Diante do presépio, o convite do Menino Jesus

O próprio Deus se fez frágil, um bebê, para nos despertar a compaixão. Aquele que tudo criou e ordenou, quis se fazer homem para convidar-nos a sermos misericordiosos uns com os outros.

Que o Menino Jesus, poderoso e onipresente, frágil e pequenino, desperte em todos nós o amor e o cuidado para com todos os nascituros, todas as mães, todos os vulneráveis, todos aqueles que precisam ser defendidos!

Contemplando o bebê no presépio, somos chamados a sermos pró-vida, sempre! Contra o aborto! Contra a cultura da morte!

Feliz natal!

O discurso pró-aborto é sempre o mesmo: clichês, mentiras e devaneios

Alguns comentários que recebemos de abortistas na página do facebook “Contra o Aborto” (www.facebook.com/contraoaborto) aumentam nossa certeza de que as pessoas que defendem o assassinato de seres humanos ainda não nascidos estão movidos por más intenções ou imersos na mais profunda ignorância. Como já pudemos testemunhar em várias ocasiões, esses coitados não têm a menor criatividade. Parece que, para defender o homicídio é imperativo usar sempre dos mesmos clichês. Vamos responder a alguns deles, deixados na página por uma pessoa que se identificou como (pasmem) estudante de jornalismo:

§§§”…por que (sic) quem faz o aborto realmente não tem condições de cuidar de uma criança.”
***Nem sempre, muitas mulheres abortam porque são pressionadas pelos familiares e parceiros, normalmente homens é que obrigam-na a cometer esse crime. Aliás, cadê aquela história de “as ricas podem pagar pelo aborto, as pobres não podem”, vai dizer que as ricas não têm condições (financeiras) de cuidar de uma criança? Eita, desorientação!

§§§”Vai aumentar a criminalidade”.
***Claro, afinal de contas pobres são bandidos por natureza. A figura aí deve ser de esquerda, não é? Risos…

§§§Pró-vidas “são um bando de hipócritas(…), não se importam nem um pouco com a vida dessas crianças…”
***Quem se importa com a vida humana não é quem sustenta e trabalha em orfanatos, creches, hospitais (para os bebês que nascem com problemas de saúde e deficiência, rejeitados pelos pais); quem se importa, na verdade… é quem DESEJA MATAR ESSAS PESSOAS! Vem cá, o que será que esse indivíduo tem na cabeça?

§§§”Quem é a favor do aborto também é a favor da vida, não queremos que bebês morram de fome, sejam abandonados, queremos que eles cresçam em condições humanas.”
***Hum, interessante. Se não der pra crescer do jeito que a gente acha correto, é melhor matar antes que crie problemas para nós, burgueses. Um bando de indesejados para atrapalhar nosso estilo hedonista de vida? Mata! A perguntinha: o que será que essas pessoas fazem pelos pobres, pelos desvalidos, pelas pessoas que têm fome? Propõem que matem os próprios filhos, isso já sabemos.

§§§”O aborto não é realizado de forma violenta, e sem um sistema nervoso o feto não sente dor e não tem consciência de existir”.
***Bem, vamos presumir que o comentarista estivesse se referindo aos abortos realizados em estágio inicial da gravidez, quando o feto não sente dor. As vítimas dos nazistas também não eram mortas de forma violenta, as câmaras de gás os matavam de uma maneira “humana”, sem que eles sentissem dor. E quanto a não ter consciência de existir, um portador de doenças mentais, dependendo do grau de oligofrenia, não tem qualquer consciência da própria existência. Isso justificaria seu assassinato? Segundo a lógica desprezível dessa gente, sim!

Mas o que essa pessoa não sabe é que nos Estados Unidos, para ficar no exemplo mais comum, o aborto é legalizado durante todo o tempo de gravidez! Não existe um limite para se fazer o aborto. O aborto salínico, por exemplo, realizado após a 16ª semana de gestação, queima os pulmões e a pele do bebê, submetendo-o a uma agonia que pode durar até mais que vinte e quatro horas! A mãe então entra em processo de parto e dá a luz, e o bebê nasce morto – ou mesmo ainda vivo!

Percebem como o escriba está… por dentro do assunto? E vejam bem: estuda jornalismo na faculdade! Será que está procurando estágio na Globo News?

Para quem quiser ver, aqui posto vídeos disponibilizados em português pelo site tradutoresdedireita.org, que demonstram graficamente a violência que é uma intervenção abortiva. Quem apresenta os vídeos é justamente um ex-médico abortista, Anthony Levatino, que se converteu à causa pró-vida e agora mostra a todos as barbaridades que ele mesmo praticava.

https://youtu.be/acc-cNW9ofg

https://youtu.be/D6Im0thZITg

https://youtu.be/W024zHKrI4g

§§§”…as pessoas se preocupem tanto com o feto, mas ignorem a absurda quantidade de crianças subnutridas…”
***Só mau caratismo misturado à estupidez crônica podem explicar a insensibilidade diante das ações de instituições religiosas, pró-vida, que minimizam o sofrimento e prestam assistência material a MILHÕES de pessoas desvalidas em todo o mundo, crianças, adultos, idosos. Não há um único exemplo de pessoa contra o aborto que não se importe com o destino da criança; e, justamente por isso, a pessoa é contra o aborto: ela não quer que o destino dessa criança seja um saco plástico na lata de lixo hospitalar.

§§§”Dito isso, devo esclarecer que eu não acho o aborto legal. Ninguém acha”.
***Claro, claro, mesmo porque os donos das clínicas de aborto fazem isso por CARIDADE. Basta assistir o documentário Bloody Money e os depoimentos de pessoas que trabalharam em clínicas de aborto pra comprovar isso. Não existe uma verdadeira indústria do aborto nos Estados Unidos, incentivando as mulheres a abortarem com insistência macabra, de forma alguma. Sem falar na militância abortista que tomou conta da ONU, a fundação Rockfeller, todas as entidades que financiam a expansão do aborto no mundo, nossa, todos acham o aborto uma coisa muito feia, e todos estão interessadíssimos que os números de abortos no mundo sejam reduzidos. Sim, sim.

§§§”E é comprovado que sempre que o aborto é legalizado, as taxas de aborto caem, pois a legalização vem acompanhada de instrução para as mulheres.”
***A única coisa comprovada aqui é sua desinformação. Isso é uma mentira repetida à exaustão por fanáticos. Vai contar essa baboseira lá pras suas nega, lá na escolinha onde se doutrinam mentecaptos para serem marionetes de George Soros e companhia limitada, sem nem ao menos receber um OBRIGADO por fazer esse papel triste.

Recomendo a todos que queiram realmente aprender algo sobre o assunto e se libertarem dos clichês, das mentiras, da desinformação e da manipulação, assistir à palestra da sra. Isabela Mantovani, que põe fim a todos esses equívocos e desmascara as intenções reais da turma que trabalha pela expansão do aborto no mundo – e da cultura da morte, em geral.

https://youtu.be/UVG6gFN3Sdc

Por fim, apenas um comentário a respeito deste exemplo lastimável. Vemos aqui uma referência do que temos na nossa imprensa, no caso do que teremos daqui a alguns anos quando essa criatura concluir seu curso e obtiver seu diploma em algum antro de deformação moral e intelectual, conhecido vulgarmente como “faculdade de ciências humanas”. A lavagem cerebral é tão grande que, como podemos testemunhar, só resta à pessoa vomitar um discurso repleto de clichês, sem qualquer lógica e, obviamente com direito à demonização histérica do adversário. Claro que, pra essa gente, não existe mesmo jeito (somente a oração). O que fazemos aqui é orientar e esclarecer as pessoas de boa vontade, que estão do lado da vida e contra a cultura da morte, disseminada aos quatro ventos pela imprensa e pela mídia.

Nos Estados Unidos, grupo de médicos pró-vida já conseguiu salvar 77 crianças de tentativas de aborto

A matéria a seguir, retirada do site “Live Action News”, mostra um exemplo do que é freqüentemente esquecido nas discussões sobre o aborto: muitas mulheres se sentem inseguras e desamparadas diante de uma “gravidez inesperada” e tomam a decisão precipitada de abortar o bebê, sem refletirem sobre as conseqüências de tão dramática decisão. Posteriormente, muitas dessas mulheres se arrependem amargamente da decisão que tomaram.

Bebê na sétima semana de gravidez sobrevive a tentativa de aborto

Desde 2012, 77 crianças sobreviveram a tentativas de aborto pela pílula RU-486, também conhecida como “a pílula do aborto”, graças ao site AbortionPillReversal.com e sua rede de 226 obstetras e ginecologistas pró-vida.

Mulheres que tomam a primeira dose da pílula e se arrependem podem procurar ajuda em clínicas pró-vida, que as colocam em contato com médicos capazes de receitá-las uma imediata dose de progesterona para bloquear os feitos abortivos da mifepristone. Os médicos acompanham o caso, para se certificarem que o bebê se manterá saudável.

A matéria cita o caso de uma mulher, identificada apenas como Jen, que tomou a primeira dose do medicamento, se arrependeu e procurou o serviço. Era uma mulher casada, estudante universitária, que já tinha um menino de aproximadamente dois anos. Ela pensou em abortar o bebê que esperava, por temer pelo futuro de sua carreira. Procurou uma clínica da Planned Parenthood, a maior rede de clínicas abortistas dos EUA. Na clínica aborteira, foi recusado a Jen fazer um ultrassom, para que ela ouvisse as batidas do coração do bebê que esperava, o que lhe angustiava. Depois de tomar a primeira dose da pílula do aborto, Jen não podia parar de pensar na possibilidade de a pílula parar as batidas do coração do bebê. Convencida de ter cometido um erro e arrependida, procurou ajuda. Em uma clínica pró-vida, Assure Pregnancy Center, um ultrassom mostrou a Jen seu bebê, na sétima semana de gravidez, e ela pôde ouvir as batidas de seu coração.

Jen foi assistida durante toda a gravidez pelos profissionais da clínica, e deu à luz a um menino, em dezembro próximo passado. “Existe ajuda para mulheres que estão confusas. Há uma nova luz em meu lar, que traz sorrisos para todos em minha família. E isso, eu não trocaria por nada desse mundo”. Os médicos pró-vida garantem que todas as mulheres que ajudaram se tornaram imensamente agradecidas pelos seus “bebês miraculosos”.

Link para o texto original: http://liveactionnews.org/women-who-sought-abortion-reversal-gives-birth-to-healthy-baby/. Tradução e adaptação de Matheus Cajaíba.

Humor abortista: não tem graça nenhuma para os bebês que vão morrer

Atenção: site humorístico “Sensacionalista” revela-se favorável à legalização do aborto, em piada sobre a declaração do deputado Eduardo Cunha.

Utilizando-se do mesmo discurso abortista chantagista de sempre (apelando para os nunca comprovados “centenas de cadáveres de mulheres que morrem em clínicas de aborto clandestinas todos os anos no Brasil”), o site faz uma “matéria” ironizando a declaração do presidente da câmara, Eduardo Cunha, que havia afirmado sobre uma possível votação a respeito da legalização do aborto no Brasil: “Aborto só vai a votação se passar pelo meu cadáver”.

Recomendamos a todas as pessoas de boa vontade, que são pró-vida e contra mulheres terem o direito de matarem seus próprios filhos ainda no útero (grande parte delas, pra não dizer a maioria, são pressionadas por homens a cometerem tal crime), que a partir de agora boicotem o conteúdo deste site! Abortistas, fora!

Porque pessoas de bem devem ser contra o feminismo

A tirinha abaixo divulgada em uma infeliz página feminista do facebook mostra o quanto essa gente HIPÓCRITA é DESGRAÇADAMENTE MENTIROSA E MAU CARÁTER.

feministas desgraçadas

O que essa gente imbecil quer dizer?

Não tem como cuidar do filho? Outras pessoas é que terão a obrigação de fazê-lo. Senão, é melhor matá-lo através do aborto.

Ou seja: se não há como proteger a vida de um bebê, o mais prático é matá-lo antes que possa vir ao mundo. É um “problema social” a menos.

Qual a lógica abominável dessa gente sem caráter? Julguemos que uma pessoa não tem direito à vida, portanto vamos matá-la? Hitler bateria palmas para este ato!

Mas não é só isso. Ao espalharem essa grotesca caricatura, esses militantes desprovidos de qualquer tipo de vergonha na cara ignoram o trabalho e as ações de muitas pessoas que, sem fazer qualquer tipo de julgamento, acolhem mães e bebês necessitados, sem eira nem beira, abandonados pelos seus parceiros e pais, pelas suas famílias, pela sociedade… e também por eles próprios! Ou você acha que feministas realmente se importam com as dificuldades das mães que decidem levar a gravidez adiante (cadê o “direito de escolha”?), ou mesmo com as mulheres que abortam e sofrem amargamente por isso? O que essas desgraçadas fazem pelas mulheres mais necessitadas? O que esses grupos de militância fazem, além de descaradamente mentirem e caluniarem pela internet?

Esses imorais se dizem “defensores das mulheres”, mas são apenas escória. Só devem ser levadas a sério por tentarem corromper os valores morais que sustentam a sociedade: o direito à vida e o amor ao próximo. E qualquer pessoa de bem tem o dever de combatê-las.

O Eterno e o Tempo da Imprensa

Por Carlos Ramalhete.

A desculpa para escrever este texto – que publico sem revisão por falta de tempo – é a enésima vez que um Papa (ou Bispo, ou padre, ou leigo católico conhecido como tal) diz uma coisa e a imprensa faz uma tempestade alucinada num dedal d’água, berrando aos sete ventos que “o Vaticano/Papa/Bispo mudou e agora é a favor de camisinhas/aborto/sodomia”.

Isto *sempre* acontece, e é *sempre* seguido por leigos nem-tão-engajados-assim, modernistas de direita e outras figuras da periferia católica rasgando as vestes, como se o absurdo que a imprensa disse fosse verdade. E o Papa, Bispo, padre ou leigo engajado passa a ter mais trabalho para lidar com aqueles que com os judeus, pagãos, protestantes e orientais, que normalmente prestam mais atenção no que ele tenha a dizer quando querem saber qual é a dele.

Isto acontece por uma razão simplíssima: o universo mental e o modo de lidar com a realidade da Igreja e da imprensa simplesmente não poderiam ser mais diferentes. Infelizmente, todavia, há muita gente que raciocina de modo mais semelhante ao da imprensa que ao da Igreja se manifestando nesta ocasião e em outras semelhantes.

Vejamos quais são estes modos de ver o mundo, estes universos mentais tão díspares.

A imprensa é heraclítica. Para ela, só há mudança, devir, novidade. A novidade é a notícia, e é ela, e só ela, que interessa. O resultado é evidente quando se examina qualquer jornal, revista, noticiário, etc.: o que permanece não é notícia. Diz o ditado que quando um cachorro morde um homem, isso não é notícia; só é notícia o homem que morde o cachorro, justamente por ser diferente, ***novo***. Os milhares de crianças que nascem saudáveis não são notícia, mas se nascer um bebê com quatro braços, a imprensa em peso vai noticiar. A mais séria de modo comedido, a mais popularesca fazendo comparações com divindades hinduístas. Do mesmo modo, na política é notícia o que muda, o que sai do padrão. Na vida cotidiana, o crime, o incêndio, a tragédia.

A Igreja, por outro lado, é a portadora de uma mensagem eterna. Para a Igreja, estamos há dois mil anos na Plenitude dos Tempos; a Revelação já foi toda dada e concluída, e nada mais acontecerá de realmente importante até o fim dos tempos. Em outras palavras, a eternidade penetrou no tempo, dando-nos todos a possibilidade de adentrar a eternidade. E o papel da Igreja é este: ajudar-nos a adentrar a eternidade.

Vale notar os dois lados desta equação da vida eclesial: um é a eternidade, que não muda jamais. A verdade, que é sempre a mesma. A natureza humana, que é sempre a mesma. O outro é a aplicação disto a cada um de nós. A Igreja conhece o ser humano como ninguém mais, sabe perfeitamente como cada coisa nos afeta, o que nos faz bem, o que nos faz mal, etc. Mesmo alguém que não tenha Fé pode perceber isto; afinal, dois mil anos prestando atenção no ser humano fatalmente a levariam a acumular algum conhecimento!!!

Os seguidores de religiões naturais tradicionais (como o hinduísmo, o budismo e algumas formas do islã), bem como os judeus ortodoxos, aliás, concordam em quase tudo com a Igreja no tocante ao ser humano, justamente por terem se dedicado, ao longo dos séculos, a estuda-lo.

Um clérigo católico experiente (padre, Bispo ou Papa) e ortodoxo há de ter passado algumas décadas a cuidar desta equação, a ajudar individualmente pessoa após pessoa a se tornar alguém melhor. Ele há de ter tido notícia de horrores inimagináveis, ouvidos no confessionário. Ele há de ter visto pessoas que caem após anos e anos de melhora. Não apenas a feiúra dos nossos desejos desabridos, mas a ***falta de originalidade*** deles está profundamente gravada na maneira dele de ver o mundo.

O primeiro sodomita, pedófilo, adúltero ou zoófilo há de espantar o padre recém-ordenado, que só havia estudado aquilo num compêndio de teologia moral. Ao longo dos anos, contudo, o que lhe salta aos olhos é a semelhança entre todos eles, o modo como toda tentação é parecida. É nesta hora que lhe é valioso o compêndio de teologia moral, que lhe lembra que por mais que um furto e um adultério sejam tão semelhantes, o efeito deles sobre a alma humana é diferente.

Trata-se, assim, de alguém que dedicou a vida a ajudar pessoas presas no tempo, pessoas que acham que aquela tentação – que é exatamente igual à do próximo! – é uma novidade absoluta, a adentrar a eternidade e deixa-la para trás. Para isto, ele tem um arsenal de técnicas mais que comprovadas pelo tempo, a serem aplicadas na direção espiritual e no aconselhamento. Sempre pessoa a pessoa, sempre tendo a eternidade como objetivo.

Mas, afinal, o que levaria alguém a querer melhorar? O que levaria alguém a buscar a santidade – que nada mais é que a sanidade! –, ao invés de buscar mais dinheiro, mais sexo, mais Aifones do último tipo, ou sei lá o que se vende hoje em dia como desejável?!

Mysterium Fidei, este é o Mistério da Fé.

A Fé é uma graça divina. Em bom português, isto significa que ela é um presente de Deus ao homem, não uma decisão humana. A decisão – que existe! – é simplesmente de aceitar, ou não, a Fé que Deus oferece. Contra esta decisão há todo tipo de apego ao temporal (dinheiro, poder, sexo, Aifones… basicamente, tudo o que se perde na morte). A favor, contudo, há a perfeição divina. Há a ação dos Santos. Há os milagres (hoje, dia de São Januário, é o dia de um milagre que se repete regularmente há coisa de dezessete séculos!). Há a Verdade.

Parece um jogo ganho de antemão, mas sabemos todos – e mais ainda o sabe quem sentou por horas a fio, dia após dia, ano após ano, em um confessionário, ouvindo a horrenda banalidade do mal que se repete de coração em coração – que é tão fácil trocar nossa herança por um prato de lentilhas. Ou por um belo par de seios, ou por um empreguinho legal, ou um carro novo.

O que nos há de atrair a Deus, contudo, é sempre Ele mesmo. Em última instância, estamos falando de corresponder ao amor divino, um amor eterno, que ama cada indivíduo e ajuda – através da Igreja – cada indivíduo a se livrar daquilo que o torna menos ele mesmo. O pecado, afinal, é a negação de si mesmo. Quando eu peco, estou sendo falso em relação a mim mesmo. Se eu traio minha mulher, estou sendo menos o marido dela (que eu sou!) e mais um adúltero genérico, exatamente igual a todo e qualquer patético frequentador de casas de suingue ou bordéis.

Para a imprensa, contudo – e aí voltamos ao tema deste texto, que já parecia esquecido –, nada disso existe ou importa. Existe apenas a titilação da novidade, inclusive e especialmente a falsa novidade da última apresentação da mesma tentação velha e desgastada.

No momento, estamos na transição entre a titilação da sodomia – que está rapidamente deixando de ser titilante pelo excesso de repetição, a não ser que se trate de lesbianismo (mocinhas núbeis se esfregando têm para o vulgo um apelo bastante maior que o de rapazes fazendo o mesmo) – para a da pedofilia (que está passando de coisa medonha a coisa excitante do momento).

Mas tanto faz. Tanto uma quanto a outra são a mesma coisa, a mesmíssima e velhíssima prática de desviar-se do fim de um ato para arrancar dele um prazer que deveria ser a recompensa, não o objetivo. No fundo, dá no mesmo fornicar, entregar-se à sodomia, pedofilia ou zoofilia ou simplesmente, como faziam os romanos, comer e vomitar para poder comer mais. Ou comer produtos “diet” em megadoses, como se faz hoje em dia. É a mesma busca do prazer sem suas consequências, da recompensa sem o prêmio.

Quando, então, a imprensa e o clero – no momento, o Papa Francisco – tentam se comunicar, o que temos é um diálogo de surdos.

O Papa vai responder às perguntas que lhe são colocadas a partir do ponto de vista da eternidade (“sub species aeternitatis”), enquanto a imprensa vai buscar basicamente ***novidades***. Ora, por definição, não há novidades. A Revelação se concluiu com a morte do último dos apóstolos (aos curiosos, trata-se de São João, no final do Século I; ele era adolescente quando da Crucifixão).

Desta forma, a imprensa vai buscar sempre os pontos em que a maluquice daquele momento, daquele segundo, daquela etapa microscópica dos interesses demagógicos e vacilantes de uma sociedade em decadência está em conflito com a eternidade, e tentar vender a falsíssima idéia de que há alguma novidade, de que a Igreja “finalmente mudou”, como se isso fosse possível. Há alguns dias, era um burocrata da Santa Sé que deu vazo a delírios da imprensa, torcendo suas palavras para usá-las como se ele negasse o celibato dos sacerdotes (e, mais ainda, como se esta suposta negação mudasse algo na doutrina da Igreja!). Agora, é uma série de delírios interpretativos absoluta e completamente bizarros acerca de algumas declarações do Santo Padre em uma entrevista, ignorando não só o contexto mas as próprias palavras dele para falar sandices acerca de aborto, sodomia e o que mais vier.

Temos, assim, de um lado, um clérigo falando da Eternidade. Do outro, um jornalista buscando a titilação do momento, o devir, a mudança.

Ora, como poderia haver algum diálogo?! Como poderia haver alguma comunicação??!!

A imprensa vai, sempre, tentar torcer as palavras dos clérigos. Não é por maldade, mas porque o “radar” deles só registra mudança, movimento. E os falsos positivos do radar são muitos; não sei você, caro leitor, mas em todos os temas que domino por força dos estudos ou da ação profissional, ao ver o que é publicado nos jornais a respeito, fico chocado com a má qualidade das informações.

Ao tratar da Igreja, então, que se lhe é tão radicalmente contrária em sua visão de mundo, é praticamente impossível que a imprensa faça uma leitura que tenha algum sentido. Tudo, sempre, vai retornar àquilo em que o fabulário geral do delírio cotidiano se afasta mais visivelmente do que é Eterno: no momento, é aborto, sodomia e camisinhas; daqui a alguns anos, pedofilia e zoofilia entrarão no jogo.

O que a Igreja prega, contudo, não é nem aborto, nem camisinhas, nem sodomia. Nem – por mais incrível que isso possa parecer a meus queridos coleguinhas jornalistas – a negação deles. A Igreja prega o Eterno. Estes temas, tão titilantes e palpitantes para o jornalista que simplesmente não consegue entender como cargas d’água alguém pode diferir da sabedoria coletiva do PSOL e das Organizações Globo, para a imensa maioria dos católicos mais sérios e comprometidos com a Fé, simplesmente não se registram no radar.

Eu mesmo, por exemplo, sou casado. Não tenho a menor intenção de cometer adultério, e creio que não fosse sequer saber como se usa uma camisinha (tomei jeito antes delas virarem coisa normal) se resolvesse cometê-lo. Tanto melhor: assim tenho ainda mais razões para não o cometer!…

A sodomia simplesmente não me atrai. Como, contudo, eu tenho cá minhas tentações, quem seria eu para brigar com alguém, ou mesmo para simplesmente trata-lo de modo diferente, por ele ter esta tentação?! Simplesmente não é da minha alçada.

Aborto, para mim, é exatamente igual a qualquer outra forma de homicídio: espero sinceramente jamais sofrer esta tentação, e espero ter forças para perdoar quem nela caia.

Nenhum destes temas jamais foi objeto de uma homilia que eu tenha ouvido numa Missa, por ser, para qualquer católico, algo evidente. Ao contrário, as boas homilias que ouvi, as que me fizeram sentar mais reto no banco para prestar mais atenção, falaram de como lidar com o que nos tenta, de como Deus Se nos revelou e Se nos revela, dos Sacramentos, dos Mandamentos, do amor conjugal de Cristo pela Igreja, etc.

Reduzir a Igreja à sua oposição a este ou aquele tema titilante da moda é simplesmente perder a Igreja de vista. É mais que evidente que isto ou aquilo é errado. Não é por a sociedade pregar isto ou aquilo como certo, contudo, que eles são errados: é por serem armadilhas velhíssimas, enferrujadas e cheias de teias de aranha, com as quais nós tentamos fugir da Eternidade que nos chama, e que é tão maior que tudo isso.

Quem, assim, reclama do Papa ou de qualquer clérigo por não tratar a imprensa como a imprensa quer ser tratada, por não cair em uma guerrinha imbecil de “pundits” e frases de efeito, simplesmente não entendeu a que vem a Igreja. E quem usa as imbecilidades que a imprensa publica sobre a Igreja para rasgar as vestes e entregar-se a escândalo farisaico, por vezes até condenando abertamente o Santo Padre, deveria calar a boca e voltar-se à eternidade. Num confessionário, e depois numa igreja vazia e sem luzes elétricas, de joelhos diante do Santíssimo. Do Eterno. De Deus, que não passa.

Na Festa de São Januário do Ano da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de 2013,

Na Quinta São Tomás, no Carmo de Minas,

Carlos Ramalhete,

Um pobre pecador, que mendiga uma sua Ave-Maria.

“Seu bebê é inocente! Ele não merece a pena de morte!”

Notícias boas da Califórnia. Manifestantes pró-vida da cidade de Bakersfield viram o xerife da cidade escoltar uma prisioneira ate uma clínica de aborto. Após postarem a foto na internet e pedirem por orações, relataram o seguinte: “Viram a foto da mulher sendo escoltada por policiais que postei essa manhã? Bem, estava falando para quem quisesse ouvir, e aconteceu de eu dizer “seu bebê é inocente, ele não merece a pena de morte”, então eu completei “aceitamos chamadas a cobrar, 323-****!” Então, há cerca de uma hora, recebi uma ligação de uma interna da prisão. Ela me disse que tinha me visto, e ouvido o que eu disse. Ela está grávida de quatro meses e quer que eu adote seu bebê!” A chamada foi curta e ativistas estão esperando por outra ligação, para que possam ajudar essa mulher durante sua gravidez. Por favor, orem!

Uma presidiária entrando em uma clínica de aborto... ouve uma voz

Uma presidiária entrando em uma clínica de aborto ouve uma voz…

As implicações da aprovação do PL 03/2013: na prática, o aborto está descriminalizado no Brasil – entenda o porquê

O PT e seu compromisso de legalizar o aborto no Brasil

É na sutileza que o mal avança.

Provavelmente, muitas pessoas tomaram conhecimento de um projeto de lei que “Dispõe sobre o atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual”. Obviamente assim o projeto foi divulgado pela mídia, seria uma iniciativa do governo para assistir mulheres vitimadas pelo estupro. Por conseqüência, quem estiver contra tal projeto automaticamente será taxado de misógino, machista, opressor, fundamentalista, e mais um monte de impropérios.

Entretanto, poucas pessoas realmente sabem o que está acontecendo.

O Projeto de Lei PL 03/2013, sancionado na íntegra pela presidente Dilma Rousseff, tem o poder de fazer basicamente uma coisa: vincular o SUS às Normas Técnicas do Ministério da Saúde sobre aborto e “direitos reprodutivos”, o que até então não era obrigatório. É claro que não há nada no PL 03 sobre aborto: o que as pessoas precisam se conscientizar é do conteúdo das normas técnicas. Com uma leitura mais atenta, vão perceber que… a norma técnica instrui sobre o que denomina “abortamento legal”. E o que seria “abortamento legal”?

Vamos ver o que diz a Norma Técnica do Ministério da Saúde “Prevenção e tratamento dos agravos resultantes da violência sexual contra mulheres e adolescentes”:

(Pag. 69)
“O Código Penal não exige qualquer documento para a prática do abortamento nesse caso, a não ser o consentimento da mulher. Assim, a mulher que sofre violência sexual não tem o dever legal de noticiar o fato à polícia. Deve-se orientá-la a tomar as providências policiais e judiciais cabíveis, mas caso ela não o faça, não lhe pode ser negado o abortamento. O Código Penal afirma que a palavra da mulher que busca os serviços de saúde afirmando ter sofrido violência, deve ter credibilidade, ética e legalmente, devendo ser recebida como presunção de veracidade. O objetivo do serviço de saúde é garantir o exercício do direito à saúde, portanto não cabe ao profissional de saúde duvidar da palavra da vítima, o que agravaria ainda mais as consequências da violência sofrida. Seus procedimentos não devem ser confundidos com os procedimentos reservados a Polícia ou Justiça.”

(Pag. 75)
“Cabe ressaltar que não há direito de objeção de consciência em algumas situações excepcionais: 1) risco de morte para a mulher; 2) em qualquer situação de abortamento juridicamente permitido, na ausência de outro(a) profissional que o faça; 3) quando a mulher puder sofrer danos ou agravos à saúde em razão da omissão do(a) profissional; 4) no atendimento de complicações derivadas do abortamento inseguro, por se tratarem de casos de urgência.

É dever do Estado e dos gestores de saúde manter nos hospitais públicos profissionais que não manifestem objeção de consciência e que realizem o abortamento previsto por lei. Caso a mulher venha sofrer prejuízo de ordem moral, física ou psíquica, em decorrência da omissão, poderá recorrer a responsabilização pessoal e/ou institucional.”

Mais adiante (Pag. 76)
“Para garantir o abortamento seguro para as mulheres em situação de gravidez decorrente de violência sexual, que assim o solicitem, é necessário que existam suprimentos e equipamentos adequados, aplicação de técnicas corretas e capacitação dos(as) profissionais de saúde. Além disso, o cumprimento de algumas medidas e cuidados simples é fundamental para que o abortamento seja oferecido de forma segura e acessível para a mulher nos serviços de saúde.”

Em seguida, na norma técnica, estão relatados métodos de interrupção da gravidez – eufemismo para aborto.

A íntegra da norma técnica pode ser acessada através deste link:
https://s3.amazonaws.com/padrepauloricardo-files/uploads/wq25lplhhy1vucgmoyax/7-norma-tecnica-2012.pdf

Os artigos 1 e 2 do PL 03 são inequívocos: os hospitais estão obrigados a oferecer às vítimas de violência sexual os serviços previstos no artigo 3, inclusive a “profilaxia da gravidez”, considerando-se violência sexual “qualquer forma de atividade sexual não consentida”.

http://www.senado.gov.br/atividade/materia/getPDF.asp?t=123685&tp=1

Logo, de acordo com as normas técnicas do Ministério da Saúde, o serviço de “profilaxia da gravidez” inclui sim o aborto, que deve ser realizado conforme a vontade da vítima de violência sexual – que pode muito bem estar se passando por uma vítima, já que o importante para a leié a palavra da mulher, sem necessidade de qualquer outra evidência. E o hospital é OBRIGADO a prestar esse serviço, sem que haja a possibilidade de objeção de consciência por parte dos profissionais de saúde.

Em resumo: graças a uma só canetada de Dilma, o aborto não será mais punido no Brasil, e o médico que se recusar a fazer o aborto poderá ser processado por infringir a norma técnica – que ganha a força da lei ao tornar-se seu subsídio.

Para encerrar: graças à desinformação promovida pela mídia esquerdista, prepare-se para ser insultado caso você se posicionar contra essa lei.

Especial – Orientação de Sua Santidade, Papa Bento XVI, aos bispos da Regional Nordeste 5 da CNBB: a ação política da Igreja Católica em defesa intransigente da vida

Amados Irmãos no Episcopado,

«Para vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo» (2 Cor 1, 2). Desejo antes de mais nada agradecer a Deus pelo vosso zelo e dedicação a Cristo e à sua Igreja que cresce no Regional Nordeste 5 [cinco]. Nos nossos encontros, pude ouvir, de viva voz, alguns dos problemas de caráter religioso e pastoral, além de humano e social, com que deveis medir-vos diariamente. O quadro geral tem as suas sombras, mas tem também sinais de esperança, como Dom Xavier Gilles acaba de referir na saudação que me dirigiu, dando livre curso aos sentimentos de todos vós e do vosso povo.

Como sabeis, nos sucessivos encontros com os diversos Regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, tenho sublinhado diferentes âmbitos e respectivos agentes do multiforme serviço evangelizador e pastoral da Igreja na vossa grande Nação; hoje, gostaria de falar-vos de como a Igreja, na sua missão de fecundar e fermentar a sociedade humana com o Evangelho, ensina ao homem a sua dignidade de filho de Deus e a sua vocação à união com todos os homens, das quais decorrem as exigências da justiça e da paz social, conforme à sabedoria divina.

Entretanto, o dever imediato de trabalhar por uma ordem social justa é próprio dos fiéis leigos, que, como cidadãos livres e responsáveis, se empenham em contribuir para a reta configuração da vida social, no respeito da sua legítima autonomia e da ordem moral natural (cf. Deus caritas est, 29). O vosso dever como Bispos junto com o vosso clero é mediato, enquanto vos compete contribuir para a purificação da razão e o despertar das forças morais necessárias para a construção de uma sociedade justa e fraterna. Quando, porém, os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas (cf. GS, 76).

Ao formular esses juízos, os pastores devem levar em conta o valor absoluto daqueles preceitos morais negativos que declaram moralmente inaceitável a escolha de uma determinada ação intrinsecamente incompatível com a dignidade da pessoa; tal escolha não pode ser resgatada pela bondade de qualquer fim, intenção, conseqüência ou circunstância. Portanto, seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até à morte natural (cf. Christifideles laici, 38). Além disso no quadro do empenho pelos mais fracos e os mais indefesos, quem é mais inerme que um nascituro ou um doente em estado vegetativo ou terminal? Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático – que só é verdadeiramente tal quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana – é atraiçoado nas suas bases (cf. Evangelium vita, 74). Portanto, caros Irmãos no episcopado, ao defender a vida não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambigüidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo» (ibidem, 82).

Além disso, para melhor ajudar os leigos a viverem o seu empenho cristão e sócio-político de um modo unitário e coerente, é «necessária — como vos disse em Aparecida — uma catequese social e uma adequada formação na doutrina social da Igreja, sendo muito útil para isso o “Compêndio da Doutrina Social da Igreja”» (Discurso inaugural da V conferência Geral do Episcopado Latino Americano e do Caribe, 3). Isto significa também que em determinadas ocasiões, os pastores devem mesmo lembrar a todos os cidadãos o direito, que é também um dever, de usar livremente o próprio voto para a promoção do bem comum (cf. GS, 75).

Neste ponto, política e fé se tocam. A fé tem, sem dúvida, a sua natureza específica de encontro com o Deus vivo que abre novos horizontes muito para além do âmbito próprio da razão. «Com efeito, sem a correção oferecida pela religião até a razão pode tornar-se vítima de ambigüidades, como acontece quando ela é manipulada pela ideologia, ou então aplicada de uma maneira parcial, sem ter em consideração plenamente a dignidade da pessoa humana» (Viagem Apostólica ao Reino Unido, Encontro com as autoridades civis, 17-IX-2010).

Só respeitando, promovendo e ensinando incansavelmente a natureza transcendente da pessoa humana é que uma sociedade pode ser construída. Assim, Deus deve «encontrar lugar também na esfera pública, nomeadamente nas dimensões cultural, social, econômica e particularmente política» (Caritas in veritate, 56). Por isso, amados Irmãos, uno a minha voz à vossa num vivo apelo a favor da educação religiosa, e mais concretamente do ensino confessional e plural da religião, na escola pública do Estado.

Queria ainda recordar que a presença de símbolos religiosos na vida pública é ao mesmo tempo lembrança da transcendência do homem e garantia do seu respeito. Eles têm um valor particular, no caso do Brasil, em que a religião católica é parte integral da sua história. Como não pensar neste momento na imagem de Jesus Cristo com os braços estendidos sobre a baia da Guanabara que representa a hospitalidade e o amor com que o Brasil sempre soube abrir seus braços a homens e mulheres perseguidos e necessitados provenientes de todo o mundo? Foi nessa presença de Jesus na vida brasileira, que eles se integraram harmonicamente na sociedade, contribuindo ao enriquecimento da cultura, ao crescimento econômico e ao espírito de solidariedade e liberdade.

Amados Irmãos, confio à Mãe de Deus e nossa, invocada no Brasil sob o título de Nossa Senhora Aparecida, estes anseios da Igreja Católica na Terra de Santa Cruz e de todos os homens de boa vontade em defesa dos valores da vida humana e da sua transcendência, junto com as alegrias e esperanças, as tristezas e angústias dos homens e mulheres da província eclesiástica do Maranhão. A todos coloco sob a Sua materna proteção, e a vós e ao vosso povo concedo a minha Benção Apostólica.

BENEDICTUS PP. XVI

Mensagem do dia (28/10/10)

Seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até à morte natural. Além disso no quadro do empenho pelos mais fracos e os mais indefesos, quem é mais inerme que um nascituro ou um doente em estado vegetativo ou terminal? Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático – que só é verdadeiramente tal quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana – é atraiçoado nas suas bases.

Papa Bento XVI.

A caridade que movia Zilda Arns: fazer o bem e dizer a verdade

No trágico terremoto acontecido no Haiti, no dia 12 de janeiro próximo passado, faleceu a fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns. Trabalhando principalmente em prol das crianças mais necessitadas, aqueles a quem Jesus chamou os “pequeninos”, Zilda pereceu no cumprimento do dever, entre os pobres, os desvalidos, aqueles que mais precisam de apoio material. Aos 75 anos de idade, poderia ter se recolhido a uma justa aposentadoria e passar mais tempo com familiares, cuidando de netos e tratando apenas de assuntos particulares: já teria feito muito durante sua vida. Entretanto, abriu mão do conforto que lhe era acessível em prol de outras pessoas, justamente aquelas que jamais lhe poderiam recompensar.

Quando deres alguma ceia, não convides os teus amigos, nem teus irmãos, nem os parentes, nem os vizinhos ricos. Porque, por sua vez, eles te convidarão e assim te retribuirão. Mas, quando deres uma ceia, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos. Serás feliz porque eles não têm com que te retribuir, mas ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos (Lucas 14, 12-14).

É interessante que, nesta hora, tantos políticos e tantas autoridades se manifestem sobre seu falecimento, todos expressando condolências e pesares, ressaltando seu trabalho assistencial e de promoção da saúde entre os mais desvalidos. Uma grande perda, são unânimes em afirmar. Mas entre todas as notas, chamou-me a atenção o fato de nenhuma mencionar a firme e sempre reiterada oposição de Zilda Arns à liberação do aborto.

Comportando-se sempre em coerência com os princípios católicos, Zilda Arns não fazia concessões neste assunto. Poderia ter sido politicamente correta, calando-se sobre o tema ou repetindo slogans evasivos, tais como “temos que combater o ‘pecado social’ (seja lá o que isso signifique…), o que faz com que mulheres recorram ao aborto, essa sociedade injusta, a desigualdade social, a pobreza, bla bla bla bla…”

NÃO! POBREZA NÃO É JUSTIFICATIVA PARA ASSASSINATO! E temos que enfrentar a questão de frente: aborto é homicídio. Simples assim. Zilda Arns defendia enfaticamente esses pontos de vista “polêmicos” e, convenientemente, a grande mídia se “esqueceu” de mencioná-los nos diversos epitáfios que exaltavam a coragem e a determinação da médica pediatra. Vocês aí, leitores, acreditam que tal silêncio seja uma mera coincidência?

Comprometida que está até o último fio de cabelo com a causa abortista, seja por dinheiro, por safadeza ou estupidez mesmo, a grande mídia não poderia dar destaque a esse aspecto importantíssimo da atividade de Zilda Arns: a luta contra o aborto. A verdade é que em nossos dias é muito fácil fazer “boas ações”, principalmente com dinheiro alheio obtido através de fundações internacionais, isenções de impostos, doações de filantropos ou repasses do governo. “Fazer o bem” tornou-se profissão para muitos ongueiros oportunistas, que enchem a barriga vazia de alguns, além dos próprios bolsos, sem esquecer de encher o próprio ego quando o público em geral vê suas “ações sociais” divulgadas na imprensa e os parabeniza, como uma platéia que bate palmas em um show de auditório. “Boas ações”, como todos sabemos, dá bastante ibope.

Mas “fazer o bem” e “falar a verdade”, ah isso meu caro… São coisas bastante diferentes e que, infelizmente, hoje em dia nem sempre andam de mãos dadas. Entretanto, São Paulo nos recorda:

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine. Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, não sou nada. Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria! (I Coríntios 13,1-3).

Esta passagem bíblica, que até virou musiquinha melosa de banda pop, é bastante eloqüente: “boas ações” não significam o mesmo que caridade. E sem caridade, não há salvação. Diz o Catecismo da Igreja Católica a respeito do tema:

1822. A caridade é a virtude teologal pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas por Ele mesmo, e ao próximo como a nós mesmos, por amor de Deus.
1824. Fruto do Espírito e plenitude da Lei, a caridade guarda os mandamentos de Deus e do seu Cristo: “Permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor” (Jo 15, 9-10).
1828. A prática da vida moral animada pela caridade dá ao cristão a liberdade espiritual dos filhos de Deus. O cristão já não está diante de Deus como um escravo, com temor servil, nem como o mercenário à espera do salário, mas como um filho que corresponde ao amor “d’Aquele que nos amou primeiro” (1 Jo 4, 19):
“Nós, ou nos desviamos do mal por temor do castigo e estamos na atitude do escravo, ou vivemos à espera da recompensa e parecemo-nos com os mercenários; ou, finalmente, é pelo bem em si e por amor d’Aquele que manda, que obedecemos […], e então estamos na atitude própria dos filhos” (São Basílio Magno). (Terceira Parte do Catecismo da Igreja Católica, íntegra aqui).

Só há caridade, portanto, quando se ama a Deus sobre todas as coisas e ao próximo neste amor; quando surge o desinteresse de si mesmo em favor do próximo, fruto deste amor; quando o bem é realizado por si mesmo, sem a espera de recompensas, bajulações e elogios de outrem; e, especialmente: a caridade guarda os mandamentos de Deus.

Zilda Arns afirmava sem medo de parecer politicamente incorreta seu posicionamento pró-vida, defendendo com firmeza o cumprimento do quinto mandamento “Não matarás”. E semeou vida por onde trabalhou, por amor a Deus e ao próximo, sem se esquivar em dizer o que deveria ser dito. Fez o bem e disse a verdade. Exaltam os feitos de Zilda Arns, ao mesmo tempo que falam muito pouco sobre o que movia suas ações – a caridade: gratuidade, amor ao próximo e, principalmente, fidelidade a Nosso Senhor Jesus Cristo e seus mandamentos.

“Não basta a gente ser a favor da vida. A gente tem que proteger a vida”.

Zilda Arns.

Vamos todos ler e divulgar os seguintes textos:

  • Zilda Arns: “O povo não quer ampliação na lei do aborto!” – Post importantíssimo do blog O Possível e o Extraordinário, quando a Dra. Zilda Arns demonstrou a falácia dos dados da Organização Mundial de Saúde sobre abortos no Brasil.
  • Zilda Arns: a mártir em defesa da vida quanto estão em evidência os mensageiros da morte – Post de Reinaldo Azevedo. Trecho: “Zilda celebrava a vida no Haiti. Os contrastes são ainda mais evidentes: enquanto ela morreu para dar a vida — e se opunha ao aborto —, outros viveram para matar, consideram o aborto uma redenção e tentam impô-lo à sociedade como medida de mero bom senso.”
  • Entrevista: Zilda Arns: Médica sanitarista e pediatra – Site Popular Catarinense. Declaração de Zilda Arns: “O aborto é um crime, não apenas contra a criança, que tem direito à vida, mas contra a própria saúde da mulher. Estudos feitos em países que liberam o aborto – e ele é feito em hospitais, com auxílio médico – mostram que as mulheres que passaram por este procedimento têm muito mais chance de desenvolver câncer de mama.”
  • Liberação do aborto volta ao debate na Câmara – Jornal O Estado de São Paulo, 28/06/2007. Em audiência pública na Câmara dos Deputados, Zilda Arns afirma: “Aborto é um crime covarde e trágico porque implica em matar. Aborto legal não é o mesmo que aborto seguro”. Segundo o jornal, “Zilda Arns disse que os defensores da interrupção voluntária da gravidez (nota: eufemismo politicamente correto para aborto) usam ‘números mentirosos’ quando falam em mais de 1 milhão de abortos clandestinos por ano no País”.
  • Relator quer estatísticas mais precisas sobre o aborto – Agência Câmara, 27/06/2007. Sobre a discussão em torno do Projeto de Lei 1135/91, que legaliza o assassinato de bebês ainda no ventre materno no Brasil, outra declaração de Zilda Arns: “A Pastoral da Criança visita mais de 1,5 milhão de famílias por mês e verifica que as mulheres não querem a legalização do aborto, e sim assistência de qualidade e humanizada no pré-natal, no parto e no pós-parto”, disse.
  • “Sou absolutamente contra o aborto” – Entrevista com Zilda Arns na Revista IHU online.
  • Mortalidade materna não é motivo para legalizar aborto, diz Zilda Arns – matéria da Agência Brasil. Zilda Arns fala sobre as orientações da Pastoral da Criança: “Eu aconselho às mulheres que estão grávidas, e se for uma gravidez indesejada por estupro ou por qualquer outra maneira, que levem adiante essa gravidez, procurem a Pastoral da Criança, que é realmente forte em ensinar as mulheres a como levar a gravidez para a frente”.
  • Zilda Arns e o falso pesar de Lula – blog Contra o Aborto. Trecho: “Só o Senhor Deus sabe quem é digno ou não de vê-Lo face a face, mas eu, em minha ótica demasiadamente humana, gosto de pensar que há um bocado de festa no Céu com a chegada de Zilda Arns por lá, e que entre os que lhe acolherão estarão muitos não-nascidos que ela infelizmente não pôde salvar. Os mesmos não-nascidos que Lula e sua turma querem que suas mortes devam ser encaradas como “direito humano”.
  • Íntegra da alestra de Zilda Arns no Haiti, publicada no blog do Grupo de Estudos Veritas. Trecho significativo: “Espera-se que os agentes sociais continuem, além das referências éticas e morais de nossa Igreja, a ser como ela, mestres em orientar as famílias e comunidades, especialmente na área da saúde, educação e direitos humanos. Deste modo, podemos formar a massa crítica das comunidades cristãs e de outras religiões em favor da proteção da criança desde a concepção, e mais excepcionalmente até os seis anos, e do adolescente.” (Destaques meus)

Toffoli, STF, família e aborto

Por Francesco Scavolini.

O PRESIDENTE Lula, há poucos dias, convidou o ex-advogado-geral da União José Antonio Dias Toffoli para ocupar uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal, a máxima instância do Poder Judiciário no Brasil. Sabatinado pelo Senado, Toffoli foi aprovado.

A escolha do presidente causou perplexidade em alguns setores da sociedade, tanto no meio jurídico quanto no meio político, principalmente por questões ligadas ao currículo “escolar” e “profissional” de Toffoli. Tais questões já foram exaustivamente discutidas. Assim, as considerações que seguem, e que desejo compartilhar com os leitores, têm o objetivo de suscitar uma reflexão a respeito dos fundamentais valores éticos e morais que, como alicerces, sustentam a sociedade em geral e, de maneira especial, as instituições que governam os cidadãos.

Tais valores são o respeito ao direito à vida de todo ser humano e a preservação e a promoção do catalisador vital da sociedade, que é a família. É justamente com relação a esses valores que a escolha de Toffoli deveria deixar a sociedade extremamente preocupada.

Numa recente entrevista (revista “Veja”, 6/5), o então advogado-geral da União defendeu a descriminalização do aborto e a união civil entre pessoas do mesmo sexo.

Estamos vivendo numa época em que a sociedade está muito preocupada com a violência que atormenta a convivência social e atinge especialmente as crianças e os adolescentes. Como poderemos resolver esse gravíssimo problema se formos institucionalizar comportamentos que aumentarão a violência e a fragmentação social?

Médicos e psiquiatras são quase unânimes ao afirmar que os traumas e as consequências do aborto são terríveis para a saúde da mulher, pois, afinal de contas, trata-se do assassinato de um ser humano inocente e indefeso.

Assim também educadores, psicólogos e sociólogos mostram, com dados concretos e estatísticas, que crianças, adolescentes e jovens que vivem com o pai e a mãe em uma família unida e estável têm muito menos chances de protagonizar ou de serem atingidos por episódios de violência, deixando mais segura a sociedade toda.

Critério básico de toda reta ordem jurídica deveria sempre ser a relação com a pessoa humana como depositária de uma dignidade inalienável, tanto em sua dimensão individual quanto em sua dimensão comunitária.

Torna-se, portanto, importante fazer todo esforço para que seja realizada uma efetiva tutela dos direitos humanos fundamentais, sem, contudo, construir ao redor deles teorias e comportamentos que acabam por privilegiar somente alguns aspectos desses direitos ou aqueles que correspondem a particulares interesses e sensibilidades de um determinado momento histórico (por exemplo, o “direito” da mulher – defendido por Toffoli – de interromper a gestação, matando um ser humano inocente e indefeso, ou, ainda, o “direito” de institucionalizar uma união antinatural, como a homossexual).

Dessa forma, ficaria esquecido aquele essencial princípio que é o da indivisibilidade dos direitos humanos, princípio que está fundamentado na unidade da pessoa humana e em sua intrínseca dignidade.

Sem dúvida, a unidade do direito e da ciência jurídica encontra seu fundamento numa justiça dinâmica, expressão não somente da estreita ordem legal, mas principalmente daquela razão natural (“recta ratio”) que deve governar os comportamentos dos cidadãos e das autoridades.

É isso o que afirma são Tomás de Aquino quando nos lembra que “omnis lex humanitus posita in tantum habet de ratione legis, inquantum a lege naturae derivatur” (“toda lei humana só possui valor de lei se provem da lei natural”, cf. “Suma Teológica”, I-II, q. 95, a2).

O relativismo ético que parece permear a hodierna sociedade consumista constitui um grave perigo também para o nosso querido Brasil.

Enquanto um recente “spot” publicitário do nosso governo federal enaltece alguns países estrangeiros (entre os quais a Holanda) pelo suposto alto nível educacional atingido, eis que a Justiça holandesa reconheceu recentemente o “direito” de participação democrática nas eleições daquele país ao partido dos pedófilos.

Que Nossa Senhora Aparecida nunca permita que nossa amada nação siga os passos perversos daqueles que querem destruir os grandes valores da terra de Santa Cruz.

Francesco Scavolini, doutor em jurisprudência pela Universidade de Urbino (Itália), é especialista em direito canônico.

Fonte: Jornal Folha de São Paulo de 06/10/2009.

Não julgar – e não se manter calado diante do pecado

Recebi um longo comentário. Reproduzo aqui apenas alguns trechos para os meus prezados leitores conferirem o nível intelectual de algumas pessoas que não conseguem ficar caladas e sentem uma necessidade enorme de expressarem suas opiniões – como se fossem realmente importantes, imprescindíveis… Infelizmente, virou moda escrever primeiro, pensar depois. Ou nunca. Os grifos são meus.

[Rozangela Justino] Criou polêmica em cima de um assunto que já é polêmico.Conseguiu o ódio do público gay.E, de quebra, conseguiu alguns cristões como “seguidores”…

Rozangela Justino trabalha com isso já faz anos, nunca buscou aparecer coisa nenhuma. Cismaram que era um crime o trabalho dela de ajudar pessoas insatisfeitas com seu desejo sexual. A militância gay é quem quer aparecer e criar polêmica.

Como diria a própria bíblia “não julgues para não seres julgado”, então os próprios seguidores dessa idéia não deveriam julgar tanto o pecador, quanto o seu pecado, certo?

Errado. Muito errado. É interessante como algumas pessoas espertinhas selecionam determinados trechos da Bíblia enquanto ignoram outros, tudo para sustentar suas idéias pessoais, como se a verdade estivesse a seu serviço. Jesus diz em Mateus 18, 15-18:

Se teu irmão tiver pecado contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele somente; se te ouvir, terás ganho teu irmão. Se não te escutar, toma contigo uma ou duas pessoas, a fim de que toda a questão se resolva pela decisão de duas ou três testemunhas. Se recusa ouvi-los, dize-o à Igreja. E se recusar ouvir também a Igreja, seja ele para ti como um pagão e um publicano. Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra será também desligado no céu.

O que Jesus está dizendo aí?

  1. Jesus ordena que alertemos o irmão do seu pecado, e de forma discreta, evitando escândalos ou fofocas;
  2. Jesus ordena que insistamos, para “resolver a questão”;
  3. Jesus ordena para que acionemos a Igreja, a instituição a qual ele delegou sua própria autoridade (Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra será também desligado no céu);
  4. Caso o pecador se recuse a ouvir também a Igreja, este deve ser considerado excluído da mesma. Ou seja: todo aquele que se recusa a reconhecer-se pecador está automaticamente excluído da Igreja Católica e, por isso mesmo, privado de seus sacramentos. Esta decisão é pessoal, foi a própria pessoa que se retirou da Igreja, pela sua insistência em permanecer no pecado, recusando a Graça salvífica oferecida por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Portanto, a missão da Igreja é salvar o pecador do pecado. E ela assim o faz obedecendo ao que Jesus mandou – notem bem: Jesus não pede, ele manda. “Não julgar” não significa calar-se diante do pecado, ao contrário do que a comentarista insinua.

Se você acha errado, ponha o joelho no chão e ore, reze por “nós pecadores”, em vez de tentar virar a sociedade contra nós.Não rotule, não difame, não tire conclusões preciptadas.A quebra do celibato, a virgindade até o casamento também não é considerado pecado?
Então por que não vejo uma pessoa que quebra esse voto, sendo espancada?sendo ofendida? sendo chamada de doente? (e esse é só um exemplo)

Eu não acho nada. O cristianismo ensina: relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo são imorais, abomináveis, pecado gravíssimo contra a castidade. Rezar por todos os pecadores é obrigação dos cristãos, não precisa você vir ironicamente lembrar-nos disso. Agora, onde é que você está vendo em algum pronunciamento da Igreja que estamos tentando “virar a sociedade” contra vocês, homossexuais? Mania de perseguição virou moda, agora? Então um padre dizer que atos homossexuais são pecaminosos é crime terrível? Advertir sobre os riscos espirituais advindos da prática do homossexualismo (sobre os de saúde, nem me fale, mas isso é assunto para outro dia…) é perseguição?

O “Grupo Gay da Bahia” queimou foto do Papa Bento XVI em manifestação durante sua visita ao Brasil, em maio de 2007. Claro, claro, ofender ao líder máximo dos católicos é apenas uma “crítica”.

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Na última parada gay em São Paulo, um cidadão de nome José Roberto Fernandes vestiu-se de Papa levando consigo um cálice que continha fichas brancas, simbolizando hóstias, além de preservativos. O cidadão, que pensa que é católico, dizia fazer “um alerta à hipocrisia da Igreja” (bocejos) e revelou que participa da Eucaristia – coitado dele, pois São Paulo apóstolo assim escreve na Primeira Carta aos Coríntios (11, 27-29):

Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpável do corpo e do sangue do Senhor. Que cada um se examine a si mesmo, e assim coma desse pão e beba desse cálice. Aquele que o come e o bebe sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação.

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Foto: Daigo Oliva/G1.

Um pecador que se recusa a abandonar o pecado e a lutar contra ele e participa da Eucaristia, comendo o pão do Senhor, e ainda por cima não distingue o corpo do Senhor de uma camisinha está caminhando alegremente para o inferno. É um dever cristão alertá-lo para os riscos que está correndo.

Mas… veja como são as coisas. Se o rapaz sai alegremente ao lado do “namorado” (este, com uma fantasia que debocha dos bispos, os sucessores dos Apóstolos e dirigentes da Igreja) ridicularizando o Santo Padre, o sucessor de São Pedro, chefe máximo da Igreja Católica, e ainda faz troça do maior de todos os sacramentos, do qual ele mesmo diz participar, em um ato blasfemo que insulta os verdadeiros católicos – sim, àqueles que têm um pingo de amor por Sua Igreja e por seu líder… Isso é uma brincadeira irreverente.

Você já viu um católico fanático (têm aos montes, basta você ser contra o aborto por exemplo e já é considerado um) espancar um gay? Pregar publicamente a violência contra os homossexuais? Já viu algum membro da Igreja queimando fotos ou agredindo uma pessoa homossexual em nome da Igreja? Algum carola queimou a foto do sr. Luiz Mott em público?

Quer dizer: os católicos podem ser ofendidos e serem feitos de chacota, isso é direito, liberdade de expressão, etc. Falar que práticas homossexuais são imorais, ah isso não pode! É crime.

Afinal de contas julgamento por julgamento…Não existe pecadinho ou pecadão.

Segundo esse raciocínio torto, pisar no pé de uma pessoa e dar um tiro na cabeça da mesma seriam a mesmíssima coisa.

Ao meu entender, vocês sendo contra a pesquisa com células tronco de células totipotentes de inseminações artificiais não realizzadas, ou até mesmo do aborto,acreditam na formação da vida logo após a fecundação e formação do zigoto.Mesmo havendo inúmeros estudos dizendo que não é bem assim, e outros que indicam que sim que é assim sim.

Pedir lógica à moça seria demais. Vejam: caso não haja consenso na comunidade científica sobre o momento em que começa uma vida humana, como ela admite, haveria a possibilidade de 50 por cento de estarmos certos ou errados ao afirmarmos que a vida começa no momento da concepção. Ora, se não há certeza de que aquele embrião é um ser humano, também não há certeza contrária, certo? Muito bem. Então, ao destruir aquele embrião, há uma possibilidade em 50 por cento de se estar matando uma pessoa. Não seria no mínimo prudente então evitar a destruição de embriões, pela simples dúvida (que é legítima, qualquer pessoa honesta tem que admitir) de que pode-se estar cometendo um crime contra vidas humanas?

Se vocês acreditam piamente em só uma verdade assim como séculos atrás acreditava-se que a Terra era quadrada, que o façam.

Terra quadrada? Quem acreditava que a Terra era quadrada? Você fumou ou cheirou alguma coisa antes de escrever isso?

Só não se achem no direito de julgar o pecador ou o pecado que seja, por que pelo pouco que sei, acredito que Deus nenhum deu autonomia a nenhum mero humano a julgar nada, nem ninguém.

Você não sabe é nada. Deus, através de Jesus Cristo, deu autonomia à sua Igreja de transmitir aos homens a Palavra de Deus, conforme lhe foi ensinada. E a Palavra de Deus é clara: relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo são pecaminosas. Como se não bastasse a Bíblia, há o Magistério da Igreja bastante explícito a esse respeito. Simples, assim.

No mais, não custa repetir: é por amor aos homossexuais que devemos nós católicos alertá-los e conscientizá-los de seu pecado. É pelo desejo sincero de que se salvem, pois “assim haverá maior júbilo no céu por um só pecador que fizer penitência do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”. (Lucas 15, 7).

Respondendo a um idiota “consciente, livre e independente de dogmas”

Parabéns à Universidade Católica de Goiás por não se dobrar ao lobby de fanáticos religiosos e outros pobres coitados que se julgam senhores da verdade. Uma universidade deve formar cidadãos conscientes, livres e independentes de dogmas. Mais uma vez, parabéns UCG!

A missão de uma universidade católica é promover os dogmas católicos, e entre estes dogmas está o de promover a vida desde a concepção. Portanto, é muito simples: como revelou William Murat, do Blog Contra o Abortoa Universidade Católica de Goiás se omite perante a propaganda abortista, indo claramente contra os ensinamentos da Igreja Católica. Sendo assim, aqueles católicos que têm um mínimo de amor à Sua Igreja devem protestar e manifestar-se veementemente contra a veiculação, no interior da universidade, de uma propaganda que defende que as mulheres tenham o “direito” de matar seus filhos deficientes ainda não nascidos.

Vejam a que ponto chegamos: o católico que defende a doutrina da Igreja Católica e exige que uma instituição católica apenas cumpra a sua obrigação de seguir o Magistério da Igreja, é chamado de… fanático religioso! Não é uma gracinha o “raciossímio” desses iluminados? Ou seja: quem é religioso tem que agüentar caladinho uma propaganda a favor do assassinato de inocentes dentro de uma universidade católica! Tudo isso para agradar sujeitos como esse daí!

Certamente, para este paladino iluminista, as pessoas devem ser independentes de dogmas… exceto do dogma fundamental e inalienável de criticar e ridicularizar católicos e os princípios da Igreja Católica!

Não é uma humilhação certos homens da Igreja Católica se rebaixarem e se submeterem a lobbies de seus próprios inimigos, buscando a aceitação e os aplausos dos mesmos?

Os dirigentes de uma Universidade Católica devem estar conscientes de sua missão, que é a de estar em comunhão com a doutrina católica; devem ter consciência de que não existe liberdade frente ao erro; e devem ter independência e coragem para dizerem não à cultura de morte que avança velozmente e é uma ameaça à própria civilização.

Quando um palhaço como esse aí de cima vem bater palmas para uma instituição católica, isso acontece porque tal instituição está fazendo alguma coisa contra a própria Igreja Católica. Infelizmente, o que parece é que as universidades católicas estão interessadas não em agradar a Nosso Senhor Jesus Cristo, mas sim a Satanás e seus sequazes.

Por fim, quero crer que o arcebispo de Goiânia Dom Washington Cruz ainda não esteja ciente desta publicidade. Afinal, sua Excelência escreveu um artigo comentando o triste caso da menina pernambucana de nove anos grávida de gêmeos, cujos bebês foram abortados. Eis um trecho:

Imaginemos a possibilidade inversa, de a mãe e as crianças serem saudavelmente acompanhadas pela família, por instituição social idônea ou por alguma instituição religiosa. Imaginemos a possibilidade de que os filhos daquela pequena mamãe, não obstante terem sido gerados de modo impróprio, pudessem ter sido para ela, passadas todas as tormentas, pequeninos responsáveis por um novo sentido para a vida dela e dos seus. A esperança sempre existe. Matar pessoas humanas indefesas dentro do ventre de uma mãe, não lhes dando a chance de viver com a dignidade inerente aos filhos de Deus, é um ato extremamente desumano. Somente uma sociedade onde a vida equivale a um bem de consumo, o qual pode ser descartado a qualquer tempo, poderia defender a morte de uma criança e, mais grotesco ainda, a morte de uma pessoa em estado embrionário.

“Não matarás”. O mandamento divino é aplicável à vida humana em toda a sua extensão. Não matarás a pessoa concebida ou ainda em estado embrionário, não matarás as crianças já nascidas, não matarás os jovens, os adultos e os idosos.  Além de ser um mandamento contido na lei de Deus, espera-se que qualquer pessoa, movida por quaisquer convicções éticas, filosóficas ou religiosas, também não mate outro ser humano.

Clique aqui para ler o artigo “A soberania do dom da vida” na íntegra.

Como bem diz Dom Washington, “o mandamento divino é aplicável à vida humana em toda a sua extensão”, inclusive aos bebês anencéfalos. Publicidade em favor do direito de matar esses bebês dentro de uma universidade católica é especialmente escandalosa, pois vai de encontro ao que ensina a Igreja. E em uma instituição católica, os ensinamentos católicos é que devem prevalecer.

Para entrar em contato com o arcebispo Dom Washington e com a arquidiocese de Goiânia, o email é vicom@arquidiocesedegoiania.org.br. O telefone é (62) 3229-2673.

Escândalo! Universidade católica aceita propaganda abortista

Por William Murat.

Mais uma vez temos que vir a público denunciar um absurdo que está acontecendo em uma universidade católica.

Recebi mensagem denunciando que na Universidade Católica de Goiás, na Associação de Professores, existe um cartaz pregado fazendo a apologia do direito ao aborto de anencéfalos.

Neste cartaz, podemos ler:

A anencefalia, ou ausência de cérebro, é uma má formação fetal incompatível com a vida. Hoje, os exames de ultrassonografia identificam a anencefalia já no princípio da gestação. Porém, o Código Penal Brasileiro, que foi instituído em 1940, muitos anos antes de existir a ultrassonografia, ainda hoje não permite que a gestante interrompa a gravidez nesta circunstância. Não considera assim, o enorme sofrimento desta mulher e de sua família. A anencefalia é irreversível e incompatível com a vida. Mas as leis são reversíveis e devem ser compatíveis com a dignidade humana.

As mulheres devem ter o direito de decidir pela interrupção da gravidez em casos de anencefalia.

Neste cartaz vemos o logotipo do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), órgão vinculado à Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. Que esta Secretaria desde o início do governo do presidente Lula busca a legalização do aborto, disto ninguém tem dúvidas. O que nos surpreende é que esta campanha pelo aborto seja feita em uma Universidade Católica.

É fundamental que este verdadeiro escândalo seja interrompido o quanto antes. Os professores da instituição têm todo o direito de terem suas crenças e opiniões, mas uma coisa que não podem é colocar seus interesses e agendas pessoais acima dos princípios que regem as instituições católicas, e um destes princípios fundamentais é exatamente o mandamento “NÃO MATARÁS”.

Para reclamar contra este absurdo, o e-mail da Ouvidoria da Universidade é ouvidoria@ucg.br.

Para junto à Arquidiocese de Goiânia, o endereço é vicom@arquidiocesegoiania.org.br.

Abaixo, seguem imagens do cartaz.

 

Fonte: Blog Contra o Aborto.

Militantes a favor do aborto protestam por participação de Elba Ramalho em evento de entidades de posição contrária

Por Renata Mariz, para o Correio Braziliense.

Promovido por entidades contrárias ao aborto, um show gratuito de Elba
Ramalho, marcado para o próximo domingo na Esplanada dos Ministérios,
colocou a cantora no centro de uma briga tão antiga quanto controversa. Oito entidades feministas assinaram um manifesto de repúdio à participação da artista no evento e o enviaram para sua produção.

Em resposta às críticas, e para evitar uma possível desistência da cantora,
militantes antiaborto entupiram a caixa de mensagens do empresário de Elba com expressões de apoio. “Não para de chegar e-mails”, reclama Alexandre Valentim, que contabilizou só na manhã de ontem mais de 110 mensagens. Alheia à repercussão, Elba afirma que defende a vida, acima de tudo. “Podem me apedrejar, não vou mudar o que penso”, ressalta.

A cantora faz questão de demonstrar uma postura equilibrada, porém decidida. “Não sou radical, nem entrarei na discussão do caso A, B ou C. O que posso dizer é que defendo a vida das crianças e ninguém vai mudar isso”, destaca.

Assessora técnica do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea), uma das organizações não governamentais que assinaram a carta de repúdio, Kauara Rodrigues destaca que a intenção das entidades foi alertar Elba sobre o que significa sua participação no evento. “Ficamos surpresos ao saber do show da artista nesse movimento, uma vez que ela já se engajou em iniciativas de combate à violência contra a mulher anteriormente. E o aborto não deixa de ser uma violência”, explica Kauara.

Recado dado, Elba já garantiu que não volta atrás. Ponto para os militantes
contra o aborto. “Ela é uma artista que tem livre arbítrio, pode fazer o que
quiser”, comemora Jaime Ferreira Lopes, coordenador geral do evento chamado Marcha Nacional da Cidadania pela Vida, cuja programação começa amanhã, com diversas atrações.

Aretuza Guedes, voluntária do Movimento Brasil sem Aborto, uma das entidades que estão promovendo o show, teve medo de que Elba Ramalho desistisse de cantar por conta de pressões. “Na marcha do ano passado, estava prevista a vinda da Fernanda Lima e do marido dela. Só que na última hora eles voltaram atrás, sem explicação”, diz Aretuza.

Apesar de se dizer favorável à vida “acima de tudo”, Elba já deu depoimento
à revista Veja, em setembro de 1997, contando sobre um aborto que praticou há 36 anos. Na ocasião, já externava posição contrária ao ato. “Se ficasse grávida de novo, não faria o aborto mesmo que não desejasse o filho”,
afirmou.

Três perguntas para Elba Ramalho

*Você tem posição definida sobre o aborto ou aceitou fazer o show
independentemente disso?*

Tenho uma opinião pessoal, não vou negar. Defendo que você deve preservar a vida de qualquer pessoa, mas sem assumir nenhuma radicalidade quanto a isso. Compreendo a posição das ONGs, mas defendo a vida e vou morrer defendendo a vida, como cristã que sou. Tanto é que sou vegetariana, porque acho que já se derramou sangue demais neste mundo.

*Então você não vai desistir do show?*

Absolutamente. Até porque as ONGs têm que entender que isso é uma questão de cada um, pessoal. Não peço desculpa a ninguém porque não estou fazendo nada de errado, sou uma cidadã livre. Foi o mesmo que aconteceu quando me posicionei contra a transposição do São Francisco. O povo da minha terra ficou contra mim. Mas eu não posso deixar de expressar o que penso. Quero a água para os que têm sede, mas mexer em um rio tão degradado não seria a solução viável no momento.

*É verdade que você vai doar parte do seu cachê à causa contra o aborto?*

Não sei o que o Alexandre (empresário) acertou, mas posso dizer que estou
trabalhando com o cachê mínimo, só para pagar a equipe, os gastos. O que
sobrar vai para minha ONG, que cuida de crianças. Com meu cachê normal, que é alto, não seria possível fechar esse show. (RM)

Fonte: Correio Braziliense.

Marcha da Cidadania pela Vida

No próximo domingo, dia 30, acontecerá em Brasília a 3ª Marcha da Cidadania pela Vida. A cantora Elba Ramalho gravou um convite para o evento que pode ser visto no Youtube.

httpv://www.youtube.com/watch?v=VFQYt1S55Ug&layer_token=c6897ed6412d8d58

A manifestação contará com a participação da artista, que fará uma apresentação no encerramento.

Caso da menina brasileira não muda ensinamento católico sobre aborto

Esclarecimento da Congregação para a Doutrina da Fé

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 10 de julho de 2009 (ZENIT.org).- Após as polêmicas surgidas sobre um artigo publicado no jornal vaticano pelo arcebispo presidente da Academia Pontifícia para a Vida sobre a menina brasileira que foi submetida ao aborto de gêmeos, a Santa Sé confirma que a doutrina da Igreja não mudou.

Explica-o um “Esclarecimento” publicado pela Congregação para a Doutrina da Fé, na edição diária de 11 de julho de L’Osservatore Romano, como o próprio documento explica, em resposta a “várias cartas, inclusive da parte de altas personalidades da vida política e eclesial, que informaram sobre a confusão que se criou em vários países, sobretudo na América Latina”.

“A Congregação para a Doutrina da Fé confirma que a doutrina da Igreja sobre o aborto provocado não mudou nem pode mudar”, sublinha o “Esclarecimento”.

O documento se refere ao artigo publicado pelo L’Osservatore Romano no dia 15 de março de 2009, com o título “A favor da menina brasileira”, no qual o arcebispo Rino Fisichella, presidente da Academia Pontifícia para a Vida, analisava o caso da menina que, aos 9 anos, foi estuprada repetidamente pelo seu jovem padrasto, ficando grávida de gêmeos e que depois foi obrigada a abortar no quarto mês de gestação.

No artigo, Dom Fisichella confirmava que “o aborto provocado sempre foi condenado pela lei moral”.

Pois bem, em resposta às crônicas publicadas pelos jornais, o arcebispo considerava que, segundo seu parecer, não era adequado que o bispo do lugar anunciasse de maneira tão pública e rápida a excomunhão – “algo que se aplica de maneira automática”, esclarecia – dos envolvidos, pois desta forma não se ajuda a mostrar o rosto materno da Igreja.

O “Esclarecimento” vaticano informa que, como foi possível saber depois, a menina “tinha sido acompanhada com toda delicadeza pastoral, em particular pelo então arcebispo de Olinda e Recife, sua excelência Dom José Cardoso Sobrinho”.

O próprio Dom Fisichella, em declarações posteriores à mídia, havia esclarecido que, antes de escrever o artigo, dada a urgência de responder rapidamente à enorme polêmica que havia sido suscitada, não tinha podido falar com Dom Cardoso Sobrinho, motivo pelo qual não estava informado deste fato.

O documento da Congregação para a Doutrina da Fé, cujo presidente é o cardeal americano Willian Levada, não entra nos detalhes concretos deste caso, mas se limita a ilustrar os textos de referência do magistério da Igreja sobre o aborto, em particular os números 2270-2272 do Catecismo da Igreja Católica.

O texto cita também várias passagens da encíclica Evangelium vitae, assinada por João Paulo II no dia 25 de março de 1995, em particular o número 58, no qual se esclarece que o aborto provocado nunca pode ser justificado, ainda que aconteça em “situações difíceis e complexas”, seja para o bebê ou para a mãe.

No que se refere ao problema de determinados tratamentos médicos para preservar a saúde da mãe, o texto esclarece que “é necessário distinguir bem entre dois fatos diferentes: por um lado, uma intervenção que diretamente provoca a morte do feto, chamada em ocasiões de maneira inapropriada de aborto ‘terapêutico’, que nunca pode ser lícito, pois constitui o assassinato direto de um ser humano inocente”.

Algo totalmente diferente, continua indicando o “Esclarecimento”, é “uma intervenção não-abortiva em si mesma, que pode ter, como consequência colateral, a morte do filho”.

Para explicar este ensinamento da Igreja, a nota cita um famoso discurso de Pio XII, de 27 de novembro de 1951, no qual afirma: “Se, por exemplo, a salvação da vida da futura mãe, independentemente de seu estado de gravidez, requerer urgentemente uma intervenção cirúrgica, ou outro tratamento terapêutico, que teria como consequência acessória, de nenhum nenhum modo querida nem pretendida, mas inevitável, a morte do feto, um ato assim já não se poderia considerar um atentado direto contra a vida inocente”.

“Nestas condições, a operação poderia ser considerada lícita, igualmente a outras intervenções médicas similares, sempre que se trate de um bem de elevado valor –como é a vida– e que não seja possível postergá-la após o nascimento do filho, nem recorrer a outro remédio eficaz”, dizia o Papa Eugenio Pacelli nesse discurso.

No que se refere ao papel dos médicos nestes casos, o documento lhes recorda, com a Evangelium vitae (n. 89), “a intrínseca e imprescindível dimensão ética da profissão clínica, como já reconhecia o antigo e sempre actual juramento de Hipócrates, segundo o qual é pedido a cada médico que se comprometa no respeito absoluto da vida humana e da sua sacralidade”.

O documento vaticano não entra em detalhes sobre a aplicação automática da excomunhão no caso do aborto.

Fonte: Zenit.

Timor Leste resiste à legalização do aborto

Comitê das Nações Unidas chama as políticas atuais de “discriminatórias”

NOVA YORK, quarta-feira, 27 de maio de 2009 (ZENIT.org).- A nação predominantemente católica de Timor Leste está sob pressão das Nações Unidas por suas leis que penalizam o aborto, mesmo no caso de estupro e incesto.

A Família Católica e o Institutos de Direitos Humanos reportaram na semana passada que  as políticas do Timor Leste estão sendo escrutinadas pelo comitê das Nações Unidas responsável pela vigilância complacente com a Convenção na Eliminação de todas as formas de discriminação contra as mulheres, que se encontrarão para sua 44ª sessão em julho.

O novo código penal do país, que terá efeito no início de junho, continua a penalizar a prática do aborto, embora inclua uma exceção para os casos em que a saúde da mãe esteja em perigo.

Um relatório do Timor Leste para o comitê mostra que o aborto é um “assunto delicado” no país, “especialmente pelos eventos traumáticos dos anos recentes” quando os 24 anos de ocupação pela Indonésia forçaram programas de planejamento familiar que foram “profundamente sentidos” pelas pessoas.

O relatório aponta que na cultura do país, a contracepção não é geralmente popular, tanto para homens como para mulheres “incentiva a promiscuidade e a transmissão de doenças sexuais, enquanto diminui o número de crianças”.

A Família Católica e o Instituto dos Direitos Humanos advertiu que apesar do apoio geral no Timor Leste para a contínua criminalização do aborto, muitas organizações não-governamentais tais como a Alola Foundation e Rede Feto, com o apoio do Fundo de População das Nações Unidas e o Fundo para Criança das Nações Unidas, têm oferecido lobby para leis mais liberais para o aborto.

Também expressa que sob o disfarce de promover “a igualdade de gênero”, os comitês das Nações Unidas estão forçando “a modificação dos costumes e práticas” chamadas por eles como “discriminatórias”.

As Nações Unidas também respondem com oposição ou indiferença à referência do Timor Leste aos seus costumes antigos, desconfiam da influência exterior, dos “direitos reprodutivos” e dos abusos sofridos pelas mulheres sob as leis da Indonésia.

Os cidadãos do Timor Leste dizem que a nação valoriza as diferenças de gênero enquanto ajudam a proteger a integridade da família, assim como o bem-estar da mulher.

Fonte: Zenit.

Aborto em Recife: um crime sem investigação

Dois gêmeos foram mortos; a menina e sua mãe estão incomunicáveis

Por Padre Luiz Carlos Lodi.

No dia 4 de março de 2009, em Recife foi praticado um crime de aborto em uma menina de nove anos, natural de Alagoinha (PE), que havia sido transportada à capital para o procedimento pré-natal. Os gêmeos abortados, com cerca de vinte semanas de vida, provavelmente respiraram e choraram antes de morrer. Até agora ninguém informou em qual lata de lixo eles foram lançados.

Na noite do dia anterior, a menina grávida e sua mãe foram transferidas às pressas do hospital em que se encontravam (o Instituto Materno Infantil de Recife – IMIP) para outro (Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros – CISAM), onde os médicos fizeram o aborto. Membros do grupo pró-aborto Curimim, financiados pela International Women’s Health Coalition (IWHC), foram ao IMIP e convenceram a mãe analfabeta a pedir a alta da filha. Mãe e filha foram transportadas para o CISAM em companhia de Dra. Vilma Guimarães, ginecologista e coordenadora do Centro de Atenção à Mulher do IMIP.

A pressa dos abortistas tinha razão de ser, uma vez que o pai biológico da menina Sr. Erivaldo (que vive separado da mãe), contrário ao aborto, estava dirigindo-se ao IMIP, acompanhado de um advogado, para pedir a alta da filha. Para os defensores do aborto havia o risco iminente de que o IMIP fosse obrigado a deixá-la sair, uma vez que, mesmo após a separação, o pai biológico continuava, por lei, a exercer o poder familiar sobre a filha. E mais: havia o risco – nada pequeno – de que a gravidez prosseguisse normalmente e que fossem dadas à luz, por cesariana, duas lindas crianças, que seriam batizadas pessoalmente pelo próprio Arcebispo de Olinda e Recife Dom José Cardoso Sobrinho! Imagine-se o ônus para a causa abortista se uma gravidez gemelar em uma menina de nove anos se convertesse em ícone da causa pró-vida!

Com “uma ação ágil e coordenada de grupos feministas” [1], o aborto foi feito por médicos do CISAM. Mediante a divulgação sistemática de mentiras pelos meios de comunicação social, o caso se transformou em um grande espetáculo em favor dos abortistas e contra o Arcebispo Dom José Cardoso Sobrinho. Após o crime consumado, a menina, a mãe e uma irmã da menina, de 13 anos, também ela vítima de abuso sexual, foram colocadas em um “abrigo” [2] desconhecido e inacessível, onde se encontram até hoje guardadas (ou encarceradas?), impedidas de se comunicar com o Conselho Tutelar de Alagoinha (unanimemente contrário ao aborto) e com o próprio pai Sr. Erivaldo.

A seguir alguns importantes esclarecimentos sobre o triste episódio.

O QUE SE DIZ… A VERDADE
No Brasil o aborto é legal em dois casos, previstos no Código Penal.
Art. 128 – Não se pune o aborto praticado por médico:
I – se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
II – se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.
No Brasil, o aborto diretamente provocado é sempre crime, haja ou não pena associada a ele. O artigo 128, CP, não diz que o aborto “é permitido”. Nem sequer que “não é crime”. Diz apenas “não se pune”. A lei pode deixar de aplicar a pena ao criminoso após o crime consumado (por exemplo, fica isento de pena o furto praticado entre parentes – art. 181, CP), mas não pode dar permissão prévia para cometer um crime.
Se a gestante estiver correndo risco de vida, o médico que pratica o aborto fica isento de pena. Para que o médico autor do crime fique isento de pena, não é suficiente que a gestante tenha corrido “risco de vida”. É necessário provar que não havia outro meio – a não ser o aborto – para salvar a vida da gestante.
Já em 1965, o médico legal Dr. Costa Júnior dizia que essa hipótese jamais ocorre, pois o aborto é mais perigoso para a mãe que o prosseguimento da gravidez. E advertia: “não envolvam a Medicina no protecionismo ao crime desejado” [3]
A menina de nove anos grávida de gêmeos corria risco iminente de morrer, caso o aborto não fosse praticado. Na manhã do dia 3 de março, o diretor do IMIP Dr. Antônio Figueira, disse a Dom José Sobrinho, na residência episcopal e na presença de toda uma equipe de profissionais convocada para estudar o caso, que a menina não corria risco iminente de vida e que, se os pais o desejassem, a gestação poderia ser levada a termo com os cuidados do hospital.

Na tarde do mesmo dia, o IMIP deu alta à menina, a pedido da mãe [4], sob influência do grupo Curumim, alegando que não havia risco iminente para a menina.

Como a gravidez da menina resultou de um estupro, os médicos que praticaram o aborto ficam isentos de pena. Para que os autores do crime gozem da não aplicação da pena, não basta que a gravidez tenha resultado de um estupro. É necessário que o aborto tenha sido precedido do consentimento da gestante. No caso, como a gestante é incapaz, é necessário que tenha havido o consentimento de ambos os pais, que a representam legalmente.
O consentimento da mãe da menina foi suficiente para isentar os médicos da pena. Provavelmente, o consentimento da mãe foi obtido mediante fraude, o que torna a conduta dos médicos enquadrada no artigo 126, parágrafo único, CP, ou seja, reclusão de três a dez anos.
O consentimento do pai biológico da menina não era necessário para isentar os médicos da pena. Ainda que a mãe tenha dado livre e validamente o seu consentimento, isso não é suficiente para deixar os médicos impunes, uma vez que havia a oposição do pai biológico. Compete a ambos os pais representar os filhos incapazes nos atos da vida civil (art. 1634, V, CC), e o poder familiar não se extingue pela separação dos pais (art. 1632, CC).
Faltando o consentimento do pai, a conduta dos médicos enquadra-se no artigo 125, CP (“provocar aborto, sem o consentimento da gestante”), cuja pena é reclusão de três a dez anos.
O destino dado aos bebês abortados é irrelevante para o caso. Sendo o aborto um crime que deixa vestígios, é indispensável o exame de corpo de delito (art. 158, CPP), que deve ser feito nos cadáveres dos gêmeos e na menina submetida ao aborto. A ocultação dos cadáveres serve para encobrir o crime.
A ocultação da menina, de sua irmã e da mãe é necessária para que elas fiquem a salvo do assédio da imprensa. A ocultação da menina, de sua irmã e da mãe interessa aos abortistas, a fim de que não seja possível a investigação sobre o crime. “O rapto de menores com ocultamento dos pais para realizar um aborto supostamente legal já foi praticado várias outras vezes na América Latina por organizações feministas. Já ocorreu pelo menos três vezes na Bolívia e uma vez na Nicarágua, mas é a primeira vez que ocorre no Brasil” [5]
O aborto foi feito por motivos humanitários, em benefício da própria menina. O aborto foi feito por interesses espúrios, instrumentalizando a menina para a propaganda abortista financiada internacionalmente pela International Women’s Health Coalition (IWHC), que patrocina o grupo Curumim.
Dom José Cardoso Sobrinho excomungou os médicos que fizeram o aborto. O Arcebispo não excomungou ninguém. Apenas informou que, segundo o Código de Direito Canônico, “quem provoca aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão latae sententie (automática)” (cânon 1398).
Se a excomunhão é automática, Dom José não precisaria ter avisado. Justamente por ser um pena automática, é necessário que os fiéis sejam avisados de sua existência. De acordo com o Direito Canônico, para que alguém incorra na excomunhão automática, é necessário que conheça essa pena anexa ao crime (cânon 1324, §1, n.9 e §3). Dom José cumpriu seu dever ao anunciar a pena de excomunhão, a fim de que os médicos católicos, ao menos por temor da pena, poupassem a vida dos gêmeos. Foi um último recurso tentado para salvar os inocentes.
Não é justo que seja excomungada uma menina de nove anos. A menina não foi excomungada, uma vez que não é passível de nenhuma pena canônica quem, no momento do delito, não tinha completado 16 anos. Provavelmente a mãe também não foi excomungada, se foi coagida por medo grave a dar consentimento ao aborto (cânon 1323, n. 1 e n. 4).

Para concluir, transcrevemos as interrogações do pároco de Alagoinha Pe. Edson Rodrigues, inseridas em seu blog no dia 24.04.2009:

Dois meses depois, em que deu o caso da menina? [6]

Já se passaram dois meses do triste episódio aqui de Alagoinha e ainda estamos querendo entender alguns fatos que até hoje ninguém explica. Muitos merecem um esclarecimento, visto que se trata de vidas que estão em jogo. Como Pastor de uma comunidade que deve se questionar a cada sobre as conseqüências do infeliz fato de nossa pequena de 9 anos ter engravidado de gêmeos do próprio padrasto e, lamentavelmente, não ter tido o direito de ver as suas duas filhas, pergunto:

1 – Onde estão a menina e a sua mãe, visto que aqui na cidade nenhum de nós (pai biológico da criança, Conselho Tutelar, Polícias, Autoridades constituídas, Igrejas e a própria comunidade) não tem conhecimento sequer de onde estejam?

2 – Por que tanto sigilo. Entendo que se queira preservar a garota e sua mãe do assédio da mídia para que não estrague mais o fato do que já estragou. Mas as pessoas citadas acima, nenhuma delas é jornalista. Por que tanto mistério até para o pai biológico da criança? O que está por trás disso?

3 – “Aborto realizado, caso encerrado”, assim dizem alguns. Será? Eu diria, “aborto realizado, crime consumado”. Neste país, crimes são passíveis de punições, pelo menos deveriam ser. E este? De quem é a culpa da morte das duas meninas? Quem deve pagar por isso?

4 – Onde estão as provas reais da “legalidade” deste aborto até hoje devidas pelo Hospital ao Conselho Tutelar de Alagoinha?

5 – Por que o Conselho Tutelar daqui, que acompanhou o fato do início ao seu trágico fim, foi banido do caso, sem que receba nenhuma informação?

6 – A questão da “excomunhão” amplamente divulgada pela imprensa nacional e internacional quis, como de fato conseguiu, desviar a atenção pública para um fato bem mais sério: o aborto, uma  decisão imperiosa da parte de “especialistas que juraram um dia preservar a vida”, e que hoje se dão ao direito de decidir sobre quem vive ou deve deixar de viver entre nós. O que é mais grave e merece mais atenção de nossa parte?

Estes e outros tantos questionamentos estão ainda em nossa mente e em nosso coração. Quem vai respondê-los? Isso a gente também gostaria de saber.

[1]Aborto: Caso de Pernambuco é questão de Direitos Humanos. Comissão de Cidadania e Reprodução. Disponível em: <http://www.ccr.org.br/uploads/noticias/EditorialCCR5-mar.pdf>.

[2] MENINA recebe alta e vai para abrigo com mãe e irmã. Diário de Pernambuco, 7 mar. 2009. Disponível em: <http://www.diariodepernambuco.com.br/2009/03/07/urbana5_0.asp>.

[3] COSTA JÚNIOR, João Batista de O. Por quê, ainda, o abôrto terapêutico? Revista da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, v. IX, p. 312-330, 1965.

[4] MÃE pede alta de menina estuprada por padrasto. JC Online 3 mar 2009. Disponível em: <http://jc3.uol.com.br/tvjornal/2009/03/03/not_177412.php>.

[5] Disponível em: <http://www.pesquisasedocumentos.com.br/silencioabortolegal.pdf>.

[6] http://padreedson.blogspot.com/2009/04/dois-meses-depois-em-que-deu-o-caso-da.html.

JORNADA CRISTÃ entrevista Dra. Alice Teixeira: “Aborto em seguida a um estupro é uma segunda violência”

Frente à ofensiva abortista que tomou grande ímpeto com o triste caso da menina de Alagoinha (PE), abusada sexualmente pelo padrasto e, grávida de gêmeos, foi submetida a um aborto, procurei para esclarecimentos a Dra. Alice Teixeira, médica e professora do Departamento de Biofísica na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), onde ministra aulas de Bioética. Militante pró-vida, com experiência de mais de quarenta anos na medicina, é Doutora em Biologia Molecular pela Escola Paulista de Medicina em 1971, com Pós-Doutorado na Research Division of Cleveland Clinic Foundation, Cleveland, Ohio, Estados Unidos em 1972.

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Foto: Revista Catolicismo

Eu aconselharia a assitir o vídeo “O Grito Silencioso” para ver que mesmo o aborto por aspiração a vácuo é uma ação mais violenta que o próprio estupro. O aborto químico com cytac e RDU pode induzir hemorragias perigosas e difíceis de controlar

Dra. Alice participa ativamente do movimento pela vida em nosso país, tendo publicado artigos a respeito da proposta de legalização do aborto e da pesquisa com células-tronco embrionárias, salientando o momento da concepção como início da vida de um indivíduo humano. Gentilmente, a professora concedeu-me a seguinte entrevista, através de email:

JORNADA CRISTÃ: Nesse episódio de Alagoinha, falou-se muito na interferência da Igreja em um assunto que, em tese, pertenceria apenas ao estado, repetindo-se continuamente o jargão “estado laico”. A imprensa em geral criticou a atitude do bispo Dom José Cardoso, que anunciou publicamente a excomunhão de todos os envolvidos na prática do aborto – exceto a menina. O que a senhora pensa a respeito?

Dra. Alice: Sociedade laica significa que tem liberdade religiosa, e não que se trata de sociedade ateia, além do mais tem muito ateu que é contra o aborto. Quanto à excomunhão automática, só é excomungado quem se diz católico. Ora, as “católicas pelo direito de decidir”, ao apoiar o aborto, estão todas automaticamente excomungadas, ou seja, são as “excomungadas pelo direito de decidir”, e devem reconhecer isto não usando o nome de católicas em vão. Mas não tem problema, caso se arrependam sinceramente serão acolhidas pela Igreja. Por isto, rezamos e pedimos a Deus que elas se arrependam. Atualmente, não entendo como o termo “excomunhão” causa tal impacto. Afinal, se eu pertencer a uma associação qualquer e desrespeitar alguma de suas normas eu sou desligada da mesma. Parece que há fatos que são proibidos de acontecer. Esta questão da excomunhão católica está parecendo o caso do Adriano, auto-excomungado do futebol.

JORNADA CRISTÃ: São numerosos os casos de gravidez em decorrência de estupro? Os casos têm aumentado ou diminuído nos últimos anos?

Dra. Alice: Estupro: nas favelas ou na miséria de nosso país, a mulher é vista como objeto sexual. Uma mulher deve sempre ter um homem, senão ela é de TODOS. Mesmo que seu amasio seja um pinguço vagabundo, ela tem de mantê-lo. Esses homens, geralmente chamados de “padastros”, usam sexualmente das filhas de suas mulheres com o consentimento das mesmas, pois elas querem manter seus homens. No nordeste é pior, pois as filhas, meninas ainda, são vendidas às “autoridades” que promovem a prostituição infantil.

Humberto Costa, quando ministro da saúde em 2005, facilitou a vida destes exploradores de mulheres ao introduzir a norma técnica de não ser necessário o boletim de ocorrência para se realizar o aborto em caso de estupro. Assim, fica difícil de se fazer uma pesquisa confiável sobre casos de estupro e dizer se aumentaram ou diminuiram. Vale qualquer número.

Sociedade laica significa que tem liberdade religiosa, e não que se trata de sociedade ateia

JORNADA CRISTÃ: É verdade que a maioria das mulheres que sofrem violência sexual e engravidam em decorrência disso imediatamente escolhem abortar?

Dra. Alice: Num levantamento feito em 2004 no nosso serviço de atendimento às mulheres que sofreram tal violência, 80% recusaram o aborto. Muitas delas ficaram satisfeitas com seus filhos e felizes por terem feito tal opção. Afinal, o aborto é uma segunda violência e não existe aborto seguro. Eu aconselharia a assitir o vídeo “O Grito Silencioso” para ver que mesmo o aborto por aspiração a vácuo é uma ação mais violenta que o próprio estupro. O aborto químico com cytac e RDU pode induzir hemorragias perigosas e difíceis de controlar.

JORNADA CRISTÃ: O aborto, em caso de estupro, é realmente um alívio psicológico?

Dra. Alice: Não é, pois neste caso se trata de uma segunda violência. Por outro lado, a mãe pode encaminhar a criança para a adoção, como fez a própria Jane Roe (Norma Mc Corvey, do processo Roe x Wade). Atualmente, ela é ativamente contra o aborto; diz que mentiu no processo, que não havia sido estuprada. Norma diz que “o aborto fere a mulher”. De acordo com ela, está longe de ser um alívio.

JORNADA CRISTÃ: Passado um prazo maior de tempo, como se comportam as mulheres violentadas que decidiram abortar seus bebês e as que decidiram seguir adiante com a gravidez? Existe algum acompanhamento? Existem pesquisas a respeito?

Dra. Alice: Da mesma forma que as feministas que defendem o aborto, temos também DVDs com testemunhos de mulheres que estão realizadas como mães por terem decidido pela vida de seus filhos. Quanto à adoção, no nosso serviço de Amparo Maternal à Mãe Solteira, nem todas dão seu filhos e tem-se uma fila de dois anos de espera.

Humberto Costa, quando ministro da saúde em 2005, facilitou a vida destes exploradores de mulheres ao introduzir a norma técnica de não ser necessário o boletim de ocorrência para se realizar o aborto em caso de estupro

JORNADA CRISTÃ: Uma criança concebida através de um estupro tem um comportamento diferente? Torna-se um trauma para a mãe e para a família? A senhora tem informações a respeito?

Dra. Alice: Não constitui trauma e frequentemente são bem recebidas. Doris Hipólito, diretora da Associação Nacional das Mulheres pela Vida, que trabalha em prol de mulheres pobres da Baixada Fluminense, pode lhe dar testemunho e provas do que afirmo. Estas são as verdadeiras feministas, que exigem do SUS tratamento digno das mulheres e de seus filhos. Em 16 anos, 1920 mulheres foram dissuadidas de praticarem o aborto por esta Associação, que também lhes dá cursos profissionalizantes para melhor poderem cuidar de suas familias. Não tem ajuda de governo e nem dos dólares que as ONGs abortistas recebem para promover o aborto no Brasil.

JORNADA CRISTÃ: A criança de Alagoinha tinha condições físicas de levar sua gravidez adiante ou realmente corria sérios riscos de vida? Ela corria riscos com o procedimento abortivo? Como poderia ser realizado um parto em uma menina de 9 anos grávida de gêmeos?

Dra. Alice: A menina de Alagoinha foi utilizada como engôdo pelas abortistas, que usaram-na para promover o aborto no pais. Os médicos do Instituto da Infância de Pernambuco pretendiam dar seguimento à gestação e também o amparo necessário à menina. Ela acabou sendo seqüestrada pela assistente social e levada para a ONG Curumin para realizar o aborto sob a pressão de que corria risco de vida. Pai e mãe foram pressionados para aceitar tal fato e não permitiram acesso a vozes contrárias, pois se tratava de uma ótima oportunidade de comover o pais e tornar a opinião pública favorável ao aborto.

JORNADA CRISTÃ: Psicologicamente, o aborto foi o melhor para a menina? Por que ela deveria levar a gravidez adiante?

Dra. Alice: Não sabemos. Mas o abortamento foi complicado, pois os gêmeos não saíram em seqüência e se relata grande hemorragia. Correu maior risco de vida do que se fosse a gestação acompanhada pelos médicos do IAMP. Na mesma época, surgiu o caso da menina de 11 anos do Rio Grande do Sul grávida e que se negou a fazer o abortamento. Devidamente acompanhada, a menina de Alagoinha poderia levar a gravidez adiante.

Dra. Elizabeth Cerqueira, de Jacareí, já fez parto em menina de 10 anos. Podemos ficar chocados, mas um nordestino, da estirpe dos “coronéis”, nos disse alguns dias atrás, comentando o fato de Alagoinha: “A menina que já menstruou já é mulher, está pronta para o uso. Afinal a gente já não cruza a cadela em seu primeiro cio, apesar de estar jovenzinha?” Como já disse, isto é da nossa cultura; perversa, mas nossa.

JORNADA CRISTÃ: Quais as conseqüências de um aborto para a mulher, a curto e longo prazos? O estupro serve para justificar um aborto? Dos pontos de vista psicológico e fisiológico: é melhor para a mulher que foi violentada ter o bebê ou abortá-lo?

Dra. Alice: Uma mulher, quando grávida, é fisiologicamente preparada para a maternidade por uma variedade de hormônios. O aborto é uma interrupção abrupta dessas alterações e produz um grande impacto. Costumam comparar com a retirada de um computador ligado da tomada. A reação psicológica também é desastrosa. No Japão, onde já foram realizados milhões de abortos desde 1945, testemunhei em Tokio, num templo cheio de budistas, num dia de festa, centenas de mulheres, muitas em pranto, trocando os babadores vermelhos destas estátuas que representam seus filhos abortados, colocando doces e brinquedos, dizendo: “Perdão, pois não deixei você brincar com este brinquedos. Perdão, pois não deixei você comer estes doces gostosos”. Se isto não for amargo arrependimento, não sei classificá-lo.

Um nordestino, da estirpe dos “coronéis”, nos disse alguns dias atrás, comentando o fato de Alagoinha: “A menina que já menstruou já é mulher, está pronta para o uso. Afinal a gente já não cruza a cadela em seu primeiro cio, apesar de estar jovenzinha?” Como já disse, isto é da nossa cultura; perversa, mas nossa

JORNADA CRISTÃ: Gostaria de pedir a sra. que desse detalhes sobre a pesquisa da UNIFESP, onde segundo a sra. afirmou, “verificou-se que 80% destas mulheres grávidas por estupro se recusaram a abortar, e estão contentes com os filhos, enquanto que as 20% que realizaram o aborto estão arrependidas.”

Dra. Alice: Foi uma pesquisa feita por um dos nossos alunos do Curso Biomédico, em 2004, por iniciativa própria. Ele estava em dúvida se o aborto em caso de estupro era aceitável ou não. Ele foi ao nosso serviço e fez o levantamento por conta própria. Este serviço é controlado por abortistas da nossa universidade, de modo que não permitirão a publicação destes dados nunca. No caso de Perola Byington também se tem o predomínio dos abortistas, começando pelo seu diretor, Dr. Jefferson, que proíbe aos seus residentes, ao fazerem o ultra-som das gestantes de estupro, mostrarem as imagens de seus filhos, tais como o coração batendo, o pezinho, os dedinhos da mão, etc., pois as mães desistem imediatamente do abortamento. De modo que está totalmente distorcido o discurso abortista.

Nome aos bois

É muito fácil desmascarar um abortista “bem-intencionado”. É só fazer assim: ele, invariavelmente, vai recitar o seguinte mantra: “eu sou contra o aborto, mas temos que discutir sua despenalização, afinal muitas mulheres abortam todos os anos e correm riscos, afinal de contas não têm nenhuma assistência… Temos que pensar na saúde da mulher”.

Hum.

Vamos refletir um pouco assistindo o vídeo abaixo? Foi produzido pela turma do ótimo blog Vivo pela vida.

httpv://www.youtube.com/watch?v=84DLsyns_gc

O repórter foi muito feliz ao fazer a pergunta que nenhum abortista gosta de responder. Ele citou o que os abortistas evitam a todo custo mencionar: o outro lado do aborto, quem invariavelmente sofre suas conseqüências.

É assim que se manipula a opinião pública: omitindo, propositalmente, o outro lado da questão. Silenciando-se sobre ele. Qual a conseqüência do aborto para o feto? O que é o feto? Quem é o feto?

Experimente depois de assistir o vídeo assisti-lo novamente, realizando um exercício interessante: o de chamar as coisas pelo seu legítimo nome, sem eufemismos.

Vou dar um exemplo: quando a moça logo no início do vídeo diz “se eu engravidei, eu quero tirar”, pergunte-se: tirar o quê? O que ela quer tirar? Tente responder: a moça quer tirar o que está dentro do corpo dela, para ser mais exato, dentro de seu útero. Continuando: e o que está dentro do corpo dela, no útero, em decorrência da gravidez? Um feto, oras. E quem é esse feto? É o filho dela. E o que acontece com o filho dela, se ela decidir “tirá-lo” do útero? O filho dela morre. Ela tem consciência disso?

Portanto: podemos perfeitamente trocar o verbo “tirar” para “matar” neste caso, na medida em que estamos diante da conseqüência (“matar”) direta do ato (“tirar”). Ou seja: o que essa mulher defende é a liberdade da mãe matar o próprio filho quando este se encontra dentro de seu corpo, em seu útero. É uma opção dela, não é mesmo? Sob qual justificativa? “O corpo é meu”. Sim, mas o corpo do feto não pertence à mulher grávida; está sob seu abrigo, durante o tempo que for necessário para seu amadurecimento.

Se a gestação estava além da 12ª semana de gravidez, é quase certo que o feto, no momento do aborto, sentiu dores, afinal de contas foi triturado/queimado/succionado vivo, e já há a mielinização dos nervos nessa etapa da gravidez.

Se o feto fosse apenas uma extensão do corpo da mulher, ela sentiria as mesmas dores que seu filho sentiu. Se a mulher recebe alguma anestesia, não sente dores. Mas o feto não foi anestesiado… e sentiu dores, porque seu sistema nervoso era independente do da mãe.

Se o corpo do feto é independente do corpo da mãe, como sustentar essa falácia, repetida à exaustão para aliviar a consciência das mulheres que abortaram?

Senhoras que participaram deste filme: sinto muito, embora as senhoras não queiram ouvir isso, porque é cruel, politicamente incorreto, muito feio… Mas eu vou dizer assim mesmo: as senhoras mataram seus filhos. Podem falar o que quiserem, usar as justificativas mais mirabolantes, botar a culpa no namorado, marido, governo, em Deus, no técnico Dunga… Até em mim. Mas estou apenas dando nome aos bois. Estou aqui afirmando o que as senhoras fizeram.

As senhoras mataram seus filhos. E incentivam que outras mulheres tenham a liberdade de fazer o mesmo.

Já passou da hora de parar com essa frescura: vamos chamar as coisas pelo nome que realmente têm, e não por eufemismos.

O abortista

Por Percival Puggina.

Quando tomei conhecimento do ocorrido em Sapucaia do Sul, fiquei pensando sobre qual seria a reação do meu amigo abortista ao saber daquilo. O sujeito defende o aborto em quaisquer circunstâncias. É militante pela copa franca, ou seja, para ele, não engravidar, engravidar e abortar “são direitos da mulher e deveres do Estado”. Seu ídolo é o ministro Ayres Britto, do STF, segundo quem, um ser gerado por pai e mãe pertencentes à espécie humana só vira gente depois de chorar na sala de parto. Para meu amigo e para seu ministro preferido, o veterinário que trata de um bezerro no útero da vaca está tratando de um bezerro, mas o médico que “interrompe uma gravidez” está eliminando uma coisa.

Pois não é que por uma dessas tramas do destino, horas após, dou de cara com meu amigo abortista? Encontramo-nos à saída do estacionamento. Enquanto subíamos juntos pela Rua General Câmara, fui contando a ele que uma mocinha de seus vinte anos dera entrada no hospital de São Leopoldo, com sangramentos. Os médicos, tendo percebido que se tratava de um aborto, notificaram a autoridade policial. Estranhamente, até aquele momento, os pais da moça, que a acompanharam ao hospital, sequer sabiam que ela havia estado grávida, embora o feto, digo, o bebê, pesando pouco menos de um quilo e meio andasse, por volta da 30ª semana.

Tudo isso eu ia contando para meu amigo abortista enquanto subíamos a forte ladeira. Ele revelava pouco interesse. Espichava os olhos para as vitrinas das livrarias e fazia observações sobre o azul do céu porto-alegrense em tempos de estiagem. Mas eu tinha munição pesada no arsenal da narrativa para atrair sua atenção. “Imagina – prossegui – que os pais da guria, ao retornarem para o apartamento, encontraram o feto, digo o bebê, ainda com sinais de vida, todo ensanguentado, dentro de uma sacola plástica”. Meu amigo abortista emitiu um “hummm” que se perdeu nos ruídos dos automóveis na Rua Riachuelo.

“Esse sujeito tem mãe, pensei comigo. Tem mãe e tem um coração no peito porque se não tivesse não conseguiria subir esta lomba. Como pode reagir com um simples hummm ao que estou lhe contando?”. E tratei de cavar no fundo da tragédia o que nela havia de mais revoltante. “O feto, digo, o bebê, foi levado para o hospital. Respirava com grande dificuldade e tivera as duas pernas quebradas durante a extração”. Ninguém resiste, pensei, à imagem das pernas quebradas de um feto, digo, de um bebê com um quilo e pouco. Meu amigo abortista, no entanto, parecia mais interessado nas pernas de uma estudante do colégio Paula Soares, que descia as escadarias da praça sobraçando um conjunto de pesados cadernos. “E daí?”, perguntou com displicência.

Contei até dez, e no onze acrescentei que o jovem par fora autuado em flagrante por tentativa de homicídio, que o pai estava recolhido à Penitenciária Estadual do Jacuí e a mãe ao presídio feminino Madre Pelletier. Nesse momento, meu amigo abortista se ligou no assunto. “Estão presos, é? Que absurdo! Vê só o resultado dessas idéias de vocês! Tivessem feito esse mesmo aborto direitinho, num hospital, com assistência médica, nada disso teria ocorrido”.

Mandei meu amigo abortista para um lugar bem feio e fui adiante, pensando que por essa mesma moral o sujeito pode assaltar uma joalheria, desde que o faça com luvas de pelica. De fato, os defensores do aborto não dão valor à morte dos fetos porque não dão valor à vida. Dos outros.

Fonte: Percival Puggina: a política como ela deve ser.

Agressão a militante pró-vida na Espanha demonstra a covardia dos abortistas

Já havia falado para vocês sobre o ProChoiceViolence.com (Violência dos abortistas). Vou falar novamente: este site, ligado à Human Life International, denuncia mais de oito mil crimes cometidos por militantes abortistas desde 1965 – entre estes, mais de 1200 homicídios. O número de crimes cometidos por militantes abortistas é imensamente maior que os cometidos por militantes pró-vida radicais – entretanto, é claro que os crimes cometidos por militantes contra o aborto têm uma repercussão muito maior na imprensa. O site está recheado de documentos e informações e é uma fonte obrigatória para se informar a respeito.

Como defender a morte de bebês inocentes ainda na barriga das mães é uma causa desprovida de nobreza, escrúpulo, movida por dinheiro e racismo, esse pessoal maravilhoso e “libertário” (a liberdade é só pra eles, é claro) joga sujo sem a mínima vergonha de fazê-lo, usando de violência para calar os adversários. Quem não tem razão, apela para a intimidação.

Na Espanha, um grupo de três militantes pró-vida da organização Derecho a Vivir foi agredido por seis abortistas fanáticos no último sábado, quando recolhiam assinaturas contra um projeto de lei do governo socialista espanhol que pretende diminuir as restrições legais à matança de bebês não-nascidos, além de financiar abortos com dinheiro público. O governo socialista espanhol promove uma violenta e covarde campanha de intimidação contra os militantes pró-vida, com direito a ameaças, chantagens e injúrias, taxando-os em pronunciamentos públicos de “reacionários”, situando-os “à margem da democracia” e desqualificando-os sumariamente, ao invés de refutar-lhes os argumentos.

Jaime Jesus Dias, agredido por seis militantes pró-aborto.

Os canalhas agrediram também um cidadão chileno que estava por acaso assinando o abaixo-assinado, outra jovem militante pró-vida e uma senhora de 60 anos (!), também voluntária. Aliás, não é de se espantar, esse tipo de gente é capaz de matar bebês, então bater em idosas não é de todo surpreendente…

Para saber mais sobre a Associação Derecho a Vivir, acesse o site: http://derechoavivir.org/. Mais informações sobre este lamentável episódio e a exigência dos militantes pró-vida espanhóis para a apuração do crime e sua condenação pelo governo socialista abortista espanhol, você encontra aqui.

Discussão: de aborto de anencéfalos ao nazismo, é mesmo só um pulo…

O William Murat me sugeriu e resolvi publicar em um post a discussão que tive com um leitor sobre o aborto de anencéfalos no post Blog Contra o Aborto: Marco Aurélio de Mello, pede para sair!. Defendo que essa prática pode ser sim interpretada como nazista, na medida em que é uma forma de eugenia. A troca de comentários segue, na íntegra, como foram originalmente postados:

  1. ► Carlos Alberto disse:

    Embora este ministro goste de aparecer, ele está certíssimo! O aborto de anencéfalos será autorizado por ampla maioria. Ninguém – absolutamente ninguém – possui o direito de se intrometer em questões privadas e obrigar uma gestação de um ser que NÃO irá viver por muito tempo. Felizmente ainda existem juízes em Brasília.

  2. ► JORNADA CRISTÃ disse:

    No comentário acima, faltou apenas acrescentar o adjetivo “HUMANO” após o substantivo “ser”. A frase ficaria assim: “Ninguém – absolutamente ninguém – possui o direito de se intrometer em questões privadas e obrigar uma gestação de um ser humano que NÃO irá viver por muito tempo.” Ou o bebê deixa de ser HUMANO só porque, em tese, não viveria por muito tempo?

  3. ► Carlos Alberto disse:

    Deixe de bobagens, você entendeu perfeitamente. Além do mais, qual o sentido de se levar a gestação de alguém que comprovadamente não irá sobreviver por muito tempo? Qual o sentido disso? O aborto de anencéfalos será permitido, podem rezar, fazer promessas, reclamar ao papa, mas será permitido. A vocês só restará o preceito jurídico do “jus esperneandi” – o direito de espernear. E vão cuidar de suas vidas.

  4. ► JORNADA CRISTÃ disse:

    Claro que entendi perfeitamente o que você escreveu. Você é que se esquivou da minha pergunta: o fato de o feto ser anencéfalo desclassifica-o imediatamente como ser humano? Para você, considerar uma pessoa como um ser humano, independentemente da sua condição de saúde, pode ser bobagem. Para mim, não é. A duração da vida de um ser e sua conseqüente “utilidade prática” serve como parâmetro de humanidade para nazistas, não para cristãos. Esteja onde estiver, Hitler deve estar também torcendo pela liberação do aborto de anencéfalos – foi a mesmíssima coisa que ele fez na Alemanha: matar qualquer pessoa que significasse um “peso” e que “comprovadamente” não poderia “sobreviver por muito tempo”; muitas dessas “inovações” são hoje adotadas na Holanda. Quanto ao fato de a justiça vir a permitir o aborto de anencéfalos, tal prática poderá vir a ser legal, mas jamais será lícita do ponto de vista moral – trata-se do assassinato de uma pessoa com deficiência que ainda não nasceu. Aliás, é interessante como você parece ansioso para que seja liberada a morte desses bebês, hein! Que coisa interessante! Pra encerrar, o artigo em questão nem mesmo entra no mérito da questão do aborto de anencéfalos, apenas critica a atitude do ministro Marco Aurélio de Mello, que explicitamente contrariou artigo da Lei Orgânica da Magistratura Nacional.

  5. ► Carlos Alberto disse:

    E é bom não entrar no mérito mesmo pois vocês não entendem nada de leis, quem dirá de moral. Um dos recursos mais rasteiros e pobres de argumentação é querer imputar ao outro a pecha de “nazista”, esquecendo-se de que o papa Ratzinger serviu nas fileiras de Hitler, embora, claro, de forma “compulsória”… Você certamente fica incomodado se tratar os padres somente de pedófilos… Uma das certezas de que temos nesta vida é de que vamos sofrer, mas é o sofrimento advindo da própria vicência. Agora, querer manter o sofrimento por motivos religiosos ou de suposto “crescimento emocional” como alguns defendem é de uma estupidez atroz e de uma irracionalidade animalesca.

  6. ► JORNADA CRISTÃ disse:

    Mudar de assunto sim é “um dos recursos mais rasteiros e pobres de argumentação”. Irônica essa afirmação de que católicos “não entendem nada de leis”, já que o Código de Direito Canônico foi quem transmitiu grande parte do Direito Romano para o ocidente, tornando-se referência para a constituição dos códigos civis de todos os estados nacionais europeus; também é engraçado ler que católicos não entendem nada de moral, já que as bases morais da civilização ocidental se estabeleceram em solo judaico-cristão. Ratzinger, entre tantos, serviu ao exército nazista sendo obrigado a fazê-lo, e deserdou antes do final da guerra sob risco de ser executado. Os links do meu comentário acima estavam quebrados, agora funcionam. Os artigos se referem à prática de destruir a vida de quem os nazistas consideravam indignos de viver. O livro referência para esse belíssimo pensamento chama-se “A destruição da vida destituída de valor”, cujos autores foram o psiquiatra Alfred Hoche e o jurista Karl Binding. Para alguns, talvez esses paladinos da justiça e da eugenia é que entendessem de “leis” e “moral”, não é mesmo? A legalização do aborto de anencéfalos fere o direito à vida, direito este que é fundamental a qualquer cidadão – a não ser que determinadas pessoas não tenham o direito de serem consideradas cidadãs, por manifestarem algum tipo de deficiência. Assim os nazistas interpretavam o direito à vida: algumas pessoas não são dignas desse direito, portanto devem ser eliminadas. Portanto, se a carapuça lhe serviu e está te incomodando, sorry, a companhia realmente não é muito agradável. Qual a diferença entre o que pensavam neste caso os nazistas e aqueles que agora defendem o aborto de anencéfalos? A desculpa dos “iluminados” de hoje é a “humanitária”: acabar com o sofrimento dos pais – como se o aborto não gerasse sofrimento ainda maior para a mulher. Neste site, consultando a tag “aborto”, existem textos citando estatísticas referentes ao efeito que o aborto tem sobre a saúde física e psíquica da mulher. Alguns dados: o aborto (mesmo o espontâneo) aumenta em cerca de 90% o risco da mulher desenvolver câncer de mama nos anos seguintes à intervenção; mulheres que abortam tendem a sofrer abortos espontâneos ou a terem partos prematuros em gravidezes seguintes; a possibilidade de morte da mulher durante um aborto provocado realizado em condições de “segurança” e sob assistência médica são 30% maiores que em um parto realizado sob as mesmas condições; as mulheres que abortam tendem à depressão e as taxas de suicídio entre elas são sete vezes maiores que o normal. Essas estatísticas são provenientes do site The Unchoice.

  7. ► Carlos Alberto disse:

    Você não entende nada mesmo! Os pilares da civilização ocidental são o direito romano e a filosofia grega – que inclusive influenciaram o cristianismo. Como disse o escritor Arthur C. Clarke: “Uma das desgraças da Humanidade é o sequestro da moral pela religião”. Querer comparar o aborto de anencéfalos com o que os nazistas faziam é de uma estupidez, desconhecimento e falsidade atrozes! É estelionato intelectual. Os nazistas matavam por suposta superioridade de raça. Diferente da preocupação com a vida que os ministros do STF estão tendo. Sim, muito mais preocupados com a vida do que vocês que se acham tão humanistas. É o velho recurso daqueles que, não tendo argumentos, se utilizam de seu coringa – imputar ao outro aquilo que eles querem que ele seja, mas que na verdade não é. Você por acaso já se colocou na situação de uma mãe que esteja grávida de anencéfalo? Já imaginou o sofrimento de saber que seu filho NÃO sobreviverá? Já imaginou ter de se afastar de seu trabalho por uma gravidez que não gerará um ser vivo por muito tempo? Qual o sentido disso? Me responda, não utilizando de clichês religiosos, mas de argumentos racionais, psicológicos e juridícos. Qual a razão disso? Porque desconsiderar o sofrimento de uma família nesse caso? Às vezes aqueles que se dizem cristãos me assustam, pois consegume ser mais criminosos e insensíveis do que não-cristãos. É por isso que vocês irão desaparecer. É por isso que estão isolados. Vão acabar virando uma seita de pessoas infelizes e segregadas. Em certo sentido, sou mais cristão do que você, porque me preocupo com a pessoa, com sua vida, e não com dogmas estúpidos inventados na idade média. E isso sem esquecer de um detalhe: Hitler era católico e frequentava a missa regularmente…

  8. ► JORNADA CRISTÃ disse:

    Para começar…

    “Os pilares da civilização ocidental são o direito romano e a filosofia grega – que inclusive influenciaram o cristianismo.”

    São dois dos pilares, e só chegaram até nós graças à principal coluna de sustentação da civilização ocidental: a Igreja Católica. Entretanto, se quiser aprender alguma coisa, pode ler o texto “O Cristianismo visto por um agnóstico”, aqui neste site, além de consultar a obra “Como a Igreja Católica Construiu a Civilização Ocidental”, do historiador norte-americano Thomas E. Woods. Trecho de uma resenha desse livro:

    “Ao estudar a civilização Ocidental e as suas instituições, presentes nos nossos dias em quase todo o mundo, fazemos notar que isso não se deve a uma evolução ocasional e dispersa. A partir das heranças grega e romana, nasceram, a partir de uma matriz cultural cristã que, juntamente com os inevitáveis erros do homem, desenvolveu uma obra civilizacional decisiva. Neste livro do historiador, Thomas E. Woods, nascido nos Estados Unidos da América, o autor centra-se na apresentação do legado do cristianismo, hoje desconhecido ou, mesmo, negado.

    Seguindo a história da Igreja Católica, Woods, demonstra, em capítulos monográficos, o contributo que ela deu à cultura ocidental: a obra civilizadora dos mosteiros na Idade Média, o aparecimento das universidades, as maravilhas arquitectónicas da arte das catedrais, o desenvolvimento da ciência experimental a partir dos finais da Idade Média, as origens do Direito Internacional, os antecedentes da economia moderna na Escola de Salamanca, o desenvolvimento das obras de beneficência quando ainda ninguém se lembrava dos mais pobres, a erradicação progressiva de muitos dos comportamentos desumanos… Em suma, pode ver-se como a fé foi fonte inspiradora de iniciativas e energias para fazer o bem.”

    Passemos agora a analisar seu chilique.

    1) “Como disse o escritor Arthur C. Clarke: “Uma das desgraças da Humanidade é o sequestro da moral pela religião”.”

    Arthur C. Clarke disse isso? Ó céus, nem vou dormir. TODAS AS CIVILIZAÇÕES INSTITUÍRAM SUA MORAL A PARTIR DE VALORES TRANSCENDENTES, RELIGIOSOS. TODAS. A idéia de humanidade surge a partir da idéia original de um Deus Pai de todos os seres humanos – todos somos irmãos porque há um “Pai que está nos céus”. Daí procede a idéia de igualdade entre todos os seres humanos em sua dignidade humana – por isso, o aborto de anencéfalos é injustificável: o anencéfalo não deixa de ser uma pessoa humana. O conceito de “pessoa humana” surge no ocidente a partir da idéia de Deus ser uma pessoa e o ser humano ser criado a sua imagem e semelhança. E é este conceito a base de toda a noção de direitos humanos – coincidência essa idéia de direitos humanos ter surgido no ocidente cristão? Não. Portanto, o escritor (gosto muito do que já li dele, diga-se de passagem) comete um equívoco baseado no seu exercício de “achologia” e inverte a realidade dos fatos. A religião não seqüestrou nada: na verdade, foi o fundamento e norte da moral no ocidente até o advento do iluminismo, quando passou a ser duramente atacada e caluniada, tendo seus méritos e contribuições desmerecidos. Arthur Clarke foi ótimo escritor de ficção científica: neste assunto, não passa de um palpiteiro de boteco. Aliás, quando se é pra meter o pau em religião, Igreja Católica, qualquer um vira doutor, não é mesmo? Até motorista de táxi ateu vira entendido.

    2) “Querer comparar o aborto de anencéfalos com o que os nazistas faziam é de uma estupidez, desconhecimento e falsidade atrozes! É estelionato intelectual. Os nazistas matavam por suposta superioridade de raça. Diferente da preocupação com a vida que os ministros do STF estão tendo. Sim, muito mais preocupados com a vida do que vocês que se acham tão humanistas. É o velho recurso daqueles que, não tendo argumentos, se utilizam de seu coringa – imputar ao outro aquilo que eles querem que ele seja, mas que na verdade não é.”

    Falta de argumentos? Bem, vamos lá. Os nazistas faziam a mesma coisa que você apoia e você vem me dizer que a comparação é falsa? Como assim? Os nazistas promoviam a eugenia por motivos racistas; você apoia a eugenia por motivos supostamente humanitários. A vida de um anencéfalo para você não tem valor; para os nazistas, muito menos! E a comparação é estúpida? Eu não duvido que você tenha boas intenções ao apoiar o aborto de anencéfalos pelas razões que você considera lícitas; o problema, que você não quer enxergar, é que os fins não justificam os meios. A defesa da vida deve ser feita de forma instransigente – a defesa da sua vida, da vida de todos os sujeitos, a vida inclusive daqueles que não nasceram. Você defende o mesmo procedimento que os nazistas aplicavam (a morte de pessoas consideradas inválidas) baseando-se no mesmo princípio: a vida de alguns vale menos que a vida de outros. Você acredita nisso porque sustenta que o custo psicológico para a mãe do bebê não compensa a vida do seu filho. Pois bem, os nazistas acreditavam que o custo econômico para o estado não compensava a vida dessa criança. Portanto, os nazistas praticavam a eugenia baseados no princípio que você segue em seu raciocínio: a vida de algumas pessoas vale menos que a vida de outras pessoas. O motivo, pouco importa! Isso é o primeiro passo para o totalitarismo, pois elenca o valor da vida dos indivíduos a uma hierarquia: essa pessoa “vale” tanto, aquela “vale” menos. E quem vai definir o quanto vale a vida de uma pessoa? O estado? Se hoje a vida de um anencéfalo não é considerada digna, quem te garante que amanhã a vida de uma pessoa portadora de síndrome de Down também não terá sua dignidade reconhecida? Ou a vida de uma pessoa que sofra de lábio leporino? Na Inglaterra, é o que está acontecendo atualmente.

    Qual o critério para se mensurar a dignidade humana? Você, infelizmente, defende o mesmo princípio nazista de que a vida de algumas pessoas não vale a pena ser vivida.

    Agora, dizer que os ministros do STF estão muito “preocupados com a vida” é de uma ingenuidade ímpar (estou sendo bondoso agora). O interesse nessa história toda é abrir uma brecha na legislação para posteriormente empurrar a legalização total e irrestrita do aborto goela abaixo da população brasileira através do poder judiciário – tal como aconteceu nos Estados Unidos no infame caso “Roe vs. Wade”. Isso é preocupação com a vida? Deve ser com a “vida boa” dos donos de clínicas de aborto, os grandes financiadores da campanha mundial pela sua legalização.

    3) “Você por acaso já se colocou na situação de uma mãe que esteja grávida de anencéfalo? Já imaginou o sofrimento de saber que seu filho NÃO sobreviverá? Já imaginou ter de se afastar de seu trabalho por uma gravidez que não gerará um ser vivo por muito tempo? Qual o sentido disso? Me responda, não utilizando de clichês religiosos, mas de argumentos racionais, psicológicos e juridícos. Qual a razão disso? Porque desconsiderar o sofrimento de uma família nesse caso? Às vezes aqueles que se dizem cristãos me assustam, pois consegume ser mais criminosos e insensíveis do que não-cristãos.”

    Quanto a argumentos “psicológicos” e até médicos, já os citei em comentário anterior, e foram solenemente ignorados por você – objetivamente falando, os danos à saúde da mulher causados pelo aborto provocado são bem maiores que o risco que ela corre deixando a gravidez seguir seu curso normal.

    O grande problema é que você se recusa a ver a humanidade do bebê anencéfalo. E o criminoso sou eu! É pra rir? Claro que para você o bebê anencéfalo não passa de um “ser que não sobreviverá”. Ora, se ele não passa de uma “coisa”, então vale tudo. A partir da “coisificação” de um ser humano é que seu raciocínio faz sentido. Um ser humano para ser amado, digno, para ter direito a nascer, ter uma existência, deve, segundo o seu pensamento, preencher algumas condições. E A HUMANIDADE DE QUALQUER SER HUMANO É MORALMENTE INQUESTIONÁVEL! Portanto, o bebê anencéfalo é tão digno de amor, de carinho, de afeto, de direitos e do direito a existir quanto eu, você ou qualquer outra pessoa!

    Será que o sofrimento da mãe em saber que seu filho não sobreviverá por muito tempo será menor se ela matá-lo? Será que o filho dessa mãe não merece uma certidão de nascimento, um nome, um enterro digno como um ser humano? Não merece ter sua cidadania reconhecida, ainda que por pouco espaço de tempo? Não merece ter sido alguém, ainda que sua vida seja efêmera?

    Para você e para os nazistas, não!

    O sentido da defesa da vida dos bebês anencéfalos está na defesa da humanidade de cada ser humano: do fruto do ventre daquela mulher, do fruto da união de dois seres humanos, houve a concepção de um novo ser humano. E isso é inegociável! Esse ser humano não perde sua dignidade e não pode perder seu direito a viver por causa de sua condição física!

    4) “É por isso que vocês irão desaparecer. É por isso que estão isolados. Vão acabar virando uma seita de pessoas infelizes e segregadas. Em certo sentido, sou mais cristão do que você, porque me preocupo com a pessoa, com sua vida, e não com dogmas estúpidos inventados na idade média.”

    Você se preocupa “com a pessoa, com sua vida”… Desde que essa pessoa tenha saúde perfeita, né. Porque se for um bebê, um ser humano, com má formação, aí é melhor matá-lo e jogá-lo no lixo. E lembrando: o criminoso sou eu. Quanto a “vocês vão desaparecer, estão isolados…”, cito Tertuliano, um apologista da Igreja Católica do século II. Já naquela época muitas pessoas tinham essa mesma certeza que você tem: a Igreja Católica vai desaparecer! E no decorrer desses dois mil anos, muitos tentaram concretizar esse seu desejo. Transcrevo o que ele disse a esse respeito:

    “A verdade não pede favor, porque a perseguição não a intimida. Nossa religião sabe que seu destino é ser estrangeira sobre esta terra e que sempre terá adversários. É no céu que ela tem sua sede, suas esperanças e sua glória. A única coisa que aspira é não ser condenada sem ter sido ouvida.”

    (Tertuliano, Apologeticum. Citado aqui).

    Claro que você já está com sua mentalidade totalmente deformada pelo preconceito anti-católico, portanto desfila sua ignorância sobre o cristianismo ao vir com essa de “dogmas inventados na idade média”. Você não tem a menor idéia do que seja um dogma, não sabe nada sobre como foram definidos os dogmas católicos (alguns, após mais de mil anos de discussão). Muito menos sabe sobre Idade Média. Já tomou contato e buscou entender os argumentos não somente dos católicos, mas de todos aqueles (mesmo os não católicos) que são contrários à legalização do aborto de anencéfalos? Não. Já estudou o que a Igreja Católica teria a dizer em sua defesa sobre as coisas das quais é acusada? Não. Já buscou entender o que defende o seu oponente nessa discussão? Não. Você já condenou a Igreja sem ouvi-la. Aliás, pensando bem, é melhor você continuar falando bobagens sobre o que não conhece: vai que você estuda o cristianismo a sério, lê os documentos escritos pela Igreja, estuda o catecismo, conhece a vida dos santos, a gloriosa e maravilhosa história da Igreja Católica, tão deturpada, falseada e caluniada… E de repente resolve se converter e virar católico! Que horror! Pois é, melhor não. Deixa pra lá, melhor ficar mergulhado na ignorância, elegendo a Igreja como a pior coisa que já aconteceu no mundo, é bem mais fácil. Deixe as “pessoas infelizes e segregadas” pra lá, não é?

    5) “E isso sem esquecer de um detalhe: Hitler era católico e frequentava a missa regularmente…”

    Pois é, gente. E quem não tem argumentos sou eu. Segundo o raciocínio, quem freqüenta missas automaticamente é “católico”. A Igreja Católica tem responsabilidade pelos atos de Hitler por ele ter sido batizado e por freqüentar missas? Os nazistas mandaram vários sacerdotes católicos para campos de concentração, muitos foram mortos – especialmente na Polônia. Além disso, são públicas e notórias a relações do nazismo com o esoterismo e o ocultismo, doutrinas comprovadamente anti-cristãs. Certamente você não sabe que Hitler planejou e ordenou seqüestrar o Papa Pio XII durante a Segunda guerra mundial, porque considerava o Papa “antinazista e amigo dos judeus”. Belo católico, esse Hitler! Também não deve saber que nas eleições para o parlamento alemão em 1932 os nazistas foram derrotados em TODAS as regiões de maioria católica na Alemanha. Também ignora que “Quando em 1938 Hitler visitou Roma, Pio XI se retirou da cidade e fechou o Vaticano e os Museus para que Hitler não pusesse os pés lá dentro, e mandou hastear a bandeira a meio pau, em sinal de luto, como protesto pela presença de Hitler em Roma a convite de Mussolini” (texto completo aqui).

    Como você nem deve saber o que é necessário para ser católico, vou te explicar: para ser católico, não basta a pessoa freqüentar a missa regularmente; católico é aquele que segue a doutrina pregada pela Igreja Católica e obedece à hierarquia da instituição. Fato: Hitler não se enquadrava nesses critérios. Portanto, não pode ser considerado um católico. Afinal, até um cachorro pode entrar na Igreja e assistir uma missa.

  9. ► Carlos Alberto disse:

    Seus argumentos são sofríveis. Sofríveis e risíveis. É por isso que o aborto de anencéfalos será liberado. Ninguém conseguiu convencer os ministros a não autorizar. Não conhecem nada de leis muito menos de moral. Que moral pode ter quem protegeu pedófilos? Você não me convenceu até agora porque manter a gravidez de um ser que NÃO irá viver. Qual o sentido disso? Qual o sentido de ser mãe de um feto morto? Vai me responder ou vai ficar repetindo bobagens ad nauseam? E repito: comparar isso com o nazismo é de uma estupidez e falta de argumentos chocantes. Não me consta que eles estavam interessados em salvar vidas. Aliás nem vocês estão interessados. O único objetivo deles era exterminar aqueles que considerava inferiores. Aliás muito semelhante à postura de vocês ao longo da História, vide as cruzadas e a inquisição, exterminando quem pensava diferente. E os mesmos que são contra o aborto nesses casos são os bispos que esconderam casos de pedofilia. Devem ser tão ferrenhamente contra para ter mais crianças para violentar no futuro! E não me venha com divagações porque isso aconteceu mesmo. Só mesmo sendo um débil mental para achar que é “humano” levar uma gestação de um ser condenado à morte até o fim. E quer dizer então que há cardeais “nazistas” na cúpula da igreja, como Monsenhor Fisichella e Carlo Maria Martini, que inclusive já foi cotado para papa? Sim, porque eles várias vezes afirmaram que sob certas circunstâncias o aborto é sim moralmente aceitável. Só os retardados católicos refratários ainda não admitem isso. Maz como felizmente existe gente que usa a cabeça nesse país e não o fígado para pensar, os boçais pseudo-humanistas estão cada vez mais acuados. Quanto a Hitler, ele era católico e recebeu apoio dos católicos, já que o anti-semitismo era corrente entre os católicos alemães de então. Basta ver estas fotos:
    http://aftermathnews.files.wordpress.com/2008/04/priestsalutehitler.jpg
    http://i43.photobucket.com/albums/e372/tlthe5th/nazi-vatican/bonhoeffer_hitler.jpg
    http://s43.photobucket.com/albums/e372/tlthe5th/nazi-vatican/hitler.jpg
    http://s43.photobucket.com/albums/e372/tlthe5th/nazi-vatican/img0117.jpg
    http://s43.photobucket.com/albums/e372/tlthe5th/nazi-vatican/24faulhabernazis.jpg

  10. ► JORNADA CRISTÃ disse:

    “Meus argumentos são sofríveis”: pois é, e você não refutou nenhum! Continua girando em círculos. O aborto de anencéfalos será liberado porque é pretexto para a liberação total do aborto. “Você não me convenceu até agora porque manter a gravidez de um ser que NÃO irá viver.” Você entrou na discussão com espírito aberto, pensando na hipótese de estar equivocado? Não! Então, como é que eu vou te convencer? Para você a vida de algumas pessoas vale mais do que a vida de outras. Você não tem como negar isso. Já respondi à exaustão suas perguntas e você não quer dialogar. Já disse: o bebê anencéfalo tem a mesma dignidade humana que um bebê “normal”. Disso, você passa longe e considera bobagem. A sua idéia é a de que algumas pessoas valem mais que outras. Você não refutou nada. Você é um ignorante assumido, não sabe história da Igreja, não sabe doutrina da Igreja, não sabe uma vírgula de cristianismo, repete falácias para cansar o interlocutor. Fiz a ligação entre nazismo e aborto de anencéfalos, argumentei. Qual seu argumento contrário? Nenhum. Agora, muda de assunto: vai falar de cruzadas e inquisição. Vai insistir que Hitler era católico. Afirmei e provei: os católicos rejeitaram os nazistas nas eleições de 1932. Você reconheceu seu engano? Não! Você insiste nele! Você mostra Hitler ao lado de padres puxa-sacos e daí “óóóóóó”, está provado que Hitler era católico e que a Igreja Católica apoiou o nazismo! Você não sabe nada!!!!! Você não sabe da Encíclica “Mit Brennender Sorge”, escrita em alemão, publicada em 1936, que foi uma crítica direta ao Nacional-Socialismo. Vou transcrever um trecho do verbete da wikipedia – não para você, que fique bem claro, porque sei que vai ignorá-lo, afinal de contas sua cabeça é pequena demais para entrar qualquer coisa que você discorde; transcrevo para quem estiver interessado na verdade dos fatos:

    Na época foi uma surpresa geral para os fiéis, as autoridades e a polícia, a leitura da encíclica nas missas do domingo de Ramos, 21 de março de 1937, em todo os templos católicos alemães, que eram então mais de 11.000 igrejas, a unanimidade foi absoluta. Em toda a breve história do Terceiro Reich, nunca recebeu este na Alemanha uma contestação da amplitude que se aproximasse da que se produziu com a Mit brennender Sorge.
    Como era de se esperar, no dia seguinte o órgão oficial nazista, Völkischer Beobachter, publicou uma primeira réplica à encíclica. Mas, surpreendentemente foi também a última. O ministro alemão da propaganda, Joseph Goebbels, foi o suficientemente inteligente e perspicaz para perceber a força que havia tido a declaração.E, com o controle total da imprensa e do rádio que já tinha por essa ocasião, decidiu que o mais conveniente para o regime era ignorar o mais completamente a encíclica e não lhe dar outra repercussão além da que tivera.

    Após a leitura e publicação da encíclica, as perseguições anti-católicas tiveram lugar. Em maio de 1937, 1.100 padres e religiosos são lançados nas prisões do Reich. 304 sacerdotes católicos são deportados para Dachau em 1938. As organizações católicas são dissolvidas e as escolas confessionais interditadas.

    Até a queda do regime nazista, cerca de onze mil sacerdotes católicos (quase metade do clero alemão dessa época) “foram atingidos por medidas punitivas, política ou religiosamente motivadas, pelo regime nazista”, terminando muitas vezes nos campos de concentração.

    Mas quer saber? Estou perdendo o meu tempo, porque você nem deve fazer idéia do que seja uma “encíclica”! Pior ainda: nem quer saber! Outro detalhe: se o ensino de um cardeal ou mesmo de um papa for contrário ao ensinamento da Igreja, esse clérigo perde sua legitimidade – na história da Igreja (que você não conhece e se orgulha de não conhecer) houve casos de antipapas. Isso vale para quem ensine que Jesus não tenha ressuscitado dentre os mortos, como também vale para aquele que ensina que o aborto é tolerável. Para a Igreja Católica, só é tolerável o chamado “aborto indireto: (evitando propositalmente a expressão errônea ‘aborto terapêutico’) e que se resume a uma causa de duplo efeito.” Para quem quiser se informar a respeito ao invés de repetir o que o umbigo pensa, leia os ótimos textos de Jorge Ferraz e, principalmente, do Padre Luiz Carlos Lodi.

    Pra encerrar, você só sabe ofender, bater o pezinho, resmungar, xingar, desqualificar o adversário. Pensei que você era uma pessoa bem intencionada. Não é. Pensei que estava disposto a um debate. Não está. Não consegue refutar argumentos e parte para as falácias. Você nem sabe o que é um debate: um confronto entre duas pessoas que obviamente pode e até deve conter críticas duríssimas às idéias opostas, mas deve ser honesto, porque as duas pessoas não são donas da verdade, estão apenas procurando por ela, de coração sincero. Em um debate, você deve dar abertura e credibilidade ao oponente. Essa de classificar o outro de “boçal”, “retardado” e “débil mental” é apenas um desabafo emocional de quem não consegue disfarçar a própria ignorância e a incapacidade de refutar os fatos:

    – O bebê que está no ventre de uma mulher, independentemente de ter condições de saúde perfeitas, é um ser humano.

    – Se é um ser humano, deve ter sua vida respeitada, como direito fundamental, até sua morte natural.

    – Se negarmos ao bebê anencéfalo o direito à vida, estamos relativizando o direito que é o primeiro dos direitos por excelência, porque todos os outros direitos humanos – inclusive o direito à liberdade – derivam desse direito.

    – Se negarmos ao bebê ancenéfalo o direito à vida, estamos matando um ser humano em virtude de sua deficiência física e sua suposta “inutilidade” – a mesma coisa que os nazistas faziam, ainda que com outras justificativas: o ato é o mesmo, matar um ser humano porque ele não é digno de viver; os motivos alegados é que diferem.

    Esses são os argumentos que apresentei. Refute-os.

    Como se diz para crianças e para pessoas emocionalmente e intelectualmente imaturas: apelou, perdeu, rapazinho.

  11. ► Carlos Alberto disse:

    Você é um tolo ignorante que se acha sábio. Grosseiramente confunde alhos com bugalhos. Anencéfalo não é deficiente, ele não tem cérebro, portanto não sobreviverá. Nenhum ser humano sobrevive sem cérebro (embora você seja uma exceção…). Você tenta imputar ao outro aquilo que ele não é. Ninguém aqui está defendendo aborto de deficiente, mas sim de anencéfalos. Sei que é perda de tempo, mas…porque uma mulher levaria uma gestação até o fim, se afastando do trabalho, comprando enxoval, para um bebê que comprovadamente não irá sobreviver? Esse é o ponto central que você passou ao largo. A moral é relativa, meu caro. E é perfeitamente lícito permitir a interrupção nesses casos. É claro que o anencéfalo é um ser humano – mas um ser humano mal formado e incompleto, sem condições de sobrevida. Portanto, para quê manter um sofrimento inútil? Isso é para fanáticos religiosos, como aqueles que se supliciam achando que estão expiando os pecados. Para as famílias que infelizmente são atingidas por essa tragédia, sofrimento já é saber que o feto é anencéfalo – levar a gestação até o fim é um ato desumano e descabido. Por isso os ministros do STF vão autorizar por “goleada” a interrupção nesse caso. Quanto a vocês, só resta espernear e procurar uma outra causa para ocupar suas vidas vazias.

  12. ► JORNADA CRISTÃ disse:

    “Você é um tolo ignorante que se acha sábio.”

    Se sou tolo, ingorante ou o escambau, isso não está em discussão aqui. Se me acho sábio ou o que quer que seja, isso não está em discussão também! Tsc, tsc… Você tá gastando muitos caracteres fugindo do assunto…“Grosseiramente confunde alhos com bugalhos. Anencéfalo não é deficiente, ele não tem cérebro, portanto não sobreviverá.”

    O bebê anencéfalo deixa de merecer a alcunha de “ser humano”? Mais abaixo, você mesmo dá o braço a torcer… O bebê ancencéfalo é um ser humano. Por ter má formação, ele deixa automaticamente de ser uma pessoa, um membro da raça humana? Não. E daí vem com faniquitos, me xingando, porque ainda que tente justificar, não consegue fugir desse fato. Discutir com você está virando uma piada.

    “Nenhum ser humano sobrevive sem cérebro (embora você seja uma exceção…).”

    Quá, quá, quá, quá! Adorei a piada, sério. E agora, o que vai fazer? Defender o extermínio de pessoas sem cérebro, como eu? Você já defende o extermínio de pessoas sem cérebro que ainda não nasceram. E as já nascidas, também devem morrer? A humanidade seria melhor sem pessoas “descerebradas” como eu? Hum… Olha que vou começar a ficar com medo de você, hein…

    “Você tenta imputar ao outro aquilo que ele não é. Ninguém aqui está defendendo aborto de deficiente, mas sim de anencéfalos. Sei que é perda de tempo, mas…porque uma mulher levaria uma gestação até o fim, se afastando do trabalho, comprando enxoval, para um bebê que comprovadamente não irá sobreviver? Esse é o ponto central que você passou ao largo.”

    Não passei ao largo, não senhor. Vou repetir: um bebê anencéfalo também é ser humano. Isso você não refutou – ao contrário, afirma mais abaixo. Ao negar o direito à vida a um anencéfalo, está-se negando o direito à vida a um ser humano por motivos utilitaristas. O fato de o bebê teoricamente não sobreviver muito tempo após o parto é irrelevante neste sentido. Repetindo: o bebê anencéfalo não deixa de ser uma pessoa. Nem mesmo você nega isso. A lógica de que o aborto é uma solução, um alívio para um casal, uma mãe, que espera o nascimento de um filho, é falsa. De novo o que já comentei, citando estatísticas que comprovam: o aborto, em qualquer circunstância, mesmo em casos espontâneos, é extremamente prejudicial à saúde física e mental da mulher. Logo, pais que se convençam de que esperam um filho, ainda que ele não sobreviva por muito tempo, estariam mais aliviados se a gravidez fosse interrompida? O trauma psicológico de um aborto provocado é imensamente maior que a morte de um bebê após o parto. Os números confirmam. O bebê anencéfalo não deixa de ser filho dessa mãe, desse pai. Sua visão é simplesmente materialista: se baseia em “tempo”: a mãe vai perder “tempo” em uma “gestação que não vai dar em nada”. O que é uma gestação que vai dar em alguma coisa? A gestação de um ser humano que possa sobreviver. Entretanto, se o bebê não tiver expectativa de vida, ele deixa de ser uma pessoa? Não deixa. Para você, o direito à vida de uma pessoa não precisa ser respeitado porque, supostamente, seus pais vão sofrer com a gravidez. Vão sofrer também com o aborto – e mesmo assim, o sofrimento deles será maior que o escândalo da morte do próprio filho?

    O direito à vida é fundamental e não pode ser relativizado. Você não consegue refutar a isso. O direito à vida do bebê é maior que o direito à liberdade dos pais em eliminá-lo. E é essa premissa que pode garantir a liberdade de todos os cidadãos, porque o direito à liberdade depende do direito à vida. Se o direito à vida for relativizado, a morte de inocentes é justificada. Você defende a morte de pessoas por não terem cérebro; ou seja, o direito à vida deixa de ser fundamental e torna-se relativo. A partir daí, basta inventar novos pretextos – e a luta pela aprovação do aborto de fetos anencéfalos não diz respeito a razões humanitárias, ao contrário do que você pensa; é a porta aberta para a aprovação do aborto como um direito através do poder judiciário. Por que? Porque será aberta a caixa de Pandora. Se a vida de fetos anencéfalos não vale nada e a mãe pode decidir a respeito, abre-se uma brecha que vai justificar todo e qualquer tipo de aborto. E por que? Porque, quando se relativiza a dignidade humana de um grupo de pessoas, abre-se espaço para se questionar o direito à vida de outros grupos também. E foi exatamente isso que os nazistas fizeram: colocar em prática o preceito de que a vida de algumas pessoas vale mais que a vida de outras. Você apoia uma idéia nazista, sim: o extermínio de pessoas que não devem ser consideradas merecedoras do direito à vida.

    “A moral é relativa, meu caro. E é perfeitamente lícito permitir a interrupção nesses casos. É claro que o anencéfalo é um ser humano – mas um ser humano mal formado e incompleto, sem condições de sobrevida.”

    Hum… A moral é relativa? Relativa a quê? Aos interesses do estado? Aos interesses dos donos das clínicas de aborto, que entopem de dinheiro as ongs feministas e manipulam a mídia? É a eles que a moral é relativa? Pelo menos você finalmente reconheceu: “o anencéfalo é um ser humano”! Menos mal. E se é um ser humano, tem direito à vida. Se não tem direito à vida, um direito fundamental lhe está sendo negado, porque o direito à vida é inalienável a qualquer ser humano inocente. Você pode negar isso?

    Segundo sua lógica, a vida de bebês anencéfalos vale menos que a vida dos outros bebês. Ora… Vou ter que repetir de novo? A um grupo determinado de seres humanos (bebês anencéfalos) está sendo negado o direito à vida. E isso é injustificável.

    “Portanto, para quê manter um sofrimento inútil?”

    Portanto… É uma contradição matar alguém para aliviar o sofrimento de outrem. Repetindo: você fala como se o aborto fosse um alívio. Em primeiro lugar, o melhor para a saúde física e mental da mulher é levar a gestação adiante. Em segundo lugar, todo sofrimento para o materialista é inútil, então isso não faz a menor diferença para quem defende que pessoas devem morrer para diminuir o sofrimento de outros.

    O que você não quer discutir é o que repito insistentemente: o direito à vida não pode ser relativizado; se alguns indivíduos perdem seu direito à vida de forma arbitrária sem culpa, todos os indivíduos, em maior ou menor grau, passam a correr riscos. Veja a situação da eutanásia na Holanda: milhares de casos já acontecem nesse país sem ter o consentimento dos próprios doentes (a quem interessar, leia aqui, aqui, aqui e aqui). Isso porque meia dúzia de iluminados bem intencionados tais como você tiveram a brilhante idéia de colocar a mitigação do sofrimento como valor superior ao direito à vida de outrem.

    “Isso é para fanáticos religiosos, como aqueles que se supliciam achando que estão expiando os pecados. Para as famílias que infelizmente são atingidas por essa tragédia, sofrimento já é saber que o feto é anencéfalo – levar a gestação até o fim é um ato desumano e descabido. Por isso os ministros do STF vão autorizar por “goleada” a interrupção nesse caso. Quanto a vocês, só resta espernear e procurar uma outra causa para ocupar suas vidas vazias.”

    Bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla… A mesma conversa mole de sempre. Eu realmente queria saber de onde vem esse sentimento de superioridade de quem não tem religião sobre aqueles a quem chamam jocosamente de “fanáticos religiosos”… Os ministros vão autorizar por “goleada”, parabéns. Você realmente trata essa questão de forma tão banal como uma partida de futebol, e o nível do que você escreve se assemelha a ao que dizem esses debatedores de programas esportivos na televisão, berrando ao mesmo tempo que um monte de gente naquelas mesas redondas de domingo à noite, todo mundo falando a mesma coisa.

    Hitler bateria palmas, ele também deverá ficar muito feliz com essa decisão (esteja onde estiver…). Uma lástima que você esteja junto com ele, lado a lado na arquibancada, agitando bandeiras e pulando. Pelo que escreve, você se acha muito esperto, mas é incapaz de perceber o avanço da cultura da morte, uma ameaça palpável não somente à liberdade, mas ao próprio direito à vida de todos nós – e isso em um prazo de tempo muito mais curto que você imagina.

D. José Cardoso Sobrinho premiado pela firme defesa da vida e do ordenamento canônico da Igreja

Num auditório superlotado por cerca de 1.200 pessoas, o arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, recebeu em Recife o Prêmio Cardeal Von Galen, concedido pela instituição internacional Human Life International (HLI).

A HLI agiu em nome das associações católicas pró-vida de mais de 80 países do mundo.

“Foi uma surpresa muito grande para mim”, comentou o prelado. D. José ressaltou que o prêmio não é pessoal, dele, mas da Igreja Católica.

Ele acrescentou “apenas ter seguido os princípios da Igreja e do Direito Canônico.” O egrégio prelado recebeu inúmeras manifestações de simpatia e apoio.

E até a solidariedade de pessoas de países longínquos como Austrália e Suécia, segundo informou o site da Abril.

O arcebispo esclareceu que se tivesse guardado silêncio diante do crime, teria sido cúmplice, “quase conivente”. “Cumpri meu dever”, resumiu.

É todo um exemplo para outros bispos que possam vir a estar na mesma difícil situação.

Ele explicou o significado do Prêmio:

“O Prêmio leva o nome do Bem-Aventurado Clemens August von Galen (1878-1946), o qual foi bispo de Münster (Alemanha) durante a era nazista (foto).

“Levantou sua voz em defesa dos pobres e dos doentes, protestando contra a eutanásia, a perseguição dos judeus e a expulsão dos religiosos. Por causa de sua coragem, ficou conhecido como o “Leão de Münster”.

“O lema que escolheu quando foi eleito bispo foi “Nem elogios nem ameaças” [me distanciarão de Deus]. E verdadeiramente viveu conforme o seu lema.

“Dom José Cardoso Sobrinho se destacou pelo empenho com que lutou pelos dois gêmeos nascituros daquela pobre menina grávida de apenas 9 anos de idade, em face de tanto negativismo, tanto dentro como fora da Igreja.”

Na cerimônia participaram monsenhor Ignacio Barreiro, JD, STD, chefe do bureau da Human Life International em Roma, representado ao Rev. Padre Thomas Euteneuer, Presidente do Human Life International, e o próprio Raymond de Souza.

Diante do auditório lotadíssimo, “dom José Cardoso reafirmou o fato de que todos os católicos que concorrem para a realização de um aborto provocado se põem automaticamente (latae sententiae) fora da comunhão eclesial e deixam de receber os benefícios advindos dos Céus pelos méritos intercessórios da Igreja”, escreveu o blog “Por quê não dizem a verdade?“.

Muita oportuna a escolha do Prêmio. A ofensiva contra a vida reedita a promoção nazista do eugenismo.

E a conduta de certos órgãos da grande imprensa, políticos e teólogos “da Libertação”, a agressividade laicista e deformação dos fatos por eles ostentada, relembra os sórdidos tempos de Goebbels, Hitler e colaboradores.

Tempos esses de silenciamento e difamação hitlerista contra os corajosos resistentes católicos, como o glorioso Cardeal Von Galen, hoje glorificado nos altares.

Fonte: Valores inegociáveis: respeito à vida, à família e à religião.

Human Life International premia Arcebispo de Olinda e Recife

Dom José Cardoso Sobrinho foi premiado pela organização internacional por seu desempenho a favor da vida.

Por Anderson Pontes (texto e imagens).

A noite de 16 de Abril foi marcante para a Igreja de Olinda e Recife. Dom José Cardoso Sobrinho, arcebispo desta arquidiocese, foi condecorado com sua equipe pela Organização Human Life International (HLI – Vida Humana Internacional), uma associação pró-vida. A cerimônia ocorreu no auditório do Colégio Damas entre as 20 e 23 horas e reuniu cerca de 1200 pessoas, vindas de todos os lugares.

Dom José ganhou notoriedade da Igreja no mundo inteiro ao se empenhar e lutar pela vida dos dois gêmeos nascituros da menina grávida de apenas 9 anos de idade, encontrando oposição e crítica tanto dentro como fora da Igreja.

O episódio ocorreu quase um ano depois de Dom José colocar seu cargo de Arcebispo à disposição do Vaticano por ocasião do seu 75º aniversário, conforme exige o código de direito canônico. Desde então, aguarda em exercício o anúncio de um sucessor.A cerimônia de premiação teve início com o hino nacional e, em seguida, a leitura do Evangelho, que concluía com a afirmação de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Eu vim para que todos tenham vida” (Jo 10,10). Este teve o comentário do Pe. Moisés, que enfatizou que “a missão da Igreja é a mesma dos Apóstolos: testemunhar a vitória da vida sobre a morte”. Que “o papel dos pastores é defender a vida e o evangelho da vida”. Concluiu lembrando que “o rei da vida foi morto mas reina glorioso”.

Em seguida, o Pe. José Edson, aquele padre de Alagoinha que recorreu a Dom José em busca de apoio, discursou sobre a realidade vivida pelo povo de seu pequeno município. Falou que mesmo em tempo de Páscoa, o povo luta entre dores e sofrimento. Com gratidão declarou: “Dom José abraçou a causa sem imaginar os desfechos, diante de uma mídia que apedreja quem defende a vida e aplaude quem mata!”

Na sequência, Márcio Miranda – advogado da Arquidiocese – discorreu cronologicamente os dramáticos acontecimentos, do momento em que o Pe. Edson recorreu a Dom José até a descoberta do procedimento do aborto, o que chamou de “assassinato brutal de dois bebês”. Concluiu enfatizando que “não iremos nos subjugar àqueles que defendem a cultura da morte”.

Tomando a palavra, Raymond de Souza – diretor da HLI para os países de língua portuguesa – discorreu sobre a cultura da morte no mundo inteiro e o papel da Igreja frente a esta realidade. Comentou, por exemplo, que enquanto o atentado do 11 de Setembro deixou quase 3000 vítimas, no mundo inteiro realiza-se o aborto 4000 vezes por dia. Constatou ainda que há um esforço político mundial voltado à contracepção e ao incentivo ao aborto e à eutanásia, e que quando conseguirem esse objetivo, nada os impedirá de agirem diretamente pela “desfiguração e destruição da Igreja”.

Quanto à realidade da Igreja no Brasil, maravilhou-se ao perceber o compromisso assumido pelos bispos segundo o documento de Taubaté, que pode ser resumido em seus últimos parágrafos. Mas, ao mesmo tempo, com pesar reconheceu que poucos bispos efetivamente têm assumido este compromisso com a seriedade devida, e alguns deles simplesmente ignoram o documento.

Citou o martírio de tantos homens e mulheres da Igreja ao longo dos séculos em fazer valer a lei de Deus sobre a dos homens. E com tristeza constatou que muitos bispos hoje cedem às pressões políticas.

Antes da entrega das condecorações, o Monsenhor Ignacio Barreiro-Carámbula apresentou a HLI em sua origem, desafios e propósitos, concluindo com o conhecimento e a escolha de Dom José para receber o prêmio.

Por fim, Dom José tendo recebido o troféu com sua equipe, dedicou a homenagem às três crianças (os gêmeos abortados e a criança de nove anos ex-gestante). Em seu discurso final, agradeceu a toda a sua equipe e a todos os que, no mundo inteiro, manifestaram seu apoio.

Era o momento de reconhecer que Deus consegue tirar coisas boas dos piores acontecimentos. Dom José Cardoso lembrou que, mesmo não tendo conseguido evitar o aborto dos gêmeos, pôde perceber claramente a imensidão dos católicos que puderam, através deste episódio, aprofundar a sua fé e voltar-se para a vontade de Deus.

No período de quaresma, a semente morreu e, na Páscoa, produziu frutos. Através destes últimos acontecimentos, Deus ofereceu ao Arcebispo de Olinda e Recife, em fim de mandato, a oportunidade de imortalizar-se na História da Igreja pela fidelidade ao Evangelho da Vida. Ao mesmo tempo, concedeu ao povo desta Igreja – sobretudo aos críticos – a oportunidade de reconhecer com que coragem e destemor seu pastor luta pelos valores de sua Igreja.

Dom José, não obstante a incompreensão e a falta de apoio dos membros de sua própria Igreja, permaneceu fiel. Mas e os críticos membros desta Arquidiocese, será que, ainda que tardiamente, foram capazes de render graças a Deus pelo Dom que lhes foi entregue?

Em tempo: também foram condecorados com medalhas o Monsenhor Edvaldo Bezerra (Vigário Geral), o chanceler Pe. Cícero Ferreira, o Pe. Moisés Ferreira (reitor do Seminário Menor), o Pe. José Edson e Márcio Miranda.

Fonte: O Porta-Voz. Os grifos no texto são meus.

Os cães atacam em bando!

Ao se referir ao comentário de que os bebês abortados da menina de Alagoinha “provavelmente sentiram dor enquanto eram mortos”, esse paladino da sabedoria vomitou o seguinte:

E você por acaso pensou na dor da menina quando foi estuprada? Pensou?

Um momento: por acaso se preocupar com os bebês que ela esperava significa necessariamente não se importar com o sofrimento dela? Onde é que você aprendeu lógica, seu palhaço?

A dor que os bebês abortados provavelmente sentiram durante o procedimento abortivo vai curar a dor da menininha? O aborto vai sanar essa dor? Não vai. O aborto servirá apenas para aumentar o trauma dessa garotinha. Já repeti à exaustão o que diz, através de números e estatísticas, o site The UnChoice: o aborto provocado é extremamente prejudicial à saúde física e psíquica da mulher – quanto mais para uma menininha de 9 anos.

Vocês podem fazer mil rodeios, mas o fato é que a menina e sua família foram usadas de forma covarde e prepotente por esses seres ignóbeis que ainda se dizem cristãos!

Não, geniozinho: a menininha e sua mãe (lembrando que o pai da criança sempre foi contrário ao aborto, e o procedimento foi realizado à sua revelia) foram usadas pelo movimento abortista, que se utilizaram do caso para buscar publicidade na imprensa, maciçamente pró-aborto, para propagar diante da opinião pública (imensamente contrária à legalização do aborto) a nobre causa de permitir a matança de bebês no Brasil. Ignóbil é quem ignora os fatos, amplamente demonstrados neste site.

Mas bem feito, pelo menos ficou escancarada a hipocrisia e a sordidez de parte (eu escrevi parte viu?) da igreja já que a imensa maioria da população achou a atitude do bispo de uma boçalidade abissal!

Parte da Igreja cumpriu o seu dever e denunciou o crime do aborto; parte da Igreja, inclusive a CNBB, diante da pressão da mídia, se omitiu covardemente e fez-se de desentendida. Quanto ao que a “maioria da população achou” ou deixou de achar, isso não quer dizer que a “maioria da população” esteja certa, não é mesmo? Você não passa de mais um cretino que mereceria um prêmio não somente pela própria estupidez, mas por expressá-la com tanto orgulho, de peito estufado.

Atenção idiotas do meu Brasil: não percam seu tempo aqui com frases feitas tipo “onde está a menina?” ou ainda “essa menina foi usada por grupos cristãos”. Está tudo explicadinho nos importantíssimos textos:

Estes textos demonstram que:

  1. Pe. Edson Rodrigues esteve sempre ao lado da família, até o momento em que isso lhe foi negado pelos abortistas;
  2. A preocupação do pároco e da diocese, desde o princípio do caso, foi com o bem-estar das três crianças envolvidas – a menininha grávida e os bebês que ela esperava;
  3. Era possível, com acompanhamento pré-natal especializado, que os bebês fossem retirados através de uma operação de cesariana, prematuramente – intervenção que ofereceria menores riscos à saúde da menina que o aborto, este muito mais agressivo e nocivo; a probabilidade de salvar a vida dos bebês era real, respeitando as condições físicas e psicológicas da mãe;
  4. Os profissionais de saúde e conselheiros tutelares contrários ao aborto foram impedidos de conversar com a mãe da menina, que, em princípio contrária ao procedimento, acabou por ceder diante da pressão dos abortistas;
  5. O hospital onde a menina foi internada primeiro, o IMIP, reconheceu publicamente que a vida dela não estava em perigo e por isso ela recebeu alta – quando foi raptada pelos abortistas e levada para o CISAM, onde foi realizado o aborto;
  6. O público foi levado a crer que o aborto foi o único meio possível para salvar a vida da menina, graças à manipulação da imprensa;
  7. A menina permanece ainda hoje em local ignorado; nem mesmo o pai dela teve acesso ainda ao lugar onde ela está. Isso pelo menos até cinco dias atrás (13 de abril).

Para vocês que estão babando de ódio contra a Igreja, os verdadeiros católicos e o bispo Dom José Cardoso: se estão realmente tão interessados assim em saberem a respeito do paradeiro da menina, por que não escrevem aos jornais, pedindo-lhes que expliquem os fatos acima mencionados? Por que não escrevem ao maravilhoso “Grupo Curumim“, entidade empenhada para a legalização do aborto no Brasil (que recebe rios de dinheiro da IWHC, “uma entidade feminista e uma das maiores promotoras internacionais do aborto clandestino”, como meticulosamente explicado no Dossiê “Silêncio sobre o aborto legal“) perguntando-lhes para onde levaram a menininha e sua mãe?

Vocês não perguntam porque não estão interessados na menininha coisa nenhuma. Vocês estão interessados é no maravilhoso direito de poder matar bebês ainda no ventre de suas mães e na desmoralização pública de uma verdadeira autoridade católica, o corajoso bispo Dom José Cardoso. E para isso, não hesitam em recorrer à calúnia, segundo ensina o mestre de vocês, Voltaire, um dos maiores inimigos da história da Igreja: “Menti, menti, sempre. Sempre se acreditará em alguma coisa do que dissemos”.

Como podem observar, estou dando a esses ignóbeis um gostinho de verem seus comentários respondidos, o que não merecem. Não vou mais perder meu tempo com esse tipo de gente. O que importa é que pessoas de bem, concordando ou discordando de determinados pontos de vista, especialmente em assuntos polêmicos e dolorosos como esse, sejam capazes de ler e ponderar a partir de novas informações que venham a receber – e que estejam prontas para mudarem de opinião, caso isso seja necessário, ou pelo menos a tentar compreender o ponto de vista do oponente na discussão. Quem não for capaz disso, não será bem-vindo aqui.

Au, au, au, au, au!

Tem alguém latindo por aqui… Vejam que mimo esse “comentário” no post Ainda o caso de Alagoinha, ou: como a mídia transforma as pessoas em idiotas:

Bem, no caso VOCÊS foram os idiotas! VOCÊS foram os retardados! VOCÊS deram vexame! Agora não adianta reclamar. Você nem sabe nem se livrar dos lugares-comuns: a igreja perseguida, da igreja coitadinha, da defesa dos mais fracos, blá, blá, blá. Vá cuidar do seu mestrado e tire mesmo umas merecidas férias, porque desse mato não sai cachorro…

Por que nós católicos fomos os idiotas? Por que fomos os retardados? Olhem só que beleza a inversão da lógica: a débil mental aí se orgulha de ter sido manipulada e enganada pela imprensa e ainda vem xingar os outros. Não é uma coisa belíssima? Ficou ofendidinha por que a carapuça de idiota lhe serviu, dona? Claro, porque é mais fácil dar chiliquinho e subir nas tamancas do que escutar o outro lado, refletir e questionar.

Tem alguma mentira nos textos aqui divulgados sobre este assunto? Você consegue refutar alguma informação? Consegue provar que o Pe. Edson Rodrigues mentiou? Ficou brabinha porque de repente as coisas podem não ser tão simples como você imaginava e resolveu descontar aqui sua frustração? Tsc, tsc, tsc…

É fato, sim: a Igreja é diariamente ofendida, caluniada e difamada em toda a mídia. A prova disso: algum órgão de imprensa se interessou em reproduzir essas informações sobre o aborto da menina de Alagoinha para que fossem devidamente contestadas e a opinião pública fosse esclarecida sobre a veracidade dos fatos?

E agradeço sua sugestão, mas não consigo ficar só trabalhando no meu mestrado. De vez em quando, eu passo por aqui para fazer uma faxina e afugentar os vira-latas que insistem em ladrar. Vocês são como aqueles cachorrinhos de rua que, quando passa um carro, saem correndo atrás e ficam latindo sem parar. Quando o carro pára, vocês todos param juntos e ficam se entreolhando com cara de imbecis, porque não sabem o que fazer.

Passa fora! Aqui não tem lavagem pra você, não! Vai latir lá no canil (que chamam de “forum”) da Folha de São Paulo, vai se sentir em casa!

Ainda o caso de Alagoinha, ou: como a mídia transforma as pessoas em idiotas

Como já comentei por aqui, estou sem tempo para atualizar este site de forma decente. Tenho colocado algumas matérias sempre que possível, além de mediar os comentários uma vez por dia – atualmente travo uma discussão sobre aborto de anencéfalos que já me tem tomado um bom tempo que não tenho. Para quem não sabe, sou mestrando e escrevo atualmente minha dissertação.

Hoje, tive que despachar alguns imbecis, daqueles que ainda por cima se orgulham da precária inteligência – e me dá certo alívio, após ler as ignomínias que escrevem, enviar aquilo para o buraco negro da total insignificância, o lugar de onde tais comentários não deveriam nunca ter saído.

Isso por causa da notícia do prêmio a Dom José Cardoso, por ele não apenas ser um bispo exemplar, mas por ter tentado salvar a vida de três crianças inocentes – a menininha estuprada pelo pai e os bebês gêmeos que ela esperava. Veio valentão me xingando, me insultando, insultando a Igreja, a Dom Cardoso, aquela lenga lenga de gente civilizadíssima de sempre.

O comum a esses palhaços: em qualquer notícia divulgada pela mídia contra a Igreja, acreditam piamente na versão do jornal, da revista, da televisão. Nunca procuram ver o outro lado. Então, é uma estupidez treinada, parece um jogral, tudo é muito repetitivo. Neste caso, em particular:

  • A Igreja protegeu o estuprador;
  • Na Igreja só tem pedófilos;
  • Agora, a menina está abandonada;
  • O bispo é um retrógado…

É tanta demonstração de arrogância estúpida que é claro que não merece nem a mínima consideração: vai tudo direto pro lixo. Aqui em JORNADA CRISTÃ vários textos sobre o aborto dos bebês da menininha violentada foram postados e divulgados. Há informações as mais variadas vindas do outro lado, ou seja: da arquidiocese de Olinda e Recife, que tomou todas as medidas para proteger as três crianças – a menininha violentada e os bebês, que infelizmente foram mortos.

De qualquer maneira, dentre os comentários recebidos decidi reservar um para deleite de quem me acompanha. Trata-se daqueles casos de estupidez patológica – aquela pessoa que vomita sua ignorância e ainda acha muito bonito seu discurso “contundente”, “indignado” e “esclarecido” (risos):

Defesa da vida de quem? Do estuprador? Enquanto à menina? Será que o arcebispo já descobriu o nome dela, já que nem sabia de quem se tratava conforme entrevista da Veja? Lendo essa notícia, estou mais que convencida de que o valor do prêmio depende do premiado…

Não satisfeita, a comentarista ainda acrescentou em outro post a respeito do assunto:

E onde está a menina? Alguém ainda se lembra dela?

Lendo comentários como esse, lembro-me que respeito só é devido a quem merece.

Sobre o primeiro comentário, isso é que dá ficar lendo Veja: o cérebro definha, atrofia. Manda seu endereço que lhe mando um saco de alfafa de presente, moça. Sabe porque o arcebispo não sabia o nome da menina, idiota? Porque ele não assistiu diretamente o caso. Quem estava acompanhando a família foi o pároco de Alagoinha, o Padre Edson Rodrigues (link para seu blog aqui), que no texto Grávida de gêmeos em Alagoinha: o lado que a imprensa deixou de contar explicou toda a situação. Quanto à resposta à pergunta “E onde está a menina? Alguém ainda se lembra dela?”, pergunte aos médicos que lhe fizeram o aborto; pergunte às ongs feministas que mataram dois bebês com 20 semanas de gestação. Estes bebês provavelmente sentiram dor enquanto eram mortos. Eles levaram a menina para um lugar ignorado, sem que o pai dela pudesse se manifestar a respeito. Se você tivesse lido o texto todo (estava publicado apenas o trecho inicial, com um link para a íntegra), teria tido essa pergunta respondida. Será que é tão difícil assim para quem usa ferraduras mexer o mouse e clicar num link?

No post abaixo (anterior a este), resolvi publicar na íntegra uma ótima reportagem que o site LifeSiteNews fez sobre o assunto. Para outros textos, favor consultar a tag “Alagoinha”, aqui neste blog. E também há um importantíssimo dossiê a respeito do assunto, com muitas informações e detalhes que foram deliberadamente sonegados ao público pela imprensa, disponível para download neste endereço. Quer ter uma opinião realmente embasada a respeito deste assunto? Veja o que o lado que a imprensa não divulgou tem a dizer.

Update às 23:14: Como a estúpida nem leu o texto inteiro da matéria “Onde estão os gêmeos”, vou fazer-lhe um favor, não por merecimento, mas por caridade. Resolvi publicar o texto na íntegra – estava apenas publicado o trecho inicial, com um link para o restante.