Nada do que encontramos neste mundo nos pertence verdadeiramente. Pois nós, que esperamos a recompensa futura, somos chamados a comportar-nos aqui embaixo como hóspedes e peregrinos.
São Gaudêncio de Brescia.
vida após a morte
Mensagem do dia (04/07/2022)
No mundo que se afastou de Deus falta a paz, mas também falta a caridade ou seja, o amor verdadeiro e perfeito. Não há nada mais belo do que a caridade. De fato, a fé e a esperança cessam com a nossa morte, mas o amor dura eternamente, e até creio que será mais vivo na outra vida.
Beato Pier Giorgio Frassati.
Mensagem do dia (17/11/2019)
Nada mais ocupe agora os vossos corações e os vossos espíritos senão os preceitos divinos e os mandamentos celestes, por meio dos quais sempre o Espírito Santo vos animou a suportar os tormentos. Ninguém pense na morte, mas na imortalidade; nem no suplício transitório, mas na glória eterna.
São Cipriano de Cartago.
Mensagem do dia (27/04/2019)
A ressurreição do Salvador é para nós o penhor e a segurança de uma ressurreição semelhante, que nos há de indenizar de todas as penalidades da vida.
Monsenhor André Jean Marie Hamon.
Mensagem do dia (14/02/2018)
Os insensatos que não crêem na vida futura, estimulam-se com o pensamento da morte a passarem bem a vida. De maneira bem diferente devemos nós proceder, os que sabemos pela fé que a alma sobrevive ao corpo. Nós, lembrando-nos de que em breve temos de morrer, devemos cuidar da nossa eternidade e por meio de oração e penitência aplacar a divina justiça. É com este intuito que a Igreja, depois de pôr as cinzas sobre a cabeça, nos ordena o jejum da Quaresma.
Santo Afonso de Ligório.
Mensagem do dia (02/11/2010)
Aquilo a que a lagarta chama fim do mundo, o homem chama borboleta.
Richard Bach.
Mensagem do dia (07/10/2010)
Aquele que se confia a Maria, que se entrega a Maria, não será jamais abandonado, nem neste mundo nem no outro.
São Lourenço de Brindisi.
Mensagem do dia (08/02/2010)
Quando uma pessoa ama outra intensamente, deseja muito estar próxima a ela; portanto, por que ter medo de morrer? A morte nos leva a Deus!
Santa Josefina Bakhita.
A historicidade da ressurreição de Jesus
Por Tibiriçá Ramaglio.
Nicholas Thomas Wright é bispo da Igreja Anglicana, estudioso do Novo Testamento e profundo conhecedor de História Antiga. Na impossibilidade da reconstituição dos fatos históricos, Wright defende a historicidade da ressurreição de Jesus por meio de argumentos interessantíssimos, tão desconhecidos no Brasil quanto o próprio Wright. O assunto é da maior importância, sem dúvida, pois “se Cristo não ressuscitou, ilusória é a vossa fé” (1 Coríntios 15: 17). Segue um resumo das idéias centrais de Wright.
Para começar, o historiador levanta questão da originalidade da idéia de ressurreição tal qual ela é apresentada pelo cristianismo primitivo. A ressurreição corporal de Jesus é uma idéia completamente nova em relação à civilização helenística e também a judaica. As duas civilizações têm idéias que se relacionam à vida após a morte (o Hades, dos gregos, por exemplo, ou a ressurreição de todo o povo no fim dos tempos, dos judeus), mas nenhuma delas traz à tona o fato de um homem, depois de morto, reaparecer aos vivos em carne e osso, corporificado.
Em segundo lugar, Wright ressalta a centralidade que o fato ressurreição tem para o cristianismo primitivo, enquanto as doutrinas da vida após a morte nas seitas judaicas ou inexistem ou têm caráter secundário. Por que essa questão ganharia aspecto central na nova religião, caso não estivesse fundamentada em um fato?
Em terceiro, a unanimidade existente em torno da idéia de ressurreição entre os cristãos primitivos. Transcrevo um trecho de Wright:
Por que os primeiros cristãos tinham essa muito nova, mas admiravelmente unânime, opinião a respeito da ressurreição? […] É claro, todos os primeiros cristãos diziam que tinham essa opinião por causa do que acreditavam a respeito de Jesus. Agora, se a idéia de que Jesus se ergueu dos mortos só aparecesse depois de vinte ou trinta anos de cristianismo, como muitos estudiosos céticos têm suposto, encontraríamos muitas facções que não aceitariam a ressurreição, e aquelas que aceitassem lhe dariam uma forma diferente daquela específica do cristianismo primitivo. Assim, a ampla e unânime aceitação da crença na ressurreição pelos primeiros cristãos força-nos a dizer que alguma coisa certamente aconteceu para moldar e colorir todo o movimento cristão.
Outro argumento interessante de Wright é o fato de os quatro Evangelhos apresentarem as mulheres como primeiras testemunhas da ressurreição de Jesus. Ora, mulheres não tinham nenhuma credibilidade naquele contexto histórico, tanto que Celso (século II d.C.) escarnece da ressurreição dizendo: “Essa fé se baseia apenas no testemundo de algumas mulheres histéricas”. Então, se os Evangelhos tivessem sido escritos para persuadir, evitariam usar as mulheres como testemunhas. Se as colocaram nesse papel, foi porque elas efetivamente desempenharam esse papel, isto é, testemunharam o fato da ressurreição.
Wright ressalta ainda que nos, quatro Evangelhos, a narrativa da ressurreição não tem caráter doutrinário e teológico, como vai adquirir nos Atos dos Apóstolos e nas Epístolas de São Paulo. O evento é simplesmente narrado e ponto (particularmente em Marcos, o Evangelho mais antigo). Diga-se também que é narrado sem as tradicionais alusões ao Antigo Testamento, o que aponta para o surgimento de uma tradição oral baseada em efetivos testemunhos de um fato: a ressurreição pessoal e intransferível de Jesus, fato que fundamenta a consolidação do cristianismo entre os primeiros discípulos, após a crucificação do mestre, bem como a expansão dessa crença em grupos de pessoas cada vez numerosos.
Fonte: Observatório de Piratininga.