Guerra contra a Igreja Católica no México: socialistas ameaçam a Igreja por sua oposição ao aborto, ao “casamento” homossexual e à eutanásia

Vejam que gracinha essa notícia publicada no LifeSiteNews (o texto original em inglês você lê clicando aqui). Em seguida, meus comentários:

Cidade do México, 14/01/2009 (LifeSiteNews.com) – A liderança do Partido Social Democrático (PSD) emitiu uma exigência ao Cardeal Arcebispo da Cidade do México Norberto Rivera para que ele e a Igreja parem de se opor às iniciativas do partido para legalizar o aborto, o “casamento” entre homossexuais e a eutanásia, caso contrário enfrentarão ações legais.

O PSD está enfurecido pelas constantes reiterações do Cardeal dos ensinamentos da Igreja Católica sobre a santidade da vida humana, moralidade sexual e valores familiares.

“É um ataque contra nossa ideologia, porque eles (os católicos) nos descrevem como inimigos da família, protestam contra a legislação que despenaliza o aborto, ignora a existência de casais do mesmo sexo, a prática da eutanásia, e eles debocham da transexualidade”, disse o presidente nacional do PSD, Jorge Carlos Diaz, em uma conferência de imprensa.

“Estamos falando de uma campanha que irá se prolongar, porque o assunto é delicado e nós iremos comparecer perante as agências eleitorais, porque nós iremos ratificar que há uma campanha negativa contra nós, porque nós defendemos idéias que diferem das idéias defendidas pela Igreja”, ele acrescentou.

Diaz disse que, se a Igreja não concordar em parar de denunciar as iniciativas legislativas de seu partido, “nós iremos denunciá-la ao Instituto Federal Eleitoral (IFE) por proselitismo.”

A constituição mexicana proíbe o clero de participar de discussões políticas, embora não proíba membros da Igreja de ensinarem valores morais. Anteriormente aplicadas com maior severidade, as cláusulas anti-clericais da Constituição não são mais vistas como proibitivas para que o clero faça declarações analisando as implicações morais da legislação.

As proibições mexicanas contra a participação do clero em questões políticas foram usadas para intimidar o Cardeal Rivera em 2007, durante a campanha para legalizar o aborto na Cidade do México. Após ser ameaçado com uma investigação por declarações suas e de padres subordinados opondo-se à medida, Rivera recuou de sua ameaça em excomungar conselheiros municipais que votaram pela legalização do aborto.

Em todas as democracias ocidentais, repete-se o expediente: as opiniões cristãs contrárias à nova ordem mundial são silenciadas através da intimidação. Os liberais bradam em alta voz “o estado é laico!” Sim, mas a sociedade não é laica, e os valores que a norteiam têm influência decisiva da religião. Então, como já tomaram a mídia de assalto, utilizam os jornais, as revistas, a televisão como seus porta-vozes: a Igreja é retrógada, é um obstáculo à liberdade, ela não tem que se intrometer na discussão, porque religião não se mistura com política!

Ora, esperem um pouco: em uma democracia, todos têm o direito de manifestarem sua opinião. Ou não têm? A Igreja Católica é uma instituição que faz parte da sociedade, seus membros têm todo o direito de se manifestarem e de se organizarem para defender seus interesses, suas idéias e suas crenças.

Os membros da Igreja têm o direito de falar, de mostrar seu ponto de vista. Isso é uma coisa tão óbvia, que só aqueles que têm certeza íntima de que estão errados e mantém a mesma opinião por safadeza tentam calar a boca da Igreja se utilizando da intimidação pura e simples. “Ah, temos que abrir o debate sobre o aborto…” Claro, ouvindo-se apenas uma das partes e silenciando a outra, desqualificando a priori o ponto de vista do adversário silenciado. Isso é debate?

É claro que essa exclusão da Igreja das discussões públicas é proposta por socialistas, que nas últimas décadas abraçaram com entusiasmo a bandeira da destruição da família tradicional e da moral católica. Desde quando socialismo e democracia são compatíveis? Se é pra propor um debate sobre esses assuntos, porque a Igreja não pode participar deste debate? “Ah, porque o estado é laico…” Ora, bolas, o estado é laico e não admite que religiosos se manifestem? Isso é autoritarismo disfarçado, travestido de laicidade. Para que haja um debate verdadeiramente democrático, as duas partes devem confrontar suas idéias. É isso que os partidos socialistas propõem?

Claro que não! O que eles dizem é: a Igreja não deve se meter na discussão. Porque a Igreja é o alvo principal nessa onfensiva. O cristianismo é o inimigo a ser derrotado. A nova ordem mundial pretende que a manifestação pública da fé seja, a médio prazo, considerada um crime; religião é um “assunto privado”, que não deve interferir no debate público.

No México, a infeliz tradição anti-clerical presente na constituição daquele país (perguntinha: a perseguição à Igreja Católica ajudou o México a se tornar uma grande nação?) cai como uma luva para pressionar e intimidar a Igreja. Os católicos devem reagir com vigor para expressarem seu ponto de vista! E devem fazê-lo agora, ou em algumas gerações fazer o sinal da cruz em público será caso de polícia.