Mensagem do dia (27/03/2024)

A paz é um dom da ressurreição de Cristo. No limiar da morte, Ele não hesitou em dar essa paz ao discípulo que O entregou: beijou o traidor como se beija um amigo fiel. Não penseis que o beijo que o Senhor deu a Judas Iscariotes foi inspirado por qualquer sentimento que não fosse a ternura. Cristo já sabia que Judas O trairia. Sabia o que significava esse beijo, que era normalmente um sinal de amor, e não Se furtou a ele. A amizade é assim mesmo: não recusa um último beijo àquele que vai morrer; não retira essa última prova de ternura aos entes queridos. Mas Jesus esperava também que esse gesto sobressaltasse Judas e que, espantado pela sua bondade, ele não traísse Aquele que o amava, ele não entregasse Aquele que o beijava. Assim, esse beijo foi dado como um teste: se o reabilitasse, seria um laço de paz entre Jesus e o seu discípulo; mas, se Judas O traísse, esse beijo criminoso tornar-se-ia a sua própria acusação.

São Máximo de Turim.

Mensagem do dia (23/02/2024)

Se você estiver com medo e sem ajuda, reze! Deus vai dar-lhe os meios suficientes para poder perseverar. Nada é mais útil ao homem do que uma oração bem feita. Há poucos os que sabem rezar bem. A arte da oração é pouco conhecida e, ainda assim, ela é indispensável. Peça a Deus o dom da oração! Peça isso pelos méritos de Jesus Cristo. Com esse dom (a graça da oração) você vai alcançar todas as demais graças. Sem a oração você não consegue nada; com a oração pode-se conseguir tudo.

Padre Andreas Dankl.

Mensagem do dia (17/03/2023)

Na medida da minha fé na Trindade, me convém reconhecer e sem noção do perigo, proclamar o dom de Deus e a Sua consolação eterna, confiantemente e sem temor difundir o nome de Deus por toda parte, afim de que mesmo depois da minha morte, eu deixe uma herança para meus irmãos e filhos e a tantos milhares de homens que batizei no Senhor.

São Patrício.

Mensagem do dia (12/03/2023)

Apressemo-nos pois a consagrar todo o amor do nosso coração a esse Deus que, para o obter, sacrificou o Seu sangue, a Sua vida, a Si próprio. «Se conhecesses o dom de Deus, diz Jesus à samaritana, e Quem é Aquele que te diz “Dá-me de beber”». Isto é: se conhecesses a grandeza da graça que recebes de Deus.

Santo Afonso de Ligório.

Mensagem do dia (21/09/2022)

Mateus, o publicano, recebeu por alimento «o pão da vida e da inteligência»; e dessa mesma inteligência, fez em sua casa um grande banquete para o Senhor Jesus, pois tinha recebido uma graça abundante, em conformidade com o seu nome [que quer dizer «dom do Senhor»]. Um presságio desse banquete de graças havia sido preparado por Deus: tendo sido chamado enquanto estava no seu posto de cobrança, seguiu a Cristo e «ofereceu-Lhe, em sua casa, um grande banquete». Ofereceu-Lhe portanto um banquete, dos grandes – um banquete real, diríamos.

Rupert de Deutz.

Mensagem do dia (31/05/2022)

Pelo mistério da Anunciação e da Visitação, Maria representa o próprio modelo da vida que devíamos levar. Primeiro, acolheu Jesus na sua existência; depois, partilhou o que recebeu. Cada vez que recebemos a Sagrada Comunhão, Jesus, o Verbo, torna-Se carne na nossa vida – dom de Deus, ao mesmo tempo belo, gracioso, singular. Assim foi a primeira Eucaristia: o oferecimento por Maria do seu Filho, que estava nela, nela em quem Ele tinha estabelecido o primeiro altar. Maria, a única que podia afirmar com absoluta confiança: «Isto é o meu corpo», ofereceu, a partir deste primeiro momento, o seu próprio corpo, a sua força, todo o seu ser, para a formação do Corpo de Cristo.

Santa Teresa de Calcutá.

Mensagem do dia (18/12/2021)

Parece-me que a atitude da Virgem durante os meses que decorreram entre a Anunciação e a Natividade é o modelo das almas interiores, dos seres que Deus escolheu para viverem no Seu íntimo, no fundo do abismo sem fundo. Em que paz, em que recolhimento Maria se terá entregado a todas as coisas, divinizando as mais banais! Pois a Virgem adorava o dom de Deus através de tudo, o que não a impedia de se entregar aos outros sempre que se tratava de exercer a caridade.

Santa Isabel da Trindade.

Mensagem do dia (24/10/2021)

E é precisamente a humanidade que está representada por este cego sentado na beira do caminho e a mendigar, pois a Verdade diz de Si mesma: «Eu sou o caminho». Aquele que não conhece o brilho da luz eterna é de fato cego, mas se começa a crer no Redentor então fica «sentado à beira do caminho». Se, embora crendo Nele, não Lhe implora o dom da luz eterna, se se recusa a pedir-Lho, será sempre um cego à beira do caminho; um cego que não pede.

São Gregório Magno (Papa).

Mensagem do dia (01/01/2021)

Vinde, sábios, admiremos a Virgem Mãe, a filha de David, esta flor de beleza que deu à luz a maravilha. Admiremos a fonte donde brota o princípio, a embarcação completamente carregada de alegrias que nos traz a mensagem vinda do Pai. No seu seio puríssimo, recebeu e trouxe este grande Deus que governa a criação, este Deus por Quem a paz reina na terra e nos céus. Vinde, admiremos a Virgem puríssima, maravilhosa em si mesma, a única criatura que deu à luz sem ter conhecido homem. A sua alma estava cheia de assombro, e todos os dias glorificava a Deus na alegria, por estes dons que parecia não poderem unir-se: a sua integridade virginal e o seu Filho bem-amado. Sim, abençoado seja Quem dela nasceu!

Santo Efrém.

Mensagem do dia (15/07/2020)

Assim como, tendo caído num precipício, alguém lá permanece se um outro não o ajuda a sair, da mesma forma a alma não teria podido sair das coisas sensíveis para a contemplação de si mesma e da eterna verdade nela refletida se a própria verdade, assumindo a forma humana em Cristo, não se houvesse feito escada de reparação pela queda da primeira escada de Abraão. Por isso, por mais que possa ser iluminado pelos dons da natureza e pela ciência adquirida, ninguém pode voltar a entrar em si mesmo para fruir de Deus senão pela mediação de Cristo, que disse: Eu sou a porta: quem passar por mim se salvará, entrará e encontrará pastagens eternas.

São Boaventura.

Mensagem do dia (22/06/2020)

Emprestemos a Deus dos seus próprios dons. Nada possuímos sem auxílio, uma vez que nem existir podemos sem sua vontade. Que poderemos considerar como nosso, se, por uma dívida especial e imensa, nós mesmos não somos nossos? Pois não só fomos feitos por Deus, mas também resgatados. Alegremo-nos, porque fomos resgatados por um grande preço, isto é, pelo sangue do próprio Senhor.

São Paulino de Nola.

Mensagem do dia (15/03/2020)

Dir-se-ia que o Senhor, por vezes, troca os papéis, quando mediante a graça atual nos solicita para que oremos, para que tributemos à Providência este culto que lhe é devido e dela recebamos o que mais temos necessidade. Lembremos aquele exemplo de Nosso Senhor induzindo a Samaritana a orar: “Se conhecesses o dom de Deus, você mesmo me pediria de beber… e Eu te daria a água viva…, que jorra para a vida eterna.” Nosso Senhor suplica para que recorramos a Ele; Ele é “paciente em esperar e impaciente para conceder”. Nosso Senhor é como um pai que tem de antemão resolvido agradar a seus filhos, porém os induz a pedir-lhe. Jesus queria converter a Samaritana, e pouco a pouco fez a oração brotar da alma daquela mulher; porque a graça santificante não é como um licor que se verte em um vaso inerte, antes bem, uma vida nova que o adulto não recebe sem a condição de desejá-la.

Padre Reginald Garrigou-Lagrange.

Mensagem do dia (05/01/2020)

Guiados pela estrela, os magos que vieram do Oriente até Belém entraram na casa onde a Bem-aventurada Virgem Maria se encontrava com o Menino; e, abrindo os seus tesouros, ofereceram três coisas ao Senhor: ouro, incenso e mirra, pelos quais confessaram que Ele era verdadeiramente rei, verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem. São também estes os dons que a Santa Igreja não cessa de oferecer a Deus, seu Salvador. Oferece o incenso, quando crê e confessa que Ele é o verdadeiro Senhor, o Criador do universo; oferece a mirra, quando afirma que Ele tomou a substância da nossa carne, na qual quis sofrer e morrer pela nossa salvação; oferece o ouro quando não hesita em proclamar que Ele reina eternamente, com o Pai e o Espírito Santo.

São Bruno de Segni.

Mensagem do dia (08/12/2019)

Se alguém entre nós pudesse ter feito sua própria mãe, nós a teríamos feito a mulher mais bonita do mundo. Cada mãe, quando pega a jovem vida que nasceu dela, ergue os olhos para o Céu a fim de agradecer a Deus pelo dom que fez o mundo rejuvenecer novamente. Mas existe uma Mãe, Maria, que não ergueu os olhos. Ela baixou os olhos para o Céu, pois era o Céu que estava em seus braços.

Venerável Fulton Sheen.

Mensagem do dia (09/06/2019)

Permanecer juntos foi a condição que pôs Jesus para acolher o dom do Espírito Santo; o pressuposto de sua concórdia foi a oração prolongada. Deste modo, é oferecida a nós uma formidável lição para cada comunidade cristã. Às vezes se pensa que a eficácia missionária depende principalmente de uma programação atenta e de sua sucessiva aplicação inteligente através de um compromisso concreto. Certamente o Senhor pede nossa colaboração, mas antes de qualquer outra resposta é necessária sua iniciativa: seu Espírito é o verdadeiro protagonista da Igreja. As raízes de nosso ser e de nosso atuar estão no silêncio sábio e providente de Deus.

Papa Bento XVI.

Mensagem do dia (11/03/2019)

Deseja os dons celestes. Eleva-te pela chama do amor divino até Deus, que tão pacientemente suportou os teus pecados, te esperou com tanta longanimidade e te reconduziu à penitência com tal misericórdia, pelo perdão, a infusão da graça e a promessa da coroa eterna. Ele apenas te pede que Lhe ofereças, ou antes, que dele recebas para Lhe oferecer, o sacrifício de um espírito contrito, de um coração contrito e arrependido por amarga compunção, por uma confissão sincera e uma satisfação justa.

São Boaventura.

Mensagem do dia (27/12/2018)

De acordo com graça que fez com que Jesus o amasse e o fez inclinar-se sobre o Seu peito na Última Ceia, João recebeu com abundância os dons do entendimento e da sabedoria – o entendimento para compreender as Escrituras, e a sabedoria para escrever os seus próprios livros com arte admirável.

Rupert de Deutz.

Mensagem do dia (28/10/2018)

Hoje, o Evangelho nos apresenta a cura de Bartimeu, símbolo da condição de quem vive à margem de Cristo. Cego e mendigo, Bartimeu estava “sentado à beira do caminho” e só pôde aperceber-se da chegada de Jesus por causa da grande multidão que O acompanhava. A cegueira desse pobre habitante de Jericó sinaliza a nossa falta de fé, isto é, a incapacidade de enxergarmos a realidade à sombra luminosa de Deus, que nos revela o sentido e o valor verdadeiro das coisas do mundo; o Senhor nos desperta, por meio do dom da fé, para as riquezas espirituais que nos estão reservadas no Céu. Esta cegueira, como de resto não poderia deixar de ser, nos conduz à mendicância, quer dizer, ao estado deplorável em que, rejeitando aquela alegria eterna e perfeita que Deus deseja compartilhar conosco, nos apegamos às “esmolas” desta vida passageira: preferimos as migalhas e o pó aos bens celestes, à felicidade interminável dos filhos do Altíssimo.

Padre Paulo Ricardo.