Porta-voz do Vaticano nega afirmações dadas por jornalista espanhola de que Bento XVI estaria muito doente

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Padre Federico Lombardi. Foto: Alan Holdren, CNA.

O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, diz que, ao contrário de reportagem no Jornal Espanhol El Mundo, o bispo emérito de Roma, Bento XVI, não sofre de qualquer doença.

A reportagem do jornal cita declarações da jornalista espanhola Paloma Gomez-Borrero dadas nesta terça-feira (09/04) em Madri, durante o lançamento de seu mais recente livro.

“Bento XVI tem algo muito sério. Em 15 dias sua condição física se deteriorou muito, essas são as notícias que tenho”, afirmou Gomez-Borrero.

No entanto, em comentários dados à Catholic News Agency (CNA) nesta quarta-feira (10/04), padre Lombardi ressaltou que Bento XVI “não tem qualquer doença” e que “isso foi atestado por seus médicos”.

O padre disse que estava triste pelos comentários de Gomez-Borrero, e que a jornalista espanhola, conhecida dele há muitos anos, “fez especulações após ver imagens de um Bento exausto”.

“Mas daí a dizer que ele tem uma doença é tolice. Isso não tem base”, disse o porta-voz.

“Como sabemos, Bento XVI conduziu seu pontificado com muito comprometimento em sua idade, e por esse motivo ele está enfrentando as dores e sofrimentos de uma pessoa idosa que trabalhou duro”, padre Lombardi acrescentou.

Bento XVI foi papa durante oito anos e renunciou pouco antes de seu 86 aniversário. Durante seu pontificado, ele fez o mesmo número de viagens que o Beato João Paulo II fez no mesmo espaço de tempo, mas em uma idade bem mais avançada.

Atualmente, ele mora na residência papal de Castel Gandolfo, mas voltará a residir no Vaticano assim que as reformas no mosteiro Mater Ecclesiae forem concluídas em maio.

Desde sua eleição, o Papa Francisco visitou Bento XVI e falou com ele em algumas ocasiões por telefone. Os dois mantém uma relação próxima e cordial.

Fonte: CNA. Tradução e adaptação de Matheus Cajaíba. Link para a matéria em inglês: http://www.catholicnewsagency.com/news/vatican-spokesman-denies-report-that-benedict-xvi-is-ill/

Caso Williamson: porta-voz vaticano pede mais objetividade aos jornalistas

Pe. Lombardi afirma que é o momento de virar a página

Por Kris Dmytrenko

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 4 de março de 2009 (ZENIT.org).- O sacerdote jesuíta Federico Lombardi pede aos meios de comunicação que não cedam à tentação de apontar com o dedo com tanta facilidade os defeitos de comunicação dentro da Igreja.

Em uma entrevista concedida a ZENIT, o diretor da Sala de Informação da Santa Sé defende o sistema de comunicação interno e externo da Santa Sé, muito criticado nos últimos dias.

Os jornalistas que cobrem o Vaticano descreveram de diferentes maneiras o gesto de Bento XVI de revogar a excomunhão dos quatro bispos lefebvristas, julgando o fato muitas vezes como um «tropeço», quando não como um «desastre».

«Falar desta crise em termos apocalípticos me parece excessivo -observa o padre Lombardi. O ano passado foi um ano de grandes êxitos comunicativos para o pontificado».

O porta-voz recorda a viagem apostólica de 2008 aos Estados Unidos, definindo-a de «esplêndida», e também destaca a «ótima comunicação» durante o Sínodo dos Bispos sobre a Palavra de Deus e durante a visita papal à França.

«Esquece-se muito depressa dessas experiências positivas -comenta. Isso não é justo, mas, lamentavelmente, é parte de nosso mundo, assim como a comunicação».

Frente aos riscos do sensacionalismo, o padre Lombardi pediu que os jornalistas olhem os fatos «com um pouco de distanciamento e objetividade».

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Santa Sé considera declaração do bispo Williamson «insuficiente»

Declaração do Pe. Federico Lombardi, S.J., porta-voz vaticano

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- A Santa Sé considera que o pedido de perdão emitido pelo bispo Richard Williamson, por declarações em que negou o alcance do Holocausto, não responde às exigências estabelecidas.

O Pe. Federico Lombardi S.J., diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, pronunciou hoje uma declaração aos jornalistas na qual explica que «a ‘declaração’ do bispo não parece respeitar as condições estabelecidas pela nota da secretaria de Estado vaticana de 4 de fevereiro de 2009, na qual se dizia que ele teria ‘de tomar distância, de modo absolutamente inequívoco e público, de suas posturas sobre a Shoá’».

O Pe. Lombardi afirma, ao mesmo tempo, que a declaração «não se trata de uma carta dirigida ao Santo Padre ou à Comissão Ecclesia Dei».

A declaração do prelado, emitida em seu regresso a Londres, nessa quinta-feira, dizia que «o Santo Padre e o meu Superior, bispo Bernard Fellay, solicitaram que eu reconsidere as observações que fiz na televisão sueca quatro meses atrás, pois suas consequências têm sido muito pesadas».

«Observando essas consequências -acrescentava-, posso verdadeiramente dizer que lamento ter feito essas observações, e que se eu soubesse de antemão todo dano e dor que elas dariam origem, especialmente para a Igreja, mas também para os sobreviventes e parentes das vítimas da injustiça sob o Terceiro Reich, eu não as teria feito. (…) Na televisão sueca, eu manifestei apenas a opinião (…”eu penso”…”eu acho”…) de uma pessoa que não é um historiador, uma opinião formada há 20 anos com base nas provas disponíveis então, e raramente expressa em público desde então – seguia dizendo a nota. No entanto, os eventos das últimas semanas e os conselhos de membros da Fraternidade São Pio X persuadiram-me da minha responsabilidade por tanto sofrimento causado.»

«Para todas as almas que ficaram verdadeiramente escandalizadas com o que eu disse, diante de Deus, peço perdão», afirmava o bispo.

Associações judaicas da Itália e da Alemanha também declararam como não aceitável o pedido de perdão.

Fonte: Zenit.

Porta-voz vaticano: morte de Eluana Englaro não tem última palavra

Pede que seja motivo de reflexão sobre o valor da vida humana

ROMA, quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- A morte de Eluana Englaro, a mulher italiana de 38 anos em estado vegetativo há 17 anos, falecida na noite desta segunda-feira, não tem a última palavra, assegura o porta-voz vaticano.

O Pe. Federico Lombardi S.J., diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, comentou o desenlace terreno desta frágil vida, que aconteceu enquanto no Senado da Itália se debatia um projeto de lei para proibir a suspensão da nutrição e hidratação que mantinha a jovem com vida.

O sacerdote recordou Eluana como «uma pessoa que foi muito querida e que nos últimos meses se converteu em parte de nossa vida. Agora que Eluana está na paz, esperamos que seu caso, depois de tantas discussões, seja motivo para todos de uma reflexão serena e de busca responsável dos melhores caminhos para acompanhar as pessoas mais frágeis, com amor e cuidadosa atenção, com o devido respeito do direito à vida», afirma em uma nota difundida através da Rádio Vaticano.

Citando as palavras que Bento XVI pronunciou durante o Ângelus deste domingo, seu porta-voz mencionou especialmente as pessoas que «não podem valer-se por si mesmas, mas dependem totalmente dos demais».

«A morte de Eluana nos deixa necessariamente uma sombra de tristeza pelas circunstâncias nas quais aconteceu – reconhece o Pe. Lombardi. Mas a morte física não nunca tem a última palavra para o cristão. Portanto, em nome de Eluana, continuaremos procurando os caminhos mais eficazes para servir a vida», conclui.

A morte de Eluana aconteceu enquanto cumpria o terceiro dia sem alimentos nem hidratação na clínica La Quiete da cidade de Udine.

Os bispos italianos haviam pedido repetidas vezes que ela fosse mantida viva, pois não dependia de máquinas para viver, mas unicamente do fornecimento de alimentação e hidratação.

Ao tornar-se pública a notícia de sua morte, a Conferência Episcopal Italiana publicou um comunicado para manifestar sua «grande dor» e expressar a esperança de que sua morte una «aqueles que creem na dignidade da pessoa e no valor inviolável da vida, sobretudo quando é indefesa».

«Dirigimos um pedido a todos para que não desfaleça esta paixão pela vida humana, desde sua concepção até seu ocaso natural», concluem os prelados italianos.

Fonte: Zenit.