Mensagem do dia (17/02/2010)

Somos criaturas limitadas, pecadores sempre necessitados de penitência e de conversão. […] O convite à conversão é um impulso a voltarmos aos braços de Deus, Pai terno e misericordioso, a termos confiança nEle e a confiarmo-nos a Ele como filhos adotivos, regenerados pelo Seu amor.

Papa Bento XVI.

Combatendo o pecado (homossexualismo), amando o pecador (homossexual)

Recebi o seguinte comentário, sobre o qual achei por bem respondê-lo com a devida atenção:

Sou extremamente católica e tenho amigos gays. Antes de saber via neles pessoas boas, com muitas qualidades e merecedoras do meu respeito, quando eu soube continuei a respeitá-los do mesmo modo porque continuei a vê-los exatamente do mesmo jeito. Sei que eles passaram por muitos sofrimentos e humilhações, e ainda hoje guardam marcas disso, por isso não posso crer que ser homossexual seja simplesmente uma escolha deles, pois ninguém escolhe sofrer e ser humilhado só para afrontar a sociedade e viver na sem-vergonhice como muitos julgam. Uma vez um desses amigos me disse “Não gosto quando dizem que ser gay é uma opção sexual, como se eu seguisse por um caminho e de repente tivesse a minha frente duas estradas e tivesse que escolher: Agora eu vou gostar de mulher ou agora vou gostar de homem. Se eu pudesse escolher escolheria me casar, ter filhos e netos, uma família tradicional. Mas se eu fizer isso estarei sendo hipócrita.” Não estou aqui para defender os gays, mas também não acho que seja meu direito condená-los como tenho visto ser feito até agora. Jesus em sua infinita sabedoria sempre respeitou a todos, mesmo aqueles que cometiam os piores pecados e eram desprezados pela sociedade da época ainda que não se convertessem. Muitas vezes ele os repreendeu sim, mas sempre mantendo o respeito e outras vezes ele acolheu aqueles que o procuravam buscando ajuda e fez com que se convertessem somente pelo amor. Promover o respeito aos homossexuais não significa promover o homossexualismo, significa promover o respeito ao ser humano, um princípio cristão. Pensamentos e atitudes intolerantes não condizem com a mensagem de Cristo e não farão com que os homossexuais mudem. Pelo contrário, só servem para afastar da Igreja as pessoas que talvez mais precisem dela. Jesus não faria isso! Julgar não é nosso papel, deixemos isso com Deus. A nós cabe somente respeitar, como eu disse, não o gay ou a lésbica, mas o ser humano que existe por trás deles.

Você, que se diz “extremamente católica”, leia o que o Catecismo da Igreja Católica diz sobre o homossexualismo – já que é “extremamente católica”, deve ter um exemplar em casa. Se não tiver, te dou uma ajudinha: o site do Vaticano oferece o conteúdo completo do Catecismo (aqui). Especificamente sobre homossexualismo e homossexuais, clique aqui para ler o que a Igreja ensina a respeito (confira os parágrafos 2357 a 2359).

Por que devemos promover o “respeito” aos homossexuais, como se eles fossem tão diferentes assim de qualquer outro ser humano? Por que não promover o respeito integral ao ser humano, independente dos seus pecados? Porque esse discurso de “tolerância” não é aos gays, mas sim à prática homossexual, como se essa prática fosse normal e tivesse que ser respeitada. Jesus ensinou o amor aos pecadores, não amor ao pecado.

Ninguém deve ser desrespeitado por ser gay; mas nenhum pecado pode deixar de ser veementemente condenado. Não entro no mérito se “a condição homossexual” é passível de escolhas ou não; entretanto, praticar atos homossexuais é escolha sim. Este amigo que se recusa a aceitar que somos livres para decidirmos pecar ou não se recusa a aceitar que há um caminho de escolhas para os atos dos seres humanos; ele se recusa a perceber que somos livres para escolhermos entre o bem e para o mal.

A Igreja convida os homossexuais à castidade, não a que se tornem heterossexuais – mesmo porque nem todas as pessoas têm vocação para o casamento. Ter atração sexual por pessoas do mesmo sexo não é pecado; pecado é dar vazão a esses instintos, é praticar atos homossexuais, que são por definição contrários à natureza.

“Ah, mas é muito difícil ser casto”… Ninguém aqui está falando que seja fácil, nem a Igreja diz isso. Não estamos falando de “fácil ou difícil”, mas sim de “certo ou errado”. Para Deus, tudo é possível.

Você se confunde toda: diz que não está aqui para “defender os gays”. Ora, mas é exatamente isso que você deveria fazer! Todos nós temos que defender os gays por exemplo da violência física a que estão sujeitos ao procurarem garotos de programa desconhecidos e levarem-nos para seus lares; do desrespeito a sua própria humanidade ao se deixarem levar por paixões estéreis; e, principalmente: defende-los espiritualmente do pecado! Orientá-los para seu próprio bem, para que tenham uma saúde física melhor abandonando a promiscuidade, para que sejam realmente felizes afastando-se de relacionamentos fugazes e, por fim, para que sejam libertos do pecado e alcancem a salvação. Onde você viu os gays sendo “condenados”? Só quem pode condenar é Nosso Senhor Jesus Cristo. E Ele nos julgará a todos conforme nossas obras…

O fato é que você ignora a pressão política do movimento gay, que não existe para defender homossexuais de supostas perseguições, mas simplesmente aponta suas armas contra aqueles que sustentam pontos de vista divergentes em defesa da família e contra a prática do homossexualismo. Esses grupos buscam promover abertamente o pecado como sendo uma virtude – pior ainda: silenciando quem pensa diferente através da intimidação e pressionando para aprovar leis que criminalizem seus adversários ideológicos.

A posição de JORNADA CRISTÃ é clara: contra a promoção da prática do homossexualismo como “direito humano”, especialmente nas escolas, para as crianças. E a proposta do curso a que se refere este post foi essa – pior: o curso foi patrocinado por uma universidade católica! Para quem estiver totalmente desinformado a respeito do movimento gay, sugiro a leitura do blog de Julio Severo.

Sobre o pecado do homossexualismo, veja o que São Paulo nos escreve:

Acaso não sabeis que os injustos não hão de possuir o Reino de Deus? Não vos enganeis: nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os devassos, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os difamadores, nem os assaltantes hão de possuir o Reino de Deus. Ao menos alguns de vós têm sido isso. Mas fostes lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados, em nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito de nosso Deus. Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma.

Leia todo o capítulo 6 da Primeira Carta aos Coríntios e reflita sobre o assunto! É seu dever alertar a seus amigos homossexuais da gravidade do pecado que é a prática de atos homossexuais. Você, “extremamente católica”, tem então a obrigação de ajudar seus amigos, conforme o que diz a Bíblia e conforme a Igreja Católica sempre ensinou através de seu Magistério.

Quanto à intolerância com o pecado, o próprio Jesus assim sempre procedeu, e é uma atitude cristã libertar as pessoas do pecado, ainda que utilizando palavras duras. Jesus fez assim: repreendia os pecadores às vezes com ternura, às vezes com a rispidez necessária – e às vezes com violência, como no caso dos vendilhões do templo.

Você vem com essa conversa fiada de “julgar não é nosso papel”, confundindo as coisas, pois alertar o pecador de seu pecado é nosso dever, veja o que diz Nosso Senhor Jesus Cristo em Mateus 18,15-18:

Se teu irmão tiver pecado contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele somente; se te ouvir, terás ganho teu irmão. Se não te escutar, toma contigo uma ou duas pessoas, a fim de que toda a questão se resolva pela decisão de duas ou três testemunhas. Se recusa ouvi-los, dize-o à Igreja. E se recusar ouvir também a Igreja, seja ele para ti como um pagão e um publicano. Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra será também desligado no céu.

Quanto a “afastar da Igreja as pessoas…”, quem precisa realmente da Igreja sabe que será sempre acolhido por ela. Todos somos pecadores; o que não podemos é aceitar o pecado com naturalidade, como se fosse algo normal – como se o pecado não fosse pecado. Está na hora daqueles que se dizem “extremamente católicos” saberem de uma coisinha: não é a Igreja que deve se adequar à modernidade, para agradar a todo mundo e desagradar ao próprio Deus; a Igreja deve permanecer firme, como farol da verdade, como luz para o caminho de todos os pecadores, sejam quem forem eles – ou seja: todos nós.

Mensagem do dia (28/05/2009)

Os rogos da Bem Aventurada Virgem como mãe em certo sentido são ordens. Não é possível não ser atendida quando pede. Ó Maria, vós que gozais da autoridade de mãe junto a Deus, alcançai o perdão aos maiores pecadores, já que o Senhor reconhecendo-vos sua Mãe, não pode deixar de vos conceder o que lhe pedis.

São Germano de Paris.

Dom Williamson pede perdão a vítimas do Holocausto e à Igreja

Em uma declaração emitida nesta quinta-feira

LONDRES, quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- Dom Richard Williamson, um dos quatro bispos da Fraternidade Sacerdotal São Pio X de quem o Papa retirou a excomunhão, pediu perdão nesta quinta-feira às vítimas do Holocausto e à Igreja pelas declarações em que havia negado a amplitude desse crime contra a humanidade.

Em uma declaração publicada ao regressar a Londres, após ter sido expulso pelo governo da Argentina, o prelado explica que «o Santo Padre e o meu Superior, bispo Bernard Fellay, solicitaram que eu reconsidere as observações que fiz na televisão sueca quatro meses atrás, pois suas consequências têm sido muito pesadas».

Segundo explica, «observando essas consequências, posso verdadeiramente dizer que lamento ter feito essas observações, e que se eu soubesse de antemão todo dano e dor que elas dariam origem, especialmente para a Igreja, mas também para os sobreviventes e parentes das vítimas da injustiça sob o Terceiro Reich, eu não as teria feito».

O prelado afirma que na televisão sueca limitou-se a dar uma «opinião de uma pessoa que não é um historiador, uma opinião formada há 20 anos com base nas provas disponíveis então, e raramente expressa em público desde então».

Segundo Dom Williamson reconhece, «os eventos das últimas semanas e os conselhos de membros da Fraternidade São Pio X persuadiram-me da minha responsabilidade por tanto sofrimento causado».

«Para todas as almas que ficaram verdadeiramente escandalizadas com o que eu disse, diante de Deus, peço perdão», afirma.

E conclui: «como o Santo Padre tem dito, todo ato de violência injusta contra um homem fere toda a humanidade».

Um porta-voz da Conferência Episcopal Católica da Inglaterra e Gales esclareceu nessa quarta-feira que Dom Williamson, assim como os outros bispos da Fraternidade São Pio X, não estão em comunhão com a Igreja, motivo pelo qual não podem celebrar os sacramentos na Igreja Católica.

No dia 12 de fevereiro passado, Bento XVI afirmou, falando da Shoá, que «está claro que toda negação ou minimização deste terrível crime é intolerável e ao mesmo tempo inaceitável».

Fonte: Zenit.

Update às 20:15 – a Zenit publicou a declaração do bispo Williamson na íntegra. Segue abaixo:

Pedido de perdão de Dom Williamson a vítimas do Holocausto e à Igreja

Declaração emitida nesta quinta-feira

LONDRES, quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- Publicamos a declaração emitida nesta quinta-feira pelo bispo Richard Williamson, da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, com a qual pede perdão à Igreja e às vítimas do Holocausto pelo dano causado por suas declarações.

* * *

O Santo Padre e o meu Superior, bispo Bernard Fellay, solicitaram que eu reconsidere as observações que fiz na televisão sueca quatro meses atrás, pois suas consequências têm sido muito pesadas.

Observando essas consequências, posso verdadeiramente dizer que lamento ter feito essas observações, e que se eu soubesse de antemão todo dano e dor que elas dariam origem, especialmente para a Igreja, mas também para os sobreviventes e parentes das vítimas da injustiça sob o Terceiro Reich, eu não as teria feito.

Na televisão sueca, eu manifestei apenas a opinião (…”eu penso”…”eu acho”…) de uma pessoa que não é um historiador, uma opinião formada há 20 anos com base nas provas disponíveis então, e raramente expressa em público desde então. No entanto, os eventos das últimas semanas e os conselhos de membros da Fraternidade São Pio X persuadiram-me da minha responsabilidade por tanto sofrimento causado. Para todas as almas que ficaram verdadeiramente escandalizadas com o que eu disse, diante de Deus, peço perdão.

Como o Santo Padre tem dito, todo ato de violência injusta contra um homem fere toda a humanidade.

+ Richard Williamson,

Londres, 26 de fevereiro de 2009.

[Traduzido do inglês por Zenit]