Este mundo experimenta uma grave crise, atravessa um processo de esgotamento cuja fonte se encontra na secularização da alma, na separação de uma alma que se tomou somente mundana, que se separou de suas raízes na religiosidade.
Eric Voegelin.
religiosidade
Mensagem do dia (11/04/2022)
«A casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo». Somos nós, ou pelo menos deveríamos sê-lo, «o perfume de Cristo». O perfume de nossas obras, com efeito, é a edificação do próximo, e a virtude do homem religioso, se é exímia, enche toda a casa, todo o espaço em que se encontra, deste santo odor. Tens o dever de rescender santidade quanto maior fores, ou seja, quanto mais graves forem tuas responsabilidades por outras pessoas: se és pai ou mãe, padre ou bispo etc., pois é no exemplo dos maiores que os menores se espelham. Tem, portanto, ainda maior cuidado para que se não diga de ti: «Fizestes odioso o nosso cheiro para o faraó», quer dando mau exemplo, quer desprezando a virtude.
Padre Nicolò Avancini.
Mensagem do dia (16/05/2020)
A caridade não se demonstra nem se exibe. É a experiência fundamental religiosa e moral. Consiste em sair de si mesmo, em dar-se aos demais, em oferecer-se e esbanjar-se sem medo de se esgotar.
Antonio Caso.
Mensagem do dia (30/11/2019)
O pensamento é um ato religioso. Para qualquer homem que pensa, Deus só pode ser um pleonasmo.
Georges Perros.
Mensagem do dia (08/06/2018)
A Devoção ao Sagrado Coração de Jesus é uma forma por excelência de religiosidade. Essa devoção, que recomendamos a todos, será para todos proveitosa. No Sagrado Coração está o símbolo e a imagem expressa do Amor Infinito de Jesus Cristo, que nos leva a retribuir-Lhe esse Amor.
Papa Leão XIII.
Mensagem do dia (22/09/2012)
Às vezes consideramos Deus como um piloto considera o seu paraquedas; está lá para emergências, mas ele espera nunca ter que usá-lo.
C. S. Lewis.
Mensagem do dia (06/08/2012)
Os vícios e a falta de apreço pela lei resultam diretamente do declínio da religiosidade e de laços familiares sólidos que ajudem a infundir respeito pelo ordenamento jurídico, pela moralidade pública e privada e o favorecimento de uma vida virtuosa.
Annette Kirk.
Mensagem do dia (28/02/2011)
O religioso perfeito reza tão bem que ignora estar rezando.
Jacques Maritain.
Quer melhorar seu autocontrole? Experimente a religião
Por John Tierney.
Se vou encarar seriamente minhas resoluções para 2009, será que devo acrescentar mais uma à lista, “começar a frequentar a igreja”?
É uma pergunta complicada para um pagão, mas me senti obrigado a falar dela com Michael McCullough depois de ler seu artigo que vai sair na próxima edição do “Psychological Bulletin”. Ele e outro psicólogo da Universidade de Miami, Brian Willoughby, analisaram oito décadas de pesquisas e concluíram que a fé religiosa e a devoção promovem o autocontrole.
McCullough não tem motivações evangelizadoras. Ele confessa que não é exatamente devoto. “Quando o assunto é religião, profissionalmente falando, sou fã dela, mas, pessoalmente, essa não é muito minha praia”, disse.
Seu interesse profissional nasceu do desejo de compreender a razão da evolução da religião e por que ela parece ajudar tantas pessoas. Pesquisadores de todo o mundo já constataram repetidas vezes que pessoas que têm devoção religiosa tendem a sair-se melhor nos estudos, a viver mais, a ter casamentos mais satisfatórios e, em geral, a ser mais felizes.
Esses resultados têm sido atribuídos às regras impostas aos fiéis e ao apoio social que eles recebem de outros fiéis, mas essas fatores externos não explicam todos os benefícios. No novo artigo, os psicólogos de Miami analisaram os estudos para testar a hipótese de que a religião confere força interna às pessoas. “Simplesmente perguntamos se há evidências fortes de que pessoas mais religiosas têm mais autocontrole”, disse McCullough. “Quando somamos vários estudos, percebemos que há descobertas consistentes indicando uma correlação entre religiosidade e autocontrole maior.”
Já nos anos 1920, pesquisadores descobriram que alunos que passavam mais tempo nas aulas de catecismo se saíam melhor em testes de laboratório para medir sua autodisciplina. Estudos subsequentes mostraram que crianças devotas ganhavam escores de impulsividade relativamente baixos de seus pais e professores, e que a religiosidade repetidamente apresentava correlação com autocontrole maior entre os adultos. Descobriu-se que devotos tendem mais que os outros a usar cintos de segurança, ir ao dentista e tomar vitaminas.
“Tomografias cerebrais já mostraram que, quando as pessoas oram ou meditam, ocorre muita atividade em duas partes do cérebro que são importantes para a autorregulação e o controle da atenção e da emoção”, disse McCullough. “Os rituais que a religião incentiva há milhares de anos parecem ser uma espécie de treino anaeróbico de autocontrole.”
Em um estudo de personalidade, pessoas fortemente religiosas foram comparadas com pessoas que professavam ideias espirituais mais gerais, como a de que suas vidas eram “dirigidas por uma força espiritual maior” ou que elas sentiam “uma conexão espiritual com outras pessoas”. As pessoas religiosas ganhavam escores relativamente altos nos quesitos consciência e autocontrole, enquanto as pessoas espirituais apresentam escores relativamente baixos.
“Pensar sobre a unidade da humanidade e da natureza não parece guardar relação com o autocontrole”, disse McCullough. “O efeito de autocontrole parece vir da participação em instituições e comportamentos religiosos.”
Fonte: The New York Times, publicado na Folha de São Paulo, 12/01/2009. Link para assinantes aqui.