Enquanto alguns saboreiam o banquete, outros chafurdam na lama

Ah, não publicar o nome do comentarista é covardia, é? Então te satisfaço:

Paulo Macedo

IP 200.195.64.138
Enviado em 13/07/2009 às 18:37

Parabéns a Dawkins e a pessoa que fez o comentário que tanto irritou nosso “amigo” que covardemente deixou de citar o autor. O fato de ter ficado tão bravinho só demonstra que a crítica acertou no alvo e incomodou. E quando incomodamos tipinhos como esse, é um bom sinal!

Não citei o autor do comentário que deu origem ao post anterior por questão de caridade. A intenção é sempre denunciar o erro, em primeiro lugar. Mas já que você parece estar me pedindo isso, respondo-lhe diretamente e publico seu nome aqui, se isso te deixa satisfeito. A filosofia cristã diz: amar quem está pecando, odiar o pecado. Mas você, que se comporta como se tivesse vindo da mesma pocilga, da mesma imundice que seu companheiro, o que veio fuçar aqui? Veio tentar me irritar também? Você acha que tipinhos como você e seu coleguinha me irritam? Não, de forma alguma. Na realidade, incitam minha compaixão, porque vocês se recusam a saborear o banquete da vida, comendo lavagem para os porcos e se deliciando no meio da própria miséria espiritual (e intelectual). Por que você acha que é capaz de me irritar? Ora, se há algo para eu sentir a seu respeito é justamente compaixão e amor, porque se você não se converter, certamente irá para o inferno – assim como todos os pecadores que se recusarem conscientemente a abandonar o pecado. Se tenho algo a temer a seu respeito, é justamente a possibilidade de você não se salvar. Tenho a obrigação moral de rezar por você, da mesma forma que convido a todos os seguidores de Nosso Senhor Jesus Cristo para que rezem também por você e por seu amigo raivoso. Vou rezar para que vocês dois saiam dessa lama, que é o ateísmo militante, abandonem a pocilga do pecado onde se encontram atualmente presos e se convertam à Igreja de Jesus Cristo.

E do fundo do meu coração, posso dizer com absoluta tranqüilidade: eu não gostaria de saber que você, ou que qualquer outra pessoa nesse mundo, tenha decidido se fechar para sempre ao amor de Deus, escolhendo o caminho da perdição eterna, condenando-se ao inferno para todo o sempre.

Acha que só por ser assim tão desprezível para consigo mesmo consegue sê-lo para com os outros? O que é mais desprezível para si mesmo que recusar o amor de Deus? Ainda há tempo para conhecer a verdade e se aproximar dela, rapaz. Você é muito amado por Deus, e se recusa a aceitar esse amor. Por que acha que me incomodaria com seus comentários tão bobocas, tão fugazes, típicos de criança mimada que se sente ofendida por pouco? Você é que deveria se sentir incomodado com sua solidão de ateu. Acha prazeirosa essa dor da finitude que está latejando sem parar em seu peito? Já imaginou carregar essa dor eternamente?

E ainda acha que estou incomodado com você? Como vocês são infantis… Vocês, tão inteligentes, racionais, seguem a Dawkins sem pestanejar, questionar, duvidar… E os religiosos é que são obscurantistas! Que tolinho… Vocês seguem um ídolo de barro a guiá-los para o inferno, e como estão alegres com isso! O Flautista de Hamelin a tocar e vocês seguindo, felizes… Ah, você tem razão: isso sim, me incomoda. Enquanto há um banquete à disposição, onde o alimento é o mais saboroso, farto, pessoas como você, que foram convidadas, recusam-se a comparecer, insultam Aquele que as convidou e chafurdam na lama, comendo lavagem e portando-se como porcas… Isso sim, me incomoda! Isso sim, me entristece! Que horror!

Por fim: seu companheiro de trevas conseguiu argumentar contra o texto “Richard Dawkins ou da puerilidade científica”? Não. E você, ao parabenizá-lo (?), disse basicamente as mesmas coisas que ele disse, de forma mais polida para disfarçar a própria empáfia. E fez isso, porque sabe que não consegue dizer um “a” sobre as objeções que foram feitas a Dawkins nesses dois artigos.

E, convenhamos: acha que me incomoda com seu fanatismo ateu?

Conta agora a do papagaio, vai…

Um exemplar entre os discípulos de Dawkins está grunhindo! Que gracinha!

Parabéns Richard Dawkins! O inimigo mortal dos babacas, trouxas e covardes teístas! Babam de raiva porque ele demonstra de forma racional e culta o absurdo na crença dessa farsa chamada Deus!

Por absoluta falta de tempo, eu ainda não havia escrito por aqui sobre ateísmo militante. Claro, há que se fazer uma diferenciação entre ateus e o ateísmo militante. A fé é um mistério; a ausência de fé, também o é. Tenho enorme respeito pela experiência individual de cada pessoa, e acredito que todos devemos ser compreensivos a esse respeito. Ninguém pode se considerar superior ou inferior a outrem em virtude de sua crença… ou da ausência dela. Não acreditar em Deus não é sinônimo, necessariamente, de indiferença para com o próximo ou de desinteresse para com as questões metafísicas. Isso pode acontecer em virtude de uma série de fatores.

Mas o ateísmo militante é uma aberração que tenta “sistematizar” um sistema de “não-crenças”, que por si só não possuem uma fundamentação comum. E é impressionante como o discurso é o mesmo, o da arrogância, prepotência, empáfia, que no fundo revelam um claro, óbvio, evidente complexo de inferioridade. Afinal de contas, se fossem tão superiores assim àqueles que acreditam em Deus, não precisariam de tanta publicidade para convencerem os outros… da própria inteligência e racionalidade: provariam isso refutando e debatendo. Na realidade, estão inconscientemente querendo convencer a si mesmos de sua pretensa superioridade intelectual, por se autoproclamarem “racionais” e “cultos”, como se todos os crentes do mundo fossem automaticamente “irracionais” e “incultos”.

É claro que o ridículo dessa gente ultrapassa todos os limites do bom senso e a atenção desmedida que recebem por parte da mídia só pode ser explicada pela total irracionalidade que tomou conta da cultura ocidental nas últimas décadas. Uma coisa é um ateu questionar a existência de Deus, tecer críticas, exigir esclarecimentos. Outra coisa, bastante diferente, é logo de saída rebaixar seus oponentes na discussão – coisa que Dawkins e sua laia fazem com bastante freqüência.

O comentário acima ilustra muito bem como funciona (ou não funciona…) o cérebro de um miltante ateísta. Como já dizia Chesterton, quando a pessoa deixa de acreditar em Deus, passa a acreditar em qualquer tolice. O mané aí apenas trocou a adoração a Deus pela adoração a um idiota como Dawkins.

A partir daí, rebaixa aqueles que pensam de outra forma: taxa-os de “babacas, trouxas e covardes teístas”. O nível de indigência intelectual do sujeito é tão alarmante, que coloca num mesmo balaio todos aqueles que crêem na existência de Deus ou do transcendente, como se tudo fosse a mesma coisa. Pode até ser sim, mas para pessoas completamente tomadas pelo ateísmo fanático.

O mais patético é o raivoso aí dizer que os “teístas” (???) é que “babam de raiva”. Ora, insultar de forma gratuita o adversário com tais termos utilizados no comentário é o quê? Para uma mentalidade tão inculta e primitiva, deve fazer parte de suas regras de etiqueta. Claro, claro, os outros é que babam de raiva. Esse aí é um gentleman. Bem, quem sabe lá na pocilga de onde veio ele realmente o seja…

Dawkins é uma farsa. Ele não demonstra nada, não sabe e nem quer saber o que seja a diferença entre imanência e transcendência. Obviamente, também não dá para esperar isso de alguém que lambe seus sapatos. Dawkins não tem cultura nenhuma para analisar e refutar argumentos filosóficos. Pode ser que no seu campo de conhecimento, Dawkins tenha sua relevância e méritos; mas nesse debate, sobre a existência ou não de Deus, o que faz é apenas aparecer e seduzir tietes descerebradas, pois seus conhecimentos a respeito são ridículos.

O grau de incultura de Dawkins pode ser medido em artigo publicado na Folha de São Paulo (sempre ela…) de 25/08/2007. Vejam como se inicia o texto:

A América, fundada em meio ao secularismo como farol do iluminismo do século 18, está se tornando vítima da política religiosa –uma circunstância que teria chocado seus fundadores.

Não pretendo analisar o artigo em sua totalidade aqui neste post, mas apenas sua frase inicial, que já é suficiente para demoli-lo por inteiro. E por quê? Ora, Dawkins está partindo do pressuposto que os Estados Unidos foram fundados como nação “laica” e que isso quer dizer que a religião não teve papel relevante na origem do estado americano. E a partir desta “constatação”, profere absurdos tais como os religiosos atribuírem “mais valor a células embrionárias que a pessoas adultas” ou então comparar a direita religiosa norte-americana ao Talebã – quantos atentados os militantes conservadores praticaram, mesmo? Para a mentalidade “pogreçista” de Dawkins, estado laico é aquele que exclui a religião dos debates públicos, ou seja, todos os pontos de vista são lícitos, menos os que tenham alguma fundamentação religiosa. Os Estados Unidos, garante Dawkins, foram fundados “em meio ao secularismo”, portanto sempre mantiveram a religião afastada dos debates políticos, e isso expresso pelos próprios “Founding fathers”. E aí está seu erro abismal.

Dawkins não sabe a diferença entre a tradição iluminista inglesa, inspiração para a independência norte-americana e para a fundação do país, e a tradição iluminista francesa, de onde brotou a revolução francesa. A primeira jamais negou as raízes cristãs da civilização ocidental e da própria Inglaterra. O iluminismo francês, de Voltaire, Diderot e companhia, é que é anticlerical e “secularista” no sentido de excluir a religião da política até o último fio de cabelo. A fundamentação da declaração de independência e da constituição dos Estados Unidos é claramente bíblica, conforme demonstrado por Benjamin F. Morris no livro The Christian Life and Character of the Civil Institutions of the United States. Claro que Dawkins não leu esse livro para refutá-lo, porque ele é o tipo do sujeito que só lê o que lhe convém.

Este, portanto, é um pequeno mas significativo exemplo da má fé do cara, que parte de um pressuposto completamente equivocado para, a partir disso, desenvolver seu “raciocínio”. Este é o ídolo cultuado pelo comentarista aí de cima, que chama a Deus de “farsa”. Deve ser efeito de alguma coisa que botaram na lavagem dele, coitadinho.

Para encerrar este post, uma citação de Chesterton…

Doutrinas espirituais na verdade não limitam a mente como fazem as negações materialistas. Mesmo que eu creia em imortalidade eu posso não pensar sobre isso. Mas se eu descreio na imortalidade eu devo não pensar nisso.

No primeiro caso, a estrada está aberta e eu sigo por ela até onde eu desejar; no segundo caso, a estrada está fechada.

… e link para textos de Olavo de Carvalho a respeito:

Richard Dawkins ou da puerilidade científica

Por Tibiriçá Ramaglio.

Não tenho a menor simpatia por eventos literários como a Flip, a Feira Literária de Parati. Considero que eventos como esses são perfeitamente análogos ao Salão do Automóvel, embora não se possa estabelecer uma sólida analogia entre romances e automóveis, contos e motocicletas, mesmo que todos eles sejam meios de transporte.

Porém, se sou contrário à Flip em teoria, sou ainda mais contrário na prática, na medida em que um evento como esse, num país como o nosso, acaba fatalmente se transformando numa celebração da corriola. – Que corriola?, quer saber o leitor. Ora, aquela mesma que se celebra cotidianamente, ainda que para isso não seja necessário realizar nenhum evento especial.

Alguém tinha dúvida de que, depois de ter lançado seu medíocre romance no começo deste ano, Chico Buarque dominaria a cena da Flip realizada no meio desse mesmo ano? É o mesmo que duvidar que o casamento de Gisele Bundchen tenha se transformado na capa da revista Caras na semana subseqüente a sua celebração.

Enfim, no que me toca, um evento como a Flip está destinado a ser algo que só pode estar aquém do que se projetou que fosse, devido a um vício originário no próprio projeto de um evento desse tipo. O resultado, por conseguinte, será sempre uma celebração de celebridades midiáticas e uma efeméride voltada para os aspectos efêmeros e superficiais da literatura, se tanto.

Mas a Flip deste ano conta com um elemento que transforma a minha indiferença em clara antipatia pelo evento: a presença de Richard Dawkins, o arauto do ateísmo. Ao meu ver, Dawkins é, antes de mais nada, um traidor da teoria de Darwin, que ele proclama como tese, quando, para ter cientificidade, ela não pode deixar de ser hipótese, pois a certeza científica, por definição, não pode ser definitiva.

O grau de certeza com que Dawkins apregoa a inexistência de Deus é puramente midiático. Só nas manchetes dos jornais e nas chamadas da propaganda se têm certezas tão peremptórias. Mas se isso não bastasse para demonstrar a presença de espetacularidade e a falta de cientificidade do pensamento dawkinsiano, eis uma foto do demiurgo publicada da revista Veja desta semana, em que Dawkins se encontra na porta de um ônibus londrino, que ostenta o seguinte cartaz publicitário: “There’s probably no God. Now stop worrying and enjoy your life.” (Deus provavelmente não existe. Portanto, pare de se preocupar e aproveite a vida.)

Deixemos de lado o fato de Dawkins se comprazer em posar como garoto propaganda da causa ateísta e vamos pôr em foco somente a proposta feita pelo texto do cartazete, para não nos estendermos demais. Sinceramente, eu até acho bacaninha a tentativa de trazer uma discussão metafísica desse calibre para os meios de comunicação de massa, mas infelizmente a massa não tem se mostrado o fórum mais adequado para a solução de problemas dessa natureza.

Começo, então, pelo “probably”, lembrando que as probabilidades, tais quais a calculou Pascal ao formular sua aposta, são de 50%, o que já deveria invalidar a proposta como um todo. Supondo que não a invalide, por que eu deveria deixar de me preocupar? Lamento, mas me parece que minha preocupação, nesse caso, faz parte integrante da minha possibilidade de aproveitar realmente a vida como o que sou: um homem.

Se me tirarem o prazer de especular sobre a existência de um Criador, estão me tirando em sua totalidade a minha faculdade de refletir. Afinal, se não devo me preocupar com as minhas origens, também não devo me preocupar com o meu fim e já não importa, então, quem eu sou ou o que faço aqui, como também não contam a minha história pessoal e a história nacional e universal em que ela se insere.

A natureza do “aproveitar” que se encontra nessa proposta é completamente alienante, ou antes é a de um aproveitamento exclusivo do presente, do aqui e do agora, típico do discurso publicitário, que visa apenas a atiçar a impulsividade animal do consumidor: “este é o momento, que gostoso que é!” ou ainda “isto é que é, Coca-cola!”.

Trata-se de um aproveitar instintivo e animalesco, como o que todos os animais aproveitariam, mas que efetivamente não aproveitam, pois se trata de um aproveitar uma vida que, supostamente, seria feita só de prazeres, não fosse ela perturbada pela dor (entre as quais a proposta inclui a existência de Deus). Em resumo, trata-se de uma proposta cujo apelo não passa de pueril. De um apelo a aproveitar a vida na Terra do Nunca. Será que uma proposta assim pode mesmo ser feita por alguém que se pretende um cientista?

Fonte: Observatório de Piratininga.

Evolucionismo x fé cristã?

No post Darwinismo fana na Inglaterra e apela à força para impor suas hipóteses, que não foi escrito por mim, mas transcrito do blog Verde, a cor nova do comunismo, recebi este comentário bastante pertinente de Leonel Moura:

Em 1996, o então Papa João Paulo II enviou uma mensagem a Academia Pontifícia de Ciências reconhecendo a validade da Teoria da Evolução como “bem mais do que uma hipótese”. Recentemente, o papa Bento XVI também reconheceu a validade do Evolucionismo. O presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, Gianfranco Ravasi, afirmou que “Não existe contraposição entre fé e evolucionismo”. http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid242754,0.htm. “A igreja nunca condenou Darwin e seus escritos”. http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid339769,0.htm. Em fevereiro deste ano, foi realizada uma Conferência sobre Darwin no Vaticano em que ficou patente que a única explicação científica para o surgimento das espécies é somente o Evolucionismo, tal qual foi prevista por Darwin 150 anos atrás.

O leitor está corretíssimo na forma como expôs os fatos, apenas discordo de um detalhe do qual falarei abaixo. No geral, alguns esclarecimentos se fazem necessários:

  1. As opiniões dos Papas sobre outros assuntos, que não fé e moral, não são, de forma alguma, infalíveis. Qualquer católico pode discordar do Papa quando ele se pronuncia a respeito de outros assuntos. Ou então, todo católico seria obrigado a gostar de Bob Dylan, porque João Paulo II gostava das músicas dele… Portanto, qualquer católico pode discordar tanto de João Paulo II quanto de Bento XVI a respeito desses pronunciamentos sobre a teoria da evolução.
  2. É verdade que pode não existir “contraposição entre fé e evolucionismo” se for considerada uma premissa: desde que o evolucionismo não exclua a possibilidade de haver um Criador, um Ser Trancendente – e é o que cientistas “ateus a toas” como Richard Dawkins afirmam, transformando o evolucionismo em um discurso panfletário pró-ateísmo. Na verdade, o ponto abordado pelo texto não é tão a idéia do evolucionismo em si, mas a utilização da teoria de Darwin como propagadora do ateísmo.
  3. Se essa conferência realizada no Vaticano defendeu que “a única explicação científica para o surgimento das espécies é somente [sic] o Evolucionismo”, foi uma baita pisada de bola! Não existe ainda nenhuma prova científica definitiva da validade da teoria de Darwin – por enquanto, o evolucionismo ainda é apenas uma hipótese, e muito difícil de ser demonstrada cientificamente. De forma bastante objetiva, comenta Olavo de Carvalho: “Não sei se a evolução biológica aconteceu ou não. Ninguém sabe.”

Gostaria de dizer que não tenho opinião formada sobre o assunto. Pessoalmente, não acredito que a fé em Deus e nos dogmas católicos seja totalmente incompatível com uma teoria da evolução que reconheça a Deus como princípio criador de todo o universo. Mas trata-se apenas de uma opinião. Posso indicar sobre este assunto os seguintes textos:

Entre os selvagens, os fracos de corpo e mente são logo eliminados. Nós, civilizados, fazemos o possível para evitar essa eliminação; construímos asilos para os imbecis, os aleijados, os doentes; instituímos leis para proteger os pobres… Isso é altamente prejudicial à raça humana.

E o William Murat, do blog Contra o Aborto, me indicou o blog Desafiando a Nomenklatura Científica, de Enézio de Almeida, para enriquecer ainda mais essa discussão – repasso essa indicação a todos.

Darwinismo fana na Inglaterra e apela à força para impor suas hipóteses

No segundo centenário da nascença de Darwin [foto], mais da metade (51% x 40%) de seus conterrâneos acham que o evolucionismo não conseguiu explicar a complexidade da vida na Terra. E que, portanto, um desígnio inteligente deve ter presidido o aparecimento de um universo ordenado.

Além do mais, um terço dos britânicos acredita na Criação divina. Os dados são de enquete da firma ComRes e foram noticiados pelo diário “The Telegraph” de Londres.

A imagem do evolucionismo vem se deteriorando pronunciadamente no mundo todo. Mas piorou bem após um dos seus máximos apologistas, o biólogo Richard Dawkins, promover a campanha do chamado “ônibus-ateu”: cartaz colados nos ônibus convidando a esquecer de Deus.

Com isso, ele patenteou uma coisa que o evolucionismo astutamente escondia: que a teoria é usada como um véu científico para promover o ateísmo.

Por isso, Marx e os teóricos socialistas aderiram irrestritamente e sem provas – que até agora não apareceram – à teoria darwiniana para tirar Deus da origem dos seres criados.

Entretanto, os evolucionistas enfurecem quando alguém propõe analisar friamente seus dogmas.

Richard Dawkins no 'ônibus ateu'

Na Inglaterra, o biólogo Michael Reiss, foi obrigado a renunciar do cargo de Diretor de Educação da Royal Society, só pelo fato de sugerir que o criacionismo poderia ser discutido nas aulas, não como um erro, mas como uma interpretação do mundo.

Falando no Festival da Ciência, na Universidade de Liverpool, o Prof. Reiss observou que um décimo das crianças provém de famílias que acreditam mais no criacionismo do que no ponto de vista evolucionista.

Nessa situação, ele julga ser mais eficaz incluir a discussão sobre o criacionismo junto com as teorias científicas antes do que martelar as cabeças das crianças para mudar-lhes a opinião.

Reiss perdeu o cargo por causa dessa moderada proposta.

'Ônibus ateu', Barcelona

Positivamente, com atitudes desta o evolucionismo assume os ares de uma crença fundamentalista fanática. Ele não quer ouvir qualquer opinião em algo discordante de seus tabus absolutos e inverificáveis.

Sem provas nem argumentos convincentes, o evolucionismo recorre à força do governo para reprimir os dissidentes ou a imposições ideológicas de juízes infiéis. Parece pesadelo de novelas como 1984. Mas, o policiamento das mentes está se tornando a realidade do evoluído século XXI. E os evolucionistas estão na vanguarda da repressão.

Ainda na Grã-Bretanha, Paul Woolley, diretor da associação Theos disse: “Darwin está sendo usado por certos ateus hoje em dia para promover sua causa. O resultado é que, dada a falsa opção entre evolução e Deus, o povo está recusando a evolução.”

O líder ateu-evolucionista Dawkins indignou-se por causa dos resultados da pesquisa da ComRes, realizada sobre um total de 2.060 adultos. Muito grosseiramente, Dawkins disse à imprensa que grande parte da população inglesa é “ignorante como um porco” em matéria de ciência, segundo informou The Telegraph.

A falta de argumentos convincentes, xingatório e desrespeito… E isso é ainda chamado de ciência! É a ciência que se insurgiu contra a Igreja e virou uma caricatura do que deveria ser.

Fonte: Verde: a cor nova do comunismo.