acha que custa o teto da Capela Sistina?

Em segundo lugar, como foi bem lembrado pela matéria da Zenit, o Vaticano guarda tesouros preciosos que também pertencem ao estado italiano, não podendo portanto dispor desses bens com essa facilidade. A Itália tem deveres para com o Vaticano e vice-versa: o que acham que a população italiana iria pensar se o Papa resolvesse vender umas pinturas aí do Leonardo da Vinci pertencentes à Pinacoteca do Vaticano para arrecadar uns cobres para a Igreja? Ou seja: essas obras estão sob a guarda da Igreja, e a Igreja lucra com a exposição delas; mas a Igreja tem os seus deveres para com todo esse patrimônio artístico, ao dispender dinheiro e esforços para a manutenção dos museus visando justamente a conservação dessas obras.

O Vaticano doa consideráveis somas em dinheiro a instituições e iniciativas de combate à fome e à pobreza em todo o mundo, grande parte desse dinheiro vêm justamente dos recursos obtidos pelos Museus Vaticanos. Além disso, a Igreja Católica necessita de dinheiro para sua própria subsistência. É claro que uma instituição de tal porte necessita de muitos recursos financeiros para se manter. E graças a esses recursos é possível manter milhares de obras de assistência em todo o mundo, ajudando não só espiritualmente mas também materialmente milhões de pessoas.

O que não consigo entender é como tanta gente engole um discurso tão estúpido e demagógico quanto o desse boboca. É claro que não dá pra dialogar com esse tipo de gente: o discurso desse farsante tem que ser apresentado e desmascarado em público.