Mensagem do dia (16/11/2023)

Seja o que for, lembra duas coisas: Deus não abandona ninguém. Quanto mais te sentires só, ignorado, vilipendiado, incompreendido e quando pensares sucumbir ao peso de uma grave injustiça, terás a sensação de uma força infinita e arcana, que te tornará capaz de propósitos bons e viris, de cuja potência te maravilharás, quando tornares sereno. E esta força é Deus!

São José Moscati.

Mensagem do dia (05/11/2023)

A humildade, também nas obras, apaga muitos pecados. Pelo contrário, sem ela, as obras de nada servem, chegando mesmo a atrair males sobre nós. Obtém pois, pela humildade, o perdão das tuas injustiças. A humildade está para a virtude como o sal para os alimentos; a humildade destrói a força de numerosos pecados.

Santo Isaac, o Sírio.

Mensagem do dia (27/06/2021)

O amor que Jesus sente pelos homens, por nós, leva-o à casa daquele chefe da sinagoga. Todos os gestos e palavras do Senhor expressam esse amor. Gostaria de deter-me particularmente naquelas palavras literalmente coletadas dos lábios de Jesus: “A menina não está morta, ela está dormindo.” Estas palavras profundamente reveladoras levam-me a pensar na presença misteriosa do Senhor da vida num mundo que parece sucumbir ao impulso doloroso do ódio, da violência e da injustiça, mas não. Este mundo, que é vosso, não está morto, mas adormecido. Em vossos corações, queridos jovens, está a batida forte da vida, do amor de Deus. O jovem não morre quando está perto do Mestre. Sim, quando está perto de Jesus: vós todos estais perto de Jesus. Ouvi todas as Suas palavras, todas as palavras, todas. Jovem, ama Jesus, busca Jesus. Encontra Jesus.

São João Paulo II (Papa).

Mensagem do dia (06/10/2020)

Não é um ônus terrível e inútil estar atormentado por seus desejos, ver-se sem cessar vergado pelas preocupações e angústias, pelo temor e dor que engendram tais desejos? Há ônus mais preocupante do que aquele cujo peso, com a maior injustiça, precipita a alma do cume de sua sublime dignidade até o fundo do abismo? Foge, irmão meu, foge, pois, destas turvações e inquietudes e passa da tempestade deste mundo ao repouso e à segurança do porto.

São Bruno de Colônia.

Mensagem do dia (16/05/2019)

A vida do homem honesto deve ser uma apostasia e uma perpétua deserção. O homem honesto deve ser um renegado perpétuo, a vida de um homem honesto deve ser uma infidelidade perpétua. Pois o homem que deseja permanecer fiel à verdade deve tornar-se continuamente infiel a todos os erros renascentes contínuos, sucessivos e incansáveis. E o homem que deseja permanecer fiel à justiça deve tornar-se continuamente infiel a injustiças obstinadamente triunfantes.

Charles Péguy.

Mensagem do dia (06/04/2019)

O segredo do aperfeiçoamento social estará sempre baseado no aperfeiçoamento pessoal. Refazei o homem e refareis o mundo. Urge restituir ao homem o respeito por si mesmo e dar-lhe a honra adequada – é isto que o livrará de se curvar, covardemente, perante aqueles que ameaçam escravizá-lo e lhe dará coragem para defender sozinho, se preciso for, o que é justo, quando o mundo for injusto.

Venerável Fulton Sheen.

Mensagem do dia (02/09/2018)

Podemos entrever nas reações dos fariseus uma tentação permanente do homem: individuar a origem do mal numa causa exterior. Muitas das ideologias modernas, a bem ver, têm este pressuposto: visto que a injustiça vem “de fora”, para que reine a justiça é suficiente remover as causas externas que impedem a sua atuação: Esta maneira de pensar – admoesta Jesus – é ingênua e míope. A injustiça, fruto do mal , não tem raízes exclusivamente externas; tem origem no coração do homem, onde se encontram os germes de uma misteriosa conivência com o mal.

Papa Bento XVI.

Mensagem do dia (11/09/2010)

O que a Igreja combate é o erro, onde quer que ele se manifeste; o que ela recusa é a injustiça, em qualquer lugar onde se encontre. As suas armas, pacíficas, consistem em denunciar o que é contrário ao direito natural e à lei divina, em proclamar a verdade “opportune, importune”, em promover a justiça com força e perseverança.

Albert Galter.

Bento XVI na Terra Santa não toma partido e por isso é criticado

O papel único do pontífice, segundo o Pe. Thomas Williams, L.C.

JERUSALÉM, quinta-feira, 14 de maio de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI “não veio à Terra Santa para tomar partido político, nem sequer pelo seu próprio ‘partido’”, esclarece o Pe. Thomas D. Williams, L.C., teólogo americano, professor da Universidade Regina Apostolorum de Roma.

O sacerdote, que está comentando de Jerusalém a peregrinação papal para o canal de televisão americano CBSNews e para Zenit, explica: “Ele não veio somente como representante da Igreja Católica, mas verdadeiramente em nome de cada envolvido, em nome da própria humanidade”.

O Pe. Williams confessa que esta reflexão lhe foi suscitada ao ver como continuam as críticas locais diante dos fatos e palavras do Santo Padre. “Não posso ajudá-lo, mas elevo meu coração a Deus em gratidão por este amável Papa alemão. Percebi como sua missão é única neste terra partida em facções de contínuas disputas e que vão desde a terra até as minúcias doutrinais.”

“Bento XVI – explica o Pe. Williams – fala em nome dos judeus, elogiando sua herança religiosa e defendendo seu direito à segurança e autonomia. Fala em nome dos palestinos e do seu direito à soberania e à liberdade. Fala em nome dos muçulmanos, recordando-lhes o melhor de sua tradição religiosa, com suas profundas convicções e sentido culto ao único Deus. Fala pelos cristãos, em seu difícil estatuto de pequena e sofrida minoria. Em uma palavra, fala a todos e para todos.”

Segundo o Pe. Thomas, “esta é a singularidade da voz e da mensagem do Papa. (…) Paradoxalmente – esclarece –, em meio a toda a manipulação da mensagem de Bento XVI e de todas as protestas porque ele não se alinha suficientemente a nenhum grupo, vemos a grandeza e singularidade de sua presença aqui. Nenhum outro líder no mundo pode falar com a mesma autoridade moral ou imparcialidade. Sua verdadeira repugnância a exercer a política partidária é a causa de que frequentemente sua mensagem seja rejeitada e por isso é tão desesperadamente importante”.

Para ilustrar o que quer dizer, o sacerdote dá um exemplo. Um dos que levantaram as maiores críticas sobre a suposta falta de remorso do Papa pela Shoá é o rabino Ysrael Meir Lau, presidente do Memorial Yad Vashem: qualificou o discurso do Papa como “sem compaixão” pela horrível tragédia dos 6 milhões de vítimas.

“Se você assistir à cobertura televisiva do evento, verá que Lau estava à direita do Papa e parecia que tinha comido algo especialmente desagradável ao seu estômago”, indica.

Mas é que o rabino Lau não está alheio às críticas ao papado. Foi também incansável na hora de desacreditar o Papa Pio XII, inclusive quando isso signifique distorcer a verdade.

O Pe. Williams lembra que “durante as comemorações em Berlim, em 1998, do 60º aniversário da Noite dos Vidros Quebrados – o evento do dia 9 de novembro de 1938 que deu início à era das perseguições de judeus na Alemanha –, Lau, então rabino chefe de Israel, foi convidado a falar. Em seu apaixonado discurso, fez a pergunta condenatória, ‘Pio XII, onde você estava? Por que permaneceu em silêncio durante a Noite dos Vidros Quebrados?’”.

No dia seguinte, indica o Pe. Williams, dois jornais italianos mostraram esta manchete, com o subtítulo “O vergonhoso silêncio de Pio XII”. “O único problema – indica – é que Pio XII só foi eleito em março de 1939, quatro meses depois da noite dos Vidros Quebrados. Apesar disso, não vi que o rabino Lau tenha se apressado a expressar remorso por sua difamação do Papa Pio XII.”

Em seu voo a Israel, o Pe. Williams teve a oportunidade de reler “a cândida autobiográfica de Bento XVI, ‘Minha vida’” e comenta: “Foi tocante, mais uma vez, ver como sua própria infância foi cruelmente interrompida pela subida ao poder de Hitler e como muitas pessoas alemãs de boa vontade foram injustamente qualificadas de nazistas. Se acreditam nas críticas a Bento XVI, qualquer um que morava na Alemanha entre 1930 e 1940 é necessariamente culpável de associação ao nazismo”.

Felizmente, acrescenta, “algumas vozes judaicas importantes estão começando a ser ouvidas em Jerusalém convidando os críticos a deixarem de lado o Papa. Por exemplo, Noah Frug, presidente do Consórcio de Organizações de Sobreviventes do Holocausto em Israel, disse que as críticas dirigidas ao pontífice eram exageradas. ‘Ele veio aqui para aproximar a Igreja do judaísmo e deveríamos considerar sua visita como positiva e importante’, disse Frug”.

O sacerdote analisa outro exemplo, as palavras que o Papa pronunciou na quarta-feira, em Belém, para expressar sua solidariedade aos palestinos e para afirmar a posição da Santa Sé de reconhecimento de dois Estados.

Dirigindo-se ao presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas alias Abu Mazen, o Bispo de Roma disse: “A Santa Sé apoia os direitos de sua população a uma soberana pátria palestina na terra dos vossos antepassados, segura e em paz com seus vizinhos, no interior de fronteiras reconhecidas internacionalmente”.

“Em teoria – acrescenta o Pe. Williams –, isso não deveria provocar desacordo, dado que a postura oficial do Estado de Israel coincide com a da Santa Sé. Israel, também afirma o direito dos palestinos a uma pátria soberana, uma vez que tal acordo possa se tornar factível sem detrimento da segurança de Israel. Certamente, aí está a dificuldade.”

O comentarista falou com pessoas de diversos ambientes e experiências, e uma coisa que todos parecem ter em comum, comenta, é o sofrimento: “Cada um tenta me contar sobre as adversidades e injustiças sofridas, pessoal ou historicamente. Cada um tem uma história de aflição para relatar. Ninguém parece recordar ter cometido nenhuma injustiça, mas somente lembra de tê-la sofrido. E não posso deixar de me perguntar, em uma terra de tanta dor e pena, uma terra cuja população se orgulha de ‘recordar’, se nesta ocasião o esquecimento poderia ser a virtude mais necessária”.

E conclui lembrando que nesta quarta-feira, em Belém, “Bento XVI instou seus ouvintes cristãos a ‘ser uma ponte de diálogo e cooperação construtiva na edificação de uma cultura de paz que substitua o presente ponto morto de temor, agressão e frustração’. É o que ele mesmo está se esforçando em ser, com sua presença, suas palavras e sua paciente decisão de pregar persistentemente a Boa Notícia”.

Fonte: Zenit.