Perseguição aos cristãos: atentado contra Igreja na Espanha quase causa tragédia

No teto da nova Igreja de Santa Genoveva, na cidade espanhola de Majadahonda, situada na área metropolitana da capital Madri, no domingo próximo passado, desconhecidos colocaram sete artefatos incendiários, que não causaram uma tragédia por terem sido percebidos a tempo pelo pároco.

Um forte odor de gasolina percebido pelo padre David Benítez Alonso após a celebração da missa das 11:30 da manhã evitou uma tragédia. Abaixo, parte de seu relato:

Graças a Deus, nada aconteceu. Mas o fato é que foram colocados na Igreja sete artefatos incendiários de fabricação caseira com o propósito de queimar o templo, ou parte dele, pelo menos. O Senhor, a Virgem e Santa Genoveva não o consentiram, mas o fato é que esses artefatos estavam ali. É triste ver e perceber tal fato em nossos dias.

Na missa seguinte, às 13 horas, celebrou-se uma missa “emocionante”, segundo o relato do pároco, “pedindo também a todos os que não nos querem bem quando tivemos que deixar a casa do Senhor por motivos de segurança”. E acrescentou:

Quero dar graças a todos pelo apoio, aqui é onde uma pessoa comprova que a Igreja de Santa Genoveva é de todos e somos todos. E quero encorajá-los a continuarem fazendo parte da mesma, sem nenhum tipo de medo. Que ninguém se sinta intimidado, porque o triunfo deve ser de Cristo e não dos violentos. Nunca em Majadahonda havia acontecido isso, alguma coisa boa estamos fazendo quando outras pessoas não sabem expressar seu mal-estar a não ser intimidando.

Trata-se de uma aventura mais a contar, porque graças a Deus e a Santa Genoveva nada aconteceu, não poderia acontecer e não vai acontecer com essa proteção. Embora o mal não descanse, nós seguimos adiante, fiéis a Jesus Cristo. Ladram, visto que cavalgamos.

Fonte: HazteOir.org. Tradução e adaptação de Matheus Cajaíba. Para ler o texto completo em espanhol, clique aqui.

Agressão a militante pró-vida na Espanha demonstra a covardia dos abortistas

Já havia falado para vocês sobre o ProChoiceViolence.com (Violência dos abortistas). Vou falar novamente: este site, ligado à Human Life International, denuncia mais de oito mil crimes cometidos por militantes abortistas desde 1965 – entre estes, mais de 1200 homicídios. O número de crimes cometidos por militantes abortistas é imensamente maior que os cometidos por militantes pró-vida radicais – entretanto, é claro que os crimes cometidos por militantes contra o aborto têm uma repercussão muito maior na imprensa. O site está recheado de documentos e informações e é uma fonte obrigatória para se informar a respeito.

Como defender a morte de bebês inocentes ainda na barriga das mães é uma causa desprovida de nobreza, escrúpulo, movida por dinheiro e racismo, esse pessoal maravilhoso e “libertário” (a liberdade é só pra eles, é claro) joga sujo sem a mínima vergonha de fazê-lo, usando de violência para calar os adversários. Quem não tem razão, apela para a intimidação.

Na Espanha, um grupo de três militantes pró-vida da organização Derecho a Vivir foi agredido por seis abortistas fanáticos no último sábado, quando recolhiam assinaturas contra um projeto de lei do governo socialista espanhol que pretende diminuir as restrições legais à matança de bebês não-nascidos, além de financiar abortos com dinheiro público. O governo socialista espanhol promove uma violenta e covarde campanha de intimidação contra os militantes pró-vida, com direito a ameaças, chantagens e injúrias, taxando-os em pronunciamentos públicos de “reacionários”, situando-os “à margem da democracia” e desqualificando-os sumariamente, ao invés de refutar-lhes os argumentos.

Jaime Jesus Dias, agredido por seis militantes pró-aborto.

Os canalhas agrediram também um cidadão chileno que estava por acaso assinando o abaixo-assinado, outra jovem militante pró-vida e uma senhora de 60 anos (!), também voluntária. Aliás, não é de se espantar, esse tipo de gente é capaz de matar bebês, então bater em idosas não é de todo surpreendente…

Para saber mais sobre a Associação Derecho a Vivir, acesse o site: http://derechoavivir.org/. Mais informações sobre este lamentável episódio e a exigência dos militantes pró-vida espanhóis para a apuração do crime e sua condenação pelo governo socialista abortista espanhol, você encontra aqui.

Notícias que não saem no jornal: a Marcha pela Vida em Madri – 500 mil pessoas contra o aborto

EUROPA/ESPANHA – Madri, capital da Aliança de Civilização em defesa do direito à vida: 700 associações de todo o mundo representando 20 milhões de pessoas, aderiram à Marcha pela Vida


Madri (Agência Fides) – Madri se transformou no domingo, 29 de março, na capital da Aliança da Civilização em defesa do direito à Vida. Foi o que afirmou o Instituto de Política Familiar ao final das Marchas pelo Direito á Vida que se realizaram no domingo em várias cidades da Espanha, apoiadas por cerca de 700 associações de todo o mundo representando mais de 20 milhões de pessoas. França, Alemanha, Suíça, Noruega, Malta, Reino Unido, Portugal, Eslováquia, Hungria, Estados Unidos, Canadá, México, Colômbia, Argentina, Peru e Brasil são alguns dos países em que a sociedade civil apoiaram a iniciativa da Espanha em defesa dos direitos das crianças no período pré-natal.

Entre as associações que declararam o seu apóio à iniciativa: a Federação AIC, que reagrupa 53 associações presentes na África, América Latina, Ásia, Estados Unidos; Rede Família, que representa mais de 500 associações em toda a América Latina; as norte-americanas C-FAM, Famílias Internacionais Unidas, Internazional Organization Research Group, Alliance Defence Fund, Concerned Women of America e a Internazional Organization Law Group, além da Associação húngara de Famílias Numerosas, a Gift of Life de Malta, a Confederação Portuguesa de Família, a britânica Society for the Protection of the Unborn Children, a Seção Alemã de Famílias e o Fórum (Fórum pela vida, com 30 ONGs na República Eslováquia).

“O governo não pode virar as contas diante deste clamor, não somente espanhol, mas mundial, em defesa do direito à vida”, declarou Lola Velarde, Presidente da Rede Européia do Instituto de Política Familiar. “A proteção dos direitos da criança no período pré-natal é um valor partilhado em todas as civilizações e gera uma autêntica aliança. O demonstra o apóio que as associações de tantos países deram em marchas realizadas domingo na Espanha”, acrescentou Velarde. “Estas manifestações representam o início de várias mobilizações em toda a Espanha que mostrarão o rejeição social dessa proposta de lei regressiva dos direitos da mulher e da criança”, prosseguiu Lola Velarde.

A marcha pela vida, que teve como tema “Não existe o direito de matar, existe o direito à vida”, reuniu mais de quinhentas mil pessoas no centro de Madri, superando abundantemente as previsões dos organizadores. Esta manifestação foi acompanhada por outros 87 encontros em outras cidades da nação.

Entre os participantes, Paloma de Cendra, membro da Comissão de Especialistas de Direito à Vida (DAV), psicóloga de casais e famílias, e especialista em crise de gravidez e síndrome pós-aborto; Ignacio Arsuaga, Presidente de HazteOir.org, e a doutora Gádor Joya, porta-voz nacional de Direito A Vida (DAV), encarregada da leitura do Manifesto pela Vida, lido quase simultaneamente diante do municípios de toda a região espanhola.

Como denunciado por Paloma de Cendra, “o aborto não mata somente a criança, destrói mães, famílias, sociedades inteiras, destrói consciências”. Em particular o “aborto tem duas vítimas principais: o filho e a mãe”. “Não é verdade que esta lei defende o direito das mulheres. Não é verdade que esta lei esteja procurando a coisa melhor para elas, O aborto vai contra a mulher. Não representa uma solução mas um problema. Um verdadeiro problema. Não facilita a vida. A transforma num calvário”, acrescentou.

Ao final da manifestação, a doutora Gádor Joya leu o “Manifesto da Marcha pela Vida”, onde foi sublinhado “a evidência científica que do momento da fecundação existe vida humana digna de ser respeitada e protegida” e foi ressaltado que “o aborto é a morte violenta de um ser humano e um terrível drama para a mulher que aborta”.

“Com o aborto livre, o número de crianças mortas aumentariam quase o dobro” e também o das mulheres vítimas “dos já conhecidos danos físicos e psicológicos que o aborto provoca nelas”, prossegue o texto do manifesto, que exige que as “nossa leis protejam o direito a viver”, e que “seja respeitado o direito à objeção de consciência do agente de saúde”; a doutora termina se opondo “a essa nova lei do aborto que causará somente mais mortes e mais sofrimentos para milhares de mulheres”. (RG)

Fonte: Agência Fides. Mais informações sobre a Marcha espanhola aqui (em espanhol).

Sobre a Inquisição: aos palpiteiros com mentalidade formada pelo livro didático

A Inquisição e sua “Leyenda negra”

Desideologização e revisão histórica

Infelizmente, ainda hoje, pessoas com a mentalidade formada pelo professor do Ensino Médio, que falava abrobrinhas e uma porção de besteiras, continuam difundindo os velhos chavões sobre a Inquisição, sem levar em consideração a desideologização do assunto e os recentes estudos históricos. Quem não leva isso em consideração não passa de palpiteiro.

Grande especialista no assunto, Agostino Borromeo afirma que os pesquisadores têm os elementos necessários para fazer uma história da Inquisição sem cair em preconceitos negativos ou na apologética propagandista. Borromeo foi o coordenador do livro «Atas do Simpósio Internacional “A Inquisição”» de onde tirei diversas citações para este artigo. No volume, Agostino Borromeo recolhe as palestras de um congresso internacional que reuniu ao final de outubro de 1998 historiadores universalmente reconhecidos especializados em tribunais eclesiásticos.

«Hoje em dia –afirmou em uma coletiva de imprensa de apresentação do livro, o professor da Universidade «La Sapienza» de Roma– os historiadores já não utilizam o tema da Inquisição como instrumento para defender ou atacar a Igreja». Diferentemente do que antes sucedia, acrescentou o presidente do Instituto Italiano de Estudos Ibéricos, «o debate se encaminhou para o ambiente histórico, com estatísticas sérias».

O especialista constatou que, à «lenda negra» criada contra a Inquisição em países protestantes, opôs uma apologética católica propagandista que, em nenhum dos casos, ajudava a conseguir uma visão objetiva. Isto se deve, entre outras coisas –indicou–, ao «grande passo adiante» dado pela abertura dos arquivos secretos da Congregação para a Doutrina da Fé (antigo Santo Ofício), ordenada por João Paulo II em 1998, onde se encontra uma base documental amplíssima.

Borromeu ilustrou alguns dos dados possibilitados pelas «Atas do Simpósio Internacional “A Inquisição”». A Inquisição na Espanha que era dirigida pelos Reis, afirmou, em referência ao tribunal mais conhecido, celebrou entre 1540 e 1700, 44.674 juízos. Os acusados condenados à morte foram 1,8%.

Pelo que se refere às famosas «caçadas de bruxas», o historiador constatou que os tribunais eclesiásticos foram muito mais indulgentes e humanos que os civis. Dos 125.000 processos de sua história, a Inquisição espanhola condenou à morte 59 pessoas. Na Itália, acrescentou, foram 36 e em Portugal 4. “Ao contrário do que se divulga, o número de pessoas condenadas a pena máxima era muito pequeno.”

Borromeo ainda afirma que muitas vezes os condenados eram executados em efígie (categoria da justiça penal medieval), isto é, onde bonecos eram queimados para representar aqueles que foram condenados à revelia. Tais penas, segundo o direito penal vigente na época eram chamadas de penas substitutivas, isto é, as haviam penas que eram executadas em efígies. Uma vez que a pessoa do condenado não era encontrada, ou tinha fugido, desaparecido ou se suicidado, fazia-se uma efígie, aplicando-se nela a pena.

Relata V. Hentig que ‘‘o castigo em efígie desempenhou importante papel no processo inquisitorial espanhol. Lemos que a Inquisição condenou à morte na Espanha, entre 1481 e 1809, 31.912 pessoas, das quais foram executadas em efígie 17.659”.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/index.shtml.

Algumas afirmações dos especialistas

“Portanto, contrariamente ao que se pensa, apenas uma pequena porcentagem do procedimento inquisitorial se concluía com a condenação à morte.” (Adriano Garuti, La Santa Romana e Universale Inquisizione, p. 415 in L´Inquisizione, Atti del simpósio internazionale. Cittá del Vaticano, 2003)

“A inquisição podia haver causado um holocausto de bruxas nos países católicos do Mediterrâneo, mas a história demonstra algo muito diferente, a Inquisição foi aqui a salvação de milhares de pessoas acusadas de um crime impossível.” (Gustav Henningsen, La inquisición y las brujas, p. 594. L´Inquisizione, Atti del simpósio internazionale. Cittá del Vaticano, 2003)

“A documentação correspondente a Idade Moderna, ao contrário das fontes correspondentes ao medievo, é tão abundante, que nos permite com grande segurança calcular o número de bruxas queimadas pela inquisição. As cifras, por inesperadas, resultam assombrosas. Para Portugal é 4. Para Espanha, 59, para Itália, 36.” (Gustav Henningsen, La inquisición y las brujas, p. 582. L´Inquisizione, Atti del simpósio internazionale. Cittá del Vaticano, 2003)

“Su exagerada suposição de que o santo Ofício, nesses dois séculos (XV-XVI), havia queimado a 30.000 bruxas, faz tempo que deixou de ser levado em consideração pela ciência.” (Gustav Henningsen, La inquisición y las brujas, p. 576. Atti del simpósio internazionale. 2003.)

“Não foi a Inquisição quem iniciou a perseguição às bruxas, senão a justiça civil nos Alpes e na Croácia” (Gustav Henningsen, La inquisición y las brujas, p. 576.L´Inquisizione, Atti del simpósio internazionale. Cittá del Vaticano, 2003)

“O certo é que, ao contrário do que comumente se crê, as perseguições de bruxas não se deveram a iniciativa da Igreja, foram manifestação de uma crença popular, cuja bem documentada existência se remonta a mais remota antiguidade.” (Gustav Henningsen, La inquisición y las brujas, p. 568. L´Inquisizione, Atti del simpósio internazionale. Cittá del Vaticano, 2003)

“Dos processos que se vão publicando e também das biografias de inquisidores que vão aparecendo, se pode constatar que estes eram em geral pessoas com uma formação jurídica elevada e que suas atuações foram muito majoritariamente conforme ao direito, ainda que houvesse sem dúvida abusos.” (Arturo Bernal Palácios, El estatuto jurídico de la Inquisición, p. 152. L´Inquisizione, Atti del simpósio internazionale. Cittá del Vaticano, 2003)

“De todas as formas, o direito inquisitorial neste ponto é um direito privilegiado como bem escreveu o professor Enrique Gacto, já contém sanções mais benignas que as do direito penal ordinário ou secular, em que o delito de heresia é reprimido inapelavelmente com a pena de morte. Mas o réu de heresia, resgatado pela jurisdição inquisitorial, tem aberta uma via que lhe permite escapar a esta sanção máxima e, com efeito, a evita sempre que confesse e manifeste seu arrependimento de forma suficiente.” (Arturo Bernal Palácios, El estatuto jurídico de la Inquisición, p. 140. L´Inquisizione, Atti del simpósio internazionale. Cittá del Vaticano, 2003)

“A pena de morte foi impregada não somente na inquisição, mas praticamente em todos os outros sistemas judiciários da Europa.(…) O professor Tedeshi afirma: ‘tenho a convicção de que as futuras investigações demonstrarão que a pena capital foi usada com menor freqüência e com mais respeito pela dignidade humana nos tribunais do Santo Ofício do que nos civis.'” (Adriano Garuti, La Santa Romana e Universale Inquisizione, p. 417. L´Inquisizione, Atti del simpósio internazionale. Cittá del Vaticano, 2003)

“Em uma época em que o uso da tortura era geral nos tribunais penais europeus, a Inquisição espanhola seguiu uma política de benignidade e circunspeção que a deixa em lugar favorável se se compara com qualquer outra instituição. A tortura era emprega somente como último recurso e se aplicava em pouquíssimos casos.” (Henry Kamen, La Inquisición Española: una revisión histórica. Barcelona: Crítica, 2004, p. 184)

“As cenas de sadismo que descrevem os escritores que se inspiraram no tema possuem pouca relação com a realidade” (Henry Kamen, La Inquisición Española: una revisión histórica. Barcelona: Crítica, 2004, p. 185)

“Em comparação com a crueldade e as mutilações que eram normais nos tribunais seculares, a Inquisição se mostra sob uma luz relativamente favorável; este fato, em conjunção com o usual bom nível da condição de seus cárceres, nos faz considerar que o tribunal teve pouco interesse pela crueldade e que tratou de temperar a justiça com a misericórdia.” (Henry Kamen, La Inquisición Española: una revisión histórica. Barcelona: Crítica, 2004, p. 187)

“O número proporcionalmente pequeno de execuções constitui um argumento eficaz contra a leyenda negra de um tribunal sedento de sangue.” (Henry Kamen, La Inquisición Española: una revisión histórica. Barcelona: Crítica, 2004, p. 197)

“As fontes históricas demonstram muito claramente que a Inquisição recorria à tortura muito raramente. O especialista Bartolomé Benassa, que se ocupou da Inquisição mais dura, a espanhola, fala de um uso da tortura “relativamente pouco frequente e geralmente moderado, era o recurso à pena capital, excepcional depois do ano 1500”. O fato é que os inquisidores não acreditavam na eficácia da tortura. Os manuais para inquisidores convidavam a que se desconfiasse dela, porque os fracos, sob tortura, confessariam qualquer coisa, e nela os “duros” teriam persistido facilmente. Ora, porque quem resistia à tortura sem confessar era automaticamente solto, vai de si que como meio de prova a tortura era pouco útil. Não só. A confissão obtida sob tortura devia ser confirmada por escrito pelo imputado posteriormente, sem tortura (somente assim as eventuais admissões de culpa podiam ser levadas a juízo). (Rino Camilleri,.La Vera Storia dell ´Inquisizione, Ed Piemme, Casale Monferrato, 2.001, p.p. 46-47).

Fonte: Blog Adversus Haereses.

Texto na íntegra do “Manifesto de Madrid”

Como percebem, é difícil ficar muito tempo afastado daqui (risos), mas preciso postar a íntegra da Declaração de Madrid, texto contundente da campanha contra o aborto iniciada na Espanha, assinado já por mais de mil cientistas, professores, médicos, etc. O texto foi traduzido rapidamente da língua espanhola, portanto pode conter erros. Espalhem para amigos e conhecidos os argumentos científicos contra a prática do aborto.

«Os abaixo assinantes, professores de universidades, investigadores, acadêmicos, e intelectuais de diferentes profissões, ante a iniciativa do Grupo Socialista no Congresso, por meio da Subcomissão do aborto, de promover uma lei de prazos, assinamos o presente Manifesto em defesa da vida humana em sua etapa inicial, embrionária e fetal e rechaçamos sua instrumentalização ao serviço de lucrativos interesses econômicos ou ideológicos.

Em primeiro lugar, reclamamos uma correta interpretação dos dados da ciência em relação com a vida humana em todas suas etapas e a este respeito desejamos se tenham em consideração os seguintes feitos:

a) Existem demasiadas evidências científicas de que a vida começa no momento da fecundação. Os conhecimentos mais atuais assim o demonstram: a Genética assinala que a fecundação é o momento em que se constitui a identidade genética singular; a Biologia Celular explica que os seres pluricelulares se constituem a partir de uma única célula inicial, o zigoto, em cujo núcleo se encontra a informação genética que se conserva em todas as células e é a que determina a diferenciação celular; a Embriologia descreve o desenvolvimento e revela como se desenvolve sem solução de continuidade.

b) O zigoto é a primeira realidade corporal do ser humano. Depois da fusão dos núcleos gaméticos materno e paterno, o núcleo resultante é o centro coordenador do desenvolvimento, que reside nas moléculas de DNA, resultado da adição dos genes paternos e maternos em uma combinação nova e singular.

c) O embrião (da fecundação até a oitava semana) e o feto (a partir da oitava semana) são as primeiras fases do desenvolvimento de um novo ser humano e no claustro materno não formam parte da sustantividade nem de nenhum órgão da mãe, embora dependa desta para seu próprio desenvolvimento.

d) A natureza biológica do embrião e do feto humano é independente do modo em que se originou, bem seja proveniente de uma reprodução natural ou produto de reprodução assistida.

e) Um aborto não é só a «interrupção voluntária da gravidez» mas um ato simples e cruel de «interrupção de uma vida humana».

f) É preciso que a mulher a quem se proponha abortar adote livremente sua decisão, depois de um conhecimento informado e preciso do procedimento e as conseqüências.

g) O aborto é um drama com duas vítimas: alguém morre e a outra sobrevive e sofre diariamente as conseqüências de uma decisão dramática e irreparável. Quem aborta é sempre a mãe e quem sofre as conseqüências também, embora seja o resultado de uma relação compartilhada e voluntária.

h) É portanto preciso que as mulheres que decidam abortar conheçam as seqüelas psicológicas de tal ato e em particular do quadro psicopatológico conhecido como o «Síndrome Post-aborto» (quadro depressivo, sentimento de culpa, pesadelos recorrentes, alterações de conduta, perda de auto-estima, etc.).

i) Dada a transcendência do ato para o qual se reclama a intervenção de pessoal médico, é preciso respeitar a liberdade de objeção de consciência nesta matéria.

j) O aborto é além disso uma tragédia para a sociedade. Uma sociedade indiferente à matança de perto de 120.000 bebês ao ano é uma sociedade fracassada e doente.

k) Longe de supor a conquista de um direito para a mulher, uma Lei do aborto sem limitações fixaria à mulher como a única responsável por um ato violento contra a vida de seu próprio filho.

l) O aborto é especialmente duro para uma jovem de 16-17 anos, a quem se pretende privar da presença, do conselho e do apoio de seus pais para tomar a decisão de seguir com a gravidez ou abortar. Obrigar a uma jovem a decidir sozinha a tão tenra idade é uma irresponsabilidade e uma forma clara de violência contra a mulher.

Em suma, consideramos que as conclusões que o Grupo Socialista no Congresso, por meio da Subcomissão do aborto, transladará ao Governo para que fique em marcha uma lei de prazos, agrava a situação atual e não escuta a uma sociedade, que longe de desejar uma nova Lei para legitimar um ato violento para o não nascido e para sua mãe, reclama uma regulação para deter os abusos e a fraude de Lei dos centros onde se praticam os abortos».

Fdo.:
Nicolás Jouve (Catedrático de Genética; DNI 1154811)
Francisco Ansón (Escritor; DNI 847005)
Cessar Nombela (Catedrático de Microbiologia; 1346619S)
Francisco Javier do Arco (Biólogo, Filósofo e Escritor; DNI: 00138438-N)
Vicente Bellver (Professor Titular Filosofia do Direito: DNI: 24335564T)
Luís Franco Beira (Catedrático de Bioquímica: DNI é 02.464.829B)
…/…

Seguem um milhar de adesões a data de 17 de março de 2009, e seguem aumentando.

Apresentado “o Manifesto de Madri”, uma mobilização sem precedentes da elite de pesquisa biomédica na Espanha contra a reforma legislativa sobre o aborto

Madri (Agência Fides) – Nasceu como o “Manifesto dos 300”, mas mudou o seu nome em “Manifesto de Madri” porque antes de sua apresentação contava um milhão de adesões entre professores universitário, intelectuais, cientistas, acadêmicos, e especialistas nos campos da genética, embriologia, medicina, antropologia, filosofia, biologia, histologia. O texto, que foi apresentado na terça-feira 17 de março, em Madri constitui uma mobilização sem precedentes porque com provados argumentos científico, se apresenta como uma resposta à proposta dramática e cruel da reforma legislativa sobre o aborto apoiada pelo governo. Os signatários constituem a elite de pesquisa biomédica na Espanha, a serviço dos melhores centros de pesquisa da Espanha e do mundo. Além disso, o número de adesões não para de crescer, superando as previsões iniciais dos promotores.

O documento “defende a vida humana em sua vida inicial, embrionária, fetal e rejeita a sua instrumentalização a serviço de grandes interesses econômicos ou ideológicos”. Segundo o que explicou durante a apresentação o professor universitário de genética, Nicolás Jouve de la Barreda, para “sair da ignorância da sociedade em relação ao princípio da vida humana” e para argumentar a sua defesa, os signatários desprezam as considerações ideológicas ou pessoais e se limitam a ilustrar cada ponto, os dados científicos relativos ao princípio da vida.

Entre eles se recordam que existe ampla e evidente documentação científica segundo o “qual a vida começa no momento da fecundação”, assim testemunham a genética, a biologia celular e a embriologia; que o “zigoto é a primeira realidade corporal do ser humano, o embrião, desde a fecundação até a oitava semana, e o feto, a partir da oitava semana, são as primeiras fases do desenvolvimento de um novo ser humano e no seio materno não fazem parte de nenhum órgão da mãe, não obstante dependam dela para o seu próprio desenvolvimento”.

Além disso, a “natureza biológica do embrião e do feto humano é independente da modo em que nasceu, tanto proveniente de uma reprodução natural ou produto de reprodução assistida” e que “um aborto não é a ‘interrupção voluntária da gravidez’ mas um ato simples e cruel de ‘interrupção de uma vida humana”.

Neste sentido, Mônica López Barahona, diretora acadêmica do Centro de Estudos biosanitários e consulente na área de bioética das Nações Unidas, afirmou que visto que o zigoto é vida, é vida humana, é um indivíduo único da espécie humana, “ele tem os mesmos direitos como qualquer outro indivíduo da espécie humana”. “Por este motivo, continuou, “entrar em certas definições de termos não é aceitável, se não pertence ou não à espécie humana segundo o número de células que tenha ou os quilos que pesa”.

Os signatários do manifesto reconhecem além disso que “o aborto é um drama com duas vítimas: uma morre e a outra sobrevive e sofre as conseqüências de uma decisão dramática e irreparável” porque pedem que as mulheres que decidem abortar sofram as conseqüências psicológicas em questão conhecidas como a “síndrome pós-parto”.

Diante da proposta parlamentar do grupo socialista, os cientistas propõem “uma regularização para acabar com os abusos e a fraude da lei dos centros onde se praticam os abortos” e ressaltam que “é necessário respeitar a liberdade de objeção de consciência nesta matéria, visto que não se pode obrigar ninguém a agir contra ela”.

Além disso, afirmam que “o aborto é particularmente duro para uma jovem de 16-17 anos que se pretende da presença, do conselho e do apoio de seus pais para tomar a decisão de prosseguir com a gravidez”. Portanto “obrigar uma jovem a decidir sozinha, numa idade tão precoce, é uma irresponsabilidade e uma forma clara de violência contra a mulher”. (RG) (Agência Fides 18/3/2009)

Fonte: Agência Fides.