Mensagem do dia (29/06/2014)

Note, meu amigo, como é belo ser católico: guardamos a mesmíssima fé, professada sem interrupção desde os primórdios: a nossa é a fé de Pedro e de Paulo, de Inácio de Antioquia, de Policarpo de Esmirna, de Irineu de Lião, de Lourenço, de Ambrósio, de Atanásio de Alexandria e de Agostinho de Hipona. É a fé que vem dos Apóstolos e subsistirá, pela assistência do Santo Espírito, até o fim dos tempos!

Dom Henrique Soares da Costa.

A caridade que movia Zilda Arns: fazer o bem e dizer a verdade

No trágico terremoto acontecido no Haiti, no dia 12 de janeiro próximo passado, faleceu a fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns. Trabalhando principalmente em prol das crianças mais necessitadas, aqueles a quem Jesus chamou os “pequeninos”, Zilda pereceu no cumprimento do dever, entre os pobres, os desvalidos, aqueles que mais precisam de apoio material. Aos 75 anos de idade, poderia ter se recolhido a uma justa aposentadoria e passar mais tempo com familiares, cuidando de netos e tratando apenas de assuntos particulares: já teria feito muito durante sua vida. Entretanto, abriu mão do conforto que lhe era acessível em prol de outras pessoas, justamente aquelas que jamais lhe poderiam recompensar.

Quando deres alguma ceia, não convides os teus amigos, nem teus irmãos, nem os parentes, nem os vizinhos ricos. Porque, por sua vez, eles te convidarão e assim te retribuirão. Mas, quando deres uma ceia, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos. Serás feliz porque eles não têm com que te retribuir, mas ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos (Lucas 14, 12-14).

É interessante que, nesta hora, tantos políticos e tantas autoridades se manifestem sobre seu falecimento, todos expressando condolências e pesares, ressaltando seu trabalho assistencial e de promoção da saúde entre os mais desvalidos. Uma grande perda, são unânimes em afirmar. Mas entre todas as notas, chamou-me a atenção o fato de nenhuma mencionar a firme e sempre reiterada oposição de Zilda Arns à liberação do aborto.

Comportando-se sempre em coerência com os princípios católicos, Zilda Arns não fazia concessões neste assunto. Poderia ter sido politicamente correta, calando-se sobre o tema ou repetindo slogans evasivos, tais como “temos que combater o ‘pecado social’ (seja lá o que isso signifique…), o que faz com que mulheres recorram ao aborto, essa sociedade injusta, a desigualdade social, a pobreza, bla bla bla bla…”

NÃO! POBREZA NÃO É JUSTIFICATIVA PARA ASSASSINATO! E temos que enfrentar a questão de frente: aborto é homicídio. Simples assim. Zilda Arns defendia enfaticamente esses pontos de vista “polêmicos” e, convenientemente, a grande mídia se “esqueceu” de mencioná-los nos diversos epitáfios que exaltavam a coragem e a determinação da médica pediatra. Vocês aí, leitores, acreditam que tal silêncio seja uma mera coincidência?

Comprometida que está até o último fio de cabelo com a causa abortista, seja por dinheiro, por safadeza ou estupidez mesmo, a grande mídia não poderia dar destaque a esse aspecto importantíssimo da atividade de Zilda Arns: a luta contra o aborto. A verdade é que em nossos dias é muito fácil fazer “boas ações”, principalmente com dinheiro alheio obtido através de fundações internacionais, isenções de impostos, doações de filantropos ou repasses do governo. “Fazer o bem” tornou-se profissão para muitos ongueiros oportunistas, que enchem a barriga vazia de alguns, além dos próprios bolsos, sem esquecer de encher o próprio ego quando o público em geral vê suas “ações sociais” divulgadas na imprensa e os parabeniza, como uma platéia que bate palmas em um show de auditório. “Boas ações”, como todos sabemos, dá bastante ibope.

Mas “fazer o bem” e “falar a verdade”, ah isso meu caro… São coisas bastante diferentes e que, infelizmente, hoje em dia nem sempre andam de mãos dadas. Entretanto, São Paulo nos recorda:

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine. Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, não sou nada. Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria! (I Coríntios 13,1-3).

Esta passagem bíblica, que até virou musiquinha melosa de banda pop, é bastante eloqüente: “boas ações” não significam o mesmo que caridade. E sem caridade, não há salvação. Diz o Catecismo da Igreja Católica a respeito do tema:

1822. A caridade é a virtude teologal pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas por Ele mesmo, e ao próximo como a nós mesmos, por amor de Deus.
1824. Fruto do Espírito e plenitude da Lei, a caridade guarda os mandamentos de Deus e do seu Cristo: “Permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor” (Jo 15, 9-10).
1828. A prática da vida moral animada pela caridade dá ao cristão a liberdade espiritual dos filhos de Deus. O cristão já não está diante de Deus como um escravo, com temor servil, nem como o mercenário à espera do salário, mas como um filho que corresponde ao amor “d’Aquele que nos amou primeiro” (1 Jo 4, 19):
“Nós, ou nos desviamos do mal por temor do castigo e estamos na atitude do escravo, ou vivemos à espera da recompensa e parecemo-nos com os mercenários; ou, finalmente, é pelo bem em si e por amor d’Aquele que manda, que obedecemos […], e então estamos na atitude própria dos filhos” (São Basílio Magno). (Terceira Parte do Catecismo da Igreja Católica, íntegra aqui).

Só há caridade, portanto, quando se ama a Deus sobre todas as coisas e ao próximo neste amor; quando surge o desinteresse de si mesmo em favor do próximo, fruto deste amor; quando o bem é realizado por si mesmo, sem a espera de recompensas, bajulações e elogios de outrem; e, especialmente: a caridade guarda os mandamentos de Deus.

Zilda Arns afirmava sem medo de parecer politicamente incorreta seu posicionamento pró-vida, defendendo com firmeza o cumprimento do quinto mandamento “Não matarás”. E semeou vida por onde trabalhou, por amor a Deus e ao próximo, sem se esquivar em dizer o que deveria ser dito. Fez o bem e disse a verdade. Exaltam os feitos de Zilda Arns, ao mesmo tempo que falam muito pouco sobre o que movia suas ações – a caridade: gratuidade, amor ao próximo e, principalmente, fidelidade a Nosso Senhor Jesus Cristo e seus mandamentos.

“Não basta a gente ser a favor da vida. A gente tem que proteger a vida”.

Zilda Arns.

Vamos todos ler e divulgar os seguintes textos:

  • Zilda Arns: “O povo não quer ampliação na lei do aborto!” – Post importantíssimo do blog O Possível e o Extraordinário, quando a Dra. Zilda Arns demonstrou a falácia dos dados da Organização Mundial de Saúde sobre abortos no Brasil.
  • Zilda Arns: a mártir em defesa da vida quanto estão em evidência os mensageiros da morte – Post de Reinaldo Azevedo. Trecho: “Zilda celebrava a vida no Haiti. Os contrastes são ainda mais evidentes: enquanto ela morreu para dar a vida — e se opunha ao aborto —, outros viveram para matar, consideram o aborto uma redenção e tentam impô-lo à sociedade como medida de mero bom senso.”
  • Entrevista: Zilda Arns: Médica sanitarista e pediatra – Site Popular Catarinense. Declaração de Zilda Arns: “O aborto é um crime, não apenas contra a criança, que tem direito à vida, mas contra a própria saúde da mulher. Estudos feitos em países que liberam o aborto – e ele é feito em hospitais, com auxílio médico – mostram que as mulheres que passaram por este procedimento têm muito mais chance de desenvolver câncer de mama.”
  • Liberação do aborto volta ao debate na Câmara – Jornal O Estado de São Paulo, 28/06/2007. Em audiência pública na Câmara dos Deputados, Zilda Arns afirma: “Aborto é um crime covarde e trágico porque implica em matar. Aborto legal não é o mesmo que aborto seguro”. Segundo o jornal, “Zilda Arns disse que os defensores da interrupção voluntária da gravidez (nota: eufemismo politicamente correto para aborto) usam ‘números mentirosos’ quando falam em mais de 1 milhão de abortos clandestinos por ano no País”.
  • Relator quer estatísticas mais precisas sobre o aborto – Agência Câmara, 27/06/2007. Sobre a discussão em torno do Projeto de Lei 1135/91, que legaliza o assassinato de bebês ainda no ventre materno no Brasil, outra declaração de Zilda Arns: “A Pastoral da Criança visita mais de 1,5 milhão de famílias por mês e verifica que as mulheres não querem a legalização do aborto, e sim assistência de qualidade e humanizada no pré-natal, no parto e no pós-parto”, disse.
  • “Sou absolutamente contra o aborto” – Entrevista com Zilda Arns na Revista IHU online.
  • Mortalidade materna não é motivo para legalizar aborto, diz Zilda Arns – matéria da Agência Brasil. Zilda Arns fala sobre as orientações da Pastoral da Criança: “Eu aconselho às mulheres que estão grávidas, e se for uma gravidez indesejada por estupro ou por qualquer outra maneira, que levem adiante essa gravidez, procurem a Pastoral da Criança, que é realmente forte em ensinar as mulheres a como levar a gravidez para a frente”.
  • Zilda Arns e o falso pesar de Lula – blog Contra o Aborto. Trecho: “Só o Senhor Deus sabe quem é digno ou não de vê-Lo face a face, mas eu, em minha ótica demasiadamente humana, gosto de pensar que há um bocado de festa no Céu com a chegada de Zilda Arns por lá, e que entre os que lhe acolherão estarão muitos não-nascidos que ela infelizmente não pôde salvar. Os mesmos não-nascidos que Lula e sua turma querem que suas mortes devam ser encaradas como “direito humano”.
  • Íntegra da alestra de Zilda Arns no Haiti, publicada no blog do Grupo de Estudos Veritas. Trecho significativo: “Espera-se que os agentes sociais continuem, além das referências éticas e morais de nossa Igreja, a ser como ela, mestres em orientar as famílias e comunidades, especialmente na área da saúde, educação e direitos humanos. Deste modo, podemos formar a massa crítica das comunidades cristãs e de outras religiões em favor da proteção da criança desde a concepção, e mais excepcionalmente até os seis anos, e do adolescente.” (Destaques meus)

Historiador ou sapateiro?

Pois é, de vez em quando eu não resisto e interrompo os trabalhos na minha dissertação de mestrado pra botar ordem aqui na casa. Tô pensando em abrir uma seção de “humor” aqui no blog. Vejam, por exemplo, que maravilha essa última pérola que recebi:

Olha, li os comentários do pessoal e as respostas do dono deste blog. Não entendo nada de homossexuais nem de psicólogos milagreiros, mas o que vi, e fiquei pasmo, foi o nível de agressividade do senhor ou senhora JORNADA CRISTÃ (sem trocadilhos, é que não sei se se trata de um homem ou de uma mulher) ao responder a todos os questionamentos que vão contra o seu ponto de vista.

**** Não, não. Você não está sabendo distinguir as coisas – e age assim porque não é uma pessoa de boas intenções. Não estou concorrendo ao miss Simpatia, não sou candidato ao cara mais legal do mês, este blog não participa de concursos de popularidade, não tenho perfil no Orkut para ter um milhão de amigos e ser adorado por eles. Eu respondo agressivamente a quem vem com pedras na mão. Já expliquei aqui, explico de novo: quem vier educadamente discutir, defendendo pontos de vista diferentes, será sempre acolhido, bem recebido – como já aconteceu aqui neste blog. Quem vier com insultos, xingamentos, estupidez, não vai ter respostinha bem educada. Simples assim.

Uma demonstração pura e direta da falta de educação, do egocentrismo, da grosseria, da estupidez e da falta de tolerância que é marca registrada dos católicos, dos evangélicos e de todos os demais religiosos. Que coisa feia! Mas é bom pra quem não acredita, ver com seus próprios olhos!

**** Pois essa sua frase é a demonstração pura e direta do seu preconceito contra religiosos em geral. Baseado no que leu em meu blog, cujo conteúdo é apenas de minha responsabilidade, de mais ninguém, chega à brilhante conclusão de que a falta de educação e bla, bla, bla, é “marca registrada dos católicos, dos evangélicos e de todos os demais religiosos” – vejam bem, todos, não escapa um. Se os religiosos são assim, essas pestes, o que dizer sobre os 80 por cento dos comentários que recebo de gente xingando a mim, à Igreja, o Papa e etc, alguns com as palavras mais chulas contidas em qualquer dicionário escatológico? Por acaso é justo eu julgar todos aqueles que não são católicos a partir dos idiotas que aparecem por aqui deixando seus excrementos?

Quantas instituições católicas existem para cuidar dos mais carentes, dos mais pobres, dos mais desvalidos? Preciso enumerá-las? Preciso lembrar ao sr. historiador que foi a Igreja Católica quem inventou o conceito de “assistência social” e aplicou-o, levando conforto e alívio ao sofrimento de tantas e tantas pessoas no decorrer de dois mil anos? Repetindo um dado que já citei aqui, 25 por cento dos doentes de AIDS no mundo são tratados em instituições católicas, ou diretamente apoiadas pela Igreja Católica, independentemente de qualquer preceito moral.

Então, a “marca registrada” dos cristãos é o “egocentrismo”, a “grosseria”, a “estupidez”, a “falta de tolerância”. O senhor chegou a essa maravilhosa descoberta lendo o meu blog?

Por acaso, você é o tolerante?

Você é o humilde?

Quer um adjetivo polido para qualificar este seu comentário? Que tal… “estúpido”?

Você é um almofadinha folgado fingindo educação, isso sim!

Vejam que interessante: na imprensa, o que mais tem é jornalista anti-católico cuspindo na Igreja, em seus dogmas, ensinamentos, práticas e no clero. Quando um católico se defende de forma contundente, dando nome aos bois, chamando idiota de idiota, estúpido de estúpido, vigarista de vigarista, aparece unzinho se sentindo incomodado! Ai, tadinho! Muito sensível, você.

Então, se alguém entra aqui no meu blog e desrespeita a minha crença, a minha fé, insulta meus sentimentos religiosos, eu devo ser delicadinho? Devo tratar com respeito a quem me falta com o respeito? Vou oferecer um chazinho pra quem vem com burrice pro meu lado? Chega um folgado aqui falando bravatas e eu devo ouvi-lo de cabeça baixa? Vou discordar civilizadamente de quem quer destruir a Igreja? Vou ser simpático com quem espinafra o ensinamento milenar da Igreja baseado apenas em senso comum?

Não vou não. Mas não vou mesmo.

Ah, a propósito, acho que por aqui ainda não sabem mas as teorias do Freud já foram todas por água abaixo perante as novas correntes acadêmicas da psicologia. Sua história é considerada mais como a de um sujeito pervertido, com obsessões sexuais por membros de sua própria familia, do que propriamente um cientísta. Mas isso não vem ao caso.

****A propósito, aqui há um problema de interpretação de texto. Ao citar Freud, entre outros psicólogos e psiquiatras, em uma discussão nos comentários sobre o post do julgamento da psicóloga Rozangela Justino, não entrei no mérito da validade de tudo aquilo que esses homens defenderam. Para quem achou que não ficou claro, é simples: não há unanimidade na psiquiatria sobre a natureza das relações homossexuais. Alguns grandes estudiosos foram unânimes em rejeitar ou pelo menos questionar a normalidade dessas relações. É sobre isso que estou falando, não estou defendendo este ou aquele pensador na totalidade de seu pensamento.

Em síntese: não apelei para um argumento de autoridade, ao afirmar que Sigmund Freud, Alfred Adler, Viktor Frankl e Carl Jung defendiam determinado ponto de vista (ao menos parcialmente). O que quis dizer é que esses quatro, que estão seguramente entre os mais importantes psiquiatras do século XX pela amplitude de seus trabalhos, têm uma argumentação que precisa ser refutada a respeito desse assunto, o homossexualismo, para que se possa afirmar que há um consenso na psicologia e na psiquiatria a respeito desse tema. E isso ainda não aconteceu.

Poranto, o comentarista aqui construiu um “boneco de palha” e destruiu-o, crente de que estava refutando qualquer coisa que eu tivesse dito. Sem perceber, desviou-se completamente do assunto, pior ainda: festejou igual criança em dia de malhação do Judas (“acho que por aqui ainda não sabem”…). Que coisa mais patética.

E outro problema é afirmar convicto que as teorias freudianas “já foram todas por água abaixo”. Isso é extremamente complicado, bastante discutível. São atitudes igualmente imprudentes exaltar ou desmerecer por completo a psicanálise e a obra de Freud. Eu não sou psicanalista, nem tenho tanta simpatia assim pelo médico austríaco. Até afirmei no texto sobre Viktor Frankl publicado aqui neste blog:

Ao contrário de Sigmund Freud, que dizia que a força motivadora do ser humano era o “princípio do prazer”, e de Alfred Adler, outro psiquiatra austríaco (autor da expressão “complexo de inferioridade”), que dizia que a “busca de superioridade” (“vontade de poder”) era o que determinava as ações dos indivíduos, Frankl afirmava sem titubear: a sua teoria, a logoterapia, “concentra-se no sentido da existência humana, bem como na busca por este sentido”. O desejo de encontrar um significado para a própria vida é o que faz a vida valer a pena. O homem é livre para escolher seu caminho e encontrar o sentido para sua existência. A vontade de sentido é o que move o ser humano.

Então, nesta questão em particular (entre outras, como a universalidade do Complexo de Édipo), Freud está superado sim. Mas mesmo Viktor Frankl era tão gentil, cavalheiro e honesto, que fazia questão de ressaltar a importância dos estudos de Freud para sua formação. Ele disse algo como “Freud era um gigante, mas eu, pequenino como sou, subi à altura de seus ombros e vi coisas que ele não conseguiu perceber”. Desculpem-me, a frase não é exatamente essa, mas o espírito do pensamento de Viktor Frankl é esse: muito do que a psicologia e a psiquiatria descobriram nos últimos cem anos deve-se ao pioneirismo de Freud. Isso não pode ser negado ou jogado fora.

Espero que publiquem este meu comentário e não façam como outros blogs de cristãos por ai que não publicam os coments quando não gostam. E, por favor, evitem os argumentos bobões como: “Ah, não vão refutar senhores doutores???!!!” Rrsrsrssr!

**** Você precisa tanto assim do seu comentário ser publicado aqui neste blog tão insignificante, mantido por um sujeito tão, de acordo com suas palavras, egocêntrico, grosseiro, estúpido e intolerante? Tá precisando de um xodó? De uma namorada? De um cafuné? Ou de um chute no traseiro pra criar vergonha na cara e deixar de ser tão arrogante, prepotente e metido a besta?

Mas se por outro lado alguém quiser entrar num imbróglio comigo, o que seria bem típico de gente como vocês, peço por gentileza que venha com cabedal. Pois eu detesto gente ignorante, não falo a toa, e tenho preparo pra isso.

**** Ah, você tá precisando consertar sapato, bolsa, casaco, por isso tá pedindo cabedal? Olha, pelo conteúdo de sua argumentação, é melhor mesmo você mudar de ramo de atividade. Consertar sapatos é algo que tem muito mais a ver com o nível intelectual que você demonstrou aqui (com todo o respeito aos sapateiros, é claro). Vem cá, com qual objetivo você quer conversar? É pra mostrar suposta erudição? A quem? Você é preconceituoso, fingido, um bocó que pensa que entende alguma coisa de psicologia mas só dá vexame em julgamentos pra lá de precipitados… Qual é a sua, rapazinho? Quem você pensa que é?

Gabriel Heinrich é historiador formado pela Unifor/CE com especialização em antropologia na Columbus university, EUA, 2006. Reside atualmente na cidade de Fortaleza onde presta serviços de consultoria para empresas privadas no setor de recursos humanos e pesquisa social.

**** Gente, ele tem especialização em antropologia lá nos Istêitis, como estou impressionado!!! Como diria o Didi Mocó: ai, que mêda!!! Atenção vendedores de cabedais, entrem em contato com o digníssimo sr. Gabriel e preparem um estoque reforçado para atendê-lo; como podem ver, ele está precisando urgentemente de boa quantidade de cabedal.

Por que se “desbatizar”?

Por Claudio de Cicco.

Li no jornal “O Estado de S.Paulo” do dia 13.04.2009, pág. A-14, que, na Argentina, algumas ONGs estão propondo um “desbatismo” coletivo para as pessoas que foram batizadas quando eram bebês na Igreja Católica e não desejam mais participar oficialmente dela, já que são atéias, agnósticas ou genericamente religiosas, mas indiferentes aos preceitos católicos. O movimento denominado “No em mi nombre”, ou seja, “Não em meu nome”, propõe aos argentinos que não se consideram mais católicos que enviem cartas aos bispos das cidades em que foram batizados para que “conste oficialmente dos registros da Igreja que não integram mais o rebanho”. Informa ainda o referido periódico que os ateus constituem um grupo em rápido crescimento naquele país, congregando 11,3 % da população.

Infelizmente, parece não se tratar de uma brincadeira de mau gosto, mas de um claro desejo de renegar o próprio Batismo. Inúmeras pessoas se proclamam “católicos não-praticantes” ou “católicos sem convicção”, mas, mesmo em tais casos, ninguém clara e abertamente deseja anular o ato que, quando recém-nascidos, as ligou à Igreja Católica. Portanto, trata-se de algo novo e radical, um repúdio público e notório do próprio Batismo.

Passado o primeiro choque, reparamos, no entanto, em algo curioso: se este ato coletivo de “desbatismo” provém do número crescente de ateus e agnósticos na Argentina, por que – supondo-se que o ateu não acredita em Deus, nem em Jesus Cristo, nem na Igreja Católica – formalizar o repúdio de algo que em sua descrença não existiu? Por que anular um ato em que nossos padrinhos, em nosso nome e para nosso benefício, renunciaram ao diabo, a suas pompas e obras? A menos que sejam pessoas que sabem o que significa o sacramento do Batismo e que se sentem incomodadas por terem sido batizadas, quer dizer não atéias propriamente.

Se for este, como parece, o caso, pode-se perguntar por que não querer estar unido a Alguém que passou pela Terra fazendo o bem, não ergueu a mão senão para curar, por que não querer nada com Jesus Cristo? Por que se desligarem oficialmente da Igreja, cujos Bispos são a continuidade histórica dos Apóstolos de Jesus? Quererão por acaso renegar a Cristo e voltar à servidão do Antagonista? Por que se desligarem de algo que não existe, se são ateus e incrédulos? Ou será que se esqueceram de que foi a Igreja Católica que acabou com a escravidão generalizada em todos os países pagãos da Antiguidade, que deu à mulher uma dignidade que as leis não lhe reconheciam, considerando-a mero objeto de prazer do homem? Que foi a Igreja que, cumprindo o mandato de seu Fundador, batizou e civilizou os bárbaros e construiu a Europa que hoje conhecemos? Então, me desculpem, mas não são ateus, nem agnósticos, pois para o ateu como para o agnóstico tudo isso não tem valor algum.

Por que não desejam mais que a Igreja aja em seu nome, “Não em meu nome”? Quando a Igreja faz campanha de agasalho aos pobres, recruta missionários para cuidar dos doentes, jovens para acolherem em creches e abrigos as crianças abandonadas por seus próprios pais? Por que não quererem os adeptos do “desbatismo” ter nenhuma participação nisso?

A que ponto chegamos! O desligamento da Igreja Católica sempre foi considerado uma terrível punição: os maiores potentados da História o temiam. Henrique IV, Imperador da Alemanha, esperou uma noite inteira na neve, rente às muralhas do castelo de Canossa, para que o papa São Gregório VII levantasse a excomunhão que sobre ele pesava. Na Inglaterra, o fato de ter excomungado um barão normando, amigo do rei Henrique II da Inglaterra, pela morte de um padre, levou o Arcebispo de Cantuária, São Tomás Becket a ser martirizado em sua própria catedral…. Então tudo isso é perda de tempo? O que diriam os adeptos do “desbatismo”?

Conta-se do célebre romancista francês J.K. Huysmans que ele passou a acreditar na presença de Cristo no Santíssimo Sacramento da Eucaristia, quando, convidado por conhecidos metidos a esotéricos, assistiu a uma “missa negra”, celebrada por um padre apóstata. Tais foram os insultos e obscenidades que viu, praticadas contra a hóstia que concluiu: “Deve ser mesmo o Corpo de Cristo, senão eles não perderiam tanto tempo com uma simples rodela de pão!” E se converteu ao Catolicismo, escrevendo livros edificantes como “A Catedral”.

De quem virá a ordem “Ide e desbatizai”? Certamente daquele Príncipe deste mundo, seguido por aqueles infelizes que, na dura expressão de São Pedro Apóstolo, “como cães voltaram ao seu vomito.” (II Pedro, 2,22).

Jesus, no entanto, disse a seus discípulos, com infinito amor: “Ide e ensinai a todos os povos, batizando-os em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo” (Mt, 28,19). De Huysmans, podemos tirar uma grande lição: nosso Batismo vale muito, pois nos marca com o sinal do Filho de Deus.

Fonte: Catolicanet.

Na África, Comissão de Bioética católica proclama: “‘AIDS cultural’ infecta nosso mundo”

ÁFRICA/BURQUINA FASO – A Comissão de Bioética católica: a Aids não é somente uma patologia biológica, enquanto em nossos dias a sociedade se inclina a perder a sua imunidade adquirida em relação aos valores, a verdade e a ética

Ouagadougou (Agência Fides) – “Com o Santo Padre, nós reiteramos com todas as nossa forças: Não à banalização da sexualidade que induz a um comportamento irresponsável, enquanto a promiscuidade sexual é causa de vários maus, morais e físicos; Não a uma educação sexual sem dimensão moral, que consista em incitar e iniciar precocemente os jovens à sexualidade, e que os predisponham o abandonar-se à vagabundagem sexual e às infecções sexualmente transmissíveis. Reiteramos que a Igreja dará sempre a sua ajuda na luta contra a Aids/Hiv em Burquina Faso, ajudando no quadro estratégico elaborado a este objetivo, e permanecendo sempre junto das pessoas que sofrem”. É o que afirma a Comissão de Bioética Católica da Conferência Episcopal de Burquina Faso e Níger, num comunicado enviado à Agência Fides.

Voltando na interpretação feita por alguns meios de comunicação internacionais sobre as palavras do Santo Padre Bento XVI em sua viagem à República de Camarões sobre a luta contra a Aids, denegrindo-o sem algum respeito e comparando-o a uma personagem dos séculos passados, e sobre o uso do preservativo, o documento traz integralmente a pergunta colocada pelo jornalista e a resposta dada pelo papa. “Uma frase tirada de seu contexto se torna uma arma com duplo corte, enquanto todo leitor pode interpretá-la com o quiser”, ressalta o documento, referindo-se ao fato que alguns tiraram uma frase do papa de sua resposta articulada (não se pode superá-lo com a distribuição de preservativos: ao contrário, aumentam o problema”) para apresentá-la como motivo de escândalo.

O documento exorta a “estar vigilantes para não se deixar influenciar por certos tipos de imprensa que tem como objetivo o sensacionalismo ou tirar a atenção dos verdadeiros problemas. A Aids que é a ‘síndrome da imunodeficiência adquirida’ não é somente uma patologia biológica, enquanto em nossos dias a sociedade se inclina a perder a sua imunidade adquirida em relação aos valores, a verdade e a ética. Neste caso estamos afetados por uma ‘Aids cultural’ que está infectando o nosso mundo e o seu contágio se tornará sempre mais incalculável”.

A Comissão de Bioética ressalta que “alguns jornalistas, aproveitam de sua posição e de sua tarefa, sem perceber a deontologia da informação, criticaram severamente o papa quando não se tem nada de novo sobre a posição da Igreja em relação às relações entre preservativos e Aids. Quem conhece os princípios da Igreja sabe que o papa não dirá coisas novas numa simples entrevista, mas se é o caso escreverá uma encíclica sobre o tema”.

É então reiterado o pensamento expresso por Bento XVI sobre o tema: denunciar a grave responsabilidade daqueles que propagam uma ideologia de liberdade sexual através do uso de preservativo; recordar que a estrada melhor na luta contra a Aids é o da educação civil e religiosa no sentido da responsabilidade; apresentar as três formas de luta contra a Aids em que a Igreja se empenha: educação à responsabilidade das pessoas no uso das sexualidade e a reafirmação da função essencial do matrimônio e da família, pesquisa e aplicação de terapias eficazes colocando-as à disposição do maior número de doentes (25% dos centros de assistência sanitárias que no mundo se ocupam dos doentes de Aids é constituído por estruturas católicas), assistência humana e espiritual dos doentes de Aids e de todos os doentes, que estão sempre no coração da Igreja.

Ilustrando a posição da Igreja em Burquina Faso sobre a Aids, o documento ressalta que se trata da posição da Igreja universal, com uma luta coletiva e individual. “A Igreja, que mira à perfeição e à santificação de todos os homens de boa vontade, propõe um meio seguro para vencer a Aids: a abstinência e a fidelidade. Certamente todo estado leigo pode livremente propor à sua população outros métodos de luta. Mas certamente não será somente a distribuição de preservativos nas escolas, nos colégios, nos institutos, nos povoados e nas praças dos mercados que reduzirá a prevalência da Aids na África e no mundo”. Na parte conclusiva se recorda que a Aids não é somente uma doença física, enquanto atinge também a psique da pessoa doente, as suas relações e toda a sociedade, por isso não se pode limitar em combatê-la com o preservativo. “É preciso uma formação apropriada, uma educação à responsabilidade individual e coletiva, e é sobre este ponto que as consciências devem ser iluminadas”. (S.L.)

Fonte: Agência Fides.

Preservativo não foi solução para AIDS na África do Sul

Um vídeo confirma as palavras do Papa

JOHANNESBURGO, quarta-feira, 25 de março de 2009 (ZENIT.org).- Um novo site oferece documentários nos quais se mostra como é possível lutar contra a AIDS desde uma perspectiva cristã e mostra como, a partir da experiência sul-africana, o preservativo não está detendo a epidemia.

A iniciativa, recém-lançada na rede, publica os documentários audiovisuais, produzidos por Metanoia Media, «Semear entre lágrimas», merecedor de vários prêmios, assim como «Chegou a mudança», no qual se apresentam imagens e testemunhos inéditos dos ativistas católicos na luta contra a AIDS, na África do Sul e na Uganda.

Norman Servais, diretor da companhia de produção sul-africana, explicou à Zenit que «meu país, como se sabe, é a capital mundial da AIDS, de maneira que podem falar-nos de preservativos, se quiserem, mas nós lhes responderemos que não são a solução».

O bispo Hugh Slattery, de Tzaneen, na África do Sul, promoveu a produção destes vídeos como parte de um programa para responder à AIDS a partir de uma perspectiva católica.

Em uma entrevista com Zenit, Dom Slattery explica que o objetivo do segundo documentário consiste em mostrar que «a abstinência antes do casamento e a fidelidade no casamento deterão rapidamente a difusão da AIDS».

Um terceiro documentário da série, «Chamados a prestar ajuda», enfrentará o tema da «assistência aos enfermos, aos que vão morrer, e aos órfãos da AIDS», explica o produtor.

O quarto vídeo, que será divulgado ao final deste ano, mostrará «o casamento e a família como a autêntica solução à pandemia da AIDS».

Mais informação em The Change Is On!

httpv://www.youtube.com/watch?v=ErHLNc9F-UA

Fonte: Zenit. Ver também: Para combater a AIDS na África, é necessário sobretudo a educação em valores, considera o cardeal senegalês Théodore-Adrien Sarr.

Burrice? Não, esperteza mesmo!

Vejam mais uma pérola:

Ué, ele contradisse sim. Qual o problema de vocês? A igreja não fez voto de pobreza? Pra quê tanto luxo então? O pior cego é aquele que não quer ver! E você sabia que a Igreja Católica é acionista das maiores empresas italianas e uma das maiores acionistas da Nestlè? Já que não podem vender “patrimônio histórico” (como se a riqueza da igreja fossem só “patrimônios históricos”) vendam as ações e revertam o dinheiro aos pobres. Mas é claro que não farão isso, afinal é fácil acusar os outros e não fazer nada a respeito. Concordo integralmente com que o comentador postou: Jesus chicotearia todos do alto clero igual fez com os vendilhões do templo!

Quando bati os olhos no comentário, pensei: rapaz, quanta burrice! Mas, esperem um momento… Burrice coisa alguma. É a esperteza de sempre dos inimigos da Igreja. Cadê a refutação a algum argumento exposto aqui sobre a necessidade de a Igreja ser uma instituição rica? E ainda vem com essa de “pior cego…” Ora, são pessoas como a senhora que se recusam a ver as obras assistenciais da Igreja pelo mundo. E se recusam a ver que, para sustentar essas obras, é necessário dinheiro, muito dinheiro. E, portanto, a Igreja precisa de ser uma organização financeiramente sólida.

Em primeiro lugar, a Igreja Católica não é uma entidade economicamente unificada, portanto é muito mais complicado que aparenta sustentar a instituição tendo em vista que cada diocese é financeiramente praticamente independente da outra. Então, é mais um motivo para o Vaticano ser rico, já que muitas vezes precisa socorrer dioceses e paróquias em dificuldades pelo mundo. Em segundo lugar, a Igreja não fez “voto de pobreza”. Algumas ordens religiosas e prelazias exigem sim, de seus membros, voto de pobreza. Nem todos os religiosos são obrigados a fazer esse voto.

Mas essa gente liga pra qualquer explicação? Claro que não liga. A Igreja tem muito dinheiro e… tem que doá-lo todo! Distribuir! Ah, essas pessoas estão mesmo tão interessadas nos pobres!

Se a “Igreja” (uma diocese, o Vaticano ou uma ordem religiosa) for uma das acionistas da Nestlé, qual o problema se ela utiliza os lucros das ações ou de qualquer outra aplicação financeira para ajudar a se manter economicamente e manter suas obras assistenciais? Ah, não pode, tem que vender as ações! Vende tudo!

Mas tem uma coisinha. Se a Igreja vende todas as suas fontes de renda, daí como irá se manter? Sem ter uma fonte de renda permanente, a Igreja um belo dia abre falência e justamente fanfarrões como a senhora vão sair às ruas, batendo bumbo de felicidade! Está se fazendo de burra ou é burra mesmo? Ou… na verdade a senhora é muito esperta?

Claro que é esperteza. Voltaire, um dos maiores inimigos que a Igreja já teve, pregava que, para destruir a Igreja, é fundamental estrangulá-la economicamente. É isso o que está por trás deste discurso. Se recusam a reconhecer o óbvio porque, na verdade, sabem que uma Igreja fragilizada economicamente teria sua unidade e ação missionária comprometidas.

Repito à pergunta que a comentarista e os outros babões raivosos se recusam a responder: e quanto dinheiro é doado anualmente pela Igreja para instituições de caridade, que cuidam de pessoas ao redor do mundo? Quantos hospitais, abrigos, orfanatos, leprosários dependem financeiramente da Igreja Católica? Qual argumento a senhora e os outros críticos têm para afirmar que a Igreja, sobre a pobreza, só faz “acusar os outros e não fazer nada a respeito”? Claro que não é confusão mental: é cinismo, má-fé mesmo. Vou repetir a estatística: 25% dos doentes de AIDS no mundo inteiro estão sob os cuidados de instituições pertencentes ou dependentes da Igreja Católica. E o que sustenta essas instituições? Dinheiro da Igreja. O que dizer do trabalho de uma instituição como a Ajuda à Igreja que Sofre, que está presente nos lugares mais terríveis do mundo, onde milhões de pessoas sofrem com a fome, a perseguição política, as precárias condições de vida e a desesperança, e a única a ajudá-los é a Igreja Católica? A senhora, se tivesse um pingo de vergonha na cara, reconheceria isso.

Pra encerrar, todas as vezes que ouço essa ladainha mal-intencionada de “por que a Igreja não vende suas coisas e dá para os pobres?” eu me lembro de uma passagem bíblica bastante elucidativa. Trata-se de um trecho do evangelho de São João, capítulo 12, versículos 1 a 8. Grifo as partes mais esclarecedoras:

Seis dias antes da Páscoa, foi Jesus a Betânia, onde vivia Lázaro, que ele ressuscitara. Deram ali uma ceia em sua honra. Marta servia e Lázaro era um dos convivas. Tomando Maria uma libra de bálsamo de nardo puro, de grande preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. A casa encheu-se do perfume do bálsamo. Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de trair, disse: Por que não se vendeu este bálsamo por trezentos denários e não se deu aos pobres?
Dizia isso não porque ele se interessasse pelos pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa, furtava o que nela lançavam. Jesus disse: Deixai-a; ela guardou este perfume para o dia da minha sepultura. Pois sempre tereis convosco os pobres, mas a mim nem sempre me tereis.

Vocês acham que essas pessoas realmente se interessam pelos pobres? Nada. O sonho mesmo dessa turminha raivosa é destruir a Igreja – senão, pelo menos reconheceriam o que a Igreja sempre fez e ainda hoje faz pelos mais necessitados em todo o mundo. Continuem tentando, vamos lá… Outros, bem mais inteligentes e mais poderosos que vocês, tentaram nos últimos 2000 anos e não conseguiram.

Vigarice e demagogia não têm fim

(Leia primeiro o post seguinte)

Um engraçadinho fez uma comunidade no Facebook propondo “trocar os ‘tesouros’ do Vaticano por comida para a África”. Com aquele discurso cínico, idiota, vagabundo e vigarista de sempre, propôs que a Igreja vendesse seus bens e desse dinheiro para alimentar os famintos da África.

Vou procurar um texto do querido Padre Tonico a respeito das “riquezas da Igreja” para publicar aqui no site. Enquanto isso, algumas considerações.

Em primeiro lugar, a preocupação desse nobre internauta com a África é comovente. Ele deve estar também muito bem informado sobre o que acontece lá naquele continente. Certamente conhece as obras assistenciais que a Igreja desenvolve por lá. Sabe também que através de várias entidades a Igreja mantém hospitais, escolas, creches, abrigos e fornece educação, alimentação, serviços de saúde para milhões de miseráveis que têm assistência bastante precária do poder público.

Muito bem! Esse tão caridoso internauta, que certamente com a melhor das intenções abriu essa comunidade, também sabe que o Vaticano doa consideráveis somas em dinheiro todos os anos para manter essas obras por vários países africanos. Nosso espertíssimo adversário também sabe que a Igreja cuida de cerca de 25% de todos os doentes de AIDS no mundo inteiro – grande parte dos infectados pelo HIV estão na África.

Ah! Mas isso não basta! Afinal de contas, o Vaticano é riquíssimo! Tem muito ouro por lá! Vende tudo! E dá o dinheiro para os pobres!

Em primeiro lugar, espertinho, como o Vaticano poderia vender essas obras? A quem as venderia? Você quer comprar a Pietà? O Bill Gates, que tal ele, poderia comprar a Capela Sistina. Que tal? Seria bacana né?

Daí o Vaticano doaria todo o dinheiro arrecadado para a África… Mas, espere um momento: e como o Vaticano se sustentaria? De onde o Vaticano tiraria dinheiro para manter sua própria estrutura organizacional, seus funcionários, os núncios apostólicos em todo o mundo? Como o Vaticano poderia organizar a Igreja Católica em todo o mundo sem uma de suas principais fontes de renda, que são os museus que atraem turistas de todos os cantos?

Por que o interessadíssimo e ilustríssimo internauta não sugeriu a outros museus e fundações do mundo que fizessem o mesmo, que vendessem suas riquezas e obras de arte, e doassem dinheiro para os pobres, mas “sugeriu” apenas à Igreja Católica que o fizesse?

Eu preciso dizer ao internauta mais esperto que esse safado, vigarista, mentiroso, canalha, cínico e demagogo quer apenas atacar a Igreja? Como se pra começo de conversa a Igreja fosse tão rica quanto dizem – e não o é, em primeiro lugar porque a maioria das obras que estão em seu poder nem têm valor comercial, ou esse valor é simplesmente impossível de ser mensurável. Ou quanto você acha que custa o teto da Capela Sistina?

Em segundo lugar, como foi bem lembrado pela matéria da Zenit, o Vaticano guarda tesouros preciosos que também pertencem ao estado italiano, não podendo portanto dispor desses bens com essa facilidade. A Itália tem deveres para com o Vaticano e vice-versa: o que acham que a população italiana iria pensar se o Papa resolvesse vender umas pinturas aí do Leonardo da Vinci pertencentes à Pinacoteca do Vaticano para arrecadar uns cobres para a Igreja? Ou seja: essas obras estão sob a guarda da Igreja, e a Igreja lucra com a exposição delas; mas a Igreja tem os seus deveres para com todo esse patrimônio artístico, ao dispender dinheiro e esforços para a manutenção dos museus visando justamente a conservação dessas obras.

O Vaticano doa consideráveis somas em dinheiro a instituições e iniciativas de combate à fome e à pobreza em todo o mundo, grande parte desse dinheiro vêm justamente dos recursos obtidos pelos Museus Vaticanos. Além disso, a Igreja Católica necessita de dinheiro para sua própria subsistência. É claro que uma instituição de tal porte necessita de muitos recursos financeiros para se manter. E graças a esses recursos é possível manter milhares de obras de assistência em todo o mundo, ajudando não só espiritualmente mas também materialmente milhões de pessoas.

O que não consigo entender é como tanta gente engole um discurso tão estúpido e demagógico quanto o desse boboca. É claro que não dá pra dialogar com esse tipo de gente: o discurso desse farsante tem que ser apresentado e desmascarado em público.

Polêmica sem fim: o Concílio Vaticano II – ruptura ou continuidade?

Esses últimos dias foram bastante movimentados para nós, católicos. A revogação da excomunhão aos bispos ordenados pelo arcebispo francês Marcel Lefebvre reascendeu a discussão sobre a validade do Concílio Vaticano II e à obediência a seus decretos. Zenit publicou ontem artigo relacionado ao assunto. Transcrevo um trechinho:

Concílio, eixo do magistério de Bento XVI, segundo cardeal Bertone

Rejeita que o Concílio tenha suposto «uma ruptura» na história da Igreja

ROMA, sexta-feira, 30 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- «Alguns sustentam que o Concílio Vaticano II supôs uma nova ‘Constituição’ na Igreja, mas isso é absurdo», como manifestaram todos os papas até agora, inclusive Bento XVI: assim explicou o cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado Vaticano, em uma conferência sobre o pensamento do Papa Bento XVI, por ocasião do 60º aniversário da fundação do Círculo de Roma, segundo recolhe L’Osservatore Romano em sua edição de ontem.

O cardeal Bertone afirmou que a tese que uma ruptura entre a Igreja anterior e posterior ao Concílio é «falsa», pois «a constituição essencial da Igreja vem do Senhor, que se entregou a nós para que pudéssemos alcançar a vida eterna e, partindo desta perspectiva, estamos em situação de iluminar também a vida no tempo e o próprio tempo».

Para o purpurado, o Vaticano II gerou «duas interpretações opostas: a da descontinuidade e a ruptura, que obteve simpatia da mídia e de uma parte da teologia moderna», e «a da reforma e a renovação na continuidade da única Igreja que o Senhor deu, e que é a que está, silenciosamente, mas cada vez de modo mais visível, dando fruto».

Portanto, o Papa atual, acrescentou, «inscreve-se a título pleno no grupo de pontífices que disse ‘não’ à hermenêutica da descontinuidade e ‘sim’ à da reforma, tal como explicou João XXIII na abertura do Concílio e confirmou Paulo VI no discurso de conclusão».

Leia o restante da matéria aqui.

O cardeal Bertone parece afirmar o que os tradicionalistas negam veementemente: a validade do que ensina o Concílio Vaticano II. Ao mesmo tempo, desmente a idéia modernista de que o Concílio fez surgir uma “nova Igreja”, o que é um absurdo, dado que a Igreja de Cristo sempre foi assistida pelo Espírito Santo desde sua fundação e o próprio Senhor Jesus lhe prometeu proteção e assistência até o fim dos tempos (Mt 16,18-19; Mt 28,18-20). Portanto, a idéia de uma Igreja “renovada” é descabida, afinal de contas o Espírito Santo jamais deixou de assisti-la.

E qual a minha opinião? Nenhuma. Minha opinião é irrelevante. Pretendo estudar com carinho todos os 21 concílios ecumênicos realizados no decorrer da História da Igreja – mas isso fica pra depois que eu encerrar meu mestrado. Claro, pretendo estudar também o Concílio Vaticano II, e somente aí serei capaz de dizer alguma coisa que valha a pena ser lida. Mas, por enquanto, apenas relato aqui de forma tímida o que está acontecendo.