Bento XVI na Terra Santa não toma partido e por isso é criticado

O papel único do pontífice, segundo o Pe. Thomas Williams, L.C.

JERUSALÉM, quinta-feira, 14 de maio de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI “não veio à Terra Santa para tomar partido político, nem sequer pelo seu próprio ‘partido’”, esclarece o Pe. Thomas D. Williams, L.C., teólogo americano, professor da Universidade Regina Apostolorum de Roma.

O sacerdote, que está comentando de Jerusalém a peregrinação papal para o canal de televisão americano CBSNews e para Zenit, explica: “Ele não veio somente como representante da Igreja Católica, mas verdadeiramente em nome de cada envolvido, em nome da própria humanidade”.

O Pe. Williams confessa que esta reflexão lhe foi suscitada ao ver como continuam as críticas locais diante dos fatos e palavras do Santo Padre. “Não posso ajudá-lo, mas elevo meu coração a Deus em gratidão por este amável Papa alemão. Percebi como sua missão é única neste terra partida em facções de contínuas disputas e que vão desde a terra até as minúcias doutrinais.”

“Bento XVI – explica o Pe. Williams – fala em nome dos judeus, elogiando sua herança religiosa e defendendo seu direito à segurança e autonomia. Fala em nome dos palestinos e do seu direito à soberania e à liberdade. Fala em nome dos muçulmanos, recordando-lhes o melhor de sua tradição religiosa, com suas profundas convicções e sentido culto ao único Deus. Fala pelos cristãos, em seu difícil estatuto de pequena e sofrida minoria. Em uma palavra, fala a todos e para todos.”

Segundo o Pe. Thomas, “esta é a singularidade da voz e da mensagem do Papa. (…) Paradoxalmente – esclarece –, em meio a toda a manipulação da mensagem de Bento XVI e de todas as protestas porque ele não se alinha suficientemente a nenhum grupo, vemos a grandeza e singularidade de sua presença aqui. Nenhum outro líder no mundo pode falar com a mesma autoridade moral ou imparcialidade. Sua verdadeira repugnância a exercer a política partidária é a causa de que frequentemente sua mensagem seja rejeitada e por isso é tão desesperadamente importante”.

Para ilustrar o que quer dizer, o sacerdote dá um exemplo. Um dos que levantaram as maiores críticas sobre a suposta falta de remorso do Papa pela Shoá é o rabino Ysrael Meir Lau, presidente do Memorial Yad Vashem: qualificou o discurso do Papa como “sem compaixão” pela horrível tragédia dos 6 milhões de vítimas.

“Se você assistir à cobertura televisiva do evento, verá que Lau estava à direita do Papa e parecia que tinha comido algo especialmente desagradável ao seu estômago”, indica.

Mas é que o rabino Lau não está alheio às críticas ao papado. Foi também incansável na hora de desacreditar o Papa Pio XII, inclusive quando isso signifique distorcer a verdade.

O Pe. Williams lembra que “durante as comemorações em Berlim, em 1998, do 60º aniversário da Noite dos Vidros Quebrados – o evento do dia 9 de novembro de 1938 que deu início à era das perseguições de judeus na Alemanha –, Lau, então rabino chefe de Israel, foi convidado a falar. Em seu apaixonado discurso, fez a pergunta condenatória, ‘Pio XII, onde você estava? Por que permaneceu em silêncio durante a Noite dos Vidros Quebrados?’”.

No dia seguinte, indica o Pe. Williams, dois jornais italianos mostraram esta manchete, com o subtítulo “O vergonhoso silêncio de Pio XII”. “O único problema – indica – é que Pio XII só foi eleito em março de 1939, quatro meses depois da noite dos Vidros Quebrados. Apesar disso, não vi que o rabino Lau tenha se apressado a expressar remorso por sua difamação do Papa Pio XII.”

Em seu voo a Israel, o Pe. Williams teve a oportunidade de reler “a cândida autobiográfica de Bento XVI, ‘Minha vida’” e comenta: “Foi tocante, mais uma vez, ver como sua própria infância foi cruelmente interrompida pela subida ao poder de Hitler e como muitas pessoas alemãs de boa vontade foram injustamente qualificadas de nazistas. Se acreditam nas críticas a Bento XVI, qualquer um que morava na Alemanha entre 1930 e 1940 é necessariamente culpável de associação ao nazismo”.

Felizmente, acrescenta, “algumas vozes judaicas importantes estão começando a ser ouvidas em Jerusalém convidando os críticos a deixarem de lado o Papa. Por exemplo, Noah Frug, presidente do Consórcio de Organizações de Sobreviventes do Holocausto em Israel, disse que as críticas dirigidas ao pontífice eram exageradas. ‘Ele veio aqui para aproximar a Igreja do judaísmo e deveríamos considerar sua visita como positiva e importante’, disse Frug”.

O sacerdote analisa outro exemplo, as palavras que o Papa pronunciou na quarta-feira, em Belém, para expressar sua solidariedade aos palestinos e para afirmar a posição da Santa Sé de reconhecimento de dois Estados.

Dirigindo-se ao presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas alias Abu Mazen, o Bispo de Roma disse: “A Santa Sé apoia os direitos de sua população a uma soberana pátria palestina na terra dos vossos antepassados, segura e em paz com seus vizinhos, no interior de fronteiras reconhecidas internacionalmente”.

“Em teoria – acrescenta o Pe. Williams –, isso não deveria provocar desacordo, dado que a postura oficial do Estado de Israel coincide com a da Santa Sé. Israel, também afirma o direito dos palestinos a uma pátria soberana, uma vez que tal acordo possa se tornar factível sem detrimento da segurança de Israel. Certamente, aí está a dificuldade.”

O comentarista falou com pessoas de diversos ambientes e experiências, e uma coisa que todos parecem ter em comum, comenta, é o sofrimento: “Cada um tenta me contar sobre as adversidades e injustiças sofridas, pessoal ou historicamente. Cada um tem uma história de aflição para relatar. Ninguém parece recordar ter cometido nenhuma injustiça, mas somente lembra de tê-la sofrido. E não posso deixar de me perguntar, em uma terra de tanta dor e pena, uma terra cuja população se orgulha de ‘recordar’, se nesta ocasião o esquecimento poderia ser a virtude mais necessária”.

E conclui lembrando que nesta quarta-feira, em Belém, “Bento XVI instou seus ouvintes cristãos a ‘ser uma ponte de diálogo e cooperação construtiva na edificação de uma cultura de paz que substitua o presente ponto morto de temor, agressão e frustração’. É o que ele mesmo está se esforçando em ser, com sua presença, suas palavras e sua paciente decisão de pregar persistentemente a Boa Notícia”.

Fonte: Zenit.

Irã: mulheres convertidas ao cristianismo são presas sem acusação

A organização Christian Solidarity Worldwide (CSW) pede a imediata libertação de duas mulheres que abandonaram o Islam e se converteram ao Cristianismo, detidas sem acusação e, segundo relatos, mantidas sob más condições sanitárias.

Maryam Rostampour, de 27 anos, and Marzieh Amirizadeh, 30, estão atualmente presas na prisão de Evin, onde a jornalista iraniano-americana Roxana Saberi também se encontra detida. Elas dividem uma cela com outras 27 mulheres.

As duas foram presas por um oficial de segurança iraniano no dia 5 de março, depois de terem o apartamento revistado e suas Bíblias foram confiscadas, entre outros objetos. As mulheres eram conhecidas por serem cristãs praticantes.

Maryam e Marzieh foram interrogadas pela polícia em Gysha, antes de serem levadas ao centro de detenção Vozara. Elas sofreram privação do sono, como parte do interrogatório a que foram submetidas. No dia 18 de março, elas foram levadas à área 2 da Prisão Nacional de Segurança da Corte Iraniana Revolucionária, antes de serem enviadas para a prisão de Evin.

Nenhuma das duas foram acusadas de qualquer crime definido pela lei iraniana ou pela legislação internacional, e também não tiveram permissão para contactarem advogados.

Uma fiança de US$ 400 mil dólares foi estipulada pelas autoridades iranianas depois que as famílias de Maryam e Marzieh apelaram pela sua libertação.

Uma das diretoras do CSW, Tina Lambert, afirmou: “A CSW está profundamente preocupada com a segurança de todos os iranianos que abandonaram o Islam, já que o número de prisões aumentou significativamente durante o ano de 2008. Essas preocupações aumentaram diante do fato de que o parlamento iraniano está debatendo atualmente um anteprojeto de lei que poderia aplicar a pena de morte para a apostasia do Islam.

Chamamos a atenção da comunidade internacional para a urgência da necessidade da libertação de Maryam e Marzieh. É absolutamente deplorável que essas mulheres estejam ilegamente detidas por exercerem seu direito humano fundamental da liberdade de pensamento, consciência e religião. O Irã segue como um agressor da liberdade de religião e crença, enquanto seu presidente, Ahmadinejad, descaradamente condena a abordagem da comunidade internacional pelos direitos humanos.”

Fonte: Christian Solidarity Worldwide. Tradução e adaptação de Matheus Cajaíba.

A noite se aproxima

Por Melanie Phillips.

Eu já escrevi a respeito dessa ameaça que nos assomava, mas a recente proposta da ONU de criminalizar a ‘difamação de religião’ é uma inconscienciosa ameaça à liberdade de expressão. Tal como informa o UN Watch, uma resolução feita circular por estados islâmicos ontem definiria qualquer questionamento do dogma islâmico como uma violação dos direitos humanos, o que intimidaria vozes discordantes e encorajaria a imposição da Sharia (estrita observância do código religioso islâmico).

Ainda que não-obrigatória, a resolução constitui uma perigosa ameaça à liberdade de expressão em todo lugar. Ela baniria qualquer coisa que fosse percebida como ofensa à sensibilidade islâmica, classificando-a como uma ‘séria afronta à dignidade humana’ e uma violação da liberdade religiosa. A resolução pressionaria os estados membros da ONU – nos ‘níveis local, nacional, regional e internacional’ – a erodir as garantias de liberdade de expressão existentes em seus ‘sistemas legais e constitucionais’. É um texto orwelliano, que distorce os significados de direitos humanos, de liberdade de expressão e de liberdade religiosa, marcando um gigantesco retrocesso para a liberdade e a democracia em todo o mundo.

Os primeiros a sofrer serão os muçulmanos moderados nos países que estão por trás dessa resolução – ou seja, Irã, Arábia Saudita, Egito e Paquistão, que buscam legitimação internacional para as leis relativas à blasfêmia sancionadas por esses estados; leis cujo efeito é sufocar a liberdade religiosa e tornar ilegais as conversões do Islã para outras religiões. Os próximos a sofrer em resultado dessa caça às bruxas sancionada pela ONU serão os escritores e jornalistas no Ocidente democrático, pois a resolução tem também como alvo a mídia, pela sua ‘deliberada visão estereotipada das religiões, de seus adeptos e das pessoas sagradas’.

Em última análise, é a noção mesma de diretos humanos individuais que está em jogo, uma vez que os patrocinadores dessa resolução não buscam proteger indivíduos de algum mal, mas em vez disso, buscam proteger e isolar um conjunto específico de crenças de qualquer questionamento, debate ou inquirição crítica.

Visto que estados islâmicos dominam o Conselho de Direitos Humanos da ONU, há pouca chance de que essa resolução não seja aprovada. Eis mais uma demonstração do fato de que a ONU, tida pela mente progressista ocidental como a guardiã dos direitos humanos, é, na verdade, a sua mais persistente inimiga.

Fonte: Mídia a Mais. Publicado originalmente no Spectator.co.uk/melaniephillips em 12/03/2009. Tradução: Henrique Paul Dmyterko.

Notícias que não saem no jornal: panorama da perseguição aos cristãos no mundo

Representante vaticano: cristãos são mais discriminados do mundo

Votação contra a resolução da ONU sobre difamação das religiões

GENEBRA, segunda-feira, 30 de março de 2009 (ZENIT.org).- O arcebispo Silvano Tomasi, observador permanente vaticano na ONU em Genebra, constatou que atualmente a comunidade cristã é a mais discriminada do mundo, ao explicar os motivos que levaram a Santa Sé a opor-se à resolução das Nações Unidas sobre a difamação da religião.

Com uma maioria de 23 votos a favor, 11 contra e 13 abstenções, o Conselho da ONU para os Direitos Humanos aprovou em 26 de março uma controvertida resolução, apresentada pelo Paquistão, em nome dos países da Organização da Conferência Islâmica, na qual se expressa «profunda preocupação» pela frequência da difamação das religiões, mas só menciona o Islã entre elas.

Dom Tomasi esclareceu que falta esclarecer o conceito de «difamação da religião», «pois pode ser utilizado para justificar as leis contra a blasfêmia, que, como bem sabemos, em alguns Estados são utilizadas para atacar as minorias religiosas, inclusive de maneira violenta».

Segundo o último «Informe sobre liberdade religiosa no mundo», publicado por Ajuda à Igreja que Sofre, precisamente no Paquistão, o pior instrumento da perseguição religiosa é a Lei de Blasfêmia, que continua causando cada vez mais vítimas e que estabelece a pena de morte ou a prisão perpétua para as ofensas ao Alcorão.

«Segundo numerosos analistas, é uma das ferramentas que os fundamentalistas islâmicos utilizam para atacar as minorias e levar o país a uma radical islamização», explica o informe.

Por este motivo, Dom Tomasi considera aos microfones da Rádio Vaticano que, ao falar de luta contra a difamação religiosa, «o desafio consiste em encontrar um equilíbrio saudável, que harmonize a própria liberdade com o respeito dos sentimentos dos demais, e o caminho para conseguir este objetivo passa por aceitar os princípios fundamentais de liberdade, que estão inscritos nos tratados internacionais».

Em seu informe diante da Comissão, o representante do Papa denunciou o aumento da intolerância religiosa no mundo, em particular contra as minorias cristãs.

«Se analisarmos a situação mundial, veremos que, de fato, os cristãos, como estão documentando várias fontes, são o grupo religioso mais discriminado; fala-se inclusive de mais de 200 milhões de cristãos, das diferentes confissões, que se encontram em situações de dificuldade, pois há estruturas legais ou culturais que levam a uma certa discriminação contra eles.»

Dom Tomasi denunciou também o fato de que agora os cristãos são submetidos a discriminação inclusive em alguns países nos quais são maioria.

«Há situações – inclusive declarações públicas parlamentares – que atacam diferentes aspectos da crença cristã, e isso tende a marginalizar os cristãos da sociedade e a impedir a contribuição dos seus valores com a mesma», constata.

Fonte: Zenit.

Católicos e judeus devem estar juntos diante do islamismo

Por Will Heaven.

Pela primeira vez desde a morte do Papa João Paulo II, as relações entre católicos e judeus se tornaram hostis. O Papa Bento XVI, em um esforço para remediar um cisma de vinte anos na Igreja Católica, permitiu o retorno de um negador do holocausto a seu rebanho. Mas as opiniões de um bispo lunático devem encerrar o diálogo interreligioso? Certamente, não. Agora, mais que em qualquer outra época de nossa turbulenta história, católicos e judeus devem estar juntos contra a ameaça do islamismo.

O negador do holocausto, bispo Williamson, é, de qualquer maneira, um homem desagradável e ignorante. Apesar de ter estudado na Universidade de Cambridge, ele rejeita a existência das câmaras de gás nos campos de concentração nazistas. Fazendo isso, ele nega o holocausto como evento histórico, alegando que “apenas” 300 mil judeus pereceram.

Para os católicos romanos, essas opiniões são intoleráveis. O Papa expressou sua desaprovação com palavras as mais duras, dizendo a uma delegação de judeus norte-americanos: “o ódio que foi manifestado durante o holocausto foi um crime contra Deus e a humanidade. Este capítulo terrível de nossa história jamais poderá ser esquecido”. Ele acrescentou: “a humanidade inteira deve continuar a lamentar a selvagem brutalidade que se abateu sobre o povo judeu”.

Suas palavras foram de extrema importância, e o rabino David Rosen elogiou as condenações do Papa à negação do holocausto como “absolutamente inequívocas”. Mas a lentidão do Vaticano em responder aos protestos não pode escapar às críticas.

A mídia internacional, que mal tinha acabado de atacar a guerra de Israel contra o Hamas, decidiu “reequilibrar a balança”, incitando sentimentos de anti-catolicismo. Mas os patéticos conselheiros do Papa, que estava “desinformado” sobre o antissemitismo público de Williamson (apesar de o fato ter sido relatado na página principal do jornal The Catholic Herald, ano passado) não deram importância ao assunto. Depois de colocarem perigosamente em risco vinte anos de progresso nas relações entre católicos e judeus, eles deveriam ser afastados.

Quando João Paulo II morreu em 2005, sua morte foi lamentada não somente por católicos romanos, mas por judeus em todo o mundo. Durante seu pontificado de 26 anos, o polonês Karol Wojtyla transformou a maneira da Igreja Católica se relacionar com o povo judeu.

Ele foi o primeiro Papa desde os dias da Igreja primitiva a entrar em uma sinagoga, e foi figura chave para o estabelecimento de relações diplomáticas entre o Vaticano e Israel, em 1994. Ele publicamente admitiu a falha de muitos católicos em agir contra os nazistas, e pediu perdão por seu comportamento. Em 2000, durante sua visita a Israel, aos 79 anos, ele pessoalmente prestou homenagens às vítimas do holocausto em Yad Vashem, inclusive se encontrando com sobreviventes.

Mas quando confrontado com problemas internos de sua Igreja, o Papa Wojtyla não foi tão bem sucedido. No fim dos anos 80, ele falhou em conter a ruptura de um movimento tradicionalista com Roma. E apesar da ligação com o fundador da Sociedade São Pio X, quatro bispos foram ordenados em desafio às leis da Igreja, o que lhes colocou em excomunhão automática.

O atual papa – na época, cardeal Ratzinger – foi mandado para restaurar a ordem. Apesar das numerosas dificuldades, ele iniciou o longo processo de reconciliação e esforçou-se para trazer os bispos rebeldes e seus seguidores de volta à Roma. Durante seu mandato como papa, e particularmente desde que restaurou a liturgia católica tradicional, este processo avançou firme rumo a seu objetivo.

O levantamento das excomunhões foi um assunto interno que resultou, para óbvio pesar do papa, em conseqüências externas catastróficas. Embora nenhum dos quatro esteja autorizado a ensinar na Igreja, a cicatrização de uma fratura quase levou ao surgimento de outra. O papa e seus conselheiros incompetentes estiveram perto de causar um desastre nas relações entre católicos e judeus. O resultado disso poderia ser desastroso para os dois lados.

Em 2009, boas relações entre a Igreja Católica e o povo judeu são mais importantes que nunca. A maior ameaça à estabilidade de Israel vem do Irã, na mais rancorosa expressão do Islamismo. O Hamas, em Gaza e na Cisjordânia, e o Hizbullah, no Líbano, estão sob a influência do regime iraniano que não reconhece o direito de existência a Israel. E agora este regime está próximo de ser capaz de fabricar armas nucleares. Para os judeus, a ameça se torna cada vez mais real.

Para os políticos seculares ocidentais, o fundamentalismo religioso é um fenômeno estranho a eles. Quando o presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad declarou em 2005 que Israel deveria deixar de existir, a descrença do então primeiro-ministro britânico Tony Blair era evidente: “nunca estive em uma situação de o presidente de um país dizer que quer eliminar outro”. Blair nunca esteve nem mesmo perto de entender as razões do ditador islâmico. Do mesmo modo, a União Européia propôs um manifesto que condenava o Irã por não ser “um membro da comunidade internacional maduro e responsável”.

A Igreja Católica entende muito bem que a ambição mórbida de Ahmadinejad não tem nada a ver com maturidade política. Antes da revolução islâmica de 1979, havia em torno de 250 mil católicos vivendo no Irã. Agora, há menos de 15 mil. A intolerância de um regime fanático provocou a debandada de vasto contingente de católicos do Irã. Trata-se da mesma intolerância que tentaria livrar o Oriente Médio do povo judeu.

Apesar das tentativas do regime iraniano, Bento XVI tem sabiamente se recusado a encontrar com Ahmadinejad. Sobre o desejo do Irã de obter armas nucleares, ele se pronunciou afirmando ser “um assunto de grande preocupação” e chamou insisten­temente o regime islâmico a alcançar uma “coexistência pacífica” com outros países do Oriente Médio.

Mais importante, contudo, Bento XVI – a despeito dos recentes acontecimentos – permanece sendo um dos líderes políticos mundiais mais favoráveis a Israel. Da mesma forma que seu conselheiro, o papa anterior, que chamou o povo judeu de “nossos irmãos mais velhos”, Bento XVI tem constantemente tentado demonstrar sua “total e inquestionável solidariedade” a Israel e ao povo judeu, tal como fez quando visitou Auschwitz três anos atrás. Quando visitar Israel em maio, receberá uma recepção provavelmente bem diferente de seu predecessor. Mas suas orações no Muro das Lamentações serão igualmente sinceras e seu gesto igualmente intenso. É este anseio por cooperação diante de novas e terríveis ameaças a Israel que deve permanecer como prioridade.

Fonte: The Jerusalem Post. Tradução e adaptação de Matheus Cajaíba. Para ler o texto original em inglês, clique aqui.

O jejum cristão

Em poucas semanas, começa a quaresma, tempo de “jejum e abstinência” para os católicos. Este texto, instigante e belo, sobre a diferença entre a visão cristã sobre a prática do jejum e a visão existente em outras religiões sobre o mesmo, é de leitura obrigatória.

Aqui vai um trechinho:

Quando os cristãos jejuam, «não se fecham em si mesmos», mas «se unem ao seu Senhor, que jejua por quarenta dias e quarenta noites no deserto».

Assim manifestou o cardeal Paul Josef Cordes, presidente do Conselho Pontifício «Cor Unum», durante a coletiva de imprensa que concedeu nesta quarta-feira na Santa Sé, na qual foi apresentada a mensagem de Bento XVI para a Quaresma de 2009. (…)

O purpurado assinalou que o jejum em ambas as religiões [islamismo e budismo] tem algo em comum: «transcende a dimensão terrena e procura um objetivo muito além deste mundo: o ingresso no Nirvana ou a obediência a Alá, Senhor do céu e da terra».

Em ambas as religiões, «trata-se de libertar-nos do peso das coisas criadas», declarou.

Pelo contrário, para o cristão «o desejo místico não é nunca o descenso em si mesmo, mas sim o descenso na profundidade da fé, onde encontra Deus».

O governo global e o ataque à Israel pela opinião pública mundial

Por Adilson Boson.

No mundo de hoje, deixaram de importar, há algum tempo, as forças estatais. Forças internacionais, globalizadas, possuem muito mais força do que a grande maioria dos Estados Nacionais (esta invenção, pelo visto, temporária).

Hoje, existe uma aliança, temporária, entre três grandes grupos de forças globais:

  • As empresas multinacionais: algumas grandes empresas e marcas possuem, hoje, mais influência e capital do que vários países do mundo. As fronteiras entre os países, com diferentes regras, impostos, taxas alfandegárias, dificultam a vida para elas.
  • A esquerda internacional: que adora dizer que “não existe mais”; pra onde foram todos aquelas agências de espionagem soviéticas, todas aquelas bombas atômicas russas, todo o ímpeto de socializar o mundo; simplesmente se aposentou? ou trabalha de forma diferente, discreta e organizada? Encontra-se espalhada, hoje, pelo mundo, dando ênfase ao plano cultural: universidades, escolas, agências de notícias, ONGs, Hollywood…
  • O Islamismo: o objetivo deste é converter todo o mundo, à palavra ou à força.

As três forças se uniram, temporariamente, com um objetivo: “globalizar” o mundo, no sentido de detonar fronteiras e organizar um governo global. Isso acarretaria vantagens para os três, em seus objetivos.

Um governo global significa uma nova ética, uma nova religião, uma nova forma de organizar a economia.

Do ponto de vista ético-religioso, foram as religiões, especialmente a Igreja Católica, que deu a base de sutentação ao nascimento do estado-nação como o conhecemos.

Para destruir essa base, é necessário atacar a Igreja em tudo o que ela prega: por isso, as diárias e incessantes campanhas difamatórias contra padres, bispos e ao Papa; por isso, a força de “bandeiras” antes inexistentes, como a eutanásia, o aborto, o casamento gay, o fim da família como a conhecíamos.

Para destruir o antigo conceito de estado-nação, é necessário solapar outros pilares, que só cabe aqui citar: os exércitos nacionais (também pela prática da difamação sempre que possível), as moedas locais, as línguas, as leis.

Porém, para o fim da Igreja Católica, é necessário destruir os seus dois pilares: as Escrituras e a Tradição. Esta última, com uma ajudinha dos protestantes. Para destruir as Escrituras, é preciso contrariar, provar que sejam falsas alguma de suas grandes Profecias. Basta uma. O próprio Jesus
disse que, para saber se um profeta fala palavras de Deus, basta verificar se suas profecias se cumprem.

Ora, a destruição do povo israelita seria uma prova cabal da falsidade da Bíblia! Então, apontar todas as armas para o povo judeu é a regra.

Tenta-se destruí-lo tanto moralmente (nos ataques da Imprensa, de “intelectuais” alinhados com o globalismo, dos “inocentes úteis”, facilmente angariados com o marketing bem feito e calculado) quanto fisicamente (mísseis, alianças, bomba atômica) etapa esta deixada, de bom grado, para o Islã.

Como não dá pra atacar fisicamente, ainda, a Igreja Católica, por enquanto o alvo é Israel.

No Kosovo, conversões ao catolicismo crescem velozmente

Esta bela notícia vem do blog Luzes de Esperança, que já está entre os links favoritos de JORNADA CRISTÃ. O território de Kosovo, que pertencia à antiga Iugoslávia e é palco de conflitos intermináveis, parece vivenciar um renascimento da fé em Nosso Senhor Jesus Cristo e em Sua Verdadeira e Única Igreja, Católica.

No centro de Pristina, capital de Kosovo, está se erguendo uma nova catedral católica. Não longe está a estatua do grande herói católico Jorge Castrioto, mais conhecido como Skanderbeg, príncipe medieval que renunciou ao Islã e retornou à fé dos seus pais.

Novos templos católicos estão aparecendo nas aldeias do sofrido território kosovar cuja segurança é garantida ainda por tropas da ONU.

A quase totalidade dos habitantes de Kosovo se dizem maometanos. Porém, durante os séculos de opressão islâmica e, depois, comunista, muitos kosovares continuaram admirando clandestinamente aos católicos e até praticando suas devoções.

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