Notícias que não saem no jornal: a Marcha pela Vida em Madri – 500 mil pessoas contra o aborto

EUROPA/ESPANHA – Madri, capital da Aliança de Civilização em defesa do direito à vida: 700 associações de todo o mundo representando 20 milhões de pessoas, aderiram à Marcha pela Vida


Madri (Agência Fides) – Madri se transformou no domingo, 29 de março, na capital da Aliança da Civilização em defesa do direito à Vida. Foi o que afirmou o Instituto de Política Familiar ao final das Marchas pelo Direito á Vida que se realizaram no domingo em várias cidades da Espanha, apoiadas por cerca de 700 associações de todo o mundo representando mais de 20 milhões de pessoas. França, Alemanha, Suíça, Noruega, Malta, Reino Unido, Portugal, Eslováquia, Hungria, Estados Unidos, Canadá, México, Colômbia, Argentina, Peru e Brasil são alguns dos países em que a sociedade civil apoiaram a iniciativa da Espanha em defesa dos direitos das crianças no período pré-natal.

Entre as associações que declararam o seu apóio à iniciativa: a Federação AIC, que reagrupa 53 associações presentes na África, América Latina, Ásia, Estados Unidos; Rede Família, que representa mais de 500 associações em toda a América Latina; as norte-americanas C-FAM, Famílias Internacionais Unidas, Internazional Organization Research Group, Alliance Defence Fund, Concerned Women of America e a Internazional Organization Law Group, além da Associação húngara de Famílias Numerosas, a Gift of Life de Malta, a Confederação Portuguesa de Família, a britânica Society for the Protection of the Unborn Children, a Seção Alemã de Famílias e o Fórum (Fórum pela vida, com 30 ONGs na República Eslováquia).

“O governo não pode virar as contas diante deste clamor, não somente espanhol, mas mundial, em defesa do direito à vida”, declarou Lola Velarde, Presidente da Rede Européia do Instituto de Política Familiar. “A proteção dos direitos da criança no período pré-natal é um valor partilhado em todas as civilizações e gera uma autêntica aliança. O demonstra o apóio que as associações de tantos países deram em marchas realizadas domingo na Espanha”, acrescentou Velarde. “Estas manifestações representam o início de várias mobilizações em toda a Espanha que mostrarão o rejeição social dessa proposta de lei regressiva dos direitos da mulher e da criança”, prosseguiu Lola Velarde.

A marcha pela vida, que teve como tema “Não existe o direito de matar, existe o direito à vida”, reuniu mais de quinhentas mil pessoas no centro de Madri, superando abundantemente as previsões dos organizadores. Esta manifestação foi acompanhada por outros 87 encontros em outras cidades da nação.

Entre os participantes, Paloma de Cendra, membro da Comissão de Especialistas de Direito à Vida (DAV), psicóloga de casais e famílias, e especialista em crise de gravidez e síndrome pós-aborto; Ignacio Arsuaga, Presidente de HazteOir.org, e a doutora Gádor Joya, porta-voz nacional de Direito A Vida (DAV), encarregada da leitura do Manifesto pela Vida, lido quase simultaneamente diante do municípios de toda a região espanhola.

Como denunciado por Paloma de Cendra, “o aborto não mata somente a criança, destrói mães, famílias, sociedades inteiras, destrói consciências”. Em particular o “aborto tem duas vítimas principais: o filho e a mãe”. “Não é verdade que esta lei defende o direito das mulheres. Não é verdade que esta lei esteja procurando a coisa melhor para elas, O aborto vai contra a mulher. Não representa uma solução mas um problema. Um verdadeiro problema. Não facilita a vida. A transforma num calvário”, acrescentou.

Ao final da manifestação, a doutora Gádor Joya leu o “Manifesto da Marcha pela Vida”, onde foi sublinhado “a evidência científica que do momento da fecundação existe vida humana digna de ser respeitada e protegida” e foi ressaltado que “o aborto é a morte violenta de um ser humano e um terrível drama para a mulher que aborta”.

“Com o aborto livre, o número de crianças mortas aumentariam quase o dobro” e também o das mulheres vítimas “dos já conhecidos danos físicos e psicológicos que o aborto provoca nelas”, prossegue o texto do manifesto, que exige que as “nossa leis protejam o direito a viver”, e que “seja respeitado o direito à objeção de consciência do agente de saúde”; a doutora termina se opondo “a essa nova lei do aborto que causará somente mais mortes e mais sofrimentos para milhares de mulheres”. (RG)

Fonte: Agência Fides. Mais informações sobre a Marcha espanhola aqui (em espanhol).