Mensagem do dia (14/06/2016)

O verdadeiro conhecimento não é formado apenas pelo acúmulo de informações; pelo menos não o é a verdadeira cultura. Aqueles que julgam que um homem culto é um homem erudito enganam-se, porque qualquer débil mental pode alcançar a erudição; não poderá, porém, alcançar um grau elevado de cultura. Há cultura quando há conhecimento de nexos e se é capaz de realizar as ilações mais amplas, quando se tem uma visão coordenada do conhecimento específico com o genérico, quando não se é apenas um monstro de conhecimento parcial, mas se desenvolve uma ampla visão geral.

Mário Ferreira dos Santos.

Uma resposta católica a Gregório Duvivier

O texto abaixo foi escrito como réplica a texto publicado no site do jornal Folha de São Paulo, escrito pelo colunista Gregório Duvivier
(http://www1.folha.uol.com.br/colunas/gregorioduvivier/2014/01/1396869-pessimo-mau-gosto.shtml).

Autor: Daniel Pires.

Vou ser o mais sucinto possível porque não gosto de perder tempo com subcelebridades que pegam carona na moda covarde do momento: malhar os verdadeiramente oprimidos. Não poderei ser tão sucinto quanto desejo porque mentiras são difíceis de se desarmar, ao passo em que mentir é extremamente fácil.

Tanto Galileu quanto Giordano Bruno não foram condenados por suas teses científicas, mas por heresias derivadas de suas conclusões. As autoridades da época tinham pouca tolerância com quem desrespeita o sagrado e achavam que era aceitável se livrar de maneira definitiva de quem fosse considerado herege, já que isso poderia fazer com que a ira de Deus recaísse sobre a sociedade. Entende-se por “herege”: “chato que quer fazer a Mancha Verde torcer para o Corinthians”. É um tipo especial de chato que quer acabar com a unidade de um grupo. Ele não se contenta em se desassociar de uma determinada instituição com a qual já não tem mais compatibilidade. Ele quer continuar participando do grupo e falar em nome dele. Ou seja: Não há como ser herege fora da Igreja. O sujeito tem que se dizer católico e agir de maneira contraditória aos dogmas romanos. A toda instituição se reserva o direito de excluir dissidentes. Mas a ÚNICA instituição a quem se nega covardemente tal direito é a Igreja.

De tal modo, cabia (como ainda cabe) à Igreja determinar se alguém era herege ou não. Caso se verificasse a hipótese de heresia, quem tomava as providências cabíveis eram os representantes do poder local. Você poderia até criticar tal conduta, mas tropeçaria no relativismo cultural próprio da ideologia esquerdista de que todas as culturas têm valor igual e os povos têm autodeterminação. Perguntaríamos: A cultura europeia vale menos? O fato de que Giordano Bruno foi queimado vivo por autoridades europeias é errado? De acordo com qual código moral OBJETIVO? Você tem algum para nos apresentar? Por que você defende o direito ao aborto mas é contra queimar pessoas vivas? O feto é menos humano que o condenado?

Galileu, que tal qual grama, vive na boca imunda dos equinos (por opção), morreu católico, jurando fidelidade e amor à Igreja. Será que você viu algo que ele não viu? Porque a “vítima” aqui no caso era ele. Por que se condói a favor de quem sequer concorda com seus delírios? Ele inclusive não chegou a comprovar sua tese – Não derrubou a paralaxe estelar, hipótese mais aceita na época. É muito fácil concluir hoje, no século 21, depois que a história se desenrolou, que Galileu estava correto. Não era o caso na época.

Quanto ao sacerdócio de mulheres, o que você tem a ver com isso? Entra na Igreja quem quer. A Igreja é uma instituição PRIVADA com regras próprias. Se formos no reino da kibação, aka HQ do Porta dos Fundos, pedir para que aceitem católicos tradicionais e conservadores em seu quadro de humoristas, vocês fariam isso? Certamente que não. Mais uma vez verificamos a crença estapafúrdia de que todas as instituições podem se autogovernar, menos a Igreja. E nós é que somos opressores?

O mesmo cabe dizer quanto a métodos contraceptivos: Alguém é forçado a ser católico? Você teria essa pachorra de querer zombar de muçulmanos por não consumirem bacon? Faça isso, mas aumente significativamente sua “corajosa” audácia e vá fazê-lo no Irã. Não critique a religião aqui, no ocidente salvo pelos católicos nas cruzadas, em Lepanto, em Malta. Faça-o por lá. Vamos ver quanto tempo você dura.

Ou melhor ainda, faça-o onde não há religião alguma senão a estatolatria positivista que você tanto gosta: vá para a Coreia do Norte fazer piada com Kim Jong-Un.

Ao que tudo indica, você se considera superior aos fetos deficientes ou frutos de estupro. Só faltou justificar: Por que você seria melhor que eles? Acaso não são humanos? E se são, com que autoridade você não só tenta negar seus direitos humanos, universais por natureza, como ainda quer repreender quem reconhece a dignidade da mais indefesa das classes? Seu utilitarismo vê as pessoas como ferramentas: Se não servem mais, que sejam abortadas, eutanasiadas. Descartadas. E enche a boca para falar de amor entre indivíduos do mesmo sexo? O que você entende de amor? Desde quando quem ama é homicida? Acha que amor é tratar um ao outro como um boneco inflável? O seu “amor” é um conceito abstrato e meloso utilizado para dar ares de pretensa superioridade ao seu discurso. Não resiste a um olhar mais minucioso sem se provar falso.

Nós, “opressores”, do outro lado, somos os abolicionistas de nossa época. Pedimos que se respeite a vida e nossa individualidade. Que absurdo, não? Quanto a você et caterva, a história relegará aquele que discrimina uma pessoa por ser doente ou estar dentro da barriga ao patamar dos escravagistas. A história pune, quando o ambiente acadêmico não está viciado por ideologias políticas.

Por fim, termino dizendo que você não é um humorista, mas uma mera prostituta. Seu último parágrafo o expõe – não somente como um mercenário, mas como um ignorante que fala do que não entende. Um estudo de teologia aprofundada, muito além do repressivo ambiente acadêmico brasileiro, faria muito bem para sua alma morta e cínica.

P.S.: Células-tronco embrionárias são um sumidouro de bilhões que nunca rendeu resultados significativos, só aberrações. Já as células-tronco adultas, apoiadas pela Igreja… (http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2012/10/nobel-de-medicina-premia-cientistas-por-trabalho-com-celulas-tronco.html)

São Paulo ou “Seu” Paulo?

Por Carlos Ramalhete.

O Ministério Público Federal (MPF) mandou tirar os crucifixos das repartições do estado de São Paulo, alegando que a sua presença ofenderia os não católicos. Mas… será que não deveríamos, então, falar do estado de “Seu” Paulo? Mais ainda, do estado do inominável, na medida em que São Paulo, em homenagem a quem o estado foi batizado, ops, nomeado, só recebeu esta homenagem por ter sido apóstolo cristão?

Os judeus ortodoxos dão graças a Deus todos os dias por não terem nascido não judeus (“gói”). São Paulo, ou “Seu” Paulo, escreveu que “não há mais judeu nem grego”. A julgar pelo pensamento do MPF do estado Tal, deve haver um monte de suscetibilidades feridas nesta história. Melhor mudar o nome do estado. Ah, Santa Catarina também dança, assim como todas as cidades com nome de santos. O Estado do Amazonas, que recebeu este nome em homenagem a um povo da mitologia grega, também pode ofender quem não acredita nele. O Rio de Janeiro, por trazer no nome do mês (que também teria que mudar) uma referência à divindade romana Janus, o deus de duas caras, também deve provocar comichões e abespinhar suscetibilidades. Ih, qual será o dano ao turismo provocado pela retirada, à moda Talibã, da imensa estátua do Cristo Redentor que ofende os não católicos que olhem para cima na antiga capital do país?

Creio ser bastante evidente, para quem não faz parte de uma minoria ínfima de gente cuja sensibilidade à flor da pele torna a convivência cotidiana um exercício de masoquismo e suscetibilidades feridas, que o MPF pisou na bola. Epa, eu não gosto de futebol. Devo proibir esta expressão? Não. Se eu não gosto de futebol, o problema é meu. Não posso me ofender com a onipresença do jogo e de suas metáforas.

Ainda mais que futebolista, contudo, a nação brasileira é culturalmente católica. Os nomes de santos são os nomes das pessoas, e a própria noção de bem e de mal é definida em moldes católicos; podemos mesmo dizer que o padrão da sociedade é católico.

Para a imensa maior parte dos brasileiros, católicos ou não, um crucifixo é um símbolo da Justiça, do Bem. Ver uma ofensa a outras crenças na presença de um crucifixo implica necessariamente em vê-la nos nomes de estados e cidades, nos nomes próprios das pessoas, na organização social do país, nos dias da semana, nos meses, no preâmbulo da Constituição Federal…

Querer proibir a presença do crucifixo implica em querer proibir um dado constitutivo da própria nacionalidade brasileira, importar uma noção a nós estranha do que seja a Justiça, o Bem, o certo e o errado. O Brasil não surgiu nem subsiste em um vácuo; temos uma cultura própria, com base lusitana e católica, que independe até mesmo da própria religião seguida por cada brasileiro.

O brasileiro protestante, o brasileiro espírita, o brasileiro judeu, muçulmano ou ateu é em grande medida culturalmente católico. Cada um deles passou a vida dentro de uma sociedade que define seus padrões de comportamento dentro de uma matriz católica e que não pode ser explicada ou compreendida sem constante referência à catolicidade de sua origem, bem como à língua portuguesa, a costumes africanos e indígenas etc.

Ofender-se com símbolos católicos significa, em última instância, ofender-se com o Brasil, significa negar as origens e a presença da cultura brasileira, com todos os seus matizes. Mais ainda: para desgosto dos católicos mais ortodoxos, a percepção brasileira típica destes símbolos católicos frequentemente é operada em chave sincrética, vendo nos santos orixás africanos ou entidades espíritas.

O que neles não se vê, o que apenas o MPF vê, é um instrumento de proselitismo católico. Um crucifixo não faz de um lugar ou de uma pessoa algo católico, tal como o Rio Amazonas não leva ninguém a tomar como verdade a mitologia grega. As imagens sacras, no Brasil, são percebidas como símbolos do Bem e do Justo, não como afirmações de uma dada fé. Melhor seria se o MPF deixasse de lado esta estranha “cruzada” contra os crucifixos e procurasse fazer o bem e promover a justiça.

Fonte: Gazeta do Povo.

O sapateiro voltou! Pra levar mais chineladas!

Rapaz. Como tem gente que tem orgulho da própria falta de discernimento. O aprendiz de sapateiro voltou. Não satisfeito em apanhar feito menino mimadinho, fez beicinho, fingiu aquela superioridade típica dessa elite “intelequitual” brasileira e saiu batendo o pezinho. Ai, ai, ai.

É isso mesmo que eu esperava! Demonstrar toda a fúria religiosa estúpida a qual vocês podem chegar quando confrontados ou contestados. Para mim o teste está consumado, e minhas teorias comprovadas. É simplesmente mais um grupinho de alienados da religião que não suporta saber que no mundo existem pessoas que não concordam com as idéias de vocês. Já vi centenas de gangues assim espalhadas por aí.

Aqui, a única coisa que não se vê é religiosidade. Se vê apenas mediocridade, vaidade e desespero, em nome de tentar fazer valer uma opinião específica.

Creio que foi na bíblia que li que um cristão verdadeira nunca revida, só oferece a outra face. Claro que não esperava que isso fosse cumprido por vocês, cristãozinhos de meia tijela, afinal de contas, se tivessem ficado calados, eu não teria agora comprovada minha teoria. Graças a Deus que pelo contrário, o que este post me mostra, e que vai pro meu caderninho, é um ataque afetado e revoltado de histeria e vaidade. Claro que isso não me surpreende.

Portanto, dispensados, meninos! vocês já me serviram. Agora já podem voltar a se arrastar e se espojar aos pés de algum padre pedófilo ou algum pastor ladrão na esquina mais próxima!

Vejam o nível do vigarista intelectual. Vem cá, por que dessa vez você não esbanjou seus títulos universitários?

Demonstre qualquer confrontação ou contestação sua ao que escrevi, seu moleque. Você não tem argumento nenhum, o que você diz não passa de pitaco de botequim. Você veio aqui posar de expert em psicologia e demonstrei o quanto você foi imprudente e irresponsável ao fazer aquela afirmação gratuita sobre Freud e as suas teorias. E tanto calei sua boca mal-criada que você ficou revoltadinho, nem tocou mais no assunto.

Apanhou, tadinho! Ficou com o ego dolorido e veio aqui reclamar “ai, como você é grosseiro!!! Olha como você me maltratou!!! Buáááááááá!!!!!”

E então, vou pro seu caderninho? Você tem caderninho de quem te bate? Vai mostrar o caderninho pra mamãe?

Por acaso você tem idéia do que seja religiosidade?

Onde você está vendo desespero? Eu, desesperado, por causa de um excremento de barata como você?

Você primeiramente enviou um comentário usando como desculpa estar “pasmo” com minhas respostas para sujeitos bobos tais como você apenas para destilar seu veneno, seu preconceito contra os cristãos, os religiosos em geral, e você deixou isso bastante claro. Para você, “egocentrismo”, “grosseria”, “estupidez” e “falta de tolerância” é “marca registrada dos católicos, dos evangélicos e de todos os demais religiosos”. Você é preconceituoso e mal-intencionado! Como acha que devo tratá-lo? Só porque você é um almofadinha folgado, metido, arrogante, eu devo passar a mão na sua cabecinha? Vai pedir colinho pra mamãe, sua besta quadrada!

Você não veio aqui pra dialogar coisa nenhuma, você veio pra tentar desmerecer e humilhar os cristãos!

Você insultou os cristãos, os religiosos em geral, e ainda implora para ser respeitado! Ficou ofendidinho e saiu emburrado! Tá fingindo ser bom mocinho e tá indignado, jurando ter boa educação porque não fala nome feio, não xinga ninguém. Ora, você não tem vergonha de ser assim tão boçal? Você não tá vendo o papelão que está fazendo?

Deu vexame ao demonstrar seu preconceito explícito contra os cristãos, porque joguei na sua cara os fatos irrefutáveis de que foi a Igreja Católica quem inventou o que chamamos hoje de “assistência social”, minimizando o sofrimento de milhões e milhões de pessoas no mundo inteiro. O que tem a dizer sobre isso? Nada.

Deu vexame porque deve ter lido em alguma revistinha de salão de beleza que “as teorias de Freud já foram todas por água abaixo” e se meteu a besta de vir aqui arrotar conhecimento sobre um assunto pra lá de complicado, do qual você conseguiu demonstrar apenas sua incomensurável ignorância. Aprendeu alguma coisinha sobre psicanálise e as teorias freudianas pra vir discutir comigo? Nada.

E olha só, “grupinho de alienados da religião que não suporta saber que no mundo existem pessoas que não concordam com as idéias de vocês.” Você ensaiou isso diante do espelho? Você é um poço de incultura e, desmascarado, vem com essa justificativa esfarrapada?

O festival de bobagens não tem fim. “Creio que foi na bíblia que li que um cristão verdadeira nunca revida, só oferece a outra face. Claro que não esperava que isso fosse cumprido por vocês, cristãozinhos de meia tijela (sic), afinal de contas, se tivessem ficado calados, eu não teria agora comprovada minha teoria.”

Vejam: o cara veio aqui só pra insultar o cristianismo e a Igreja Católica. Se eu fico quietinho, se eu respondo educadinho, é porque respeito a ele, mas ele não precisa respeitar nem os cristãos nem a Igreja Católica. Eu tenho que respeitá-lo, mas ele não precisa respeitar a mim ou a ninguém. E com essa pose de bom mocinho ofendido quer simular indignação? Você não passa de um maricas!

Quer dizer, se eu agradá-lo, será que ele vai mudar de opinião sobre as pessoas religiosas? Hum, deixa eu pensar aqui… Será que vale a pena? Agora, se eu me defender e for agressivo, ele então “confirma sua teoria”. Ah…

Quem te falou que o que quer que saia da sua cabecinha vale alguma coisa? Você realmente acha que suas teorias têm alguma utilidade só porque fez especialização de antropologia nos USA?

E ainda despeja a sua monumental ignorância, incultura, falta de cabedal (hum…), ao dizer que o cristão não pode reagir às agressões de outrem! Segundo ele, está na doutrina cristã! Ele leu na Bíblia!

Você já ouviu falar no direito à legítima defesa, que é ensinado pelo Magistério da Igreja?

O Catecismo da Igreja Católica assim se pronuncia a esse respeito:

2263 A defesa legítima das pessoas e das sociedades não é uma excepção à proibição de matar o inocente que constitui o homicídio voluntário. “Do acto de defesa pode seguir-se um duplo efeito: um, a conservação da própria vida; outro, a morte do agressor”. “Nada impede que um acto possa ter dois efeitos, dos quais só um esteja na intenção, estando o outro para além da intenção”.

Traduzindo para energúmenos: se alguém me ataca com violência, tenho o direito de me defender com igual violência.

Preciso lembrar da passagem bíblica onde Jesus invade o templo e expulsa os vendilhões de forma nada pacífica? Em João 2, 13-16, está escrito:

Estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. Encontrou no templo os negociantes de bois, ovelhas e pombas, e mesas dos trocadores de moedas. Fez ele um chicote de cordas, expulsou todos do templo, como também as ovelhas e os bois, espalhou pelo chão o dinheiro dos trocadores e derrubou as mesas. Disse aos que vendiam as pombas: Tirai isto daqui e não façais da casa de meu Pai uma casa de negociantes.

Ó, mas como Jesus é violento! Que falta de caridade! Que modos mais feios!

Ele podia ter chegado mansamente, como desejaria o sr. Gabriel. Pedir com educação: gente não façam isso, vocês estão negociando aqui… Não é de bom tom… Olha, não me levem a mal, trata-se de uma crítica construtiva, sabem? Me perdoem, posso estar equivocado, mas aqui não é um lugar tão propício para essas suas práticas… Por favor, vejam bem, não é uma ofensa pessoal, porque não quero magoar os sentimentos de ninguém… Afinal, todos somos irmãos, amigos fraternos, o mundo é lindo, somos filhos do mesmo universo…

Pois é, mas Jesus chegou lá distribuindo bordoadas. Que coisa mais anticristã, não é mesmo sr. Gabriel? Que absurdo!

Agora, relato outro episódio da vida de Jesus, narrado em Lucas 11, 37-48ss. Ele foi convidado para jantar na casa de um fariseu. E vejam o que aprontou:

Enquanto Jesus falava, pediu-lhe um fariseu que fosse jantar em sua companhia. Ele entrou e pôs-se à mesa. Admirou-se o fariseu de que ele não se tivesse lavado antes de comer. Disse-lhe o Senhor: Vós, fariseus, limpais o que está por fora do vaso e do prato, mas o vosso interior está cheio de roubo e maldade! Insensatos! Quem fez o exterior não fez também o conteúdo? Dai antes em esmola o que possuís, e todas as coisas vos serão limpas. Ai de vós, fariseus, que pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de diversas ervas e desprezais a justiça e o amor de Deus. No entanto, era necessário praticar estas coisas, sem contudo deixar de fazer aquelas outras coisas. Ai de vós, fariseus, que gostais das primeiras cadeiras nas sinagogas e das saudações nas praças públicas! Ai de vós, que sois como os sepulcros que não aparecem, e sobre os quais os homens caminham sem o saber. Um dos doutores da lei lhe disse: Mestre, falando assim também a nós outros nos afrontas. Ele respondeu: Ai também de vós, doutores da lei, que carregais os homens com pesos que não podem levar, mas vós mesmos nem sequer com um dedo vosso tocais os fardos. Ai de vós, que edificais sepulcros para os profetas que vossos pais mataram. Vós servis assim de testemunhas das obras de vossos pais e as aprovais, porque em verdade eles os mataram, mas vós lhes edificais os sepulcros.

Mas que falta de educação! Que descortesia! Então chamam Jesus para um jantar e ele fala mal de todo mundo lá, do dono da casa e dos outros convidados… Que absurdo! Esse sujeito não tinha mesmo modos, devia ser um desclassificado!

O que o sr. Gabriel diria sobre tais atitudes? Será que a expulsão dos vendilhões do templo, para o historiadorzinho com especializaçãozinha em antropologia, seria “Uma demonstração pura e direta da falta de educação, do egocentrismo, da grosseria, da estupidez e da falta de tolerância que é marca registrada dos católicos, dos evangélicos e de todos os demais religiosos”?

Como o senhor classificaria essas atitudes de Nosso Senhor Jesus Cristo, sr. Gabriel?

O resto é aquele blá blá blá de universitariozinho boboca, inculto, palhaço, que se finge a última bolacha do pacote mas só tem pose. O pior é que é tão burro, mas tão burro, que volta aqui pra tentar salvar alguma coisa – mas o vexame só aumenta, é colossal. E termina sua fala assim: “dispensados, vocês já me serviram!” Ah, ó céus! Eu servi pra quê, pra te humilhar? Pra te dar uma surra? Já apanhou o bastante? Ah, não foi o suficiente e você veio aqui novamente para dar mais um tremendo vexame? Que você não tenha um pingo de inteligência, disso eu já sabia, mas nem mesmo um pinguinho de amor próprio?

Pensam que ficou só nisso? Não, ainda veio com mais comentários… Como se tivesse alguma relevância o que sai dessa cabecinha abençoada!

No post Perseguição aos cristãos: FIFA quer proibir manifestações religiosas no Mundial de 2010, vem com o papo de sempre de militante idiota anticristão: “vivemos em estados laicos no mundo ocidental!” Vejam só o cume da asneira: desde quando estado laico é estado antirreligioso? Então, o estado ser laico é impedimento para a expressão da fé de determinado grupo de pessoas? Você não sabe que os Estados Unidos são um estado laico que se instituíram tendo como base a doutrina cristã? Quase todos os Founding Fathers eram bastante religiosos – John Adams (sabe quem foi?) considerava como os fundamentos, os sustentáculos, de uma república livre a virtude, a moralidade e a religião. E os Estados Unidos são o exemplo inspirador de todas as democracias do mundo! O que é estado laico, então? É o estado não interferir na liberdade religiosa. Assim os Founding Fathers definiram o “estado laico”, e essa definição não tem a menor relação com o estado antirreligioso que você, que é mal-intencionado, picareta e ignorante, concebe. O estado deve garantir a liberdade de os indivíduos manifestarem sua religião; entretanto, ao reprimir a religião, proibindo sua manifestação pública, o que é seu desejo, o estado não está se comportando como laico, mas como antirreligioso e autoritário, impedindo a própria liberdade de expressão! O mané se diz historiador e não tem a menor idéia do que seja estado laico! Já existe separação entre religião e estado, ô sapateiro. Se não sabe, foi em grande parte por insistência da Igreja Católica – é só estudar história (coisa que você nem sabe o que é, apenas imagina, e imagina errado) e conhecer os esforços do grande Papa Gregório VII em livrar a Igreja do controle do imperador do Sacro Império, Henrique IV.

Atenção todos os seguidores de Jesus Cristo – é claro que o mané aí não tem a menor idéia do que esteja acontecendo no mundo -, nunca é demais repetir o aviso: há uma discreta, porém contundente, perseguição orquestrada contra os cristãos, tendo como desculpa esfarrapada slogans repetidos por patetas como esse daí. “O estado é laico, portanto vão rezar em casa”! É isso o que dizem como pretexto, mas o propósito é o de eliminar a influência do cristianismo na esfera pública, silenciando os cristãos, seja através do constrangimento, da difamação e mesmo da lei, quando isso for possível. Desde quando rezar em público é impor alguma coisa “no meio da sociedade”? Desde quando promover a prática religiosa é forçar alguém a seguir determinado culto?

Ora, ora, ora… Liberdade de expressão só para os ateus e os anticlericais? Para os religiosos, o silêncio? Que democracia é essa? A sua democracia?

E agora, segue o pior de tudo, o mais vexaminoso, o mais triste, o mais patético, o mais vergonhoso, o mais baixo… Leiam com seus próprios olhos o comentário que ele acrescentou pouco depois:

Ah, esqueci de comentar sobre a questão do cabedal. rsrssrsr! acho que “Jornada Cristã” confundiu cabedal com cabide. rsrsrrss. Que engraçado! Tem um dicionário chamado PRIBERAM. É só procurar no google. É fácil: vc entra no google assim:

Digita: http://www.google.com.br onde? na sua barra de enderaços do seu navegador (procure tmbm os diversos significados da palavra navegador quando conseguir entrar no priberam, ok!?).

Depois de acessar o Google, vc digita DICIONÁRIO no lugar onde a gente escreve os termos da pesquisa. é fácil de encontrar, é num lugar bem óbvio!

Tá, agora vc vai clicar em dicionario Priberam. Creio que vc não terá muito dificuldade em encontrar o link para o site por que ele é o primeiro que aparece. RSrrssr!

Depois de entrar (vc vai perceber que entrou quando vc olhar pra tela e ver o nome PRIBERAM na sua frente.) vc digita a palavra CABEDAL no espaço da pesquisa. Pronto, vc vai ver alguns signifidos aparecendo por lá. Nenhum, aliás, faz menção a alguma confusão que possa haver entre o termo e a palavra cabide, rsrsrsrssr!

E antes que vc faça alguma piadinha do tipo :Ah, foi de lá que vc tirou esta palavra? RSrsrssr! Já te digo que foi não, filhinho, não foi mesmo. RSrssrrs!

Boa sorte!

Vejam a situação catastrófica do ensino superior brasileiro, vejam o esgoto em que se transformaram os cursos de história no Brasil, de onde saem tantos cérebros de ratos e baratas, vejam o descalabro da situação dos nossos (de)formados em algum curso superior desses circos de horrores em que se transformaram as ciências humanas em nosso pobre país.

Em primeiríssimo lugar, inteligência não é sinônimo de “acúmulo de informações”, isso é óbvio. Uma pessoa inteligente é aquela que é capaz de aprender e perceber a realidade em sua complexidade. Isso significa um antecedente fundamental: uma pessoa honesta, que queira conhecer a verdade, que esteja interessada em descobrir coisas, precisa reconhecer a sua própria ignorância em várias e várias coisas. Para atingir uma maturidade intelectual e ser capaz de defender idéias, demora tempo e estudo. Para elaborar idéias próprias, demora mais tempo ainda. E sempre o pesquisador, o estudante, aquele que almeja o conhecimento, deve estar ciente de suas limitações, procurando opinar apenas naquele assunto que estudou e que pode contribuir para o esclarecimento geral.

Conhecer ou não conhecer o significado de determinada palavra não quer dizer inteligência ou burrice. Quer dizer, simplesmente, que você não é um dicionário ambulante ou o Rain Man – o autista personificado pelo ator Dustin Hoffman capaz de fazer contas matemáticas complicadíssimas ou decorar partes inteiras da lista telefônica.

Ou seja: somos todos limitados, não existem pessoas perfeitas, que não cometam erros, que saibam tudo, etc. Isso deveria ser uma coisa óbvia. Mas, hoje em dia, parece que os indivíduos estão ficando cada vez mais lelés da cuca, então é melhor explicar direitinho, devagarzinho… E mesmo assim ainda vai ter gente sem entender.

Ok, vamos lá. Tarefa hercúlea… Liguem o botão “ironia”, por favor.

acho que “Jornada Cristã” confundiu cabedal com cabide. rsrsrrss. Que engraçado!

Você tem todo o direito de achar que confundi “cabedal” com “cabide”. É claro, as palavras são semelhantes. Não poderia eu ter cometido um lapso? Poderia. Acontece, não é mesmo? Todo mundo erra. E tem todo o direito de achar engraçado também, não é?

Mas vejam a gentileza do sr. Gabriel Heinrich. Ele se propõe a me ensinar a mexer no Google! Ah, sr. Gabriel! E eu pensando mal do senhor! O sr. tão cavelheiro, elegante, vai ajudar a alguém estúpido e grosseiro (tal como o sr. próprio diz) como eu? E desinteressadamente? Ah! Que gesto magnânimo! Estou até emocionado. Acho que vou chorar. Muito obrigado, sr. Gabriel! Sei que o sr., honesto como é, está me ensinando para o meu próprio bem, para que eu cresça intelectualmente, afinal de contas o que é uma pessoa hoje em dia se ela não souber mexer no Google, não é mesmo? Ora, que perigo, ela pode se tornar um cristão fundamentalista como eu! Alguém ignorante, envolto em trevas! Oh! Mas eis que surge o sr. Gabriel para me libertar! Não tenho nem palavras.

Bem, sr. Gabriel, vou então repetir os passos que o sr. está aqui me indicando. Vou já entrar no Google. Certamente, este site vai mudar a minha vida. Mal posso esperar… Pronto, entrei, já estou no Google. E agora, o que faço? Hum, vou ao dicionário indicado… Uai, não tinha ainda ouvido falar desse dicionário, “Priberam”. O sr. é monumental, sr. Gabriel. Veja, o sr. já me ensinou a usar o Google e agora estou conhecendo um novo dicionário, para ampliar meus conhecimentos. Que bacana, não é mesmo?

Priberam… Vamos lá… Ah, claro sr. Gabriel, vou procurar saber também qual o significado da palavra “navegador”! Certamente, tal termo neste contexto não se refere à profissão exercida pelo ilustre Pedro Álvares Cabral, não é mesmo? Tá vendo sr. Gabriel, não faltei à escola no dia dessa lição, hein! Re, re, re…

Ei sr. Gabriel, o que acontece se ao invés de eu digitar “DICIONÁRIO” neste referido espaço (tem um botão aqui ao lado, “pesquisar”, deve ser aqui, né?), eu digitar “PRIBERAM”, o nome do dicionário que o sr. já me indicou? Vou experimentar, o sr. me perdõe, não estou fazendo do jeitinho que você ensinou… Nossa, como o Google é fantástico! Encontrei! Priberam: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Que chique. Esse sr. Gabriel é demais! E agora, o que faço? Bem, vamos perguntar ao sr. Gabriel. Olha sr. Gabriel, o sr. realmente merece meus parabéns. Que didático! Perfeita sua explicação. Muito bom, dá pra ver que o sr. realmente aprendeu direitinho a usar o Google. O sr. deve ser um desses adolescentes bastante criativos, que ficam o dia inteiro na internet, não é verdade?

E vamos agora finalmente conferir o que diz o verbete cabedal no dicionário Priberam:

cabedal
s. m.
1. Nome genérico das peles empregadas no calçado e arreios. Dinheiro (ou bens representativos dele).
2. O saber (considerado como riqueza).
3. Recurso.
4. Poder.
5. Estimação.

Hum. Esses são os significados da palavra “cabedal”. E o sr. Gabriel tem toda a razão: nenhum faz menção a qualquer coisa que possa referir-se à palavra “cabide”.

Mas… De onde o sr. Gabriel tirou a impressão de que eu tivesse confundido “cabedal” com “cabide”?

Porque está claro no meu texto. Por favor, releiam. Usei a palavra cabedal no sentido de “Nome genérico das peles empregadas no calçado e arreios.”

Vamos lá, explicando a piada para os idiotas. O sr. Gabriel terminou seu primeiro comentário escrevendo o que se segue:

Mas se por outro lado alguém quiser entrar num imbróglio comigo, o que seria bem típico de gente como vocês, peço por gentileza que venha com cabedal. Pois eu detesto gente ignorante, não falo a toa, e tenho preparo pra isso.

O sr. Gabriel Heinrich, historiador formado pela Unifor/CE com especialização em antropologia na Columbus university, EUA, 2006, prestador de serviços de consultoria para empresas privadas no setor de recursos humanos e pesquisa social, julga-se um sujeito de elevada cultura (vejam como eu sofro, hein!), portanto pediu “por gentileza” que o sujeito que fosse discutir com ele lhe apresentasse cabedal.

Qual o sentido da palavra cabedal no contexto do que foi dito pelo sr. Gabriel? Obviamente “saber”, “vasta cultura”.

Tendo como objetivo ridicularizar tamanha arrogância, eu devolvi, em tom de sátira:

Ah, você tá precisando consertar sapato, bolsa, casaco, por isso tá pedindo cabedal? Olha, pelo conteúdo de sua argumentação, é melhor mesmo você mudar de ramo de atividade. Consertar sapatos é algo que tem muito mais a ver com o nível intelectual que você demonstrou aqui (com todo o respeito aos sapateiros, é claro). (…)

Atenção vendedores de cabedais, entrem em contato com o digníssimo sr. Gabriel e preparem um estoque reforçado para atendê-lo; como podem ver, ele está precisando urgentemente de boa quantidade de cabedal.

Usei a palavra em outro sentido: “peles curtidas usadas em calçados e vestimentas”. Obviamente, trata-se de uma ironia, um deboche. O que o sr. Gabriel precisava, segundo meu julgamento, é de boa quantidade de “couro curtido” (cabedal) para mudar de profissão, porque “vasta cultura”, “saber” (cabedal) é coisa que ele não tem – quanto a isso, não há muito o que discutir, estamos comprovando neste exato instante.

Agora, por gentileza, alguém me explica: como uma pessoa que se diz alfabetizada pode confundir “couro curtido para sapatos” com… “cabide”?

O que é um cabide? Vamos usar o mesmo dicionário Priberam, tão apreciado pelo missivista:

cabide
s. m.
Móvel para pendurar chapéus, roupa, arreios, etc.

Aprendi com o sr. Gabriel a usar o Google (claro, claro…) e trago algumas coisinhas a vocês sobre cabedais – especialmente para pessoas que não tenham cabedal:

O que é o cabedal?

O cabedal é um material que resulta da curtimenta da pele de mamíferos, répteis, aves ou peixes. O processo de curtimenta envolve operações diversas cujo principal objectivo é transformar a pele, um material facilmente putrescível, em algo resistente e com aplicação em diversas áreas da actividade humana.

Veja mais aqui.

Existe cabide feito de couro? Que eu saiba, cabide é feito de madeira, de plástico, de acrílico…

Qual então seria a relação entre as palavras “cabide” e “cabedal”, além da grafia ser próxima? No cabide, você pode colocar casacos feitos de… cabedal. Será isso?

De onde esse sujeito tirou que eu confundi as duas palavras?

Vamos refletir: o cara tem pós-graduação lá na casa do caixa prego, se gaba de possuir “cabedal”, anuncia aos quatro ventos “detesto gente ignorante, não falo a toa, e tenho preparo”… Mas não sabe interpretar um texto! Não concebe que uma mesma palavra pode ter diferentes significados! Pior ainda: não consegue relacionar os diferentes significados que uma mesma palavra possa ter, mesmo que estejam escritos em sua frente!!! Está lá, no dicionário online que ele consultou, “cabedal s. m., 1. Nome genérico das peles empregadas no calçado e arreios”, e ele mesmo não percebeu! O sujeitinho não sabe nem usar um dicionário e vem aqui botar banca de que fez especialização nos Estados Unidos!

Se eu chamar esse tipinho aí de jumento, corro o risco de ser processado por injúria… pela Sociedade Protetora dos Animais, porque os jumentos ficarão indignados! Mas para tudo há uma explicação. Teria o sr. Gabriel confundido o exemplar do Aurélio lá da casa dele com alfafa, e o teria devorado, perdendo assim a intimidade com o uso do pai dos burros?

O senhor tem preparo, sr. Gabriel? Que preparo? O que o senhor chama de “preparo”? A sua graduação ou a sua pós-graduação? Onde é que o sr. cismou que tem preparo para alguma coisa, sr. Gabriel? O sr. não tem capacidade pra ensinar crianças do pré-primário a desenharem uma casinha e se mete a vir discutir comigo? Apanha uma vez e agora apanha de novo! O senhor não tem senso do ridículo?

Gabriel Heinrich, eu só tenho a lhe agradecer pelo fato de você ser anticatólico. Sabe por quê? Porque você é burro demais. Você tem é que ser ateu ou atoa mesmo, ficar aí praguejando contra a Igreja Católica, contra o cristianismo, os religiosos, todos eles (como você generaliza), porque isso é pra gente do seu nível “intelequitual” que faz questão de sair por aí em público mostrando a nudez de sua própria moral, sua vaidade e incultura, o baixo nível do caráter que possuem. Pelo menos, eu tenho que dar a mão à palmatória, você não tem medo de mostrar toda a sua estupidez, apenas sua empáfia consegue superar sua burrice. Por um lado, é um prazer ler comentários como os seus, que atestam muito bem a impostura dos detratores do cristianismo em geral, e da Igreja Católica em particular. Antigamente, alguns inimigos da Igreja eram bem mais capazes, cultos, sagazes. Hoje, tudo o que apresentam se resume a essa frivolidade estúpida que você bem demonstra.

Eu só me arrependo de ter lhe comparado a um sapateiro, porque isso é uma desonra, um ultraje a tantos trabalhadores desse país! Quero aqui de público pedir meu sincero perdão a todos os sapateiros por ter comparado uma barata intelectual como você a eles, você não tem inteligência suficiente para amarrar um cadarço, quanto mais fazer ou consertar um sapato!

No mais, acho que o cursinho que você fez lá nos USA não valeu para muita coisa não. Quem sabe, pra impressionar garotinhas ingênuas. Tô até imaginando você na balada: “Aê gata, sabia que eu fiz pós graduação em antropologia na Columbus university?” Isso aí, faça valer seu investimento. Só um conselho, eu sei, deve ser difícil, mas contenha-se: cuidado para não zurrar, senão a moça se assusta.

Um exemplar entre os discípulos de Dawkins está grunhindo! Que gracinha!

Parabéns Richard Dawkins! O inimigo mortal dos babacas, trouxas e covardes teístas! Babam de raiva porque ele demonstra de forma racional e culta o absurdo na crença dessa farsa chamada Deus!

Por absoluta falta de tempo, eu ainda não havia escrito por aqui sobre ateísmo militante. Claro, há que se fazer uma diferenciação entre ateus e o ateísmo militante. A fé é um mistério; a ausência de fé, também o é. Tenho enorme respeito pela experiência individual de cada pessoa, e acredito que todos devemos ser compreensivos a esse respeito. Ninguém pode se considerar superior ou inferior a outrem em virtude de sua crença… ou da ausência dela. Não acreditar em Deus não é sinônimo, necessariamente, de indiferença para com o próximo ou de desinteresse para com as questões metafísicas. Isso pode acontecer em virtude de uma série de fatores.

Mas o ateísmo militante é uma aberração que tenta “sistematizar” um sistema de “não-crenças”, que por si só não possuem uma fundamentação comum. E é impressionante como o discurso é o mesmo, o da arrogância, prepotência, empáfia, que no fundo revelam um claro, óbvio, evidente complexo de inferioridade. Afinal de contas, se fossem tão superiores assim àqueles que acreditam em Deus, não precisariam de tanta publicidade para convencerem os outros… da própria inteligência e racionalidade: provariam isso refutando e debatendo. Na realidade, estão inconscientemente querendo convencer a si mesmos de sua pretensa superioridade intelectual, por se autoproclamarem “racionais” e “cultos”, como se todos os crentes do mundo fossem automaticamente “irracionais” e “incultos”.

É claro que o ridículo dessa gente ultrapassa todos os limites do bom senso e a atenção desmedida que recebem por parte da mídia só pode ser explicada pela total irracionalidade que tomou conta da cultura ocidental nas últimas décadas. Uma coisa é um ateu questionar a existência de Deus, tecer críticas, exigir esclarecimentos. Outra coisa, bastante diferente, é logo de saída rebaixar seus oponentes na discussão – coisa que Dawkins e sua laia fazem com bastante freqüência.

O comentário acima ilustra muito bem como funciona (ou não funciona…) o cérebro de um miltante ateísta. Como já dizia Chesterton, quando a pessoa deixa de acreditar em Deus, passa a acreditar em qualquer tolice. O mané aí apenas trocou a adoração a Deus pela adoração a um idiota como Dawkins.

A partir daí, rebaixa aqueles que pensam de outra forma: taxa-os de “babacas, trouxas e covardes teístas”. O nível de indigência intelectual do sujeito é tão alarmante, que coloca num mesmo balaio todos aqueles que crêem na existência de Deus ou do transcendente, como se tudo fosse a mesma coisa. Pode até ser sim, mas para pessoas completamente tomadas pelo ateísmo fanático.

O mais patético é o raivoso aí dizer que os “teístas” (???) é que “babam de raiva”. Ora, insultar de forma gratuita o adversário com tais termos utilizados no comentário é o quê? Para uma mentalidade tão inculta e primitiva, deve fazer parte de suas regras de etiqueta. Claro, claro, os outros é que babam de raiva. Esse aí é um gentleman. Bem, quem sabe lá na pocilga de onde veio ele realmente o seja…

Dawkins é uma farsa. Ele não demonstra nada, não sabe e nem quer saber o que seja a diferença entre imanência e transcendência. Obviamente, também não dá para esperar isso de alguém que lambe seus sapatos. Dawkins não tem cultura nenhuma para analisar e refutar argumentos filosóficos. Pode ser que no seu campo de conhecimento, Dawkins tenha sua relevância e méritos; mas nesse debate, sobre a existência ou não de Deus, o que faz é apenas aparecer e seduzir tietes descerebradas, pois seus conhecimentos a respeito são ridículos.

O grau de incultura de Dawkins pode ser medido em artigo publicado na Folha de São Paulo (sempre ela…) de 25/08/2007. Vejam como se inicia o texto:

A América, fundada em meio ao secularismo como farol do iluminismo do século 18, está se tornando vítima da política religiosa –uma circunstância que teria chocado seus fundadores.

Não pretendo analisar o artigo em sua totalidade aqui neste post, mas apenas sua frase inicial, que já é suficiente para demoli-lo por inteiro. E por quê? Ora, Dawkins está partindo do pressuposto que os Estados Unidos foram fundados como nação “laica” e que isso quer dizer que a religião não teve papel relevante na origem do estado americano. E a partir desta “constatação”, profere absurdos tais como os religiosos atribuírem “mais valor a células embrionárias que a pessoas adultas” ou então comparar a direita religiosa norte-americana ao Talebã – quantos atentados os militantes conservadores praticaram, mesmo? Para a mentalidade “pogreçista” de Dawkins, estado laico é aquele que exclui a religião dos debates públicos, ou seja, todos os pontos de vista são lícitos, menos os que tenham alguma fundamentação religiosa. Os Estados Unidos, garante Dawkins, foram fundados “em meio ao secularismo”, portanto sempre mantiveram a religião afastada dos debates políticos, e isso expresso pelos próprios “Founding fathers”. E aí está seu erro abismal.

Dawkins não sabe a diferença entre a tradição iluminista inglesa, inspiração para a independência norte-americana e para a fundação do país, e a tradição iluminista francesa, de onde brotou a revolução francesa. A primeira jamais negou as raízes cristãs da civilização ocidental e da própria Inglaterra. O iluminismo francês, de Voltaire, Diderot e companhia, é que é anticlerical e “secularista” no sentido de excluir a religião da política até o último fio de cabelo. A fundamentação da declaração de independência e da constituição dos Estados Unidos é claramente bíblica, conforme demonstrado por Benjamin F. Morris no livro The Christian Life and Character of the Civil Institutions of the United States. Claro que Dawkins não leu esse livro para refutá-lo, porque ele é o tipo do sujeito que só lê o que lhe convém.

Este, portanto, é um pequeno mas significativo exemplo da má fé do cara, que parte de um pressuposto completamente equivocado para, a partir disso, desenvolver seu “raciocínio”. Este é o ídolo cultuado pelo comentarista aí de cima, que chama a Deus de “farsa”. Deve ser efeito de alguma coisa que botaram na lavagem dele, coitadinho.

Para encerrar este post, uma citação de Chesterton…

Doutrinas espirituais na verdade não limitam a mente como fazem as negações materialistas. Mesmo que eu creia em imortalidade eu posso não pensar sobre isso. Mas se eu descreio na imortalidade eu devo não pensar nisso.

No primeiro caso, a estrada está aberta e eu sigo por ela até onde eu desejar; no segundo caso, a estrada está fechada.

… e link para textos de Olavo de Carvalho a respeito:

Ping-pong com mais um palpiteiro de plantão

Cacetada, quem deixou a porta da estrebaria aberta?

Não vi o post cujo rapaz tão repudiado neste comentou, mas se o dono do blog é formado em história tudo isso descrito acima soa como sendo de um autor que também não conhece muita coisa.

Oba! Tem alguém aqui que sabe mais do que eu! Já chegou botando banca, de que sou o tipo do cara que “também não conhece muita coisa”. Que ótimo, adoro aprender coisas novas. Ele está se referindo ao post imediatamente abaixo, em que respondo a um rapaz que veio aqui me amolar. Vamos ver então o que o valentão tem pra me ensinar.

A palavra de Deus pode até não mudar, mas dizer que ele deixou um livro prontinho aqui no mundo com toda a sua verdade é hilário, foi afirmado também que o antigo testamento não serve de base pois seus escritores tiveram o pano de fundo de suas sociedades, é lógico que os que escreveram os livros que mais tarde foram escolhidos e modificados pela igreja para formar o novo testamento também tiveram seu pano de fundo inclusos nos mesmos, ou seja sua fundamentação é muito falha e sem complemente histórico, por mais que tivesse sido reunido exatamente os livros com inspiração divina porque eles foram modificados por monges copistas por exemplo.

Hum… Que ducha de água fria. Pensei que o começo do texto, cheio de empáfia, anunciaria uma argumentação clara, elegante e direta contra o que escrevi. Mas olha que coisa linda: antes de mais nada, o erudito aí não sabe que não é recomendável escrever períodos muito longos, tornando a frase interminável? Que coisa chata de se ler, hein! Ah, tá bem, é um comentário em um blog, às vezes o cara estava com pressa. Vá lá. Se a forma é terrível, vamos ver se o conteúdo se salva…

A palavra de Deus pode até não mudar, mas dizer que ele deixou um livro prontinho aqui no mundo com toda a sua verdade é hilário…

Ih. Pronto. Ele acha hilária a própria ignorância. Quem falou que toda a verdade está contida na Bíblia? Quem fala isso são os senhores protestantes, vai discutir com eles. Olha, se você não sabe a diferença entre católicos e protestantes (ou evangélicos), entre uma alfafa e um exemplar do Catecismo da Igreja Católica, as coisas vão ficar difíceis por aqui… Bem, você é ao menos alfabetizado, embora sua redação não seja lá grandes coisas.

Para a Igreja Católica, a Verdade está contida na Bíblia, no Magistério (a interpretação das escrituras e os ensinamentos da Igreja determinados nos Concílios e nos pronunciamentos papais Ex-cathedra) e na Tradição Oral da Igreja. Exemplo: a Bíblia não nos revela a Imaculada Conceição de Maria, isso a Igreja Católica ensina através da assistência do Espírito Santo, que auxilia a Igreja na interpretação da Revelação. Foram realizados até hoje 22 Concílios Ecumênicos (contando com o de Jerusalém), e alguns deles trataram de questões não explicitadas na Bíblia, como por exemplo o dogma da Santíssima Trindade.

…foi afirmado também que o antigo testamento não serve de base pois seus escritores tiveram o pano de fundo de suas sociedades, é lógico que os que escreveram os livros que mais tarde foram escolhidos e modificados pela igreja para formar o novo testamento também tiveram seu pano de fundo inclusos nos mesmos, ou seja sua fundamentação é muito falha e sem complemente histórico, por mais que tivesse sido reunido exatamente os livros com inspiração divina porque eles foram modificados por monges copistas por exemplo.

Ugh. Deixa eu tentar traduzir isso aqui. Ele diz que “foi afirmado também que o antigo testamento não serve de base pois seus escritores tiveram o pano de fundo de suas sociedades”. Base pra quê? Bem, vamos tentar adivinhar. Presumindo que o sujeito aí tentou dizer “servir de base às leis morais, imutáveis”, onde é que afirmei que o Antigo Testamento não serviria de base  por ter sido escrito em determinado contexto histórico, se eu estou citando os Dez Mandamentos como exemplo, e Deus revela os Dez Mandamentos a Moisés no Livro do Êxodo, que fica no… Antigo Testamento? Confira Êxodo, capítulo 20. Podemos verificar que, além de não saber redigir, o anarfa aí também não é capaz de interpretar um texto.

O resto da frase eu sinceramente não entendi direito, deve ter sido escrito num idioma inacessível para os pobres mortais ignorantes como eu, só os gênios conseguem extrair a sabedoria contida nesses versos. O que deu pra entender foi que o vagabundo aí repetiu o que os seus parentes de quatro patas urram vez ou outra: que os textos bíblicos foram modificados, alterados “por monges copistas”. Chuck Norris, me ajuda!

Eu ouço essa mesma lorota desde que comecei a estudar o assunto, há quase vinte anos. E depois, ainda tem gente que vem e me diz “ai, como você é agressivo, como você é violento…”  Mas é claro que tem que partir para a ignorância, porque só o porrete verbal é capaz de impor respeito contra gente desse tipo. Eu desafio que me mostrem as provas: provem que a Bíblia foi adulterada. Provem que a Igreja manipulou textos bíblicos, tirando e acrescentando “o que fosse de seu interesse”. A maior prova de autenticidade da Bíblia são os manuscritos antigos, exatamente iguais aos textos bíblicos que temos em nossos dias, encontrando-se neles apenas diferenças ocasionais de tradução. São milhares de cópias, e todas são semelhantes no conteúdo, sem interpolações, adulterações ou inserções. Alguns desses manuscritos completos datam de mil e seiscentos anos, época anterior aos monges copistas da Idade Média que, segundo as lendas disseminadas pelos experts no assunto, fizeram um mutirão e trocaram o conteúdo de todos os textos bíblicos existentes naquele tempo em toda a Europa (não sobrou nenhum inteiro, todos os exemplares da Bíblia foram alterados, que coisa!), modificando o livro sagrado de comum acordo, agindo conforme o interesse da Igreja, que era o de enganar todo mundo.

É óbvio, é evidente, meus alunos de catecismo sabem: os livros da Bíblia foram escritos em um ambiente histórico e social particular, e esta realidade ficou impregnada nessas obras. Quando a Bíblia, no Antigo Testamento, legisla sobre costumes, ela o faz tendo como pano de fundo aquela contingência histórica, pois aqueles costumes são relativos àquele povo. No entanto, quando a Bíblia legisla sobre moral, também no Antigo Testamento, ela revela uma ordem de Deus para toda a humanidade, ainda que anunciada primeiramente ao povo de Israel. Posteriormente, Jesus Cristo, a plenitude da revelação Divina, vai afirmar o seguinte:

Não julgueis que vim abolir a lei ou os profetas. Não vim para os abolir, mas sim para levá-los à perfeição. Pois em verdade vos digo: passará o céu e a terra, antes que desapareça um jota, um traço da lei. Aquele que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar assim aos homens, será declarado o menor no Reino dos céus. Mas aquele que os guardar e os ensinar será declarado grande no Reino dos céus (Mateus 5, 17-19).

Jesus se refere aos Mandamentos da Lei de Deus, que hoje chamamos popularmente de “Dez Mandamentos”. Ele confirma a validade das leis referentes à moralidade, que foram reveladas ao povo de Israel no Antigo Testamento; essas leis são eternas e imutáveis, foram reveladas em um contexto social e histórico (é claro, quem está negando isso?!), mas não dependem de contingências: são atemporais e têm a humanidade inteira como destinatária. Jesus confirma a lei e os profetas, fazendo reparos necessários às leis relacionadas aos costumes daquele povo, como a santificação do sábado (“O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado“, ver Marcos 2, 27), e concedendo à Igreja a autoridade (“Tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra será também desligado no céu“, ver Mateus 18,18) para realizar outros reparos que fossem necessários.

Esses reparos foram feitos no Primeiro Concílio Ecumênico da História da Igreja, o Concílio de Jerusalém, que é narrado nos Atos dos Apóstolos, capítulo 15. Este Concílio foi convocado para resolver a questão: pagãos convertidos à fé cristã teriam que ser obrigados a seguir as tradições judaicas, entre elas a circuncisão e a abstinência de carne de porco? Pedro, o primeiro líder da Igreja, assim discursou:

Ao fim de uma grande discussão, Pedro levantou-se e lhes disse: Irmãos, vós sabeis que já há muito tempo Deus me escolheu dentre vós, para que da minha boca os pagãos ouvissem a palavra do Evangelho e cressem. Ora, Deus, que conhece os corações, testemunhou a seu respeito, dando-lhes o Espírito Santo, da mesma forma que a nós. Nem fez distinção alguma entre nós e eles, purificando pela fé os seus corações. Por que, pois, provocais agora a Deus, impondo aos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós pudemos suportar? Nós cremos que pela graça do Senhor Jesus seremos salvos, exatamente como eles (Atos 15,7-11).

O que a Igreja fez, exercendo a autoridade que lhe foi dada pelo próprio Jesus Cristo? Aboliu a obrigatoriedade do cumprimento das leis culturais previstas no Antigo Testamento. Essas leis dizem respeito a costumes de determinado povo, sendo portanto geográfica e historicamente restritas.

Entretanto, as leis morais não foram abolidas! Os Dez Mandamentos continuam aí, firmes e fortes, porque nem mesmo a Igreja tem autoridade para revogá-los! Essas leis são eternas, imutáveis e universais, conforme nos garante o próprio Jesus Cristo: “Não julgueis que vim abolir a lei ou os profetas. Não vim para os abolir, mas sim para levá-los à perfeição” (Mateus 5, 17).

Em síntese: o contexto histórico e social em que a Bíblia foi escrita determina as leis culturais, civis e disciplinares sobre hábitos e os costumes daquele povo, e essas leis são transitórias e mutáveis; mas não determina de forma alguma as leis morais, porque são Divinas e refletem a essência de seu Legislador.

Quanto a São Thomas de Aquino também foi utilizado porque sua época exigia que a “palavra de Deus” precisava de uma roupagem nova para segurar os fiéis que debandavam para o protestantismo deixando de lado a antiga filosofia de Santo Agostinho que não abrangia o tema: infreno.

Hum? Hein? Cuma? Peraí: São Tomás de Aquino viveu no século XIII (1225 — 1274). A revolução protestante de Lutero começou em 1517. Na época de São Tomás, obviamente, não existia protestantismo. Como sou bondoso demais da conta, estou custando a crer que o comentarista utilizou o pronome possessivo “sua” tendo o santo como referência, já que ele viveu duzentos e cinqüenta anos antes do acontecimento mencionado – a debandada de fiéis para o protestantismo. Então, obviamente, a “época” de São Tomás não é a mesma época em que esses fatos aconteceram. Só não me pergunte a quem esse “sua” se refere… Aqui, temos um festival de barbaridades: a filosofia de São Tomás jamais, nunca, em momento algum, “deixou de lado a antiga filosofia de Santo Agostinho.” Agora, quanto à filosofia de Santo Agostinho não abordar o tema “infreno”, ops, inferno, vamos ver o que ele diz em sua obra “A Natureza do Bem”:

Cap. 39 – Diz-se que o fogo é eterno não porque o seja como Deus, mas porque não tem fim.

O fogo é eterno, mas não do mesmo modo como o é Deus; pois, conquanto não acabe nunca, teve porém princípio, e Deus não o teve. Além do mais, a sua natureza está sujeita à mudança, apesar de ter sido destinado a servir de castigo perpétuo para os pecadores. A verdadeira eternidade é a verdadeira imortalidade, ou seja, a suprema imutabilidade, que é atributo exclusivo de Deus, o qual é absolutamente imutável.

Uma coisa é não mudar, apesar da possibilidade de mudança, e outra, muito diferente, é não poder mudar. Diz-se, assim, que um homem é bom, conquanto não como a bondade de Deus, de Quem se disse: “ninguém é bom senão Deus só” (Mc X, 18); e diz-se que a nossa alma é imortal, mas não como o é Deus, de Quem se disse: “é o único que possui a imortalidade” (1Tm VI, 16); e diz-se que o homem é sábio, mas não como o é Deus, de Quem se disse: “a Deus, que é só o sábio” (Rm XVI, 27) – e também se diz que o fogo do inferno é eterno, mas não como o é Deus, cuja imortalidade é a verdadeira eternidade (confira citação aqui).

Se a filosofia de Santo Agostinho não aborda o inferno, este texto acima retrata qual assunto? Deve ser algum tema esotérico, só para iniciados.

Talvez esse rapaz não tenha argumentos válidos, mas não está seguindo uma moda cegamente acredito eu, pois isso indica que ele tem um espírito crítico e que aprendeu a não ter a sua verdade como única e se o faz é porque alguma bagagem ele tem e não consegue engulir qualquer coisa e passar a vomitar a mesma sem ponderar, embora sua esperança é de que todos sejam tão burros quanto muitos e recolham todos os seus pontos de vista como deles.

Eu não consigo engolir, além do estilo tosco do comentarista, é o seu pensamento primário sobre slogans da moda do tipo “espírito crítico” e “verdade como única”. Então se um esquizofrênico se recusa a aceitar que duendes não existem e que o céu é azul e não cor-de-rosa como ele supõe, ele tem “espírito crítico”? Quando é que as pessoas vão se mancar que dois mais dois são quatro, e isso pouco importando a nossa singela opinião a respeito? Você simplesmente não aceitar as coisas como elas são quer dizer que tem “alguma bagagem”? Só se for titica de galinha na cabeça. Claro que o mané que escreveu isso aí não tem a menor possibilidade de entender o problema, mas a ruptura do conhecimento com a realidade é a grande responsável pela profusão de idéias ridículas e completamente absurdas que assolam as ciências humanas hoje em dia. O importante é “não engulir (sic) qualquer coisa”, é mais notável ter uma idéia própria, ainda que totalmente equivocada, do que seguir a Verdade, eterna e imutável.

Complementando,

Ai, meu Deus! Ainda tem mais!!!! Será que eu agüento tanta sabedoria?

A verdade da igreja e do homem mudam não a de Deus hehe

É mesmo, sabidão? Quem te disse isso, hein? Se a verdade que a Igreja apresenta é diferente da Verdade de Deus, para quê serve a Igreja? Já afirmei aqui: a missão da Igreja não é criar ou inventar uma Verdade, mas ensiná-la aos seres humanos. A Verdade foi revelada aos Apóstolos pelo próprio Deus em pessoa – Jesus Cristo. E sobre um destes Apóstolos, Pedro, o próprio Cristo fundou a Sua Igreja, prometendo que as portas do inferno não prevaleceriam sobre ela (Mateus 16, 18). Cristo transmitiu à Sua Igreja autoridade para ensinar, não para fabricar verdades alternativas.

E quanto a familia, esse termo históricamente tem muitas conotações diferentes e sempre a anterior repudia a nova dizendo que esta estará destruindo a anterior, mas com o tempo elas passam a conviver normalmente e serem vistas como as fórmulas de se viver, ou seja as novas só vêem como um complemente para aqueles que não conseguiam se encaixar nas formas arcaicas, não é o tema sugerido pelo post, mas devo deixar aqui como sugestão, pois o homossexual é uma dessas novas maneiras de se formar uma familia dois homens duas mulheres com alguma criança adotiva que não vai nem mexer nas antigas estruturas muito menos destruir-las apenas vêem a complementar.

Pela moral cristã, está claro: o casamento entre homossexuais é impossível, pois duas pessoas do mesmo sexo não formam “uma só carne”.

Não lestes que o Criador, no começo, fez o homem e a mulher e disse: Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e os dois formarão uma só carne? Assim, já não são dois, mas uma só carne (Mateus 19, 4b-6a).

Jesus não prevê outra coisa a não ser a união entre homem e mulher, capaz de gerar filhos e constituir família. Como se pode ter tanta certeza de que o “casamento” homossexual não vai mexer com as antigas estruturas ou destruí-las? Um casal de homossexuais não é capaz de gerar filhos, e é a procriação a garantia de continuidade da estabilidade de uma população. Ora, se a base da sociedade é a família tradicional, a alteração do conceito de família vai mexer com a estrutura da sociedade, sim.

Pois é, o cara não sabe nem escrever direito e tenta dar um ar de intelectualidade a bobagens que, quando muito, não passam de palpites de boteco de quem assiste muito ao “Fantástico”. Escrever besteiras é muito fácil pra ele, mas escrevê-las em um português minimamente decente parece ser tarefa impossível…

Incapacidade mental não merece meu respeito

Um sujeito me mandou uma penca de comentários, veio com discurso de fanático, de que não sei nada de sociologia jurídica, que eu sou um fundamentalista e blá, blá, blá. Não sei se eu rio ou se eu choro.

Olha, como o cara disse que vai seguir meu conselho e não vai mais acessar meu blog (aaaaahhhhhh, nem vou dormir essa noite de tanta tristeza), eu posso então dizer que não passa de um idiota metido a culto, ele não vai se importar mesmo, já que não vai ler. Então deixa eu descer o malho no sujeitinho (não vou ofendê-lo, né, ele não está sabendo).

Eu não entendo mesmo de sociologia jurídica. Mas eu não finjo que entendo. E outra coisa: não é isso que estou discutindo. As leis humanas mudam (e devem mudar) conforme uma série de fatores contingenciais. A questão não é essa: é se as leis divinas devem se modificar conforme as transformações da sociedade, para que a Igreja aceite então o homossexualismo, o aborto, o divórcio, todas essas coisas maravilhosas – entre outras que os modernosos adoram.

A Bíblia, no Antigo Testamento, proíbe o consumo de carne de porco, proíbe que se façam tatuagens e que uma mulher menstruada seja tocada, para citar alguns exemplos. Essas leis não se aplicam aos cristãos. Por que? Porque dizem respeito a uma realidade cultural diversa, são leis que regulamentam costumes relativos no tempo e no espaço. Essas leis foram endereçadas ao povo de Israel, e foram muito importantes na formação da identidade cultural desse povo, são circunstanciais, podendo ser modificadas. Entretanto, os Dez Mandamentos são imutáveis, não estão condicionados ao tempo, ao lugar, são leis que objetivam reger a moral de todos seres humanos, e essas leis foram dadas pelo próprio Deus. A moral, para o cristianismo, não é relativa; ela é imutável, porque o próprio Deus assim o É. Deus não muda em sua essência e não muda de idéia sobre as coisas que ensina. A Bíblia condena o homossexualismo: é pecado grave contra a castidade. Não se trata apenas de um costume a ser repreendido, mas de um hábito que vai contra a moral, contra a castidade, contra a família tradicional, base da sociedade. Dito isso, interrompo para um desabafo.

A incapacidade mental de sair do seu mundinho, do seu universo mental, e ir até o pensamento do seu oponente para tentar compreendê-lo é algo terrível, é uma verdadeira doença que já se apossou da mente de muitas pessoas “cultas” e “estudadas”. É desesperador o cenário, muito pior do que eu pensava antes de começar a escrever para este blog. Esse é o retrato da classe universitária brasileira, gente bocó, um bando de moleques, que pensa que sabe alguma coisa, sem saber da regra primordial de um debate, que é saber do que se está falando. Pronto, já desabafei. Voltemos.

Em primeiro lugar, como já frisei por aqui, a Igreja não é a favor da criminalização do homossexualismo. Mas é contra a promoção deste comportamento e não considera sua prática legítima. Por que a Igreja deveria mudar seu ensinamento a respeito? Para agradar à sociedade? O que Igreja tem a ver com modernização, com “dinâmica social”? Se a Igreja ensina a Palavra de Deus, qual a Sua autoridade para modificar ensinamentos que não foi Ela quem os inventou, mas recebeu do próprio Deus, através da inspiração do Espírito Santo, conforme o prometido por Nosso Senhor Jesus Cristo?

O mané não sabe nada de teologia, história da Igreja, doutrina católica, não tem a menor idéia da complexidade das relações entre Igreja e modernidade, nem sonha em conhecer o conceito de Deus segundo São Tomás de Aquino, muito menos o que o Doutor da Igreja ensina sobre Deus ser eterno e imutável. Se Deus é eterno e imutável, o que Ele ensina sobre moral assim o é. Deus não muda de idéia conforme as vontades de um estudantezinho universitário metidinho à besta.

Ora bolas, se Deus se revela na Bíblia como sendo imutável, porque a Tradição da Igreja, em seu Magistério, deveria mudar o que Ele ensinou? Ele não muda, seus ensinamentos não mudam! Sua essência permanece a mesma! A missão confiada à Igreja é ensinar às nações tudo aquilo que Jesus ensinou (ver Mateus 28, 16-20). A Igreja não tem autoridade para modificar os ensinamentos de Deus; sua autoridade se limita a ensinar.

Caramba, será que é tão difícil assim entender? Deus não muda, suas idéias não mudam, portanto a Verdade está além de mudanças sociais! E o carinha ainda vem com picuinha de que é um absurdo a Igreja proibir a camisinha? Vai estudar, boboca, pra compreender no quê se fundamenta o argumento do seu adversário!

E daí vem a tática de sempre: me acusa de fundamentalista, berra que a Igreja vai ficar pra trás porque a pesquisa com células-tronco e blá, blá, blá… Meu Deus, eu escuto isso todos os dias de gente ignorante. Será que ele pensa que está abafando? Isso não passa de disco riscado, discurso de militante, de gente atôa, de gente que leu dois ou três livros, um do Michel Foucault, outro do Marcuse, e sai por aí arrotando que sabe tudo, não é possível! É claro que um carinha desses não tem a menor condição de ler São Tomás de Aquino – quando chegar à página sete da Súmula contra os gentios é capaz de ter uma concussão cerebral.

Rapazinho, vai ver se eu estou na esquina… Vai estudar, tenha vergonha de ser tão burro, de ser tão incapaz de lidar com uma linha de pensamento oposta, muito mais complexa do que você imagina, cuja divergência está na base: o raciocínio da Igreja Católica não se baseia em contingências históricas, em relativismos culturais, o que a Igreja Católica ensina está baseado em princípios imutáveis. É por isso que o ensinamento não muda, porque está atrelado a uma lógica perene, atemporal, espiritual.

Portanto, as leis morais para o Cristianismo são outra coisa, não são como leis humanas que norteiam costumes e relações sociais, apenas: são eternas e absolutas, não admitem mudanças, ou então entrariam em contradição com a essência do legislador – no caso, o próprio Deus.

Você devia se candidatar a aparecer nesses debates no Superpop ou no sofá do Progama da Hebe, algo que condiz com seu nível intelectual, pra dar uma de gostosão, de gente que sabe pra caramba, não venha a se meter a besta comigo. Eu sou um bom professor de história, sou um bom psicólogo (embora não exerça a profissão) e ainda sou caridoso o suficiente para perder tempo com um bocó como você.

Quanto a ficar sozinho, falando com as paredes, não tem problema: Santo Atanásio já dizia, “se o mundo for contra a verdade, Atanásio será contra o mundo”. Dentro da sua cabecinha oca, certamente o que é verdade e o que é certo ou errado é definido pela vontade da maioria, não é mesmo?

Olha, vai ser burrinho assim lá na PUC que o pariu…

Cem anos de pedofilia

Por Olavo de Carvalho.

Na Grécia e no Império Romano, o uso de menores para a satisfação sexual de adultos foi um costume tolerado e até prezado. Na China, castrar meninos para vendê-los a ricos pederastas foi um comércio legítimo durante milênios. No mundo islâmico, a rígida moral que ordena as relações entre homens e mulheres foi não raro compensada pela tolerância para com a pedofilia homossexual. Em alguns países isso durou até pelo menos o começo do século XX, fazendo da Argélia, por exemplo, um jardim das delícias para os viajantes depravados (leiam as memórias de André Gide, “Si le grain ne meurt”).

Por toda parte onde a prática da pedofilia recuou, foi a influência do cristianismo — e praticamente ela só — que libertou as crianças desse jugo temível.

Mas isso teve um preço. É como se uma corrente subterrânea de ódio e ressentimento atravessasse dois milênios de história, aguardando o momento da vingança. Esse momento chegou.

O movimento de indução à pedofilia começa quando Sigmund Freud cria uma versão caricaturalmente erotizada dos primeiros anos da vida humana, versão que com a maior facilidade é absorvida pela cultura do século. Desde então a vida familiar surge cada vez mais, no imaginário ocidental, como uma panela-de-pressão de desejos recalcados. No cinema e na literatura, as crianças parecem que nada mais têm a fazer do que espionar a vida sexual de seus pais pelo buraco da fechadura ou entregar-se elas próprias aos mais assombrosos jogos eróticos.

O potencial politicamente explosivo da idéia é logo aproveitado por Wilhelm Reich, psiquiatra comunista que organiza na Alemanha um movimento pela “libertação sexual da juventude”, depois transferido para os EUA, onde virá a constituir talvez a principal idéia-força das rebeliões de estudantes na década de 60.

Enquanto isso, o Relatório Kinsey, que hoje sabemos ter sido uma fraude em toda a linha, demole a imagem de respeitabilidade dos pais, mostrando-os às novas gerações como hipócritas sexualmente doentes ou libertinos enrustidos.

O advento da pílula e da camisinha, que os governos passam a distribuir alegremente nas escolas, soa como o toque de liberação geral do erotismo infanto-juvenil. Desde então a erotização da infância e da adolescência se expande dos círculos acadêmicos e literários para a cultura das classes média e baixa, por meio de uma infinidade de filmes, programas de TV, “grupos de encontro”, cursos de aconselhamento familiar, anúncios, o diabo. A educação sexual nas escolas torna-se uma indução direta de crianças e jovens à prática de tudo o que viram no cinema e na TV.

Mas até aí a legitimação da pedofilia aparece apenas insinuada, de contrabando no meio de reivindicações gerais que a envolvem como conseqüência implícita.

Em 1981, no entanto, a “Time” noticia que argumentos pró-pedofilia estão ganhando popularidade entre conselheiros sexuais. Larry Constantine, um terapeuta de família, proclama que as crianças “têm o direito de expressar-se sexualmente, o que significa que podem ter ou não ter contatos sexuais com pessoas mais velhas”. Um dos autores do Relatório Kinsey, Wardell Pomeroy, pontifica que o incesto “pode às vezes ser benéfico”.

A pretexto de combater a discriminação, representantes do movimento gay são autorizados a ensinar nas escolas infantis os benefícios da prática homossexual. Quem quer que se oponha a eles é estigmatizado, perseguido, demitido. Num livro elogiado por J. Elders, ex-ministro da Saúde dos EUA (surgeon general — aquele mesmo que faz advertências apocalípticas contra os cigarros), a jornalista Judith Levine afirma que os pedófilos são inofensivos e que a relação sexual de um menino com um sacerdote pode ser até uma coisa benéfica. Perigosos mesmo, diz Levine, são os pais, que projetam “seus medos e seu próprio desejo de carne infantil no mítico molestador de crianças”.

Organizações feministas ajudam a desarmar as crianças contra os pedófilos e armá-las contra a família, divulgando a teoria monstruosa de um psiquiatra argentino segundo a qual pelo menos uma entre cada quatro meninas é estuprada pelo próprio pai.

A consagração mais alta da pedofilia vem num número de 1998 do “Psychological Bulletin”, órgão da American Psychological Association. A revista afirma que abusos sexuais na infância “não causam dano intenso de maneira pervasiva”, e ainda recomenda que o termo pedofilia, “carregado de conotações negativas”, seja trocado para “intimidade intergeracional”.

Seria impensável que tão vasta revolução mental, alastrando-se por toda a sociedade, poupasse miraculosamente uma parte especial do público: os padres e seminaristas. No caso destes somou-se à pressão de fora um estímulo especial, bem calculado para agir desde dentro. Num livro recente, “Goodbye, good men”, o repórter americano Michael S. Rose mostra que há três décadas organizações gays dos EUA vêm colocando gente sua nos departamentos de psicologia dos seminários para dificultar a entrada de postulantes vocacionalmente dotados e forçar o ingresso maciço de homossexuais no clero. Nos principais seminários a propaganda do homossexualismo tornou-se ostensiva e estudantes heterossexuais foram forçados por seus superiores a submeter-se a condutas homossexuais.

Acuados e sabotados, confundidos e induzidos, é fatal mais dia menos dia muitos padres e seminaristas acabem cedendo à geral gandaia infanto-juvenil. E, quando isso acontece, todos os porta-vozes da moderna cultura “liberada”, todo o establishment “progressista”, toda a mídia “avançada”, todas as forças, enfim, que ao longo de cem anos foram despojando as crianças da aura protetora do cristianismo para entregá-las à cobiça de adultos perversos, repentinamente se rejubilam, porque encontraram um inocente sobre o qual lançar suas culpas. Cem anos de cultura pedófila, de repente, estão absolvidos, limpos, resgatados ante o Altíssimo: o único culpado de tudo é… o celibato clerical! A cristandade vai agora pagar por todo o mal que ela os impediu de fazer.

Não tenham dúvida: a Igreja é acusada e humilhada porque está inocente. Seus detratores a acusam porque são eles próprios os culpados. Nunca a teoria de René Girard, da perseguição ao bode expiatório como expediente para a restauração da unidade ilusória de uma coletividade em crise, encontrou confirmação tão patente, tão óbvia, tão universal e simultânea.

Quem quer que não perceba isso, neste momento, está divorciado da sua própria consciência. Tem olhos mas não vê, tem ouvidos mas não ouve.

Mas a própria Igreja, se em vez de denunciar seus atacantes preferir curvar-se ante eles num grotesco ato de contrição, sacrificando pro forma uns quantos padres pedófilos para não ter de enfrentar as forças que os injetaram nela como um vírus, terá feito sua escolha mais desastrosa dos últimos dois milênios.

Fonte: site de Olavo de Carvalho.

Ocidente não tem direito de impor preservativo a africanos – dizem os próprios africanos!

Carta aberta de um grupo de estudantes camaroneses

ROMA, quarta-feira, 6 de maio de 2009 (ZENIT.org).- «Dizemos com firmeza nosso ‘não’ a este modelo cultural totalmente estranho a nossos valores e tradições, que nos está sendo imposto como determinante da melhoria de nossa vida.» Com estas palavras, um grupo de estudantes dos Camarões divulgou na Europa uma carta aberta, recebida pela Zenit, contra os ataques ao Papa por suas palavras sobre o preservativo, durante a viagem apostólica a Camarões e Angola no mês de março passado.

Nela, exige-se ao Diretor executivo do Fundo Mundial para a luta contra a AIDS, aos deputados belgas e aos ministros de Saúde espanhol, alemão e de Exterior francês, que «peçam perdão ao Papa e aos africanos».

Este grupo denuncia que a imprensa ocidental «instrumentalizou injustamente, em uma violenta campanha sabidamente orquestrada» as palavras do Papa, e que os ataques recebidos por este constituem «uma vergonhosa ingerência na realidade africana».

Os assinantes afirmam que os autores das críticas «identificaram o continente africano como um dos principais mercados de chegada dos preservativos para fazer crescer suas economias sociais. O jogo está claro: as indústrias do preservativo estão no Ocidente».

«O Santo Padre tocou na chave do problema, alarmando os agentes deste florescente negócio na África», acusam.

Para estes estudantes, utilizou-se o Papa como «bode expiatório» para «defender seus interesses econômicos ocultos após a exportação de suas práticas contraconceptivas a países com forte crescimento demográfico».

«Que promovam e defendam o uso do preservativo em sua casa, já que esta escolha corresponde às suas concepções antropológicas sobre o ser humano, mas não têm direito a impor suas escolhas aos africanos», acrescentam.

Especialmente, exigem ao Ocidente que «peça perdão aos africanos» por «enganá-los, apresentando-se como os verdadeiros benfeitores, quando na realidade não o são».

«De que serve proteger os africanos com o preservativo se depois os matam com tantos mecanismos de exploração ou com as armas pela guerra de interesses políticos e econômicos desses mesmos benfeitores?»

As pessoas na África «não morrem apenas de AIDS, e por isso é mentira dizer que o preservativo salva vidas humanas», acrescentam.

«Pedimos, portanto, a estes supostos benfeitores da África que deixem, de uma vez por todas, de especular com ela. É necessário inverter a tendência: a pobreza da África não deve fazer mais a riqueza dos países já desenvolvidos.»

Por último, os autores exigem ao Fundo para a luta contra a AIDS que destine os fundos com os quais conta «ao envio massivo de recursos para escavar poços de água e para construir implantes fotovoltaicos para a produção de energia solar, com o qual se favoreça uma distribuição massiva de água e luz».

«Estes são os bens essenciais e decisivos para a África, e todos os agentes da cooperação internacional ao desenvolvimento são muito conscientes disso. Esta é a ajuda humanitária que a África precisa para desenvolver-se, e não o preservativo», concluem.

Fonte: Zenit.

Sexo sem conseqüências, mundo sem compromisso

Um mundo moldado pela contracepção está longe de ser favorável ao casamento e à família.

A 25 de julho de 1968, o Papa Paulo VI publicou um documento, Humanae Vitae, em que se declarava que a pílula era incompatível com a moral católica. Teria esse fato conduzido a sua Igreja a décadas de irrelevância moral ou feito da Igreja um farol de clareza moral? Nesta entrevista, publicada originalmente no site MercatorNet, o filósofo norte-americano Christopher Tollefsen disseca do ponto de vista moral o movimento em favor dos anticoncepcionais.

MercatorNet: Recentemente, você escreveu sobre a fertilização in vitro (FIV) e outras técnicas similares que separam o sexo da reprodução, sobre os problemas éticos e as profundas implicações para o homem que elas têm. Mas gostaria que voltássemos um pouco no tempo para tratar da primeira tecnologia a separar o sexo da reprodução – os contraceptivos, especialmente a pílula, um produto eficaz e produzido em massa. Esses dois desenvolvimentos tecnológicos do século XX estão relacionados? Podemos dizer que um levou ao outro?

Christopher Tollefsen: São como os dois lados da mesma moeda. A sexualidade e a procriação, quando unidas no casamento, são as duas facetas de um bem grande e realizador, e ambas aperfeiçoam a vida dos cônjuges. Ao mesmo tempo, trazem consigo responsabilidades significativas, como todos os bens: não nos é fácil para praticar a virtude da castidade, dentro e fora do matrimônio, nem estar abertos ao dom de uma nova vida como fruto natural do amor entre os esposos.

A pílula permite que nos livremos da carga que supõe a conexão da sexualidade tanto com o matrimônio como com os filhos. Teremos as crianças de acordo com as nossas regras agora – talvez num casamento, talvez não. E a conseqüência lógica disso é que a FIV nos permite controlar mais e melhor a procriação. Em alguns casos, a FIV constitui uma reposta compreensível, embora eu a julgue errada, à incapacidade de conceber de alguns casais. Acontece que cada vez mais tem sido usada para garantir que teremos os tipos de filhos que quisermos, filhos livres de alguma doença, por exemplo, ou dotados de certos atributos que outros não têm.

Infelizmente, tanto a contracepção como a reprodução assistida são hoje vistas não apenas como coisas aceitáveis, mas como obrigações morais. Em última análise, penso que o assunto tem a ver com a nossa recusa em aceitar qualquer coisa que escape totalmente ao nosso controle – não é atrativo encarar a vida humana e a sexualidade como dons, porque isso revelaria que não somos os autores integrais da nossa própria existência. E, tristemente, a nossa resposta ao sofrimento, mesmo o sofrimento da esterilidade, segue essa mesma linha. O sofrimento é inteiramente um mal e deve ser rejeitado precisamente por estar fora do nosso controle, por ser uma ameaça à nossa “divindade” (a nossa descrição do sofrimento como algo “gratuito” também traz o caráter de algo que não escolhemos). Mas o cristianismo sempre ofereceu uma resposta redentora para os nossos sofrimentos ao ligá-los com os sofrimentos de Alguém que, sendo Deus, assumiu a forma de escravo.

MercatorNet: Houve uma reação negativa generalizada, entre os católicos inclusive, quando o Papa Paulo VI publicou a sua encíclica sobre a vida humana – Humanae Vitae – em que explicava por que a contracepção (diferentemente da abstinência periódica) era inaceitável do ponto de vista teológico e mesmo do ponto de vista meramente humano. A reação foi surpreendente, pois havia então apenas uns dez anos que a pílula estava disponível. Evidentemente, já devia estar em curso há algum tempo uma mudança de atitudes. Quais foram os antecedentes filosóficos dessa típica “revolta de 1968”?

Tollefsen: Com certeza, a aceitação geral de uma mentalidade utilitarista ou conseqüencialista, tanto na filosofia como na cultura política, contribuiu muito para essa revolta. A visão de que conseqüências boas podem tornar corretas ou mesmo obrigatórias algumas ações serviu de desculpa para muitos teólogos que afirmavam não existirem absolutos morais e que a moral sexual e reprodutiva precisava levar em conta o bem integral dos casais, unidos ou não pelo matrimônio. Só que essa é uma visão das coisas pelo avesso. Como disse o Papa João Paulo II na Encíclica Veritatis Splendor, os mandamentos estão para proteger os bens e o desenvolvimento do homem, e isso vale também para o ensinamento da Igreja acerca da contracepção.

MercatorNet: Sexo antes do casamento, uniões livres em vez de matrimônio, infidelidade conjugal, aumento nas taxas de divórcio: esses e outros males foram todos atribuídos à contracepção. Não seria simplificar demais as coisas? Seria a chamada mentalidade contraceptiva assim tão fundamental na determinação das tendências da sociedade contemporânea?

Tollefsen: É difícil menosprezar o profundo impacto que a contracepção teve na sociedade, embora não se possa dizer que há sempre uma relação direta de causa e efeito; não queremos dizer, por exemplo, que os casamentos vão fracassar porque as pessoas tomam anticoncepcionais. Mas a contracepção possibilita um mundo em que a castidade pré-conjugal deixa de ser necessária, o que por sua vez cria um mundo em que a castidade conjugal também é mais difícil. Cria-se um mundo em que há uma tremenda pressão em ambos os esposos para que se dediquem ao trabalho e adiem os filhos, o que faz surgir mais tensões na família. Além disso, parece bem plausível que a idéia de que temos o direito de satisfazer irrestritamente os nossos desejos sexuais teve um papel considerável no crescimento da indústria pornográfica, que causou sérios danos à família. Assim, o resultado final de um mundo amplamente moldado pela contracepção é um mundo bem pouco amistoso para com o casamento e a família.

MercatorNet: O conceito de “planejamento familiar” já se tornou popular na sociedade. Você acha esse termo problemático? O termo “paternidade responsável”, que é o empregado pela Igreja Católica, é melhor? Por quê?

Tollefsen: Bem, um dos problemas é que “planejamento familiar” quase sempre é um eufemismo para aborto sob demanda. E sem dúvida a idéia de “planejamento” pode parecer demasiado técnica, como é patente em diversas formas de reprodução assistida. Mas acho que também seria um erro deixar de lado a idéia acima mencionada, que a sexualidade e a procriação implicam responsabilidades; os casais podem ter motivos de peso para espaçar os filhos ou evitar a concepção por um certo tempo. Assim, o termo “paternidade responsável” parece dar uma boa noção daquilo a que um casal está chamado a viver.

MercatorNet: Uma das afirmações mais controversas acerca da contracepção é que ela conduz à difusão do aborto. Muitas pessoas conscienciosas ficam zangadas e estarrecidas diante de tal afirmação, mas será que não se estão enganando a si próprias?

Tollefsen: Receio que sim. A contracepção possibilitou algo que muitos seres humanos sempre desejaram: sexo sem conseqüências. Antes do século XX, as conseqüências do sexo fora do casamento eram geralmente a gravidez, de vez em quando alguma doença e quase sempre uma reputação bastante rebaixada. Mas a tecnologia contraceptiva diminui a ocorrência da primeira e da terceira conseqüências… até certo ponto, claro. Não elimina completamente a possibilidade de gravidez; assim, o sexo sem conseqüências, mesmo com o uso generalizado de contraceptivos, permanece inatingível se não se tem acesso ao aborto. Por isso, parece-me natural que uma pessoa pró-vida que se opõe ao aborto passe a ser uma pessoa pró-vida que propõe a castidade dentro e fora do casamento.

MercatorNet: Algumas pessoas não vêem diferença entre a contracepção e as técnicas naturais para o controle da fertilidade – o chamado planejamento familiar natural -, uma vez que a finalidade desejada é a mesma: “nada de bebês desta vez”. Há diferença moral ou filosófica entre essas duas coisas?

Tollefsen: Contracepção significa: não querer bebês e garantir que a concepção não vai acontecer. Essa decisão de prevenir um eventual bebê parece-me contrária à vida humana. Por outro lado, os esposos claramente não têm a obrigação de ter relações em todas as ocasiões possíveis, e têm vários bons motivos para se absterem algumas vezes. Durante o período fértil, o efeito da abstinência é às vezes desejável, de maneira que a abstinência é permissível. Isso é bem diferente de optar por evitar absolutamente a concepção de um bebê.

MercatorNet: Afirmar que o uso da pílula é antiético é ir contracorrente. Você teria umas palavras bem redondas para fazer as pessoas pensarem no assunto?

Tollefsen: Acho que as pessoas deveriam perguntar-se se o mundo tornado possível pela pílula – um mundo em que as relações sexuais não implicam compromisso numa união permanente e exclusiva com a esperança de filhos, e em que o casamento é quase sempre visto como uma parceria para o aumento do patrimônio e do status, sendo as crianças um item opcional -, se esse mundo as fez mais felizes, ou fez mais felizes os seus amigos e parentes. Uma resposta honesta a essa pergunta provavelmente as deixaria surpresas.

Fonte: Quadrante. Para ler a entrevista no original em inglês, clique aqui.

Notícias que não saem no jornal: Manifestação de solidariedade de estudantes africanos em Roma com Papa

A mídia transmitiu uma imagem equivocada da África

ROMA, sexta-feira, 27 de março de 2009 (ZENIT.org).- O Comitê de Estudantes Africanos em Roma convocou para este domingo, às 11h30, na Praça de São Pedro, uma manifestação de apoio a Bento XVI e a favor da mensagem que deixou em sua visita pastoral a Camarões e Angola, assim como de protesto contra as manipulações dos meios de comunicação.

A iniciativa, que acontecerá por motivo do Ângelus, «surgiu entre nós, e creio que no espírito de todo africano orgulhoso de sua cultura, a partir do primeiro discurso do Papa na África», explica à Zenit a responsável do Comitê de Estudantes Africanos em Roma, Pierre Baba Mansare.

«De toda a mensagem pastoral do Santo Padre, os meios de comunicação ocidentais enfatizaram só a frase sobre os preservativos com o objetivo de criar polêmica», constata.

Diante desta situação, os estudantes «decidiram reagir com uma pequena manifestação de agradecimento ao Santo Padre por seu diagnóstico lúcido e objetivo sobre a realidade africana, um diagnóstico que não foi ouvido pela comunidade internacional, distraída pela polêmica da mídia».

Por sua parte, Mollo Mari Anne, uma das organizações da manifestação, originária dos Camarões, explica à ZENIT que «os meios de comunicação apresentaram uma imagem da África feia, sofredora, cheia de doenças. Nós esperávamos que falassem da beleza da África, de seu espírito de acolhida, de seu sorriso».

«Os Camarões tiraram dois dias de férias para acolher o Papa, mas os jornalistas reduziram a viagem a falar do preservativo e diminuíram as afirmações do Papa», explica a estudante na Pontifícia Universidade Gregoriana.

A primeira coisa que a África precisa – diz referindo-se à polêmica sobre o preservativo – é de serviços de saúde e alimentação.

Segundo a estudante, «a promoção massiva do preservativo empobrece cultural, econômica e moralmente, pois leva as pessoas a assumir comportamentos irresponsáveis e isso vai contra nossa cultura».

«Por este motivo, dizemos ‘não’ ao desprezo de nossa cultura e de nossas tradições. Queremos caminhar com Bento XVI, seguir as linhas que ele traçou para nosso presente e futuro e escrever assim uma nova página.»

Um comunicado enviado pelos estudantes à zenit explica que a manifestação busca «dizer à comunidade internacional que as prioridades absolutas para a África são a comida, a água, a energia, os tratamentos médicos, uma renda estável para as famílias, um sistema comercial que facilite também a exploração dos produtos africanos e não só a exploração de matérias-primas, a valorização das próprias riquezas, em vez do saque de seus recursos».

Ao mesmo tempo, Pierre Baba Mansare quer que o encontro sirva para lançar uma mensagem clara aos meios de comunicação ocidentais: «não falem da África sem conhecer a realidade, pisoteando seus valores».

Fonte: Zenit.

Triste constatação

Não é bom ver que aqui na Europa existem pessoas que fazem de tudo para tirar o crucifixo das escolas e dos lugares públicos enquanto nós estamos combatendo e promovendo o ensinamento católico e religioso na sociedade.

Frase de Dom Pedro Zhao Jian Min, diretor do “Bei Jing Institute for the Study of Christianity and Culture” e Vigário da diocese de Pequim. Ele disse essa frase durante aulas proferidas na Bélgica, no fim do mês passado (fonte: Agência Fides).

A onda anti-religiosa que varre o ocidente não é apenas sintoma de sua decadência moral e cultural: é a própria causa. Mostre-me uma única civilização que não tenha sido erguida tendo como base sua espiritualidade codificada através de ensinamentos religiosos, que por sua vez tornam-se a fonte da qual o direito, a cultura, a política irão beber.

Ao combater o cristianismo, empurrando a fé para o âmbito “privado”, os defensores do “laicismo” estão dando um tiro no próprio pé. A Europa está agonizando, moral e culturalmente. Aliás, posso dizer com muita tranqüilidade que os anos situados desde a segunda metade do século XX até hoje já podem ser considerados como uma nova idade das trevas, um tempo onde a cultura se rebaixou a um nível sofrível e a moral perdeu todas as suas referências objetivas, sucubindo a diferentes interpretações que não se sustentam racionalmente.

Ao renunciar ao cristianismo, a Europa nega todo o seu passado e põe em risco sua própria existência num futuro não muito distante.

Já na China, a proposta dos católicos chineses não é outra senão recuperar e preservar o que resta da cultura chinesa que não tenha sido destruída pela terrível “revolução cultural” maoísta, que varreu o país nas décadas de 60 e 70.

Rezemos pelos católicos chineses, que Deus os ilumine na missão de reconstruir aquele imenso país, devastado e massacrado pelo comunismo.

Rezemos pelos católicos europeus, que não desanimem na fé e sejam fagulhas de luz em um continente cada vez mais mergulhado nas trevas.

Estudo norte-americano afirma que há relação entre ouvir música com letras de conteúdo sexual degradante e experiências sexuais precoces

Por Thaddeus M. Baklinski.

Pittsburgh, 25 de fevereiro de 2009 (LifeSiteNews.com) – Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh descobriram que adolescentes que ouvem música com letras de conteúdo sexual agressivo e explícito regularmente são duas vezes mais suscetíveis a se envolverem com atividades sexuais em comparação a adolescentes que evitam este tipo de música.

Escrevendo no American Journal of Preventive Medicine, o pesquisador-chefe Dr. Brian A. Primack afirmou: “o estudo demonstra que, nesta amostra de adolescentes, a maior exposição a músicas com conteúdo sexual de baixo nível na música popular foi associada a um comportamento sexual mais acentuado”.

“De fato, a exposição a letras descrevendo atividade sexual degradante foi uma das mais fortes associações percebidas com a atividade sexual. Estes resultados corroboram a necessidade de mais investigação e intervenção educativa neste assunto.”

O comunicado de imprensa do American Journal of Preventive Medicine anunciando os resultados do estudo assinala que a atividade sexual entre adolescentes nos Estados Unidos resulta em cerca de 750 mil adolescentes grávidas a cada ano. Com relatórios dando conta de que até 25 por cento de todas as meninas adolescentes norte-americanas têm infecções sexualmente transmissíveis, pesquisadores e oficiais de saúde pública buscam elementos que possam aumentar a atividade sexual em adolescentes.

O estudo foi baseado em levantamentos feitos com 711 estudantes do ensino médio em três grandes escolas, com um terço do grupo descrito como ouvintes regulares (mais de quatorze horas semanais de músicas com conteúdo sexual apelativo), um terço como ouvintes casuais (entre duas a treze horas) e um terço que ouvia essas músicas raramente ou nunca.

O estudo concluiu que, comparados àqueles que menos estiveram expostos a músicas de conteúdo sexual apelativo, os adolescentes com maior exposição a essas músicas estavam duas vezes mais propensos a praticarem relações sexuais.

Dr. Primack comentou que esses resultados reforçam estudos anteriores, que sugerem que a exposição do sexo na mídia pode ser um fator de risco para a precocidade da atividade sexual.

“Não estou dizendo que os pais devam tentar banir esse tipo de música; isso não iria ajudar”, Dr. Primack disse a um repórter da BBC. “Entretanto, acho que os pais deveriam ponderar sobre o assunto. É cômodo dizer que música seja apenas ‘coisa de adolescente’, mas os pais deveriam conversar com seus filhos sobre sexo, colocando esse tipo de música no contexto.”

O texto completo da pesquisa pode ser acessado através deste link.

Fonte: LifeSiteNews. Tradução e adaptação de Matheus Cajaíba. Para ler o texto em inglês, clique aqui.

Bento XVI: Cristo “é o verdadeiro Senhor do mundo”. E as implicações disso na cultura ocidental

Transcrevo aqui um texto inspiradíssimo de Sua Santidade, pronunciado hoje na tradicional audiência geral das quartas-feiras. A partir dele, proponho uma reflexão. Vamos lá:

Para o mundo pagão, que acreditava em um mundo cheio de espíritos, em grande parte perigosos e contra os quais era preciso defender-se, aparecia como uma verdadeira libertação o anúncio de que Cristo era o único vencedor e de que quem estava com Cristo não tinha que temer ninguém. O mesmo vale para o paganismo de hoje, porque também os atuais seguidores destas ideologias vêem o mundo cheio de poderes perigosos. A estes é necessário anunciar que Cristo é vencedor, de modo que quem está com Cristo, quem permanece unido a Ele, não deve temer nada nem ninguém. Parece-me que isso é importante também para nós, que devemos aprender a enfrentar todos os medos, porque Ele está acima de toda dominação, é o verdadeiro Senhor do mundo.

Para ler todo o texto, que faz parte de uma série de reflexões sobre São Paulo, dentro do Ano Paulino (estamos comemorando dois mil anos de seu nascimento), clique aqui.

O que me chamou a atenção nesta passagem foi o seguinte ponto: para quem acompanha este blog, apenas alguns dias atrás citei uma fala de Olavo de Carvalho, que relaciona o desenvolvimento da razão com a idéia de um Deus transcendente, que está além da natureza. Transcrevo novamente a referida explicação:

Henrique Garcia me pergunta: “Qual sua opinião sobre certas correntes de idéias, presentes sobretudo no meio liberal, que trabalham incessantemente por achincalhar a fé face à razão, atribuindo-a ao obscurantismo, quando não à irracionalidade pura e simples?” Olha aqui, Henrique: o pessoal que faz isso só mostra que é um bando de ignorantes, eles não sabem nem o sentido da palavra razão. A idéia da razão surge na Grécia exatamente como, vamos dizer, a tendência da alma para a contemplação do transcendente. É só a idéia do transcendente que permite o surgimento da razão. A idéia de um Deus transcendente é a idéia fundamental da razão, idéia que na verdade era impossível numa fase anterior da civilização, onde tinha aquela idéia dos “deuses espalhados” aí pela natureza, deuses mais ou menos fundidos na natureza. Na hora em que a idéia da divindade se destaca da natureza cósmica e se abre para a mente humana a idéia do Deus transcendente, do Deus que está para lá do universo, um Deus absolutamente invisível, infinito, aí é que começa a razão, isso é a base da razão. Agora, esses idiotas nem sabem o que é razão!

Esta idéia, de um Deus que transcende a natureza, surge na Grécia pagã, mas se concretiza com o advento do Cristianismo, já que a natureza foi completamente dismistificada pela nova religião – as antigas divindades gregas estavam diretamente associadas a forças da natureza. Para os cristãos, só existe um único Deus, personificado em Jesus Cristo, e a natureza é Sua criação – ou seja: a natureza é obra de Deus, e sua manifestação não tem, em si, nada de divina ou sobrenatural. Essa separação entre “criador” (Deus) e “criatura” (natureza) vai ser de fundamental importância no desenvolvimento do pensamento ocidental. Lembrei-me de outra explicação, bastante didática, do brilhante jornalista português João Pereira Coutinho. Publico aqui um fragmento do texto publicado na Folha Online (íntegra, aqui), que trata sobre a polêmica do Papa com o Islam, ao citar em discurso proferido em uma universidade alemã uma frase que teria ofendido os “sentimentos religiosos muçulmanos”. Este é outro assunto, eu quero é chamar a atenção para o primeiro parágrafo do texto:

O Papa Bento 16 visitou uma antiga universidade alemã e resolveu falar sobre as relações difíceis entre a fé e a razão. Digo “relações difíceis”, mas Ratzinger discorda: para Bento, não existe nenhuma incompatibilidade entre a “fé” e a “razão” porque a razão é uma dádiva de Deus. A tese não constitui uma originalidade do atual Papa. É tese ortodoxa da Igreja Católica e, mais, foi precisamente um tal entendimento que permitiu a emergência da (expressão perigosa) “civilização ocidental”: do renascimento carolíngeo à cultura monaquista da Idade Média (que salvou os textos clássicos que era possível salvar), o convívio entre as coisas do espírito e os trabalhos da mente contribuiu para a fundação das primeiras universidades (de Bologna a Paris) e até para lançar as bases do pensamento científico. Como? Pela “despersonalização” da natureza. Ao contrário do que sustentavam as antigas culturas animistas, a idéia de um universo criado por Deus implica a idéia de um criador que dotou o mundo de leis que só a razão humana pode descobrir.

Parece-me que os três fragmentos acima têm uma relação entre si. Ao proclamar Cristo, Deus Encarnado, o Senhor do mundo, submetendo todas as coisas a Si, o Cristianismo anuncia um Deus transcendente à natureza, infinito, situado muito além da matéria e da própria racionalidade humana; mas ao mesmo tempo indica ao homem a sua própria superioridade sobre a natureza, partindo do que está escrito no Gênesis, logo no comecinho da Bíblia (1, 26-28):

26. Então Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastem sobre a terra.”
27. Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher.
28. Deus os abençoou: “Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra.”

Esses versículos são alguns dos mais importantes trechos da história do pensamento humano. Através da leitura atenta deles, podemos concluir:

  1. Deus criou o ser humano, e somente ele, à sua semelhança (notem o verbo na primeira pessoa do plural, Façamos, vejam a Trindade em ação!). Ou seja: o homem é a criatura mais importante da Criação.
  2. Que ele reine: o homem é o rei dos animais. Ele é soberano, tem vontade e expressa suas vontades. Ele subjuga, domina a tudo. Ao dominar a natureza, torna-se capaz de transformá-la.
  3. Essa ação humana de transformar a natureza tem as bênçãos do próprio Deus. Mas, não nos esqueçamos: esse domínio sobre a Criação é uma dádiva do Criador; não é um mérito do próprio homem.
  4. E Deus não somente abençoa ao homem, mas também à mulher, e a mulher também foi criada à sua imagem e semelhança. É coincidência a questão da igualdade de direitos entre homens e mulheres ter sido levantada justamente no ocidente? Qual era o tratamento dispensado às mulheres nas culturas anteriores ao advento do Cristianismo?

Um mundo sem espíritos, sem superstições, sem divindades traiçoeiras, mas com um único Deus, Criador de tudo, que coloca homem e mulher juntos como ponto alto de sua Criação e os instiga a submeterem a Sua própria Criação, a fim de dominarem tudo. A partir da elevação da razão ao transcendente, vislumbra-se a possibilidade de um método de investigação da natureza, visando sua transformação; a partir da noção de homem e mulher criados à imagem de Deus, amadurece a idéia da igualdade entre os sexos perante Deus e perante a justiça dos homens; e, entre aqueles que ouviram a mensagem bíblica “enchei a terra e submetei-a”, ergue-se a sociedade ocidental, a mais dinâmica, avançada e criativa de todas as culturas que já existiram sobre a face da terra.

Importante: como a KGB trabalha para destruir o Cristianismo e a Igreja Católica, minando a resistência cultural do Ocidente

Você sabia que a KGB, o antigo serviço secreto da ex-URSS, não foi extinta? Ela apenas trocou de nome.

A KGB, hoje FSB, que desde o tempo de Lênin já mudou de nome uma dúzia de vezes mas jamais parou de crescer, é a maior, mais rica e mais poderosa organização de qualquer tipo que já existiu no mundo, e está capacitada para criar e implementar planos de longo prazo que ultrapassam o horizonte de visão da maioria dos analistas ocidentais, pelo menos os que escrevem na grande mídia.

Fonte: “O orvalho vem caindo”, texto de Olavo de Carvalho publicado em seu site. Para ler a íntegra, clique aqui.

O excelente blog Notalatina, de autoria da jornalista Graça Salgueiro, cita uma palestra do ex-agente da KGB Yuri Bezmenov, publicada no Youtube. Citando trecho de seu post a respeito deste assunto:

Nesta palestra, bastante didática e coroada pelo seu bom humor, também oferecida em 1983, ele explica uma das principais funções do KGB que, longe de centrar-se no campo da espionagem – que abrangia apenas 15% de suas funções – ocupava-se do esquema da subversão nos países-alvo da extinta URSS. Esse processo, que foi idealizado para dar seus frutos após 20 anos, obedecia a etapas rigorosas e consistia em desmoralizar, dominar e destruir esses países através de seu sistema religioso, político, econômico, da ordem e da lei, da cultura, de suas tradições. Os subversores eram na maioria das vezes pessoas que vinham para intercâmbio como estudantes, atores, diplomatas, jornalistas que levavam anos estudando na Universidade Patrice Lumumba – como muitos brasileiros que hoje ocupam cargos no governo brasileiro, e nós sabemos quem são – e depois retornavam a seus países para cumprir a missão.

(…)

Não vou me alongar mais porque a palestra dispensa comentários. Peço apenas que façam um paralelo com o que este homem diz – e ele foi um agente desta transformação, enquanto jornalista do Novostia Press – e o que vivenciamos hoje no Brasil e em todo o continente latino-americano, sobretudo com a ditadura da mídia, toda ela prestimosa subversora.

A palestra está dividida em sete vídeos, de cerca de nove minutos cada. A primeira parte divulgo aqui mesmo em JORNADA CRISTÃ. O vídeo está em inglês, mas estão disponíveis legendas em português, inseridas graças aos esforços de David Carvalho. Para inserir as legendas, clique no triângulo na barra inferior direita do vídeo, e em seguida no retângulo que aparecer imediatamente acima.

E por quê divulgo este vídeo? Muito simples: a desmoralização da Igreja e dos valores cristãos, patrocinada pela mídia e pelos meios de comunicação em geral, não estaria relacionada ao processo descrito pelo ex-agente soviético?

Transcrevo o que Bezmenov diz em determinado momento da segunda parte da palestra:

Na etapa de desmoralização, obviamente há tendências em cada sociedade, em cada país, que estão indo na direção oposta dos princípios e valores morais básicos. Tirar vantagem destes movimentos, faturar em cima deles, é o maior propósito do originador da subversão. Então, nós temos religião, temos educação, temos vida social, temos estrutura de poder, temos relações de trabalho, sindicatos, e finalmente temos lei e ordem. Estas são as áreas de aplicação da subversão. O que significa, exatamente? No caso da religião, destrua-a. Ridicularize-a. Substitua-a por várias seitas, cultos, que levem a atenção das pessoas, a fé, seja ela ingênua, primitiva… não importa muito, desde que o dogma religioso basicamente aceito seja erodido devagar e levado para longe do propósito supremo da religião – manter as pessoas em contato com o Ser supremo – isto serve ao propósito. Logo, substitua as organizações religiosas aceitas, respeitadas, por organizações fajutas. Distraia a atenção das pessoas da fé real e atraia-as a várias fés diferentes.

Assista aos vídeos e tire suas próprias conclusões.

httpv://www.youtube.com/watch?v=cj0Id3BLFco

Notícias que não saem no jornal: “Dia Nacional das Meninas” para desencorajar o aborto seletivo

Vamos ver se a notícia abaixo vai sair em algum órgão de imprensa aqui no Brasil:

Índia propõe o “Dia Nacional das Meninas” para combater o preconceito de gênero

Em um esforço para conscientizar a opinião pública sobre o profundo preconceito contra as crianças do sexo feminino na Índia, o governo do país decidiu comemorar no dia 24 de janeiro o “dia nacional das meninas”. A proposta é vista como um esforço para lutar contra o flagelo do aborto seletivo de gênero e os casos de desnutrição sofridos por bebês do sexo feminino.

A Índia tem um dos maiores desníveis na proporção entre os sexos do mundo, com menos de 925 mulheres para cada 1000 homens em sua população, exatamente por causa do preconceito contra as meninas. De acordo com a tradição hindu, um pai não pode alcançar a “moksha”, a libertação do ciclo de reencarnações, a não ser que ele tenha um filho homem para executar os seus derradeiros rituais. Esta doutrina religiosa deu origem a uma prática de exigir um grande dote para o casamento de uma menina, deste modo tornando uma garota um peso para os pais que possuem recursos limitados. Em resultado disso, muitos casais escolhem abortar quando ficam sabendo que o nascituro é do sexo feminino. De acordo com as estatísticas do governo, mais de 10 milhões de meninas “desapareceram” na Índia nas últimas duas décadas por causa do aborto seletivo.

Fonte: Catholic Culture (em inglês). Tradução de Matheus Cajaíba.

Pergunta número um: onde estão as feministas que lutam “pelos direitos das mulheres” e fazem militância pró-aborto vinte e cinco horas por dia, oito dias por semana, e acusam os pró-vida de serem “assassinos de mulheres” porque esses canalhas querem impedir as mães de terem o sagrado direito de matar o próprio filho no ventre? O que essas senhoras, que recebem rios de dinheiro todos os anos das mais variadas fundações, têm a dizer sobre o “desaparecimento” de 10 milhões de crianças do sexo feminino num período de 20 anos?

Pergunta dois: será que alguém é idiota o suficiente para não perceber que essa conversa de “direitos das mulheres” é só fachada pra ganhar muito dinheiro, além de ser uma estratégia para impor um plano mortífero de controle de natalidade mundial, quebrando a espinha das nações, freando seu livre desenvolvimento?

Pergunta três: que raio de sabedoria oriental é essa, onde para “libertar” o homem você é livre para abortar uma menina, e isso acaba se tornando um imperativo?

Depois, quando você afirma que a cultura ocidental judaico-cristã é o que a humanidade construiu de melhor em milhares de anos de civilização, vem antropólogo encher o saco, blefando que as culturas são iguais, que o que você disse é expressão ultrapassada de etnocentrismo, que você é racista (como se “raça” tivesse alguma coisa a ver com cultura), você não presta, é preconceituoso, a pior das criaturas, europeizado, e tome bla bla bla…